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INSTITUTO DE FORMAÇÃOE EDUCAÇÃO TEOLÓGICA - IFETE
CURSO DE LIVRE EM PEDAGOGIA
MARIA DA CONCEIÇÃO MACEDO OLIVEIRA
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
CABECEIRAS – PI
2014
MARIA DA CONCEIÇÃO MACEDO OLIVEIRA
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final para a obtenção do título de Graduação em Licenciatura em Pedagogia, do Instituto de Formação e Educação Teológica - IFETE.
Orientadora: Professora Esp. Maria Sandoly Alexandre 
CABECEIRAS – PI
2014
 MARIA DA CONCEIÇÃO MACEDO OLIVEIRA
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final para a obtenção do título de Graduação em Licenciatura em Pedagogia, do Instituto de Formação e Educação Teológica - IFETE.
Orientadora: Professora Esp. Maria Sandoly Alexandre
. 
APROVADA EM ______/ _________/ _________
Orientador (a) Prof. Me.
1º Examinador (a) Prof. Me.
2º Examinador (a) Prof. Me.
___________________________________________________________________
Coordenar (a) Prof. Me.
CABECEIRAS – PI
2014
Dedico este trabalho a Deus, por ser minha fonte de vida e inspiração. A minha família por terem me apoiado em todos os momentos, por suas contribuições para meu crescimento como pessoa e profissional.
“O Planejamento só tem sentido se o sujeito coloca-se numa perspectiva de mudança”
Vasconcellos 
A Deus que sempre, nos conforta, encorajando, acalmando e fortalecendo-nos como ninguém, as muitas pessoas, agradeço pela ajuda, a acolhida, o incentivo, as críticas, as sugestões e em especial a minha família (Pais, Irmão, Esposo e Filhos), que acreditaram junto comigo que este sonho era passível de realização e agora se torna realidade, a quem porventura tenha me esquecido o meu muito abrigado.
RESUMO
Considerando os vários fatores que devem ser pensados na elaboração do planejamento pedagógico na Educação como um todo, surgem questionamentos sobre o que fazer com as crianças bem pequenas e como planejar o trabalho educativo com as crianças de zero a cinco anos. Onde pesquisas mostram que principalmente na Educação Infantil teve pouca preocupação na construção de um desenvolvimento saudável da criança pequena, a partir de uma postura crítica e reflexiva. Contudo, atualmente, muito se discute sobre essa primeira etapa da educação básica. O planejamento é o primeiro passo da prática pedagógica, facilitando o trabalho educativo do professor e preparando a criança para a sua vida futura. Pretende-se conhecer como deve ser o planejamento de atividades na Educação Infantil, as principais características dos planejamentos de atividades para crianças de zero a cinco anos, e analisar como se processam as atividades com crianças pequenas, envolvendo o cuidar e o educar. As pesquisas basearam-se no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, na LDB 9394/96, em obras de Ostetto (2002), Vasconcellos (1995, 2000), Libâneo (1993) e na observação direta do planejamento e prática pedagógica feita pela professora regente da turma onde foi realizado o Estágio Supervisionado na Educação infantil. Constatou-se que ela tem contato com o ato de planejar e há coerência entre o que ela relatou sobre o assunto, o que foi observado e a prática em sala de aula. Verificou-se o registro do planejamento que é feito através de temas e projetos, em conjunto com outras educadoras e sob orientação da instituição. 
Palavras-chave: Educação Infantil. Planejamento docente. Prática pedagógica.
ABSTRACT
Considering the various factors that should be thought of in the preparation of educational planning in education as a whole, questions about what to do with very young children and how to plan the educational work with children from zero to five years arise . Where polls show mostly in kindergarten had little concern in building a healthy development of the young child , from a critical and reflective attitude . However , currently , there is much discussion about this first stage of basic education. Planning is the first step of the pedagogical practice by facilitating the work of the teacher education and preparing children for their future life. We intend to know how to be planning activities in kindergarten , the main characteristics of the planning of activities for children aged zero to five years , and analyze how activities are conducted with small children , involving the care and education . The surveys were based on the National Curriculum for Early Childhood Education , the LDB 9394/96 , in works of Ostetto (2002 ) , Vasconcellos ( 1995, 2000 ) , Libâneo ( 1993) and direct observation of planning and teaching practice made ​​by teacher of the class where the conductor Supervised Internship was held in Children's Education . It was found that she has contact with the act of planning and there is coherence between what she reported on the subject , which was observed and practice in the classroom . There was the record of the planning that is done through themes and projects , together with other educators and under the guidance of the institution.
Keywords: Early Childhood Education. Teacher planning. pedagogical practice
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	10
2 – O PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL EM SEU CONTEXTO HISTÓRICO	15
2.1 As Crenças e as Ações dos Docentes Acerca do Planejamento de Ensino	16
2.2 O Planejamento Escolar Conforme a LDB	17
2.3 Os PCN’s e o Planejamento na Educação Infantil	18
2.4 O Planejamento na Educação Infantil	22
2.5 O Planejamento como Ação Mediadora	25
2.6 A Importancia do Planejamento no Processo de Ensino e Aprendizagem	26
2.7 De onde Vem a Ideia de Planejemento	29
3 – OS TIPOS DE PLANEJAMENTO	32
3.1 Fases do Planejamento Diagnostico da Realidade	32
3.2 Conhecendo o Plano da Escola	33
3.3 O Plano de Ensino	34
3.4 O Plano de Aula	34
3.5 Projeto Politico Pedagogico 	38
3.6 Regimento Escolar	40
3.7 O Planejamento Estrategico Corporativo	41
3.8 Finalidades do Planejamento	43
3.9 Diagnostico da Realidade	44
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS	47
REFERNECIAS BIBLIOGRAFICAS	50
1. INTRODUÇÃO
Falar de planejamento de ensino parece ser um assunto rotineiro, porém, com o passar do tempo é importante perceber que a maneira de se planejar hoje não é a mesma que há vinte anos, conforme aponta Hernández, “quando não existia a síndrome do excesso de informação, ou há 40, quando se pensava que as disciplinas se articulavam por regras estáveis, ou há 80, quando muitos campos disciplinares estavam em fase de definição” (HERNÁNDEZ, 1998).
Percebe-se, assim, que o passar dos tempos altera o modo de planejar a vida. Por isso, mesmo que sejam utilizados conceitos semelhantes, o contexto é diferenciado, e é por isso que em momentos diferentes o planejamento assume papéis singulares. 
A ação de planejar faz parte da história do homem, pois, a vontade de transformar aspirações em realidade objetiva é uma preocupação que acompanha a maioria das pessoas.
Pensar e planejar são atos que agem concomitantemente. Ao iniciar o dia, o homem pensa e distribui suas atividades de acordo com o seu tempo e com suas necessidades: o que irá fazer, como fazer, para que fazer e com o que fazer.
A origem da discussão sobre estratégia no campo da gestão é controvertida, mas pode-se dizer que, desde o início do século XX, já ocorriam debates ao redor do tema nas universidades (Ghemawat, 2002). 
No entanto, autores importantes consideram que a estratégia como disciplina de estudo da administração tem seu início com os trabalhos basilares de Alfred Chandler (1962), Kenneth R. Andrews (1971), e H. Igor Ansoff (1965) eRumelt, Schendel e Teece (1994). 
A estruturação inicial desta área foi complementada pelo desenvolvimento e disseminação de conceitos e ferramentas de análise estratégica; tanto por acadêmicos (e.g. Modelo de cinco forças desenvolvido por Porter), como por consultorias (e.g. matriz growth-share desenvolvida pela BCG) (Ghemawat, 2002), além da criação de instituições representativas do campo de estratégia, por exemplo, a Strategic Management Society (SMS). 
