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9 MODELAGEM DE PROCESSOS Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 22 /0 8/ 09 GESTÃO-2ºsem-2ºmod Unidade II 5 10 15 20 3 MODELAGEM DE SISTEMAS A fase de desenvolvimento de um novo sistema de informação (Quadro 2) é um momento complexo que exige um signifi cativo esforço no sentido de agregar recursos que venham a apoiar a geração do código, a validação e a implantação do que é o objetivo do evento de uma forma clara, efi ciente e no tempo planejado. Os profi ssionais ligados ao desenvolvimento de sistemas usam dados, processos e modelos de objeto para compreender os sistemas existentes e projetar os novos. Esses modelos tornaram-se um padrão no mercado porque fornecem uma linguagem que os analistas, os projetistas e os desenvolvedores podem usar para comunicar-se efi cientemente. Dessa forma, os gerentes de projetos se benefi ciam da compreensão desses modelos, de modo que possam melhor comunicar suas necessidades. Atualmente, existem softwares que geram programas de computador diretamente dos modelos de sistema. São as chamadas ferramentas CASE (Computer-Aided Software Engineering, ou Engenharia de Software Assistida por Computador), que podem acelerar, de maneira signifi cativa, o desenvolvimento de sistemas. Essas ferramentas podem auxiliar os desenvolvedores a compreender e a manter estes programas. 10 Unidade II Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 22 /0 8/ 09 3.1 Os desenvolvedores de sistemas podem escolher entre quatro caminhos Modelo Descrição Usos Vantagens Desvantagens Cascata Segue ordenadamente os estágios do ciclo de vida do desenvolvimento de sistemas. Projetos de grande porte e complexos, com muitas pessoas e áreas envolvidas Sem retrabalho. Fácil de administrar. Altamente infl exível. Não há entregas provisórias. Espiral Entrega o sistema em versões conforme a regra 80/20, de acordo com a necessidade. Organizações dinâmicas que podem tolerar ambiguidades e necessitam obter resultados com rapidez. Rápida entrega do produto. Progresso fácil de ver Retrabalhos constantes Custos elevados. Prototipagem Concentra-se na interface do usuário numa interação cíclica dos estágios de projeto e desenvolvimento. Projetos de porte pequeno a médio, em que os requisitos são vagos ou obscuros. Curto período entre análise e implementação. O sistema satisfaz melhor as necessidades. Evita custos desnecessários. Ampliada comunicação e interação entre usuários e desenvolvedores. Aumenta as expectativas do usuário. Não garante redução de custos. Atrasa a funcionalidade do sistema. Programação ágil Avalia necessidades e desenvolve especifi cações durante o desenvolvimento. Pequenos projetos conduzidos por desenvolvedores experientes e competentes e usuários que desejam tomar parte no processo de desenvolvimento. Rápida entrega do produto Pronto atendimento às necessidades do usuário Mais difícil de aplicar conceitos de qualidade, tais como medição de desempenho e melhoria de processos. Pode decair acentuadamente com desenvolvedores fracos. Quadro 2 - Estilos de desenvolvimento de sistemas. Fonte: Gordon e Gordon, 2006. 11 MODELAGEM DE PROCESSOS Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 22 /0 8/ 09 GESTÃO-2ºsem-2ºmod 3.2 Modelos de dados Os modelos de dados são responsáveis por descrever os relacionamentos existentes entre os elementos de dados que uma organização utiliza. O modelo conhecido como “entidade- relacionamento” ou “diagrama ER” é um dos modelos de dados mais usados (Figura 6). Contudo, existem também outros modelos. O ANSI (American National Standards Institute) suporta um padrão diferente, o modelo de dados conhecido por IDEF1X. Este modelo assemelha-se ao modelo entidade-relacionamento. Uma vantagem deste modelo está em se converter mais diretamente para uma implementação de banco de dados relacional. Os produto, tais como o Visible Analyst, da Visible Systems, e o System Architect, da Popkin Software, suportam ambos os modelos, bem como diversos outros. região nome-representante contato clientes ID endereço fone-representante fone-cliente nome-cliente representante-vendas representa dados-representante 1 M Figura 6 - Diagrama ER: mostra o relacionamento entre representantes de vendas e seus clientes. Fonte: Gordon e Gordon, 2006. 