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Férias Trabalhistas: Aspectos e Regulamentação

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UFPEL- AULAS DIREITO DO TRABALHO I (2017) 
Pto. 14 - FÉRIAS (material complementar) 
Profª.Jane Gombar Azevedo Oliveira 1 
 
1.0. Aspectos introdutórios e base legal 
1.1. Esquematização 
1.2. Conceito 
1.3. Objetivo 
1.4. Caracterização 
1.5. Natureza jurídica 
1.6. Principios 
1.7. Período aquisitivo 
1.8. Período Concessivo 
1.9. Remuneração e abono(constitucional e celetista) 
1.10. Férias Coletivas 
1.11. Extinção do Contrato e ferias 
 
Aspectos introdutórios e base legal 
 
As FÉRIAS vêm compor, ao lado dos intervalos intra e interjornadas, dos 
descansos semanais e dos feriados, o conjunto de descansos trabalhistas 
denominado, mais apropriadamente, períodos de descanso. 
 
O direito a este benefício, vem, inicialmente, normatizado pela CLT no 
Capítulo IV da CLT com o título DAS FÉRIAS ANUAIS, previstos nos artigos 
129 até 153. 
 
1 Douto ra em Di re i to pe la Uni v ersi t à Degl i S tudi Rom a Tr e - I tá l i a -
USP( Di re i to do T r abalho e S egu r i dade S oc ia l ) . M est r e em Di re i to pe l a 
UCS. E spec ia l i st a em Di r e i to P roc essual pe la UFS C. Pr of essora do c ur so 
de D i r e i to da UNISC - g raduaç ão e pós -gr aduaç ão( 2000- 2015. ) . 
Prof essor a do c ur so de Di r e i to da UFPel . Coor denador a da pó s 
graduaç ã o em Di re i t o am bient a l da UFPE L . E di tor a da Rev i sta de Di r e i t o 
da Uni v ersidade Fede ra l de Pel otas . A ssessor a j ur í d i ca t r abalh i st a do 
S ind i c ato do Com ér c io V ar e j i st a do V ale do Rio Par do -RS (1989- 2015) . 
 
 
. 
 
Além da CLT, a Constituição Federal, regulariza este direito, na forma 
do artigo 7ª, XVII: gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um 
terço a mais do que o salário normal. 
 
Em relação as sumulas do TST, temos as seguintes: 7, 10, 14, 46, 
81, 89, 171, 261, 328, 450 
 
1.1. Esquematização 
 
 
Quanto às férias, adotamos a esquematização de José Augusto 
Rodrigues Pinto: 
 
Férias Anuais Remuneradas (CLT, ART. 129/154) 
 
Fundamentos: 
 de origem – lúdico, possivelmente também religioso 
 trabalhistas – físico, social, econômico. 
 
Natureza Jurídica: 
 para o contrato – suspensão parcial (interrupção) 
 para o empregador – obrigação complexa (dar e fazer) 
 para o empregado – obrigação simples negativa (não fazer) 
 
Aquisição do direito: 
 período – 12 meses contratuais (art. 130) 
 forma – proporcional à freqüência ao serviço (art. 130, I a IV) 
 causas impeditivas - as do art. 133 da CLT 
 
Gozo do Direito: 
 forma – afastamento (concessão) pelo empregador (art. 134 e par. 1º) 
 período – doze meses seguintes à aquisição (art. 130) 
 pagamento – antecipado de 48h do afastamento (art. 145) 
 
Sanções à inadimplência do empregador: 
 automática – dobra da remuneração (art. 137) 
 provocadas pelo empregado – repouso com remuneração dobrada (art. 
137, par. 1º) 
 -multa de 5% do s.m. por dia de descumprimento 
da sentença (art. 137, par. 2º) - ASTREINTES. 
 
Fracionamento: 
 possível – em três partes, sendo uma, no mínimo de 14 dias (art. 134, par. 
1º) 
 não há mais proibido para empregados maiores de 50 e menores de 18 
anos ( revogação do art. 134, par. 2º) 
 
Férias Coletivas: 
 condições – as dos arts. 139 e 140 da CLT 
 
Abono de Férias: 
 natureza – transação do gozo de até 1/3 do repouso (art. 143) 
 condição – comunicação receptícia do empregado (art. 143, par. 1º) 
 
Efeitos da extinção: 
 para empregados com mais de um ano – art. 146, parágrafo único (DEVIDA 
A PROPORCIONALIDADE SE A DESPEDIDA FOI IMOTIVADA E SE O 
EMPREGADO PEDIR DEMISSÃO. SÓ NÃO É DEVIDA NAS JUSTAS 
CAUSAS. CONTUDO HÁ DECISÕES DETERMINADO O SEU 
PAGAMENTO) 
 para empregados com menos de um ano – art. 147 RESCENTE 
ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL DO TST (DADA PELA RESOLUÇÃO 
121/2003) ALTEROU ENTENDIMENTO DOMINANTE - SÚMULA 261 – 
Férias Proporcionais. Pedido de Demissão. Contrato vigente há menos 
de um ano. – O empregado que se demite antes de completar 12 (doze) 
meses de serviço tem direito a férias proporcionais. A proporcionalidade 
seguirá o critério da fração superior a 14 dias que se eqüivalerá a mês 
completo. 
 