Durante estes quase 50 anos, diversas de teorias e abordagens foram criadas para o estudo dos fenômenos ligados ao campo da estratégia.
De forma geral, os primeiros estudos do campo inspiraram um tipo de pesquisa que buscou definir o conteúdo da estratégia, isto é, compreender o que é necessário saber para traçar a estratégia correta de determinada organização, algo usualmente feito pela criação de tipologias analíticas (Chia & Mckay, 2007; Whittington, 1996).
 Entre os representantes dessa linha temos o trabalho sobre definição de estratégia corporativa de Ansoff (1965), as análises econômicas sobre estratégia e estrutura de Rumelt (1974) e os trabalhos sobre estratégia competitiva de Porter (1980). 
Apesar da utilidade das ferramentas de análise criadas para o trabalho dos estrategistas, a principal crítica a essa abordagem é que ela ignora a complexidade da aplicação da estratégia nas organizações. Ao olhar a estratégia somente por essa perspectiva de conteúdo, é difícil ver a sua relação com questões organizacionais. 
Apesar do estudo de Chandler (1962) já trabalhar com a noção de estratégia e estrutura, a relação estabelecida entre estes conceitos é praticamente de subordinação da estrutura às decisões econômicas da estratégia organizacional. 
Dessa forma, com a elevada importância dada a essas decisões, a corrente principal do campo de estratégia passou a enfatizar as questões econômicas e ambientais que envolviam as corporações. Porém, já no início da década de 1980, começou-se a desenvolver perspectivas alternativas que promovem a convergência entre estratégia e teoria organizacional (Vasconcelos & Cyrino, 2000).
Nas mais simples ações humanas do dia-a-dia, quando o homem pensa de forma a atender seus objetivos, ele está planejando, sem necessariamente registrar de forma técnica as ações que irá realizar durante o dia. Assim, pode-se dizer que a ação de planejar, ou o planejamento, faz parte da vida. Aquele que não mais planeja, corre o risco de realizar as coisas de forma mecânica, alienada e, como conseqüência, sua ação não ter um sentido definido.
Inicialmente, para melhor compreensão do tema central do estudo cumpre tentar esclarecer o que é planejamento. Conforme Padilha (2001.64):
Planejamento é processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas. O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações.
Para muitas das escolas que já usam o ato de planejar como uma de suas prioridades ainda sim encontram severas dificuldades para fazê-lo, pois a maioria dos professores que fazem parte do corpo docente dessas escolas em sua grande maioria são professores “que tem uma idade avançada, fator que faz com que seja preponderante para a não participação da ação de planejar”, ainda sim, conseguem usando técnicas acolhedoras e que fazem com que estes professores se adequem e façam, até mesmo se rendam ao planejamento como base intriseca em sua forma de trabalhar. 
Segundo Vasconcellos (2000.106): 
Planejar é antecipar mentalmente uma ação ou um conjunto de ações a ser realizadas e agir de acordo com o previsto. Planejar não é, pois, apenas algo que se faz antes de agir, mas é também agir em função daquilo que se pensa. O planejamento enquanto construção-transformação de representações é uma mediação teórica metodológica para ação, que em função de tal mediação passa a ser consciente e intencional. Tem por finalidade procurar fazer algo vir à tona, fazer acontecer, concretizar, e para isto é necessário estabelecer as condições objetivas e subjetivas prevendo o desenvolvimento da ação no tempo.
Para Padilha (2001), planejamento é processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas. 
E que ainda o ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações. 
Nesse sentido, é de suma importância para um bom planejamento escolar que os gestores saibam orientá-lo e executá-lo, uma vez que o bom desenvolvimento da escola depende de um bom planejamento escolar, o que justifica a escolha do tema ora tratado.
	Planejamento, planejar e planos são traduzidos como sinônimos. No entanto, é relevante repensar os conceitos porque são eles que determinam a opinião e a postura que se deve ter frente aos acontecimentos, pois são concepções e argumentações para justificar as escolhas que se pretende realizar. 
Objetivamente planejar significa tomar decisões. Então surgem os questionamentos: Que decisões? Que escolhas? O que privilegiar e por quê? Essas questões fundamentam as práticas realizadas, porque assim é que se escolhe aquilo que se sabe e acredita. É um momento extremamente rico. Porém, é importante destacar que essas escolhas não são definitivas. Elas poderão ser ampliadas, mudadas, contextualizadas com leituras, estudos e outras experiências.
	O planejamento é o pensamento. Quando ainda está se definindo compreensões ou quando se pensa no que realizar para construir uma prática que responde às intencionalidades pretendidas, é apenas pensamento. 
Não foram feitas opções, calcula-se a diferença entre uma e outra proposta de ação, trocam-se idéias e chega-se na fase que define a prática de sala de aula. Esse momento é inevitável, e a centralidade dele está em ter, e quando necessário buscar subsídios teóricos e práticos para que o pensamento possa de modo amplo e restrito, dar importância ao que se pretende realizar, tornando-se assim um processo educativo que contribua para a significação de práticas mais consequentes e solidárias. 
O exemplo ensina, e trabalhar coletivamente na escola, pesquisar esses subsídios teóricos e práticos e buscar orientações dos especialistas são formas de adquirir e ensinar o respeito às idéias dos outros, e ainda promover a convivência, a solidariedade e a socialização.
	A Educação Infantil ficou muito tempo como uma modalidade com planos inferiores às outras etapas da educação básica. As pesquisas mostram que essa modalidade de ensino contou com pouca preocupação em contribuir para a construção de um desenvolvimento saudável do ser humano em crescimento. 
Por causa disso, o planejamento do trabalho educativo era visto, na maioria das vezes, como uma atividade sem importância. Os professores eram considerados como tutores, ou 
seja, eles cumpriam a tarefa de “cuidar” das crianças. As práticas pedagógicas baseadas em planejamentos de atividades com objetivos definidos, conteúdos de qualidade, metodologias contextualizadas e avaliações críticas e reflexivas, não eram consideradas parte importante do processo educacional.
	Contudo, essa modalidade de ensino amadureceu em muitos aspectos. Atualmente, muito se discute sobre Educação Infantil, e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9394/96 a colocou num patamar de igualdade com o Ensino Fundamentale Médio, completando assim a educação básica. 
É nessa fase que o planejamento deve ser entendido como o primeiro passo do processo ensino-aprendizagem. Portanto, o docente precisa ter em mente que planejar é a possibilidade do professor escrever e ser autor de seu conhecimento, e também de seu pensamento, de sua história e da história de seus alunos. 
 	Assim como a maioria das pessoas planeja suas ações, suas decisões, seu trabalho e sua vida, com o educador não pode ser diferente. As boas práticas em sala de aula mostram-se eficientes e eficazes no cenário educacional, justamente porque são planejadas a partir de uma postura crítica e reflexiva. 
O planejamento facilita esse trabalho educativo do professor, possibilitando ao aluno um resultado eficiente que contribuirá na preparação para a sua vida familiar, social e profissional.
	Diante destes fatores que devem ser pensados na organização do planejamento na educação infantil, surgem as ansiedades e dúvidas: 
O que fazer então com as crianças, principalmente as bem pequenas? É possível fazer atividades com crianças do berçário, além de dispensar-lhes os cuidados físicos? Como planejar o trabalho educativo com as crianças de zero a cinco anos, principalmente as menores de três anos?
A metodologia utilizada para responder a essas questões foi a observação do planejamento da professora regente e também de sua prática em sala de aula, onde realizou-se o Estágio Supervisionado do Curso Convalidação Normal Superior - Pedagogia. 