3.3 Modelos de processos Os modelos de processos dividem um processo em etapas, identifi cam como estas etapas se relacionam entre si e indicam quais saídas de um processo são entradas para outros. Os modelos de processos mais utilizados incluem diagramas de 5 10 15 12 Unidade II Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 22 /0 8/ 09 estrutura, quadros de funções e diagramas de fl uxo de dados (DFDs). • Os diagramas de estrutura demonstram o relacionamento entre os programas e subprogramas que compreenderão o sistema acabado. Na Figura 7, o diagrama de estrutura para um sistema de folha de pagamento evidencia o projeto modular do sistema, no qual a execução de uma determinada tarefa, como o cálculo do pagamento líquido, requer a terminação das tarefas abaixo, que compreendem o cálculo de impostos e cálculo de deduções. Processo da folha de pagamento Calcular pagamento normal Calcular horas extras Calcular impostos Calcular deduções Ler registro mestre de empregado Ler cartão de ponto Gerar relatório de pagamento Gerar cheques de pagamento Ler entrada Calcular pagamento Gerar saída Calcular pagamento bruto Calcular pagamento líquido 1.0 2.0 3.0 4.0 2.1 2.2 4.1 4.2 3.23.1 3.1.1 3.1.2 3.2.1 3.2.2 Figura 7 - Diagrama de estrutura de um sistema de folha de pagamento. Divide os processos de folha de pagamento em três subprocessos.Os subprocessos sofrem novas divisões. Fonte: Gordon e Gordon, 2006. • O quadro de funções, ilustrado na Figura 8, implementa o modelo IDEF0 do ANSI, no qual cada quadro de função corresponde a uma caixa num diagrama de estrutura. As 5 10 13 MODELAGEM DE PROCESSOS Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 22 /0 8/ 09 GESTÃO-2ºsem-2ºmod linhas entre as caixas mostram os relacionamentos entre as entradas e saídas dos procedimentos. Os documentos que suportam a metodologia IDEF0 mostram um único quadro de função juntamente com a divisão dessa caixa em suas subtarefas em cada página. Função de manutenção Controles Mecanismos Entradas Saídas Figura 8 - O quadro de funções IDEF0 mostra como um processo se conecta com outros processos. Fonte: Gordon e Gordon, 2006. • Os diagramas de fl uxo de dados (DFDs) - Figura 9 - são responsáveis por modelar o fl uxo dos dados entre processos. Mas, eles não modelam a decomposição dos processos em subprocessos ou a ordem em que as tarefas são executadas para realizar um processo. Por exemplo, um arquivo de empregados mantém dados armazenados sobre a classe de pagamento do empregado, o nível de pagamento e as deduções. Dessa forma, os processos para determinar o pagamento bruto e calcular o pagamento líquido usam esses dados armazenados. 5 10 15 14 Unidade II Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 22 /0 8/ 09 Limite do sistema Catrão de ponto Classe de incidência Nível de pagamento Pagamentobruto Cheque de pagamento Pagamento líquido Pagamento líquido Condição de imposto Pagamento de deduções Empregados Calcula pagamento bruto Calcula deduções extras de impostos Arquivo de empregado Cria contracheque Calcula impostos Saldo da tesouraria Registro histórico de pagamentos Tabelas de impostos Figura 9 - Diagrama de fl uxo de dados de um sistema de folha de pagamento. São mostradas as entradas e saídas de cada procedimento e as fontes e o uso de dados que estão fora do limite do sistema. Fonte: Gordon e Gordon, 2006. 3.4 Modelos de objeto Os modelos de objeto identifi cam as propriedades dos objetos, seus relacionamentos entre si e as funções que executam. Os modelos de objeto incluem, frequentemente, os diagramas de herança, que mostram como os objetos herdam suas propriedades de outros objetos. Os modelos de objeto podem também incluir diagramas de estado para mostrar como as características de objeto mudam à medida que os eventos externos afetam um objeto, e como o objeto responde diferentemente às mensagens, dependendo do seu estado. 