Prescrição: 
 
 - cinco anos após o vencimento do prazo de concessão (gozo) (arts. 11 e 
149) 
 - dois anos 
 
 
 
1.2..CONCEITO 
As FÉRIAS são definidas como “o lapso temporal remunerado, de 
freqüência anual, constituído de diversos dias seqüenciais, em que o 
empregado pode sustar a prestação de serviços e sua disponibilidade perante 
o empregador, com o objetivo de recuperação e implementação de suas 
energias e de sua inserção familiar, comunitária e política.”(Maurício Godinho 
Delgado) 
Trazemos ainda o entendimento de que “Por férias anuais 
remuneradas entende-se certo número de dias consecutivos durante os quais, 
cada ano, o trabalhador que cumpriu certas condições de serviço suspende o 
seu trabalho, recebendo, não obstante, sua remuneração habitual”.(Amauri 
Mascaro do Nascimento) 
 Podemos também conceituar este benefício como: “O direito do 
empregado de interromper o trabalho por iniciativa do empregador, durante um 
período variável em cada ano, sem perda da remuneração, cumpridas certas 
condições de tempo no ano anterior, a fim de atender aos deveres de 
restauração orgânica e de vida social”.( Élson Gottschalk). 
 
Por ultimo, destaca-se que “Férias são o período do contrato de 
trabalho em que o empregado não presta serviços, mas aufere 
remuneração do empregador, após ter adquirido o direito no decurso de 
12 meses. Visam, portanto, as férias à restauração do organismo após um 
período em que foram despendidas energias no trabalho. Importam 
direito ao lazer, ao descanso, ao ócio”2 
 
 
1.3.OBJETIVO 
Os períodos de descanso trabalhistas vem refletir o desejo do 
legislador em proteger a saúde e segurança do trabalhador, bem como em 
promover, de acordo com o lapso temporal correspondente a cada um desses 
períodos, em maior ou menor escala, a sua reinserção no meio familiar, 
comunitário e também político do trabalhador. As FÉRIAS, por sua vez, 
coadunam os mesmos objetivos, fazendo parte de uma estratégia de 
favorecimento à ampla recuperação das energias físicas e mentais do 
trabalhador após longo período de prestação de serviços3. 
Além de os objetivos da férias comportarem considerações e metas 
relacionadas à política de saúde pública, bem estar coletivo e respeito à 
construção da cidadania, há, também, interesses de cunho econômico. As 
férias têm-se apresentado como mecanismo eficaz de política de 
desenvolvimento econômico pelo fato de promoverem “intenso fluxo de 
pessoas e riquezas” 4 nas mais diversas regiões do país e do mundo. 
Devido o fato de consubstanciar-se como o mais extenso período de descanso, 
os objetivos das FÉRIAS assumem maior relevância quanto aos aspectos 
concernentes à reinserção familiar, social e política do trabalhador. 
 
1 . 4 . C A R A C T E R I Z A Ç Ã O 5 
As FÉRIAS apresentam um conjunto de elementos característicos que são: 
a. Caráter imperativo; 
b. Composição temporal complexa; 
c. Anualidade; 
d. Composição obrigacional múltipla; 
e. Natureza de período de interrupção do contrato de trabalho. 
 
2 Sér g io P int o M ar t i ns, no l iv ro “Di re i t o do T rabalho” , 26ª ed, S ão Paulo: 
A t l as, 2010, pp. 577- 578 
3 DELGADO, Maurício Godinho.Curso de Direito do Trabalho. 3ª ed. São Paulo: LTr, 2004, p.949. 
4 O b . C i t . p . 9 4 9 . 
5 Mauríc i o Godinho Delgado, na obr a “ Cur s o de Di r e i to do T r abalho” , 6ª 
ed i ç ão, 2007, ed i tor a LT r , pg. 954/ 955. 
 
a.Caráter imperativo; 
 