Além disso, foi realizada a revisão da literatura, mediante leitura sistemática, com fichamento de cada obra, como também dos artigos e de outras contribuições teóricas, ressaltando os pontos abordados pelos autores, pertinentes ao assunto em questão.
2. O PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL EM SEU CONTEXTO HISTÓRICO
	Historicamente, no Brasil, a Educação Infantil tem sido encarada de diversas formas: como função de assistência social, como função sanitária ou higiênica e, mais recentemente, como função pedagógica. 
	As tarefas das crianças pequenas nas creches e pré-escolas são muitas e de grande importância para o seu desenvolvimento cognitivo e emocional, e o principal instrumento utilizado nessas instituições são as brincadeiras. Elas têm de aprender a brincar com as outras, respeitar limites, controlar a agressividade, relacionar-se com adultos e aprender sobre si mesmas e seus amigos, tarefas estas de natureza emocional.
	Segundo as pesquisas, a escola dos pequeninos precisa ser um ambiente livre, onde o princípio pedagógico deve ser o respeito à liberdade e à criatividade das crianças. Nela, elas devem se locomover e ter atividades criativas, e a desobediência e a agressividade devem ser orientadas, por serem condições necessárias ao sucesso das pessoas.
	Entende-se que a organização do trabalho pedagógico na Educação Infantil deve ser orientada pelo princípio básico de procurar proporcionar à criança o desenvolvimento da autonomia, isto é, a capacidade de construir as suas próprias regras e meios de ação, que sejam flexíveis e possam ser negociadas com outras pessoas, sejam elas adultas ou crianças. Obviamente, esta construção não se esgota no período de 0 a 5 anos de idade, devido às próprias características do desenvolvimento infantil, mas tal construção necessita ser iniciada nessa fase.
A ação de planejar faz parte da história do homem, pois, a vontade de transformar aspirações em realidade objetiva é uma preocupação que acompanha a maioria das pessoas. Pensar e planejar são atos que agem concomitantemente. 
Ao iniciar o dia, o homem pensa e distribui suas atividades de acordo com o seu tempo e com suas necessidades: o que irá fazer, como fazer, para que fazer e com o que fazer. 
Nas mais simples ações humanas do dia-a-dia, quando o homem pensa de forma a atender seus objetivos, ele está planejando, sem necessariamente registrar de forma técnica as ações que irá realizar durante o dia. Assim, pode-se dizer que a ação de planejar, ou o planejamento, faz parte da vida. 
Aquele que não mais planeja, corre o risco de realizar as coisas de forma mecânica, alienada e, como conseqüência, sua ação não ter um sentido definido. A todo momento se está planejando. Mas, afinal, para que se planeja? 
Segundo Gandin, (2005, 17) “a primeira coisa que nos vem à mente quando perguntamos sobre a finalidade do planejamento é a eficiência”, que segundo ele é “a execução perfeita de uma tarefa que se realiza”. Então, pode-se dizer que quando se planeja, independente do que está sendo planejado, quer se obter o melhor resultado, há a intenção de que dê certo, inclusive se é algo que realmente seja importante que se faça. É por isso que Gandin (2005, 17), aponta que além da eficiência, “o planejamento visa também à eficácia e junção do cognitivo de cada criança”
2.1 As Crenças e as Ações dos Docentes a Cerca do Planejamento de Ensino
 
Esta pesquisa desenvolvida numa abordagem sócio-antropológica, etnográfica e qualitativa utilizando-se, como instrumentos de pesquisa: o protocolo de observações descritivas e de entrevistas semi-estruturadas, gravações fonográficas e registros fotográficos.
Os dados foram sistematizados, ordenados, examinados e submetidos a uma análise de conteúdo vertical e horizontal, identificando um fazer pedagógico que contemplasse as diferentes necessidades dos pequenos. 
Analisando as diferentes concepções pedagógicas na práxis dos profissionais da Educação Infantil, percebe-se um abismo na constituição dos planejamentos pedagógicos das instituições investigadas. Na elaboração do planejamento as instituições de ensino privado utilizam princípios de sua mantenedora. 
Já nas escolas públicas não é encontrada uma filosofia que norteie a proposta político-pedagógica, os educadores utilizam-se de várias concepções pedagógicas ao mesmo tempo.
As práticas docentes remetem a métodos pedagógicos desenvolvidos pela Escola Nova como os centros de interesse utilizados no decorrer desta pesquisa. 
Outro aspecto relevante que aparece na prática pedagógica dos profissionais é o resgate de uma pedagogia libertadora, onde o planejamento é feito em cima de temas geradores, estabelecidos das relações com o meio no qual o educando está inserido. 
Para Freire (1974, 124):
 
“Estes temas se chamam geradores porque, qualquer que seja a natureza de sua compreensão como da ação por eles provocada, contém em si a possibilidade de desdobrar-se em outros tantos temas que, por sua vez, provocam novas tarefas a serem cumpridas”. 
Os complexos temáticos citados apenas pelos docentes da rede municipal de Porto Alegre, tornaram-se obsoletos e engavetados. Segundo os depoimentos dos docentes, tal fato ocorreu porque os complexos temáticos dificultam o trabalho pedagógico interdisciplinar. Por outro lado, encontram-se também nos atos de ensino de alguns profissionais da Educação Infantil, a implementação de uma metodologia detrabalhopreocupada em desenvolver um conteúdo mais significativo que oportuniza situações de maior envolvimento por parte dos alunos, denominados como projetos de trabalho. 
Conforme (Hernandez, 1998, 63): “A organização dos projetos de trabalho, se baseia fundamentalmente numa concepção da globalizaçãoentendida como um processo muito mais interno doque externo, no qual as relações entre conteúdos eáreas de conhecimento tem lugar em função dasnecessidades que traz consigo o fato de resolveruma série de problemas quesubjazem naaprendizagem. 
No universo dos participantes da pesquisa a opção consciente por umprocesso de construção em parceria com os alunos, através dos projetos detrabalho, é quase inexpressiva. Em grande parte das instituições de EducaçãoInfantil, o professor é o idealizador de propostas pedagógicas estereotipadasou ambígüas ou, até mesmo, seguidor de uma proposta elaborada pelasupervisão pedagógica.
Esta diversidade presente na elaboração do planejamento evidencia otecnicismo, leva à classe os projetos de trabalho, contemplamavisãosóciointeracionista,abordam os centrosde interesse, os temas geradores, complexos temáticos e a pedagogia construtivista, tecendo uma verdadeira“colcha de retalhos pedagógica”.
2.2 O Planejamento Escolar Conforme a LDB
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação divide a educação em dois níveis:
Educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; Ensino superior. A educação básica consta em seu artigo 22 que cita:
“A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania, fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. Onde como reforço citamos que de acordo com o artigo 29 a Educação Infantil é:
“A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”.
Desde 2006, a duração do Ensino Fundamental, que até então era de 8 anos, passou a ser de 9 anos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9395/96) foi alterada em seus artigos 29, 30, 32 e 87, através da Lei Ordinária 11.274/2006, e ampliou a duração do Ensino Fundamental para 9 anos, estabelecendo como prazo para implementação da Lei pelos sistemas de ensino, o ano de 2010.
Anos Iniciais e Educação Infantil, compreende do 1º ao 5º ano, sendo que a criança ingressa no 1º ano aos 6 anos de idade.
Os sistemas de ensino têm autonomia para desdobrar o Ensino Fundamental em ciclos, desde que respeitem a carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídos em, no mínimo, 200 dias letivos efetivos.
