RELATÓRIO E.F. CARIN

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FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA-FAEL LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Aluno: Carin Cristina – Login 1501111
FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA-FAEL LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I I
Trabalho apresentado como requisito parcial para a atribuição de nota na disciplina de Estágio Supervisionado na Gestão Educacional, do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Educacional da Lapa – FAEL.
Orientadora: Prof.ª Marileni Ortencio de Abreu Passos 
Aluno: Carin Cristina – Login: 1501111
Porto Alegre 2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................03
2 DESENVOLVIMENTO.........................................................05
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO..........................05
2.2 OBSERVAÇÃO DA TURMA..............................................06
2.3 DESCRIÇÃO DA DOCÊNCIA.............................................07
2.4 INCLUSÃO NA ESCOLA ESTAGIADA............................08
3 CONSIDERÇÕES FINAIS.......................................................10
REFERÊNCIAS.........................................................................11
ANEXO A – Ficha de Avaliação...............................................12
INTRODUÇÃO 
Este relatório tem como objetivo registrar experiências e resultados obtidos durante o estagio – Curso de Licenciatura em Pedagogia da FAEL, o Estágio Supervisionado II – Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental é o segundo estágio obrigatório para os acadêmicos de Pedagogia da FAEL, o qual não cria vínculo empregatício de qualquer natureza com a instituição onde é realizado o estágio.
Como destaca Kramer, no documento “Ensino Fundamental: Orientações para inclusão da criança de seis anos de idade” (BRASIL2006a),
 
 Defendemos o ponto de vista de que os direitos sociais
 precisam ser assegurados e que o trabalho pedagógico
 precisa levar em conta a singularidade das ações 
 infantis e o direito à brincadeira, à produção cultural
 tanto na educação infantil quanto no ensino 
 fundamental.(BRASIL, 2006a, p. 20).
O estágio no ensino fundamental como atividade prática do currículo onde tive o contato com escola e alunos. O estágio me permitiu estar em contato com a Educação Fundamental Anos Iniciais, fez-me compreender um pouco do desenvolvimento dos alunos nesta faixa etária, bem como seu desenvolvimento e aprendizagem. 
 Dessa forma, o estágio passa a ser um retrato vivo da prática
 docente e o professor-aluno terá muito a dizer, a ensinar,
 a expressar sua realidade e a de seus colegas de profissão, de
 seus alunos, que nesse mesmo tempo histórico vivenciam os
 mesmos desafios e as mesmas crises na escola e na sociedade
 (PIMENTA; LIMA, 2004, p. 127).
 De acordo com a lei da LDB, Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006), devemos olhar para a singularidade da infância, é fundamental olharmos para as diferentes posições em relação ao ensino fundamental pois apresentam objetivos comuns, como melhorar as condições de vida das crianças.
Para realização deste trabalho foi realizadas observações na escola estadual de ensino fundamental Professor Leopoldo Tietböl em uma das turmas do 3° ano, também foram planejadas e aplicadas 10 planos de aula com o tema Literatura O Gatinho Preto, seguindo o currículo pedagógico da escola a curiosidade dos alunos foi elaborado este projeto, de forma lúdica o brincar esteve presente em nossas atividades.
 O texto deste relatório está subdividido da seguinte forma: esta introdução, que se apresenta de forma geral o conteúdo trabalhado; o desenvolvimento que apresenta a caracterização da instituição; a observação da turma; descrição da docência proposta; inclusão frente à escola estagiada; considerações finais do estagio; referencias das publicações consultadas.
2.DESENVOLVIMENTO
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
O Estágio Supervisionado na Educação dos Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental foi realizado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Leopoldo Tietböl, que está situado na Rua Riveira n° 400, bairro Petrópolis – 90670-160 Porto Alegre/Rio Grande do Sul, telefone 55(51) 3331-0128.