Segundo Maurício Godinho Delgado (como dito acima), as férias “fazem parte 
de uma estratégia concertada de enfrentamento dos problemas relativos à 
saúde e segurança no trabalho, à medida que favorecem a ampla recuperação 
das energias físicas e mentais do empregado após longos períodos de 
prestação de serviços. São, ainda, instrumento de realização da plena 
cidadania do indívíduo, uma vez que propiciam sua maior integração familiar, 
social e, até mesmo, no âmbito político mais amplo”. Daí decorrem a 
imperatividade e a irrenunciabilidade do direito. Segundo o mesmo doutrinador, 
“o caráter imperativo das férias, atada que é ao segmento da saúde e 
segurança laborais, faz com que não possa ser objeto de renúncia ou 
transação lesiva, e, até mesmo, transação prejudicial coletivamente 
negociadas. É, pois, indisponível referido direito.” (p. 954). 
 Então as férias possuem: 
 1.Impossibilidade de renuncia (principio indisponibilidade) 
 2.Impossibilidade de transação prejudicial 
 3.Impossibilidade de transação prejudicial coletivamente negociada 
 Objetivo meio ambiente do trabalho – saúde e segurança laborais 
 
b.Composição temporal complexa 
 
As férias são compostas por um período unitário de dias seqüenciais que se 
sucedem, acoplam. De uma forma geral, são compostas por um período de 30 
dias. 
 
Então as férias 
 As férias, de uma forma geral, são compostas por um período de 30 
dias(de tempo menor no caso de contratos em regime de tempo parcial), 
QUE SE SUCEDEM. 
 
 A composição é proporcional à freqüência de trabalho no período 
aquisitivo (artigos 130 da CLT) 
 
 Em regra, as férias não podem ser fracionadas , admitindo-se o 
fracionamento em três vezes(sendo que um deles não poderá ser 
inferior a 14 dias e os demais não poderão ser inferiores a 05 dias-Nova 
redação artigo 134) 
 
C.ANUALIDADE DE OCORRÊNCIA DAS FÉRIAS 
A anualidade das férias é tida como característica relativa ao período de 
aquisição. Trata-se então de característica que vem compor um pressuposto 
necessário à aquisição das férias, ou seja, a sua periodicidade anual no 
contrato de trabalho. 
 
Então as férias 
 
 Estão vinculadas a um pressuposto necessário à sua aquisição: a 
periodicidade anual no contrato de trabalho vinculada ao período 
aquisitivo das férias. 
 
D)COMPOSIÇÃO OBRIGACIONAL MÚLTIPLA DAS FÉRIAS 
As férias comportam uma multiplicidade de obrigações de natureza 
diversa. A exemplo, obrigação de fazer do empregador em determinar a data 
de férias do empregado e a obrigação de dar que reflete necessário pagamento 
antecipado no período de férias acrescido do terço constitucional. O 
pagamento da metade do décimo terceiro salário ao empregado se por ele 
requisitado, constitui também obrigação de dar do empregador relativa às 
férias. A título ainda exemplificativo, é imputada ao empregador obrigação de 
não fazer que, por sua vez, consiste em não requisitar do empregado qualquer 
tipo de serviço no período de férias. 
Quanto ao empregado, a este imputa-se a obrigação de fazer, que refere-se ao 
gozo das férias, e de não fazer, que é não assumir outro compromisso de 
trabalho que venha a frustrar os objetivos essenciais das férias. 
 
Então as férias: 
COMPORTAM UMA MULTIPLICIDADE DE OBRIGAÇÕES DE NATUREZA DIVERSA, QUE 
SÃO: 
-DE DAR, DE FAZER DO EMPREGADOR: 
* OBRIGAÇÃO DE DAR DO EMPREGADOR - PAGAMENTO ANTECIPADO NO PERÍODO DE 
FÉRIAS ACRESCIDO DO TERÇO CONSTITUCIONAL. 
*OBRIGAÇÃO DE FAZER DO EMPREGADOR - DETERMINAR A DATA DE FÉRIAS DO 
EMPREGADO 
-OBRIGAÇÃO DE FAZER E DE NÃO FAZER DO EMPREGADO,: 
• FAZER- REFERE-SE AO GOZO DAS FÉRIAS, 
• NÃO FAZER-NÃO ASSUMIR OUTRO COMPROMISSO DE TRABALHO QUE VENHA A 
FRUSTRAR OS OBJETIVOS ESSENCIAIS DAS FÉRIAS.( A EXCEÇÃO DE OUTRO 
CTATO. DE EMPREGO) 
 
 
DIANTE DA CARACTERIZAÇÃO SUPRA, TEMOS A INDISPONIBILIDADE, 
EM RAZÃO DOS SEGUINTES DISPOSITIVOS: 
 