A LDB, preocupando-se com o Ensino Fundamental Brasileiro traçou as diretrizes para a formação básica do cidadão, que são de suma importância para o desenvolvimento do planejamento escolar. Para tal formação, segundo o artigo 32º da LDB, é necessário: O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
2.3 Os Parâmetros Curriculares Nacionais e o Planejamento na Educação Infantil
Já no século XXI, é surpreendente que a escola ainda transite com concepções sócio-educativas do século XVII e continue privilegiando asrelações de poder sobre as de saber. As inovações no ensino devem acontecerdentro da sala de aula, e em sintonia com a realidade local, global, bem comoem coerência com aquilo que os alunos esperam aprender.
Os profissionais participantes da pesquisa, na sua maioria, possuemformação acadêmica para atuar no Ensino Fundamental, sendo que estaformação, não contempla a habilitação específica para a Educação Infantil.Porém, sua atuação não foi muito aquém daqueles que possuem umaformação específica.
Constata-se que, assim, que o domínio acadêmico dosaber pareceu não influenciar na prática efetiva, que vai desde cuidadosbásicos essenciais para com os pequenos até conhecimentos específicos dasdiferentes áreas do desenvolvimento das crianças de 0 a 6 anos.
Em contrapartida, não basta ter apenas competência acadêmica épreciso que estes profissionais tornem-se aprendizes do saber. É necessáriauma reflexão diária sobre as suas práticas, utilizando-se da observação, doregistro, da avaliação e do planejamento. 
A análise evidenciou professores com práticas bastante aproximadas,inclusive fazendo as mesmas atividades. Em oposto, há professores fazendo àplanificação de todas as suas ações pedagógicas. Há alguns que fazemapenas um esboço das atividades desenvolvidas durante suas situaçõesdidáticas e há outros educadores, com práticas arcaicas e contraditórias,usando recursos pedagógicos não condizentes com a realidade do ensino e doaluno. 
Nesse sentido, observou-se que a prática do professor em sala de aula,nem sempre, leva em conta o que foi planejado. Os docentes, muitas vezes, copiam de um ano para o outro os planos de ensino já idealizados
A proposta de organização do conhecimento contida nos PCNs está de acordo com o dispostono artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, segundo o qual:
“os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.”
Os PCNs são um conjunto de orientações para melhorar a qualidade do ensino e contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes, críticos, autônomos e participativos. Eles orientam sobre o que e como ensinar. Para sua implantação, são levados em consideração estudos psicopedagógicos e experiências de currículos nacionais e internacionais.
Conforme Barreto (1998) os PCNs propõem um conjunto de componentes curriculares designados de temas transversais, com a finalidade de incorporar não somente a pluridimensionalidade de diversos assuntos, mas também abrir espaço para o tratamento de questões sociais emergentes, buscando um tratamento didático que contemple a complexidade e dinâmica das mesmas.
Neste sentido, os PCNs indicam diferentes objetivos para o ensino fundamental, tendo como principal proposta construir, através da educação, a cidadania dos educandos. Para atingir tal objetivo, é necessário que a escola tenha seu funcionamento dentro dos modelos de cidadania. Com a ausência de um projeto político-pedagógico que defina, principalmente, os valores coletivos a ser assumidos por ela, a escola não cumprirá com esse objetivo. 
Tais valores devem ser, cotidianamente, clarificados e vivenciados por toda a comunidade escolar, e a prática pedagógica deve motivar tal vivencia. A proposta dos PCNs é fazer com que a escola trabalhe comprometida com seu objetivo maior, que é o de educar. O projeto educativo da escola deve ser contínuo processo de discussão de objetivos, conteúdos, estratégias, critérios de avaliação. Os próprios PCNs devem ser discutidos, analisados, dentro do processo de construção e implementação e avaliação projeto político pedagógico.
De acordo com o MEC, responsável pela elaboração, distribuição e implantação de tais parâmetros:
Esse material foi elaborado a fim de servir como ponto de partida para o trabalho docente, norteando as atividades realizadas na sala de aula.
O documento é uma orientação quanto ao cotidiano escolar, os principais conteúdos que devem ser trabalhados, a fim de dar subsídios aos educadores, para que suas práticas pedagógicas sejam da melhor qualidade.
Os PCN estão divididos a fim de facilitar o trabalho da instituição, principalmente na elaboração do seu Projeto Político Pedagógico. São seis volumes que apresentam as áreas do conhecimento, como: língua portuguesa, matemática, ciências naturais, história, geografia, arte e educação física.
Oliveira (2007) destaca que o planejamento escolar é um instrumento que possibilita perceber a realidade, através de um processo de avaliação, baseado em um referencial futuro. Para a autora, ele deve ser elaborado de acordo com o contexto social e os fatores externos do ambiente. 
Dessa forma, se faz necessário conhecer a realidade concreta da instituição perpassando todo o conjunto das atividades que aí se realizam, para que posteriormente sejam diagnosticados os problemas e apontadas as soluções. A forma de torná-las realidades não pode estar estranha aos conteúdos transformadores desses mesmos objetivos e nem às condições reais presentes em cada situação. Vasconcelos (2000) divide as fases do planejamento escolar em três níveis: o planejamento da escola, o planejamento curricular e o projeto ou planode ensino. Conforme Menegola (2005, 103):
Planejamento da escola - trata-se do que chamamos de projeto político-pedagógico ou projeto educativo, sendo esse plano integral da instituição, o mesmo é composto de marco referencial, diagnóstico e programação. Este nível envolve tanto a dimensão pedagógica quanto a comunitária e administrativa da escola. Planejamento curricular - a proposta geral das experiências de aprendizagem que serão oferecidas pelas Escolas incorporados nos diversos componentes curriculares, sendo que a proposta curricular pode ter como referência os seguintes elementos: fundamentos da disciplina, área de estudo, desafios pedagógicos, encaminhamento, proposta de conteúdos, processos de avaliação. Projeto de ensino aprendizagem - é o planejamento mais próximo da prática do professor e da sala de aula, diz respeito mais restritamente ao aspecto didático. Pode ser subdividido em projeto de curso e plano de aula. 
Para Menegola, que defende o planejamento como fonte de aprendizagem e compartilhamentos de saber e aprendizagem entre os participantes, nos relata que muito ainda há de se fazer para com que os planejmantos sejam por fim postos em pratica sejam eles de cunho escolar que é mais amplo como o curricular que é mais especifico para cada disciplina.
É por isso que o planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social. 
A escola, os professores e alunos são integrantes da dinâmica das relações sociais; tudo o que acontece no meio escolar está atravessado por influências econômicas, políticas e culturais que caracterizam a sociedade de classe. Isso significa que os elementos do planejamento escolar - objetivos-conteúdos-métodos – estão recheados de implicações sociais, têm um significado genuinamente político. 
Por essa razão o planejamento, é uma atividade de reflexão a cerca das nossas opções e ações; se não pensarmos didaticamente sobre o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, ficará entregue aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes da sociedade. 
Explicar os princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho docente que assegurem a articulação entre as tarefas da escola e as exigências do contexto social e do processo de participação democrática.
Expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, político-pedagógico e profissional e as ações efetivas que o professor irá realizar na sala de aula, através de objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas de ensino.
Assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de modo que a previsão das ações docentes possibilite ao professor a realização de um ensino de qualidade e evite a improvisação e a rotina.
Prever objetivos, conteúdos e métodos a partir de consideração das exigências postas pela realidade social, do nível de preparo e das condições sócio-culturais e individuais dos alunos.
Assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente, uma vez que torna possível inter-relacionar, num plano, os elementos que compõem o processo de ensino: os objetivos (para que ensinar), os conteúdos (o que ensinar), os alunos e suas possibilidades (a quem ensinar), os métodos e técnicas (como ensinar) e avaliação que intimamente relacionada aos demais.
