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CC 08 Penal III

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Juliana Dias Penna da Silva
Direito Penal III
Caso Concreto 8
Questão 1:
Luana, Vanessa e Isabela, jovens de 22 e 23 anos, após terem sido demitidas da empresa de propaganda na qual trabalhavam resolveram alugar um imóvel e dividir as despesas do mesmo. Passados alguns meses sem que conseguissem novo emprego, decidiram trabalhar por um tempo como “garotas de programa” para seu sustento. 
A fim de evitar chamar a atenção de amigos e familiares resolveram utilizar a sua própria residência como local dos encontros. Para tanto, acordaram que Luana ficaria responsável pela “administração” do local, recebendo parte do dinheiro obtido por suas colegas com o serviço sexual, utilizando-o no pagamento do aluguel, anúncios, empregada e outras despesas necessárias à mantença do local. No mais, as próprias colegas agendavam e negociavam os programas que realizavam. 
Passados alguns meses do início das “atividades”, após diversas notificações às jovens reclamando sobre o excessivo movimento de “estranhos” no edifício, o síndico, desconfiado das atividades lá realizadas, notifica os fatos à autoridade pública, bem como a ocorrência de pequenos delitos no local.  
Após detalhada verificação de todos os fatos, inclusive através de interceptações telefônicas deferidas judicialmente, restou demonstrada a habitualidade das condutas de Luana, Vanessa e Isabela. Dos fatos, as jovens restaram denunciadas pela prática da conduta descrita no art.229, do Código Penal, sendo cumulada à conduta de Luana a figura típica do art.230, do Código Penal. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a moderna teoria do delito, quais as possíveis teses defensivas a serem apresentadas por Luana, Vanessa e Isabela? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Prostituir-se não é crime, é uma conduta atípica, haja vista os Princípios da Lesividade, Ofensividade ou Transcendência (o direito Penal não pune a auto-lesão). 
Não é proibido utilizar a própria residência para receber pessoas. Se o sujeito se prostituir na sua própria residência, não é crime. O fato de utilizar imóvel alugado para pratica de sexo com pessoas mais intimas, não se subtende casa de prostituição. 
Existem dois posicionamentos a respeito da prostituição de forma habitual na própria residência:
1° posicionamento: Como é na própria residência, não é crime, mesmo que com habitualidade.
2° posicionamento: (art. 229:” Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, o intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente”). É crime!!!
As acusadas são maiores de idade e não envolveram em suas relações sexuais menores de 18 anos, e utilizam o dinheiro da “venda do corpo” para sanar as dívidas da própria residência, descaracterizando o Rufianismo (art. 230: “Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte por quem exerça”.
No caso em questão, não há que se falar em crime tipificado pelo Código Penal, visto que PROSTITUIR-SE não é crime.
Questão Objetiva 1: 
Sobre os crimes contra a dignidade sexual é correto afirmar que não  comete crime quem: 
a) Utiliza a própria residência, com habitualidade, para a prática da prostituição. 
b) Aluga imóvel para a montagem de casa de prostituição, sabendo da finalidade do locatário. 
c) Paga os aluguéis do imóvel onde reside com o dinheiro obtido pela prostituição de outrem. 
d) Convence a própria filha a manter relações sexuais com seu namorado. 
e) Utiliza residência alheia, com habitualidade, para a prática da prostituição. 
Questão Objetiva 2: 
Com relação aos  crimes contra a dignidade sexual é correto afirmar que: 
a)para a consumação do delito de casa de prostituição é imprescindível a prática efetiva de ato libidinoso, bem como a finalidade de lucro. 
b)não se exige, para a consumação do delito de rufianismo, a habitualidade e permanência da conduta do agente. 
c) não se aplicam, aos crimes contra a dignidade sexual, os princípios da intervenção mínima, fragmentariedade e adequação social para fins de exclusão da responsabilidade jurídico-penal. 
d)no delito de casa de prostituição tutela-se o interesse da coletividade de modo a evitar a proliferação de todas as formas de lenocínio.

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