 ART. 6 E ART. 7º, XVII CF 
 134 CLT 
 RELACIONADO A SAÚDE DO INDIVÍDUO – 5 CF 
 9 CLT 
 12 DA 132 OIT – PROÍBE QQ. TRANSAÇÃO SOBRE FE 
 SE HOUVER COAÇÃO  203 CP 
 
 
1.5. Natureza jurídica 
 
As férias, segundo Carlos Henrique Bezzera Leite(p. 523) , possuem 
natureza jurídica híbrida em relação ao emprego, visto que se evidencia como 
um direito fundamental do trabalhador ao descanso e como um dever 
fundamental do trabalhador, na medida que este deve se abster de prestar 
serviços ao mesmo empregador, ressalvada a hipótese de outro vinculo de 
emprego. Assim, durante o período das férias, a principal obrigação contratual 
do empregado que é a prestação dos serviços será sustada, garantindo-lhe, a 
despeito dessa sustação, todas as vantagens contratuais salariais e outras 
como, por exemplo, depósito de FGTS e tempo de serviço. Então, a natureza 
jurídica das férias envolve um aspecto negativo, que é o período em que o 
empregado não deve trabalhar(para o mesmo empregador) e o empregador 
não pode exigir serviços de obreiros. As férias assim são uma obrigação de 
fazer e de dar ao mesmo tempo. 
Mascaro afirma que a natureza jurídica das férias é: 
 Para o empregador uma obrigação (CF art. 7º XVII )de fazer(conceder 
as fe no prazo) e de dar ( remunerá-las). 
 Paro o empregado um direito( exigir as fe dentro do período concessivo) 
e uma obrigação(vedação de trabalho, salvo para terceiros quando 
decorrente de um outro ctato) 
Então as férias: 
 1) Inicialmente não tem um carater de premio e sim de um direito 
trabalhista, que corresponde a uma obrigação do empregador. 
 2) estão relacionadas com a saúde, bem estar e construção da 
cidadania – 6 e 7 CF – dignidade da pessoa 
 
Segundo a natureza jurídica e sua classificação no conjunto das 
parcelas integrantes do contrato, em função do seu cumprimento ou não, 
temos: 
 A) se usufrídas no cato. natureza jur. salarial 
 B) Não usufrídas no ctato  natureza jur. de indenização (lei 8212/91, 
art. 28,§9 d, e-6): 
- Parcela dobrada (137 e l.8212/91, art. 28,§9d) referente as fe vencidas 
após o ctato. 
- Fe não usufrídas (vencidas, simples e proporcionais.) na rescisão ou 
após extinção. 
-Abono celetista 143,144 
 
1.6. PERÍODO AQUISITIVO 
É O lapso temporal estabelecido pela ordem jurídica a cada ciclo de 12 
meses envolvendo o contrato de trabalho, condicionado a regra do artigo 130. 
Findo o período aquisitivo, inicia-se outro, também de 12 meses e assim 
sucessivamente . 
 
O termo inicial do contrato é que determina a fluência do período 
aquisitivo das férias (quer este seja considerado útil ou não). Contudo há a 
exceção do artigo 133, §2 que determina o inicio do novo período aquisitivo. 
 
Em relação ao computo das condições previstas no artigo 130, para 
que as férias sejam usufruídas na sua totalidade, deve ser observada a regra 
do artigo 131( e 473) que autorizam as faltas no serviço: 
 
Faltas injustificadas no período 
aquisitivo 
Período de gozo de férias 
Até 05 dias 30 dias 
De 06 a 14 24 dias 
De 15 a 23 18 dias 
De 24 a 32 12 dias 
 
Obs: a partir de 33 (trinta e três) faltas o empregado não tem direito a 
férias. 
 
Computa-se, ainda neste período, o tempo de trabalho anterior a 
prestação do serviço militar, desde que ele compareça ao serviço 90 dias após 
a baixa, em razão do artigo 132. 
 
Há situações que acontecem dentro do período aquisitivo que 
determinam a perda do direito as férias, também conhecido por fatores 
prejudiciais. Estassituações estão previstas nos incisos I, I, II, IV do artigo 
132 da CLT, entre as quias destacamos: 
 
A ausência injustificada por mais de 32 dias no período aquisitivo 
(analogia ao art. 130); empregado que deixa o emprego e não é readmitido em 
60 dias; concessões de licenças por mais de trinta dias, recebendo salario; 
trabalhador que não labora por mais de 30 dias, recebendo salários, com a 
ocorrência de paralisação (total ou parcial) da empresa e recebimento de 
auxilio doença-acidente da Previdência Social por mais de 06 meses 
 
Esclarece Maurício Godinho Delgado 6 que prejudicado o período 
aquisitivo pela ocorrência de um dos fatores acima, o novo período aquisitivo 
iniciar-se-á tão logo o empregado retorne ao serviço (art. 133, §2ºCLT) 
 
Atenção: Para o cômputo desse período deve-se considerar cada 
fração superior a 14 dias(146, único) como um mês. Desta forma, se um 
trabalhador prestou serviços durante 11 meses e 15 dias, a ele será atribuído o 
período completo de aquisição de férias, qual seja, 12 meses. 
 