Atualizar os conteúdos do plano sempre que for preciso, aperfeiçoando-o em relação aos progressos feitos no campo dos conhecimentos, adequando-os às condições de aprendizagens dos alunos, aos métodos, técnicas e recursos de ensino que vão sendo incorporados nas experiências do cotidiano.
Facilitar a preparação das aulas: selecionar o material didático em tempo hábil, saber que tarefas professor e alunos devem executar. Replanejar o trabalho frente a novas situações que aparecem no decorrer das aulas.
Para que os planos sejam efetivamente instrumentos para a ação, devem ser como guia de orientação e devem apresentar ordem sequencial, objetividade, coerência, flexibilidade
2.4 O Planejamento na Educação Infantil
	Sabe-se que ao planejar as atividades pedagógicas o professor pensa e organiza o que vai fazer durante a aula, para que tenha em mente tudo o que acontecerá no decorrer do dia. Sendo assim, o planejamento é a forma do professor organizar uma ação, um pensamento, uma intencionalidade, traçando caminhos para alcançar os objetivos propostos. 
	Sobre isso Vasconcellos (2000, p. 35) nos diz que “Planejar é antecipar mentalmente uma ação a ser realizada e agir de acordo com o previsto; é buscar fazer algo incrível, essencialmente humano: o real ser comandado pelo ideal”.
 	Libâneo (1993, p. 221) manifesta que: 
“A sua contribuição é complementada com o planejamento sendo que ele é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em face de objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”.
Para Libâneo que acompanhou muitos dos envolvidos que veem na arte de planejar uma saída para sua organização como boa fluição do processo ensino aprendizagem, informa que percorreram grande caminho até conseguirem alcançar a execelencia na arte do planejemanto, entretanto avisa que é árduo mas gratificante se atingir a qualidade e quantidade satisfatória para ter uma aula bem planejada e vê como resultado final cada criança entendendo o conteúdo a elas aplicado.
Desta forma, percebe-se a necessidade de que os professores revisem as atividades que planejaram e realizaram, refletindo se estas foram adequadas ao interesse e à necessidade dos alunos, porque Vasconcellos (2000, p. 80) acrescenta “O planejamento é o processo contínuo e dinâmico de reflexão, de tomada de decisão, colocação em prática e de acompanhamento”. 
	O RCNEI (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, Brasil, (1998, v. 1, p.13), explicita os seguintes princípios sobre o que seria o planejamento de um trabalho de qualidade: 
respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas etc.; 
direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil; acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e à estética; a socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma; atendimento aos cuidados essenciais associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade. 
Para que a criança possa participar ativamente desse processo, o trabalho pedagógico na Educação Infantil deve proporcionar-lhe situações em que ela possa vivenciar as mais diversas experiências, fazer escolhas, tomar decisões, socializar conquistas e descobertas. Vale ressaltar que não se trata de um trabalho sem organização, onde o educador e os demais adultos oferecem às crianças atividades sem objetividade e só observam e esperam o desenvolvimento dos pequeninos. 
Trata-se de uma organização do trabalho pedagógico em que o pessoal do apoio, o educador e as crianças têm papéis ativos. 
	Considerando que o planejamento deve ser uma atitude crítica do educador diante do seu trabalho docente, este permitirá que ele repense, revise e busque novos significados para sua prática pedagógica, pois ele precisa ter a clareza das proposições, princípios e intencionalidades constantes no Projeto-político pedagógico da escola. Por isso, cabe ao educador pesquisar e conhecer o desenvolvimento infantil, a fim de poder organizar atividades onde a criança possa experimentar situações das mais diversas, e que garantam uma participação com criatividade e prazer em cada uma das etapas de sua vida escolar.
Para Ilza (1985, 94):
O ato de planejar requer habilidade para prever uma ação que se realizará posteriormente. Para isso,é importante o professor ter uma previsão de todos os meios e recursos necessários nas diferentes etapas do planejamento, do seu desenvolvimento e da sua efetiva execução, para que possa alcançar os objetivos desejados.
	É importante ressaltar que planejar é pensar sobre aquilo que existe e sobre o que se quer alcançar. O ato de planejar deve submeter-se a uma constante avaliação criteriosa durante todo o processo educacional, de forma que possibilite a observação da concordância ou discordância entre os elementos que o constituem. Sendo assim, pode-se encarar o planejamento como um processo de prever necessidades, pois o conhecimento da realidade auxilia o professor a estabelecer, com mais precisão, quais as mais importantes urgências e necessidades que devem ser enfocadas, analisadas e estudadas durante o ato de planejar. 
	De acordo com Luciana Esmeralda Ostetto, (2002, p. 175), “Tanto creches quanto pré-escolas, como instituições educativas, têm uma responsabilidade para com as crianças pequenas, seu desenvolvimento e sua aprendizagem, o que requer um trabalho intencional e de qualidade”. Portanto, o planejamento deve possibilitar um trabalho mais significativo e transformador na sala de aula, na escola e na sociedade. 
	O plano de aula é o produto deste processo de reflexão e decisão. Não deve ser feito por uma exigência burocrática, mas sim corresponder a um projeto de compromisso do professor educador. Sobre isso, Vasconcellos(1995.60) nos diz “A finalidade do plano é criar e organizar o trabalho. Para tanto, deve ser objetivo, verdadeiro, crítico e comprometido” 
 	 Através da observação direta feita em sala de aula e no planejamento da professora regente da turma, na Escola Municipal de Educação Infantil Pequeno Príncipe, onde foram realizadas todas as etapas do estágio supervisionado, concluiu-se que as crianças são encaminhadas no processo educacional por meio de planejamentos coletivos realizados em encontros pedagógicos especiais para esse tipo de atividade. 
Menegola (2005, 86) informa que: “Trabalha-se um tema durante a semana e as atividades contemplam a interdisciplinaridade por meio de projetos que vão de encontro com a realidade do município”. Pois é assim, que o planejamento é baseado nos aspectos de desenvolvimentos: Psicomotor, afetivo, cognitivo e social, observando a criança como um todo e considerando o contexto histórico e social onde ela se encontra inserida.
Por esta razão, optou-se por projetos de trabalho que possibilitam, ao professor e às crianças, um papel ativo na construção do conhecimento e na melhoria da qualidade de vida, já que o planejamento abrange também os temas transversais, que são essenciais na preparação do ser humano para a vida futura.
	Entretanto, de acordo com especialistas e experiências já realizadas na educação infantil, é necessário que os profissionais dessa área considerem que o desenvolvimento de cada criança se dá em ritmos diversos, de acordo com a história de vida delas e com as possibilidades oferecidas pelo seu meio ambiente. 
As variações nesse ritmo de aprendizagem não podem ser vistas como "atrasos" ou "deficiências". Sendo assim, a avaliação da aprendizagem não deve apenas identificar tais problemas, mas apontar soluções, caminhos e possibilidades de atuação pedagógica, para que a criança possa vir a superá-los, com o auxílio dos educadores.
2.5 O Planejamento como Ação Mediadora
Conforme Ilca (2003, 63): O papel da escola na construção de um país mais justo é fundamental, e ele se concretiza pela ação educativa. Desse modo, o trabalho do educador é tão complexo e importante que não pode ser improvisado. 
Cada professor, conhecendo os alunos com os quais trabalhará, tem de saber o que vai ensinar, para quê e como fará isso ao longo do trabalho educativo. Assim também, a escola como um todo, a partir das diretrizes gerais para a rede pública, define-se estabelecendo prioridades e ações, ou seja, seu Projeto de escola. Planejar é prever e organizar as ações com determinadas finalidades, para se conseguir atingir mudanças.