A Escola Leopoldo Tietböl oferece ensino do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, atendendo crianças moradoras da zona urbana, de bairros próximos. A maioria é trazida a escola por familiares e Vans escolares pagas pelas famílias. A escola tem como principio a democratização do acesso publico, qualificando-a como um espaço de participação, reflexão e ação no sentido de uma educação libertadora, formadora de sujeitos críticos e formadores de opinião, na perspectiva de uma sociedade justa, democrática e humanista.
A equipe diretiva da Escola Professor Leopoldo Tietböl é composta por 1 diretora e 1 vice diretora, 1 coordenadora pedogogica,1 psicóloga do SOE, a equipe docente é composta por 19 professoras, 1 professor de educação física, a equipe de apoio escolar é formada por 2 auxiliar administrativo, 1 auxiliar de coordenação pedagógica, 1 cozinheira, 2 auxiliares de cozinha,4 auxiliar de serviços gerais, 2 porteiros, 2 seguranças de escola.
A estrutura da escola é ocupada em um prédio onde estão instalados, 19 salas de aulas, 32 funcionários, 2 Salas da direção, Sala de professor com banheiro privativo, laboratório de informática, laboratório de ciências, quadra de esportes descoberta, cozinha, biblioteca com sala de leitura, Parque infantil, Banheiro para alunos.
A escola atende no turno matutino das 07h30min às 12h30min e vespertino das 13h15min às 17h15min. Todas as refeições são servidas de acordo com o turno, orientada por uma nutricionista. 
 
OBSERVAÇÃO DA TURMA
No estágio supervisionado II, realizado na escola Professor Leopoldo Tietböl, observei, auxiliei e fui supervisionada por uma professora, a turma observada foi do 3°ano do ensino fundamental, composta por 17 crianças de 8 e 9 anos completos, no turno vespertino. 
Durante essa etapa do estágio busquei observar todos os aspectos que pudesse favorecer, o meu desempenho, com o objetivo de tentar suprir as necessidades da turma durante minha atuação como estagiaria.
As salas de aula funcionam no segundo piso, a sala possui janelas grandes e ventiladores no teto e ar condicionado, as paredes são decoradas com materiais pedagógicos, e um quadro branco, 2 armários para a organização dos matérias como folhas tintas, colas e outros, no corredor encontra-se os banheiros femininos e masculinos com 8 privadas cada. 
Os alunos do 3° ano têm como característica serem afetuosas e falantes, quando cheguei à sala logo todos perguntaram quem eu era, com a ajuda da professora que me apresentou a turma, em seguida os alunos disputavam espaço para as perguntas foi necessário à professora intervir e pedir que cada um levantasse a mão para que de forma organizada pudesse conversar com a turma, uma característica que me impressionou.
Observei que a maioria das crianças está na fase da alfabetização, são crianças como todas as outras, com exceção de uma criança com dislexia, as demais apresentam algum tipo de dificuldades, umas em português outras em matemática. Observei muitas conversas paralelas, as crianças acabam deixando as atividades por fazer. Com isso requer mais atençãoe interferência da professora, para que todas possam executá-las de forma ter um bom rendimento escolar.
2.3 DESCRIÇÃO DA DOCÊNCIA
O preparo é fundamental para conquistar um objetivo, seja o trabalho ou estudo que estejamos realizando.
Conforme as observações, orientações e dicas da professora da sala sobre as atividades a serem preparadas, elaborei o planejamento com a finalidade de enriquecer as aulas.
O planejamento foi realizado de acordo com o que já estava sendo proposto e estudado no intuito de propiciar aos alunos, interação entre elas estimulando seu desenvolvimento cognitivo, físico, social, intelectual, emocional e moral.
Para aplicar algumas atividades dentro ou fora da sala de aula relacionados aos alunos, foi preciso elaborar bem o planejamento, pois devem ser capazes de reconhecer normas e regras propostas nas atividades, pois demonstram competividade, e costumam demonstrar receio no fracasso. 