O aviso prévio, ainda que indenizado, integra o período aquisitivo das 
férias do trabalhador 
 
1.7. PERÍODO CONCESSIVO 
 
É o lapso temporal de 12 meses imediatamente seguinte ao respectivo 
período de aquisição das férias. Ensina Mauricio Godinho Delgado 7 “O período 
regular de concessão das férias, situado no curso do contrato, denomina-se 
período concessivo ou período de gozo (ou ainda período de fruição). Ele se 
posiciona nos 12 meses subseqüentes ao termo final do período aquisitivo das 
férias (art. 134). Constitui-se, portanto, no lapso temporal de 12 meses 
imediatamente seguinte ao respectivo período de aquisição das férias 
 
Os procedimentos concessivos das férias individuais são: 
 
 Pelo empregador – a) comunicação escrita ao empregado, mediante 
recibo, da data de concessão das férias, com antecedência mínima de 
trinta dias; b) anotações referentes às férias na CTPS do empregado e 
no livro ou ficha de registros dos empregados; c) pagamento da 
remuneração das férias e seu terço constitucional, bem como do abono 
 
6 Op. Ci t , 207, p . 959. 
7 Op. Ci t , 207, p .967. 
pecuniário se houver, da metade do décimo terceiro salário se requerido 
pelo empregado antes do termino aquisitivo. Tais pagamentos deverão 
ser efetuados até dois dias antes do início do período de férias. 
 
 Pelo empregado – a) requerimento de pagamento de antecipação o 
décimo terceiro salário; b) concessão de recibo da comunicação de 
férias recebidas; c) requerimento de conversão de um terço das férias 
em “abono pecuniário”. Esse requerimento deverá ser feito até quinze 
dias antes do término do período aquisitivo; d) entrega da CTPS para 
anotação da concessão de férias, em período anterior às mesmas; e) 
assinatura de recibos de pagamentos efetuados e de início da fruição 
das férias. 
 
Periodo concessivo  regra: 12 meses, mediante um único período 
continuo( art. 134) . Excepcionalmente pode acontecer: 
 
 1.fracionamento da fe individuais 
Art.134, § 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias 
poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não 
poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser 
inferiores a cinco dias corridos, cada um. 
 
 2.nas coletivas 
Art. 139§1º § 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos 
anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. 
 
Restrição ao fracionamento: 
 Fe individuais:Casos excepcionais-concordancia? Ou exercício do jus 
variandi? 
 Fe coletivas: Sem restrição, observando-se a comunicação ao MTBe e 
SINDICATO 
 
Penalizações: 
 As férias concedidas fora do período concessivo serão pagas em 
dobro, nos termo do art. 137 e sumula 80 TST. 
 Há ainda a possibilidade de ajuizamento de ação solicitando a fixação 
por sentença, da época de fruição das férias, com fixação de pena diária 
de 5% (cinco por cento) do salário mínimo(art. 137,§2) 
 Se não for efetuado o pagamento de até 02 dias antes do inicio do 
descanso (art.145), mesmo que as férias tenham sido gozadas dentro 
do período, haverá pagamento em dobro, de acordo com a sumula 450 
do TST:FÉRIAS. GOZO NA ÉPOCA PRÓPRIA. PAGAMENTO FORA 
DO PRAZO. DOBRA DEVIDA. ARTS. 137 E 145 DA CLT. (conversão 
da Orientação Jurisprudencial nº 386 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT 
divulgado em 21, 22 e 23.05.2014. É devido o pagamento em dobro da 
remuneração de férias, incluído o terço constitucional, com base no art. 
137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o 
empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo 
diploma legal. 
 