	Essa postura avaliativa mediadora leva a refletir que cada momento da vida da criança representa uma etapa altamente significativa, e ainda precede as suas próximas conquistas.
Para Freire (1997, 43): “Por isso, o professor deve buscar estratégias de acompanhamento da história que cada criança vai constituindo ao longo de sua descoberta do mundo. Isto significa que não é esperado que a criança reproduza os conhecimentos que o professor transmitiu, pois ele é o mediador do conhecimento que surge da relação que a criança estabelece com as outras crianças, com os adultos e com o meio ambiente e a cultura. 
	Quanto aos relatórios de avaliação observados na escola citada anteriormente, percebeu-se que são elaborados de maneira que registram a história do processo de construção do conhecimento e também apontam sugestões e possibilidades de ação educativa para pais, educadores e para a própria criança, sob a forma de atividades a serem oportunizadas, materiais a serem oferecidos, jogos, novas alternativas pedagógicas e de relacionamento. 
	Para Leite (2001, 17), Este deve ser o objetivo fundamental de qualquer ação educativa voltada para as crianças pequenas. A organização do trabalho pedagógico visa alcançar estes objetivos, respeitando a criança em seu ritmo de desenvolvimento, suas expressões, sua linguagem, também suas idéias, desejos e expectativas, ampliando cada vez mais este mundo infantil.
2.6 A Importância do Planejamento no Processo de Ensino-Aprendizagem
Nos últimos anos, a questão de como se ensina tem se deslocado para a questão de como se aprende. Freqüentemente ouvia-se por parte dos professores, a seguinte expressão: “ensinei bem de acordo com o planejado, o aluno é que não aprendeu”. Esta expressão era muito comum na época da corrente tecnicista, em que se privilegiava o ensino. Mas quando, ao passar do tempo, foi-se refletindo sobre a questão da construção do conhecimento, o questionamento foi maior, no sentido da preocupação com a aprendizagem. 
No entanto, não se quer dizer aqui que só se deve pensar na questão do aprendizado. Se realmente há a preocupação com a aprendizagem, deve-se questionar se a forma como se planeja tem em mente também o ensino, ou seja, deve haver uma co-relação entre ensino-aprendizagem.
A aprendizagem na atualidade é entendida dentro de uma visão construtivista como um resultado do esforço de encontrar significado ao que se está aprendendo. E esse esforço é obtido através da construção do conhecimento que acontece com a assimilação, a acomodação dos conteúdos e que são relacionados com antigos conhecimentos que constantemente vão sendo reformulados e/ou “reesquematizados” na mente humana. 
Numa perspectiva construtivista, há que se levar em conta os conhecimentos prévios dos alunos, a aprendizagem a partir da necessidade, do conflito, da inquietação e do desequilíbrio tão falado na teoria de Piaget. E é aí que o professor, como mediador do processo de ensinoaprendizagem, precisa definir objetivos e os rumos da ação pedagógica, responsabilizando-se pela qualidade do ensino.
Para Xavier, (2000, 117): 
Essa forma de planejar considera a processualidade da aprendizagem cujo avanço no processo se dá a partir de desafios e problematizações. Para tanto, é necessário, além de considerar os conhecimentos prévios, compreender o seu pensamento sobre asquestões propostas em sala de aula (XAVIER,2000, p. 117)
Ressalta a importância do planejar onde esta é considerada fonte principal de aprendizagem, que ao final deste é necessário considerar que os conhecimentos prévios compreendam cada pensamento envolvido dentro do cotidiano de uma sala de aula seja ela, na educação infantil, ensino fundamental, médio ou até mesmo superior.
O ato de aprender acontece quando o indivíduo atualiza seus esquemas de conhecimento, quando os compara com o que é novo, quando estabelece relações entre o que está aprendendo com o que já sabe. E, isso exige que o professor proponhaatividades que instiguem a curiosidade, o questionamento e a reflexão frente aos conteúdos. 
Além disso, ao propiciar essas condições, ele exerce um papel ativo de mediador no processo de aprendizagem do aluno, intervindo pedagogicamente na construção que o mesmo realiza.Para que de fato, isso aconteça, o professor deve usar o planejamento como ferramenta básica e eficaz, a fim de fazer suas intervenções na aprendizagem do aluno. É através do planejamento que são definidos e articulados os conteúdos, objetivos e metodologias são propostas e maneiras eficazes de avaliar são definidas. 
O planejamento de ensino, portanto, é de suma importância para uma prática eficaz e conseqüentemente para a concretização dessa prática, que acontece com a aprendizagem do aluno. Se de fato o objetivo do professor é que o aluno aprenda, através de uma boa intervenção de ensino, planejar aulas é um compromisso com a qualidade de suas ações e a garantia do cumprimento de seus objetivos. 
O planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social. A escola, os professores e alunos são integrantes da dinâmica das relações sociais; tudo o que acontece no meio escolar está atravessado por influências econômicas, políticas e culturais que caracterizam a sociedade de classe. Isso significa que os elementos do planejamento escolar - objetivos-conteúdos-métodos – estão recheados de implicações sociais, têm um significado genuinamente político. Por essa razão o planejamento, é uma atividade de reflexão a cerca das nossas opções e ações; se não pensarmos didaticamente sobre o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes da sociedade.
Os PCNs sugerem que o conhecimento pronto e as etapas exigidas de aprendizado devem dar lugar a ações que levem a criança a buscar seu próprio conhecimento. Para isto a sugestão é o uso dos temas transversais como Ética, Pluralidade cultural, Meio ambiente, Saúde, Orientação sexual e Trabalho e consumo. Esses temas transversais quando bem discutidos e apresentados, são de suma importância no processo de construção da cidadania e uma grande contribuição na formação de uma nova sociedade onde o respeito ao ser humano, à vida, à natureza, seja regra e não a exceção.
Conforme Vasconcelos (2002) a transversalidade consiste em fazer com que o ensino das disciplinas clássicas passe por temas específicos. Para este autor, tudo o que os temas transversais propõem deve ser abordado sistematicamente ao longo do ciclo. Não existem indicações taxativas sobre a sua distribuição ao longo dos anos, mas o desenvolvimento dos temas e as indicações metodológicas vão sugerindo alguns momentos onde os diversos temas transversais podem ser explorados.
Um dos eixos norteadores dos PCNs é o fortalecimento da Educação Básica voltada para a cidadania como uma das formas de contribuir para a melhoria da qualidade do ensino. Nessa direção, os PCNs propõem que as problemáticas sociais em relação à ética, saúde, meio-ambiente, pluralidade cultural e orientação sexual sejam integralizadas aos conteúdos curriculares sob a forma de temas transversais. A transversalidade, segundo os PCNs, pressupõe um “tratamento integrado das áreas e um compromisso com as relações interpessoais e sociais com as questões que estão envolvidas nos temas”.
Plano que serve como referencial maior da unidade escolar. Nele está contido o conjunto das ações da escola, incluindo o projeto político pedagógico e o cálculo dos recursos financeiros necessários ao desenvolvimento do plano. Para a sua elaboração, contribuem diversos profissionais da escola, cuja participação é definida pela sua direção. O PDE é elaborado por um período de cinco anos e aprovado pelo colegiado escolar.
O Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-Escola) é uma ferramenta gerencial que auxilia a escola a realizar melhor o seu trabalho: focalizar sua energia, assegurar que sua equipe trabalhe para atingir os mesmos objetivos e avaliar e adequar sua direção em resposta a um ambiente em constante mudança. É considerado um processo de planejamento estratégico desenvolvido pela escola para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem. Seu público-alvo são as escolas públicas. Este plano define diretrizes, objetivos e metas estabelecidas pela Unidade escolar. Para a sua elaboração é criado um grupo de sistematização formado pelo diretor e representante dos segmentos da Unidade Escolar (docente, discente, pessoal administrativo e de apoio e pais), que, juntamente com o Conselho Escolar, constitui o Comitê Estratégico, responsável pelas grandes decisões durante a execução desse plano.