Considerando a demanda da turma meu planejamento foi todo elaborado em cima de um livro O GATINHO PRETO, de Ana Maria Bettini, a fim de garantir a aprendizagem de todo turma em minha prática docente, Partindo do pressuposto que as pessoas aprendem através da interação com o meio em que vivem, da mesma forma se aprende ler e escrever, em um ambiente letrado, onde os alunos e professores tenham o hábito da leitura e da escrita. É através da interação com as letras que o aluno se tornará um leitor proficiente. levei para sala de aula literatura para serem lidos e analisados pelos alunos. Em seguida fazia-se um dialogo para discussão do assunto estudado tinha-se então a oportunidade de esclarecer as dúvidas e comentar sobre a história lida. Penso que esses textos por chamar a atenção dos alunos, levam a um bom entendimento, o quê o autor quis passar foi entendido com satisfação.
 Para os alunos das séries iniciais do ensino fundamental, é importante que se trabalhe com textos que lhes chamem a atenção, a história trouxe questões relacionadas à diversidade e à socialização, busquei fazer atividades praticas buscando trazer a leitura para o concreto para facilitar a compreensão, a historia por se tratar de um gatinho preto na qual uma menina o queria, mas a mãe da menina não o quis, pois em sua opinião o gato preto dava azar, foi trabalhado de forma descontraída a inclusão e preconceito, não somente com os animais mas também entre pessoas, foi de grande significado para as crianças pois os mesmos tendem a selecionar os colegas para brincar, em diversas atividades foi trabalhado o compartilhar. 
2.4 INCLUSÃO NA ESCOLA ESTAGIADA
Toda escola tem a obrigação de receber e dar o suporte necessário a todos os alunos para o seu desenvolvimento intelectual. Sobre o direito à educação, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN, define assim: 
Art. 53 A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício de sua cidadania e qualificação pra o trabalho, assegurando-lhes: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.
Na escola em que realizei o estágio o numero de alunos inclusos em 2017 é de 1 aluno diagnosticado com dislexia, esta em processo de tratamento com especialista em neurologia.
O PPP da Escola fundamenta-se na promoção da igualdade de condições e oportunidade de aprendizagem a todas as crianças, garantindo o acesso e permanência na escola enquanto direito, sem distinção étnica, de gênero, de religião, cultural, condição social e econômica, conforme preconiza a constituição Federal do Brasil de 1988 e a LDBEN de 1996; Ressalvo que na perspectiva da educação inclusiva seguem os pressupostos preconizados:
 Parecer n.° 20/2009 CNE/CEB;
Princípios éticos, valorização da autonomia da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e as diferentes culturas, identidades e singularidades.
Princípios políticos dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito a ordem democrática.
Princípios estéticos, valorização da criatividade, da ludicidade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais.
Resolução n.° 13/2013 CME/PoA:
Art. 3º A educação inclusiva no SME está consubstanciada nos princípios da preservação da dignidade humana, do respeito à diversidade e a singularidade, do exercício da cidadania, do direito à educação para todos com qualidade e tem como objetivo:
 I – a construção de uma escola inclusiva que propõe no projeto pedagógico – no currículo, na metodologia de ensino, na avaliação e na atitude dos/as educadores/as – ações que favoreçam a interação social e sua opção por práticas que atendam à diversidade;
 II – a promoção das condições de acessibilidade do ambiente físico, dos recursos didáticos e pedagógicos e da comunicação e informação, provendo às escolas dos recursos humanos e materiais necessários;
 III - o compromisso com o processo de identificação de necessidades educacionais das crianças, adolescentes, jovens e adultos garantindo o atendimento a essas necessidades no âmbito educacional e a articulação com as políticas de atendimento da saúde e da promoção social.
Assim entendo, lembro de Freinet (1983) quando diz que “educação não é formula de escola, mas sim uma obra de vida”. Ao trabalho com crianças da educação infantil é preciso considera-las como seres efetivos, com necessidades físicas e emocionais de fortalecimento da autoestima, de vínculos com a família.
Na escola a acessibilidade é adequada aos portadores de necessidades especiais (PNE). Possui placas que reservam vagas em estacionamento, rampas e suporte nos banheiros. Contudo, conta com uma coordenadora pedagógica que suporte necessário marcando encontros com familiares e médicos, terapeutas e quando observado algum tipo de necessidade especial são encaminhados para uma avaliação médica profissional.