 
1.8. REMUNERAÇÃO E ABONOS ( CONSTITUCIONAL E CELETISTA) 
 
Durante as férias o empregado não deixa de receber o seu salário, pois 
as férias são remuneradas. A previsão está nos artigos 142 a 145 da CLT e 
artigo 7, XVII da CF., salientando-se que remuneração das férias é aquela 
que seria devida ao empregado na data da sua concessão, ainda que se refira 
a período anterior, na forma do artigo 142 e seus parágrafos. Neste sentido 
elucida Sergio Pinto Martins:8 
 
Em caso de licença remunerada, o terço é devido. O empregador pode 
querer conceder licença remunerada apenas para afastar o direito ao 
terço. Se houve o descanso, tem direito o trabalhador ao terço. Se a 
jornada de trabalho é variável, apurar-se-á a medida do período 
aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data da concessão das 
 
8 Sér g io P int o M ar t i ns. 2010, . 588 
férias. Quando o salário é pago por tarefa ou peça, toma-se por base a 
média da produção no período aquisitivo das férias. Quando o salário é 
pago por tarefa ou peça, toma-se por base a média da produção no 
período aquisitivo de férias, aplicando-se o valor da remuneração da 
tarefa na data da concessão de férias (§2º do art. 142 da CLT e S. 149 
do TST). Se o salário é pago por percentagem, comissão ou viagem, 
apurar-se a média percebida pelo empregado nos 12 meses que 
precederem à concessão das férias. Se o empregador paga salário em 
utilidade, como alimentação, habitação e etc., há necessidade de que 
essas utilidades sejam apuradas para efeito do cálculo das férias, 
mediante, inclusive, anotação na CTPS do trabalhador. 
 
Nos termos do artigo 142, §5, adicionais referentes às horas extras, 
adicionais noturno, adicional de insalubridade ou adicional de periculosidade 
recairão sobre o salário, computando-se também na remuneração das férias. 
 
Ademais, a Constituição de 88 (art. 7º, XVII), acrescentou o terço 
constitucional na remuneração percebida pelo empregado, afirmando que o 
mesmo tem direito a um terço a mais somado ao salário normal, direito que 
também é estendido para as férias coletivas e férias pagas em dobro, na forma 
da sumula 328 do TST:: FÉRIAS. TERÇO CONSTITUCIONAL (mantida) - 
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O pagamento das férias, integrais ou 
proporcionais, gozadas ou não, na vigência da CF/1988, sujeita-se ao 
acréscimo do terço previsto no respectivo art. 7º, XVII. 
 
 
Lembretes: 
- Não usar a expressão “abono constitucional de férias” para referir-se 
ao terço constitucional de férias) 
-O pagamento das férias deverá ser feito até dois dias antes do início do 
período concessivo, na forma do artigo 145 
 
 
Exemplo Terço constitucional: R$. 1000,00 
R$. 1000,00 + 1/3(terço constitucional) = 
 (1000,00 dividido por 3 = 333,33) 
1000,00 + 333,33 = 1.333,33 
Neste caso o empregadorecebesse R$ 1.000,00 a título de 
remuneração, e R$ 333,33 reais a título de terço constitucional 
 
Além do terço constitucional, o empregado tem a faculdade de 
converter 1/3 de suas férias em abono pecuniário, no valor da remuneração 
que lhe seria devida nos dias correspondentes (art. 143 da CLT),que não pode 
ser confundido com o terço constitucional porque o empregado converte suas 
férias(1/3) em pagamento(abono pecuniário). 
 
Diferentemente da questão referente ao período de férias, aqui quem 
decide se quer ou não a conversão do período de 10 dias (143-144) em 
pagamento é o empregado. Este direito deve ser requerido 15 dias antes do 
término do período aquisitivo(143,§1º): 
Exemplo Abono pecuniário-celetista: R$.1500,00 
Fe com terço CF 
 1.500,00 dividido por 30 dias = 50,00 
Fe gozadas : 2/3 de 30 dias = 20 dias 
20 dias x 50,00 = 1000,00 
1000,00 +1/3(333,33) = 1333,33 
 
ABONO: 1/3 DE 30 DIAS = 10 DIAS(30 dividido 3) 
 10 dias X 50,00 = 500,00 
 200,00 + 1/3 (166,66) = 666,66 
 
Neste caso o empregado recebesse R$ 1.333,33 a título de 
remuneração, acrescido do terço constitucional, além do valor de R$. 666,66 a 
título de abono celetista, além do salário referente aos dias trabalhados. 
 