O PDE, de forma geral, é a trajetória que a escola, com seus mecanismos de participação e envolvimento, traça para si mesma, tendo por base a avaliação do aprendizado de sua identidade. O plano tem por base as finalidades da escola, a avaliação do aprendizado dos alunos, suas finalidades e as expectativas e consenso da comunidade escolar. É uma das formas de a escola exercer sua autonomia. O PDE também é o instrumento que credencia todas as demandas da escola referentes à sua gestão pedagógica, aos seus recursos humanos, à sua infra-estrutura e aos seus recursos materiais. Define a situação em que a escola deseja estar ao final de cinco anos, em termos de eficiência e rendimento dos alunos, do processo de ensino-aprendizagem a ser utilizado, das melhorias a serem introduzidas na infra-estrutura, dos serviços de apoio aos alunos, e dos processos administrativos e financeiros. Por ter caráter de documento legal, sua vigência (ou modificação) só passam a valer, como muitas leis comuns, a partir do primeiro dia do ano seguinte à sua elaboração ou modificação.
A modificação do Regimento Escolar deve obedecer às mesmas normas que a modificação da legislação comum, não se podendo, simplesmente, suprimir ou anexar novo texto, sem observar expressamente o que foi substituído, suprimido ou acrescido. Segundo Vasconcelos (1999) deve ser redigido de modo sucinto e objetivo, não podendo ser confundido com o Projeto Político Pedagógico(PPP), embora suas linhas pedagógicas devam constar. 
Deve conter índice, páginas numeradas e não pode conter rasuras. O Regimento diz respeito à operacionalização do PPP, ou seja, como a instituição pretende organizar as ações previstas no PPP. De acordo com Veiga (2001), o Regimento escolar é um instrumento legal que formaliza e reconhece as relações dos sujeitos envolvidos no processo educativo. Contém um conjunto de normas e definições de papéis, devendo ser um documento claro, de fácil entendimento para a comunidade, traduzindo as construções e os avanços nela produzidos.
Enquanto documento administrativo e normativo, fundamenta-se nos propósitos, princípios e diretrizes definidos no Projeto Político Pedagógico da escola, na legislação geral do país e, especificamente, na legislação educacional.No Regimento Escolar estão descritas as responsabilidades de cada um dos segmentos que compõe a comunidade escolar - alunos, pais, professores e demais funcionários. Além de embasar o cumprimento dos deveres, ele também garante os direitos de todos os segmentos. Por esse motivo deve ser conhecido e cumprido por todos.
2.7 De onde vem a idéia do Planejamento?
A idéia de planejamento acompanha o homem em seu próprio processo de humanização uma vez que o ato de planejar está associado à organização de uma determinada ação. 
Desse modo, cabe dizer que, como prática humana, o planejamento é anterior à idéia de escola. Refletir sobre a trajetória histórica do planejamento implica reconhecer que a atividade de planejar é essencialmente humana, demandando reflexão e intencionalidade.
Diferentes conceitos e práticas de planejamento encontram-se intrinsecamente vinculados à categoria trabalho em suas múltiplas configurações e às diferentes formações sociais. Nesse sentido o planejar remete à própria evolução humana e oprocesso civilizatório.
Há importantes pesquisadores que investigam e analisam a trajetória do conceito de planejamento, entre eles cita-se Albers Gerd (1972) que distingue três fases do planejamento, interligadas à trajetória do desenvolvimento técnico-científico e tecnológico. 
No início do processo civilizatório o homem preocupava-se, prioritariamente, com as questões técnicas, focadas no domínio e modificação da natureza. Nesta primeira fase, a ênfase está no como fazer as coisas e na busca imediata de soluções satisfatórias para as suas necessidades primárias. 
Há, portanto, a clara atribuição do planejamento como instrumental para facilitar ações. Numa segunda etapa evolutiva do planejamento a ênfase passa do aspecto prático/técnico, instrumental para focar a elaboração de quadros teóricos de referências, buscando interpretar as emergentes necessidades e aspirações humanas. Nessas circunstâncias o planejamento recebe contributos de diferentes áreas do conhecimento (da sociologia; da política; da economia; da antropologia; da psicologia), sendo o pensado à luz de diferentes dimensões, aspectos e linhas teóricas. 
A terceira fase, ora emergente, caracteriza-se pela compreensão de que o planejamento é aberto às finalidades do homem, mas também requer do planejador a consciência dos fatores interdependentes que afetam o ato de planejar. 
Assim, consciência e intencionalidade, participação e responsabilidade se tornam termos-chave dentro de uma nova visão de planejamento. Em contextos histórico-sociais, técnico-científicos e político-econômicos diversos observamos diferentes formas de transposição e ou adaptação das teorias administrativas para o campo educacional. 
Esse é, contudo, um processo repleto de embates, contradições e tensões e, conforme Vasconcellos (2000 p. 27), explica porque a sistematização do planejamento se dá fora do campo educacional, estando ligada ao mundo da produção ( I e II Revoluções Industriais) e à emergência da ciência da Administração, no final do século XIX.” Neste campo de saber são emblemáticos os nomes do americano Taylor (1856-1915) e do francês Fayol (1814-1925). É, portanto, imprescindível reconhecer a relevância e a complexidade dos estudos e pesquisas no campo da gestão educacional (escolar) que abarcam as diferentesconcepções e práticas de planejamento. 
Vale ainda destacar os embates e as equivocadas tentativas de transposição dos conceitos e práticas de planejamento no campo da administração/gestão de empresas para o campo educacional. O desafio é pensar na especificidade do conceito de planejamento no campo educacional e na reflexão quanto às implicações de transposições lineares não reflexivas de teorias e práticas de planejamento não condizentes com os fins da educação e o papel social das escolas. 
Azanha (1993, p.70-78) traz um aspecto importante das teorias do planejamento que merece ser debatido. Para ele, embora haja certa ambigüidade no conceito e mesmo a ausência de teorias de planejamento, não há dúvidas sobre a necessidade de o planejador reunir informações e conhecimentos sobre a realidade que pretende modificar. 
Ainda de acordo com Azanha (1993 70-78) escreveu o seguinte:
 
“O significado do termo planejamento é muito ambíguo, mas no seu trivial compreende a idéia de que sem um mínimo de conhecimentos das condições existentes numa determinada situação e sem um esforço de previsão das alterações possíveis dessa situação, nenhuma ação de mudança será eficaz e eficiente, ainda que haja clareza a respeito dos objetivos dessa ação”.
 Nesse sentido trivial, qualquer indivíduo razoavelmente equilibrado é um planejador, não há uma ciência do planejamento, nem mesmo há métodos de planejamento gerais e abstratos que possam ser aplicados à variedade de situações sociaisindependentemente de considerações de natureza política, histórica, cultural, econômica etc..
3 . OS TIPOS DE PLANEJAMENTO
Nos últimos anos, a questão de como se planeja tem se deslocado para a questão de como se aprende. Freqüentemente ouvia-se por parte dos professores, a seguinte expressão: “ensinei bem de acordo com o planejado, o aluno é que não aprendeu”. Esta expressão era muito comum na época da corrente tecnicista, em que se privilegiava o ensino. Mas quando, ao passar do tempo, foi-se refletindo sobre a questão da construção do conhecimento, o questionamento foi maior, no sentido da preocupação com a aprendizagem. 