Temos na sala do 3° ano um menino de oito anos completos com dificuldade de aprendizagem, foi diagnosticado com dislexia nos momentos de atividades se dispõe a aprender, não apresenta dificuldades motoras, se distrai facilmente, observei que a professora regente da turma só lhe dava tarefas de pintar, no momento da minha pratica colaborei na aprendizagem, colocando perto da minha mesa, incentivando a desenvolver atividades de letramento, através das imagens do livro comentando a história com suas palavras, trabalhamos manuais como identificar letras, recortar e colar, na aritmética, ele parece confuso quando lhe é solicitado para fazer cálculos tem grande dificuldade de entender o significado das operações, como adição, subtração e multiplicação, contudo montei jogos na qual pude observar grande avanço no seu desenvolvimento de aprendizagem, sinalizado pela mãe que lhe causou alegria em ver o mesmo identificando letras e números. 
3.CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização do estágio nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental foi muito proveitosa, pertencer ao corpo docente, colaborou para o meu crescimento profissional e pessoal, ao término desta trajetória me trousse uma enorme alacridade, bem como quando consigo constatar que os objetivos propostos foram conquistados.
Na sala do 3° ano onde se desenvolveu o presente estágio, as crianças apresentam um comportamento proveitoso, a professora vigente que estava em sala sempre que precisei utilizar de sua experiência para manter a ordem na turma de maneira solicita sempre me orientando e auxiliando. Em relação a isso posso afirmar que o estágio me ensinou como lidar frente a diversas situações em sala de aula.
Percebi a importância do professor estar atento em suas aulas, pois não é fácil manter a concentração dos alunos por muito tempo, os mesmos solicitam atenção em tempo integral, cabe ao professor ter um bom domínio de turma, os incentivando ao aprendizado, propus atividades de maneira descontraídae lúdica, as atividades manuais foram de grande significado, os alunos demostraram contentamento ao utilizar novas técnicas como de origami, tangran, construção manual com sucatas, uso de tintas, recortes e colagens e pintura com giz de cera e lápis de cor.
Já no inicio da docência definimos juntos objetivos a serem alcançados através do projeto, regras de boas maneiras em sala de aula de forma que houvesse conscientização e comprometimento por parte dos alunos.
Estabelecemos juntos uma relação de afeto no qual favoreceu a comunicação e o desempenho junto a eles, conquistei aos poucos a confiança e o respeito, tive a oportunidade de elogia-los e incentiva-los nas mais diversos momentos, valorizando suas potencialidades.
Em cada abraço de chegada e despedida de aula, percebi que o maior dos sentimentos fez a diferença na minha passagem pela turma “afeto”, tenho a certeza de que muitas das minhas práticas serão lembradas, de uma forma carinhosa por aquelas crianças, na minha despedida o choro se fez presente, mas a alegria de ter tido a oportunidade de fazer um trabalho significativo para eles não tem preço, uma turma que deixou muita saudades, levarei esse aprendizado por toda vida.
REFERÊNCIAS 
SILVA, Eurides Brito. A educação Básica pós-LDB. São Paulo: Pioneira,1999.
FREINET, C.A. A pedagogia do bom senso. São Paulo; Martins Fontes, 1995.
 
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PORTO ALEGRE. Resolução n.º
14/2014, de 24 de julho de 2014.
BRASIL. Congresso Nacional. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acesso em: 12 jun. 2016.
PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade, teoria e prática? São Paulo: Cortez, 1997.
https://www.infoescola.com/educacao/ensino-fundamental/ em 18/10/2017
WEFORT, Madalena Freire, (1996). O registro e a reflexão do educador: sobre o
ato de escrever (p.38-39); Reflexão e formação do educador (p.39-41);
Importância e função do registro escrito e da reflexão (p.41-45) IN: Observação,
registro, reflexão. Instrumentos Metodológicos I. São Paulo: Espaço Pedagógico.
ANEXO A – FICHA DE AVALIAÇÃO