 
1.10. FÉRIAS COLETIVAS 
A expressão férias coletivas é utilizada quando não apenas a um 
empregado, mas a todos os trabalhadores de uma empresa, ou setores 
determinados, usufruírem seu descanso, na forma do artigo 139. Normalmente 
são concedidas no natal, final do ano ou baixa produtividade da empresa. 
Maurício Godinho Delgado9 conceitua como “ Férias coletivas, como 
mencionado, são aquelas concedidas ao empregado unilateralmente ou em 
virtude de negociação coletiva, abrangendo o conjunto de trabalhadores da 
empresa, estabelecimento ou setor empresarial. Essa modalidade de 
concessão de férias (ou esse tipo de férias) incorpora certas especificidades, 
em contraponto às chamadas férias individuais, ensejando referência 
especificada a respeito. Tais férias também supõem o cumprimento de certos 
atos administrativos no contexto de sua concessão, concentrando-se tais atos 
em especial no horizonte da parte concedente das férias coletivas (o 
empregador)” 
 
Da mesma forma que as férias individuais, as coletivas também podem 
ser fracionadas. Todavia, a norma(139, § 1) só autoriza o fracionamento em 
dois períodos do ano, cujos lapsos não podem ser menores que 10 dias 
corridos para cada um deles 
 
Procedimento do empregador:. 
 
 Comunicação ao Ministério do Trabalho, com antecedência de 15 dias, 
da data de início e fim das férias coletivas (art. 139, §2º da CLT); 
 Em 15 dias, comunicar os sindicatos que representam as categorias 
profissionais – nos casos de férias unilaterais (art. 139, 3º); no mesmo 
prazo, 
 fixar aviso quando ás férias em locais adequados no ambiente dos 
empregados/trabalhadores (art. 139, §3º da CLT) 
 limite de 02 dias antes da fruição (pagando a remuneração das férias, 
terço constitucional, somado o 13º salário – neste caso, caso requerido 
pelo empregado) 
 
9 Op. Ci t .207, 973 
 Anotação CTPS( de acordo com art. 141, §3: em vista do caráter maciço 
da entrada de trabalhadores em férias, permite a lei que as 
correspondentes anotações em carteira sejam efetuadas no momento 
da rescisão contratual de cada empregado) (ver 135, §1CLT) 
 
Frisa-se, ainda que no caso das férias coletivas serem gozadas, 
elimina-se as férias proporcionais dos trabalhadores que foram admitidos em 
período inferior a 12 meses, começando novamente um novo período 
aquisitivo, na forma do artigo 140. Neste caso, concedendo ao trabalhador uma 
quantidade de férias que não possuiria direito, o remanescente será 
interpretado como licença remunerada(Valentim Carriom, Comentários à CLT, 
nota 2 aos arts. 139 a 141, entende que neste caso deve ser feita uma 
anotação por escrito como uma concessão antecipada das férias) 
 
Por outro lado, quando o empregado completou o período aquisitivo, 
deve ser observada a situação elucidada por Sérgio Pinto Martins10: “se as 
férias coletivas forem inferiores ao período de férias a que o trabalhador teria 
direito, o empregador deverá conceder o saldo restante em outra oportunidade, 
porém dentro do período concessivo. Vamos admitir que o empregado já 
tivesse direito a 30 dias de férias. A empresa concede 20 dias de férias 
coletivas. Os 10 dias restantes serão concedidos em outra oportunidade pela 
empresa, porém dentro do período concessivo”. 
 
1.11. EXTINÇÃO DO CONTRATO E FÉRIAS 
 
Com a ocorrência do fim do contrato de trabalho, as férias podem ser 
estabelecidas na seguinte classificação: a) férias vencidas (período de 
aquisição referente aos 12 meses passados); b) férias proporcionais (período 
não completo de férias por não atingir o período aquisitivo de 12 meses). 
 
a)Férias vencidas são as que se referem a período aquisitivo já 
completado e que não foram ainda concedidas ao empregado. Portanto, são as 
 
10 Op.c i t , 210, 587. 
férias cujo direito o empregado adquiriu porque completou 12 meses de 
trabalho na empresa, mas que não usufruiu, porque o empregador, dispondo 
dos 12 meses seguintes para concedê-las, não as concedeu até a data da 
cessação do contrato de trabalho. 
 
Lembrete: Pagamento em dobro, quando já decorrido o período 
concessivo. Simples, quando não decorrido o período concessivo(art. 
146, caput). Ressalta Sérgio Pinto Martins11, que haverá direito a férias 
em dobro se elas não forem concedidas no período apropriado. 
 
Direito ao recebimento: Na dispensa com ou sem justa causa, ou a 
pedido do empregado, sempre será devido o pagamento das férias 
vencidas. 
 
b) férias proporcionais são as que se referem a período aquisitivo não 
completado e que não foram ainda concedidas ao empregado(em razão do 
período incompleto), que ocorrem em duas situações: empregado com mais 
de um ano e empregado com menos de um ano, segundo as seguintes regras: 
 
Art. 146 - Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 
(doze) meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por 
justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, 
de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de 
serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias 
 
Art. 147 - O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo 
contrato de trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de 
completar 12 (doze) meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao 
período incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo 
anterior 
 
Pela redação do artigo supra: 
 