5 15 MODELAGEM DE PROCESSOS Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 22 /0 8/ 09 GESTÃO-2ºsem-2ºmod Os objetos incorporam tanto os dados quanto as operações que podem ser executadas sobre os dados. Os relacionamentos entre objetos, dados e processos motivaram o desenvolvimento de modelos que incorporam todos os três elementos. Entre os recursos mais populares para se gerar modelos que estabeleçam os relacionamentos desejados está o UML. Porém, deve-se refl etir a respeito sobre o que é realmente desenvolver sistemas orientados a objetos. Ao se observar a forma como a análise e o projeto de sistemas vem sendo realizada em muitos lugares, pode-se verifi car que muitos profi ssionais simplesmente adotam uma linguagem orientada a objetos ou até algum fragmento de processo orientado a objetos, sem muita consciência do que estão fazendo. Portanto, de nada adianta realizar investimentos pesados na aquisição de ferramentas CASE orientadas a objetos sem a devida compreensão da forma de se pensar orientada a objetos. Dessa forma, conclui-se que o uso de diagramas pode não melhorar a qualidade do software produzido. Para um profi ssional chegar a ser um arquiteto de software, existe uma série de conhecimentos que precisam ser compreendidos. 4 UML Muitos profi ssionais acreditam que UML é uma metodologia, mas na verdade é uma linguagem. UML signifi ca Unifi ed Modeling Language (linguagem de modelagem unifi cada) e é usada para descrever eventos. Contudo, conhecer uma linguagem não implica em habilidade para saber utilizá-la com efeito. Tome-se por base a língua portuguesa ou a inglesa, nas quais saber escrever não necessariamente implica em saber falar bem, ou descrever eventos com precisão para que qualquer leitor possa compreender. Nesse caso, existem “métodos” ou “processos” que auxiliam, por exemplo, os escritores na defi nição de eventos com clareza. Esses métodos e processos ajudam a estruturar adequadamente as frases para que estas produzam o efeito desejado. 5 10 15 20 25 30 16 Unidade II Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 22 /0 8/ 09 Dessa forma, ao se usar a linguagem UML, pretende-se produzir projetos de sistemas com elegância, claros e bem estruturados, nos quais os leitores terão uma fácil assimilação do que se pretende descrever. 4.1 Para que é utilizado a UML? A UML é uma das mais linguagens mais utilizadas no mundo para especifi car modelos de sistemas. Foi desenvolvido pelo OMG (Object Management Group), e destina-se a modelar aplicações, comportamentos, arquitetura e também processos de negócios e estruturas de dados. Além disso, promove a unifi cação de vários passos do desenvolvimento e da integração de modelos de negócios por meio da modelagem de arquitetura e aplicação para o desenvolvimento, implantação, manutenção e evolução. O OMG é formado por um consórcio da indústria da computação, sem fi ns lucrativos, que desenvolve uma força tarefa para defi nir padrões de integração para as corporações para um amplo escopo de tecnologias. Segundo a OMG, a UML é uma linguagem visual para especifi cação, construção e documentação de “artefatos” de software: • a criação de esquemas UML, cujo o propósito da modelagem é, principalmente, para entender e documentar; • a UML sozinha não resolve nada: ela deve ser usada dentro de um processo de desenvolvimento! A UML defi ne uma linguagem padrão e uma notação gráfi ca para a criação de modelos de negócios e sistemas técnicos. Ao contrário da opinião popular, a UML não é apenas para programadores. De fato, a UML defi ne diversos tipos de modelos que abrangem uma grande escala de modelos e requisitos funcionais de fl uxo de trabalho para projetos de estrutura de 5 10 15 20 25 17 MODELAGEM DE PROCESSOS Re vi sã o: B ea tr iz - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 22 /0 8/ 09 GESTÃO-2ºsem-2ºmod classe e diagramas de componentes. Este livro descreve como esses modelos são aplicados para especifi car o uso da XML no contexto de um sistema de e-business. Esses modelos, e um processo de desenvolvimento que os utiliza, melhoram e simplifi cam a comunicação entre interessados de aplicações muito diversas. A UML tem progredido a passos largos para atingir seu objetivo de possuir um padrão unifi cado e está se tornando a linguagem preferida para a descrição de sistemas de negócios. O fato de a UML ter sido aceita na prática, e não apenas como um padrão teórico formal, contribuiu para um rápido desenvolvimento e para uma competição saudável entre as ferramentas de modelagem UML. Os produtos compatíveis com UML abrangem desde conjuntos de engenharia de software completos até ferramentas de análise de requisitos orientadas a negócios relativamente baratas. 5 10 15
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