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Queixa Crime

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE ___, ESTADO DE RIO DE JANEIRO. 
 
 
 
 
 
Josefina Fagundes, Brasileira, solteira, aposentada, inscrito no CPF sob o nº 
XXXXXXXXX, RG nº XXXXXX, residente e domiciliado na Rua Santa Clara, nº 
231, Bairro Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, vem, respeitosamente à presença 
de Vossa Excelência, por intermédio de seu (a) advogado (a) que esta subscreve 
(procuração com poderes especiais em anexo), oferecer 
 
QUEIXA-CRIME 
 
com fundamento no artigo 100, §2º do Código Penal, artigos 30, 41 e 44 do 
Código de Processo Penal, contra Maria Antonieta, brasileira, casada, 
aposentada, inscrito no CPF sob o nº XXXXXXXXX, RG nº XXXXXX, residente 
e domiciliado na Rua Santa Clara, nº 231, Bairro Copacabana, Rio de Janeiro, 
RJ, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. 
 
DOS FATOS 
 
No dia 15 de agosto do corrente ano, a querelante estava no interior de sua 
residência quando ouviu sua vizinha, Sra. Maria Antonieta, chama-la de nomes 
ofensivos e imorais como “piranha”, “pervertida” e “sem vergonha”. 
 
Inconformada com o que estava ouvindo, dirigiu-se à janela de seu 
apartamento, e foi surpreendida ao ser ofendida mais uma vez. Sua vizinha 
estava na janela de seu apartamento gritando que era “uma vergonha uma 
velha ficar andando pelada”, o que levou à diversos constrangimentos perante 
seus outros vizinhos, deixando-a muito abalada. 
 
 
 
 
DO DIREITO 
 
A honra subjetiva é aquela que é atribuída pela visão que o indivíduo tem de si, 
é a construção de elementos morais, físicos e intelectuais de uma pessoa. 
No dia 15 de agosto, com animus injuriandi, ou seja, vontade de afrontar a honra 
subjetiva do Querelante, o Querelado disse pessoalmente àquele, o seguinte: 
“piranha”, “pervertida” e “sem vergonha”. 
Diante de tal conduta, o Querelado praticou o crime de injúria, conforme art. 140 
do Código Penal, que é configurado pela ofensa a honra subjetiva do sujeito 
passivo. 
 
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro Pena - 
detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 
Vale frisar que o delito praticado pelo querelado consistiu na utilização de 
elementos referentes a condição de pessoa idosa, visto que após as ofensas 
supramencionadas ainda gritou perante todo prédio, em sua janela, que “é uma 
vergonha uma velha andar pelada”, devendo ser aplicada a causa de aumento 
de pena constante do artigo 140, em seu parágrafo 3º: 
 
“ Art. 140, § 3º - Se a injúria consiste na utilização de elementos 
referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa 
idosa ou portadora de deficiência (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 
2003) 
Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 
1997) ” 
 
Assim, quando o Querelado proferiu estas palavras agiu com dolo e atingiu a 
honra subjetiva do Querelante, consumando-se o crime de injúria quando a 
vítima toma conhecimento de tal imputação. Fato este que poderá ser 
comprovado pelas testemunhas Rosa Martins, sua vizinha, e Carlos da Silva, 
que trabalha como porteiro do prédio ondem residem as partes. 
 
 
 
DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer: 
 
1. O recebimento da Queixa-crime; 
2. A citação do Querelado para que seja processado e ao final condenado 
nas penas dos crimes previstas no art. 140 C/C com art. 140, parágrafo 
3º, todos previstos no Código Penal; 
3. Manifestação do Ministério Público; 
4. A fixação do valor mínimo da indenização pelos danos morais sofridos, 
bem como a condenação do Querelado para pagamento das custas e 
demais despesas processuais. Com base no art. 387, inciso IV do CPP; 
5. A intimação das testemunhas para prestar depoimento durante a 
instrução criminal a seguir arroladas. 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
Rio de Janeiro, 15 de fevereiro de 2018 
 
Gabrielle Piaz Salgado de Oliveira 
OAB 123.456/RJ 
 
 
 
Rol de Testemunhas: 
 
1. Rosa Martins, brasileira, casada, professora, residente e domiciliada na 
Rua Santa Clara, número 231, apt. 910, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ. 
 
2. Carlos da Silva, brasileiro, casado, porteiro, residente e domiciliado na 
Rua XXXX, número XX, Rio de Janeiro, RJ. 
 
PROCURAÇÃO 
 
Josefina Fagundes, Brasileira, aposentada, solteira, portadora da Cédula de Identidade 
XXXX, inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob nº XXXXX, 
residente e domiciliada no endereço Rua Santa Clara, número 231, Copacabana, Rio de 
Janeiro, RJ , nomeia e constitui como seu procurador a advogada Gabrielle Piaz Salgado 
de Oliveira inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob nº123.456, Brasileira, 
solteira, com escritório profissional na Rua XX, Centro, Rio de Janeiro, RJ, a quem 
concede, com fulcro do art. 44 do Código de Processo Penal, PODERES ESPECIAIS 
PARA INGRESSAR EM JUÍZO COM QUEIXA CRIME contra Maria Antonieta, 
Brasileira, aposentada, solteira, portadora da Cédula de Identidade XXXX, inscrita no 
Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob nº XXXXX, residente e 
domiciliada no endereço Rua Santa Clara, número 233, Rio de Janeiro, RJ, porque, há 
menos de seis meses, precisamente no dia 15 de agosto de 2017, por volta das 10 horas, 
na rua Santa Clara, na presença de terceiros, dirigiu-se à pessoa da outorgante, com 
palavras injuriosas e de baixo calão, chamando-a de “piranha”, “sem vergonha” e 
“pervetida” , dizendo ainda que “é uma vergonha uma velha andar pelada”, tendo assim 
praticado contra a mesma o crime de INJÚRIA, previsto no art.140, c/c art. 140, §3º, 
todos do Código Penal Brasileiro, motivando a presente Ação Penal Privada.

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