11 Op. Ci t . 2010 p. 590 
• Proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração 
superior a 14 (quatorze) dias(art. 146) 
• O empregado que comete justa causa, tendo mais ou menos de um 
ano, sempre perde o direito às férias proporcionais; 
• Terá assegurado o direito sempre que despedido sem justa causa, 
qualquer que seja o seu tempo de serviço; 
• No término do contrato a prazo também sempre haverá o direito; 
• Havendo culpa recíproca, o TST entende que é devida metade do valor 
das férias proporcionais(Sumula. 14 do TST) 
•O pagamento das férias na rescisão do contrato possuem natureza 
indenizatória 
 •Súmula nº 261 do TST:FÉRIAS PROPORCIONAIS. PEDIDO DE 
DEMISSÃO. CONTRATO VIGENTE HÁ MENOS DE UM ANO (nova 
redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. O empregado que sedemite antes de complementar 12 (doze) meses de serviço tem direito a 
férias proporcionais. 
 
•Sumula 171 do TST: FÉRIAS PROPORCIONAIS. CONTRATO DE 
TRABALHO. EXTINÇÃO (republicada em razão de erro material no 
registro da referência legislativa), DJ 05.05.2004.Salvo na hipótese de 
dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de 
trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias 
proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) 
meses (art. 147 da CLT 
 
Por fim, ressalta-se que a convenção 132 da OIT ratificada no Brasil em 
1998 e em vigência a partir de 23.09.99 regula o instituto das férias para os 
trabalhadores, a exceção dos marítimos. 
 
Em razão das celeumas envolvendo férias e demissão por justa causa, 
destacamos os seguintes artigos: 
 
 Artigo 4 
 
1. Toda pessoa que tenha completado, no curso de 1 (um) ano 
determinado, um período de serviço de duração inferior ao período necessário 
à obtenção de direito à totalidade das férias prescritas no Artigo terceiro acima 
terá direito, nesse ano, a férias de duração proporcionalmente reduzidas. 
Artigo 5 
1. - Um período mínimo de serviço poderá ser exigido para a obtenção de 
direito a um período de férias remuneradas anuais. 
2. - Cabe à autoridade competente e ao órgão apropriado do país 
interessado fixar a duração mínima de tal período de serviço, que não poderá 
em caso algum ultrapassar 6 (seis) meses. 
Artigo 11 
Toda pessoa empregada que tenha completado o período mínimo de 
serviço que pode ser exigido de acordo com o parágrafo 1 do Artigo 5 da 
presente Convenção deverá ter direito em caso de cessação da relação 
empregatícia, ou a um período de férias remuneradas proporcional à duração 
do período de serviço pelo qual ela não gozou ainda tais férias, ou a uma 
indenização compensatória, ou a um crédito de férias equivalente 
 
Assim, conforme redação da convenção, o empregado demitido pela 
justa causa teria direito a férias, tese defendida por Carlos Henrique Bezerra 
Leite 12. 
 
Decisões: 
 
Acórdão - Processo 0021205-80.2014.5.04.0027 (RO) PJe 
Data: 09/02/2017 
Órgão julgador: 11ª Turma 
 
Redator: 
Ricardo Hofmeister De Almeida Martins Costa 
 
EMENTA DISPENSA POR JUSTA CAUSA. 13º SALÁRIO PROPORCIONAL E 
FÉRIAS PROPORCIONAIS. Ainda que se trate de despedida por justa causa, 
são devidos o pagamento do 13º salário proporcional e férias proporcionais 
com 1/3, conforme artigo 7º, incisos VIII e XVII, da Constituição da República e 
Convenção nº 132 da OIT. Tratam-se de direitos fundamentais do trabalhador, 
 
12 Car l os Henr i que B ez er r a Le i te . Cur so de D i re i to do T r abalho. Sa ra i v a: 
São Paulo, 2017, p .527. 
que não podem sofrer restrição por legislação ordinária, ficando limitada a 
regra do § único do artigo 146 da CLT e o artigo 3º da Lei nº 4.090/62. 
Aplicação da Súmula nº 93 deste Tribunal. (...) 
 
 
 
Acórdão - Processo 0020817-60.2015.5.04.0281 (RO) PJe 
Data: 03/10/2017 
Órgão julgador: 11ª Turma 
 
Redator: 
Karina Saraiva Cunha 
 
EMENTA DESPEDIDA POR JUSTA CAUSA. FÉRIAS PROPORCIONAIS 
ACRESCIDAS DE UM TERÇO. Em consonância com a Súmula nº 171 do TST, 
não é devido o pagamento das férias proporcionais a empregado despedido 
por justa causa. (...)

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