No entanto, não se quer dizer aqui que só se deve pensar na questão do aprendizado. Se realmente há a preocupação com a aprendizagem, deve-se questionar se a forma como se planeja tem em mente também o ensino, ou seja, deve haver uma co-relação entre ensino-aprendizagem. 
A aprendizagem na atualidade é entendida dentro de uma visão construtivista como um resultado do esforço de encontrar significado ao que se está aprendendo. E esse esforço é obtido através da construção do conhecimento que acontece com a assimilação, a acomodação dos conteúdos e que são relacionados com antigos conhecimentos que constantemente vão sendo reformulados e/ou “reesquematizados” na mente humana. 
Numa perspectiva construtivista, há que se levar em conta os conhecimentos prévios dos alunos, a aprendizagem a partir da necessidade, do conflito, da inquietação e do desequilíbrio tão falado na teoria de Piaget. E é aí que o professor, como mediador do processo de ensinoaprendizagem, precisa definir objetivos e os rumos da ação pedagógica, responsabilizando-se pela qualidade do ensino.
3.1 Fases do Planejamento Diagnóstico da Realidade:
Para que o professor possa planejar suas aulas, a fim de atender as necessidades dos seus alunos, a primeira atitude a fazer, é “sondar o ambiente”. O médico antes de dizer com certeza o que seu paciente tem, examina-o, fazendo um “diagnóstico” do seu problema. E, da mesma forma, deve acontecer com a prática de ensino: o professor deve fazer uma sondagem sobre a realidade que se encontram os seus alunos, qual é o nível de aprendizagem em que estão e quais as dificuldades existentes. 
Antes de começar o seu trabalho, o professor deve considerar, segundo Turra et alii, alguns aspectos, tais como: as reais possibilidades do seu grupo de alunos, a fim de melhor orientar suas realizações e sua integração à comunidade; a realidade de cada aluno em particular, objetivando oferecer condições para o desenvolvimento harmônico de cada um, satisfazendo exigências e necessidades bio-psico-sociais; os pontos de referência comuns, envolvendo o ambiente escolar e o ambiente comunitário; suas próprias condições, não só como pessoa, mas como profissional responsável pela orientação adequada do trabalho escolar Piaget (1995, p. 28), pois a partir da análise da realidade, o professor tem condições de elaborar seu plano de ensino, fundamentado em fatos reais e significativos dentro do contexto escolar.
3.2 Conhecendo o Plano da Escola
É um documento mais global; expressa orientações gerais que sintetizam, de um lado, as ligações da escola com o sistema escolar mais amplo e, de outro, as ligações do projeto pedagógico da escola com os planos de ensino propriamente ditos e ainda dizemos que este plano que serve como referencial maior da unidade escolar. 
Nele está contido o conjunto das ações da escola, incluindo o projeto político pedagógico e o cálculo dos recursos financeiros necessários ao desenvolvimento do plano. Para a sua elaboração, contribuem diversos profissionais da escola, cuja participação é definida pela sua direção. O PDE é elaborado por um período de cinco anos e aprovado pelo colegiado escolar. 
O Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-Escola) é uma ferramenta gerencial que auxilia a escola a realizar melhor o seu trabalho: focalizar sua energia, assegurar que sua equipe trabalhe para atingir os mesmos objetivos e avaliar e adequar sua direção em resposta a um ambiente em constante mudança. 
É considerado um processo de planejamento estratégico desenvolvido pela escola para a melhoria da qualidade do ensinoe da aprendizagem. Seu público-alvo são as escolas públicas. 
Este plano define diretrizes, objetivos e metas estabelecidas pela Unidade escolar. Para a sua elaboração é criado um grupo de sistematização formado pelo diretor e representante dos segmentos da Unidade Escolar (docente, discente, pessoal administrativo e de apoio e pais), que, juntamente com o Conselho Escolar, constitui o Comitê Estratégico, responsável pelas grandes decisões durante a execução desse plano. 
O PDE, de forma geral, é a trajetória que a escola, com seus mecanismos de participação e envolvimento, traça para si mesma, tendo por base a avaliação do aprendizado de sua identidade. 
O plano tem por base as finalidades da escola, a avaliação do aprendizado dos alunos, suas finalidades e as expectativas e consenso da comunidade escolar. É uma das formas de a escola exercer sua autonomia. 
O PDE também é o instrumento que credencia todas as demandas da escola referentes à sua gestão pedagógica, aos seus recursos humanos, à sua infra-estrutura e aos seus recursos materiais. Define a situação em que a escola deseja estar ao final de cinco anos, em termos de eficiência e rendimento dos alunos, do processo de ensino-aprendizagem a ser utilizado, das melhorias a serem introduzidas na infra-estrutura, dos serviços de apoio aos alunos, e dos processos administrativos e financeiros.
3.3 O Plano de Ensino
Ou plano de unidade é a previsão dos objetivos e tarefas do trabalho docente para o ano ou semestre; é um documento mais elaborado, dividido por unidades sequenciais, no qual aparecem objetivos específicos, conteúdos e desenvolvimento metodológicos. O plano de aula é a previsão do desenvolvimento do conteúdo para uma aula ou conjunto de aulas e tem um caráter específico.
3.4 O Plano de Aula
É um detalhamento do plano de ensino. As unidades e subunidades (tópicos) que foram previstas em linhas gerais são agora especificadas e sistematizadas para uma situação didática real. A preparação de aulas é uma tarefa indispensável e, assim como o plano de ensino, deve resultar em um documento escrito que servirá não só para orientar ações do professor como também para possibilitar constantes revisões e aprimoramentos de ano para ano. Em todas as profissões o aprimoramento profissional depende da acumulação de experiências conjugando a prática e reflexão criteriosa sobre ela, tendo em vista uma prática constantemente transformada para melhor.
Na elaboração de um plano de aula, deve-se levar em consideração, em primeiro lugar, que a aula é um período de tempo variável. Dificilmente completamos em uma só aula o desenvolvimento de uma unidade ou tópico de unidade, pois o processo de ensino e aprendizagem se compõe de uma sequência articulada de fases: preparação e apresentação de objetivos, conteúdos e tarefas; desenvolvimento da mataria nova; consolidação (fixação, exercícios, recapitulação, sistematização); aplicação, avaliação. Isso significa que devemos planejar não uma aula, mas um conjunto de aulas.
Na preparação de aulas, o professor deve reler os objetivos gerais da matéria e a sequência de conteúdos do plano de ensino. Não pode esquecer que cada tópico novo é uma continuidade do anterior; é necessário assim, considerar o nível de preparação inicial dos alunos para a matéria nova.
Deve, também, tomar o tópico da unidade a ser desenvolvido e desdobrá-lo numa sequência lógica, na forma de conceitos, problemas, idéias. Trata-se de organizar um conjunto de noções básicas em torno de uma ideia central, formando um todo significativo que possibilite ao aluno percepção clara e coordenada do assunto em questão. Ao mesmo tempo em que são listadas as noções, conceitos, idéias e problemas, é feita a previsão do tempo necessário. 
A previsão do tempo, nesta fase, ainda não é definitiva, pois poderá ser alterada no momento de detalhar o desenvolvimento metodológico da aula.
Em relação a cada tópico, o professor redigirá um ou mais objetivos específicos, tendo em conta os resultados esperados na assimilação de conhecimentos e habilidades (fatos, conceitos, idéias, relações, métodos e técnicas de estudo, princípios e atitudes etc.) estabelecer os objetivos é uma tarefa tão importante que deles vão depender os métodos e procedimentos de transmissão e assimilação dos conteúdos e as várias formas de avaliação (parciais e finais).
O desenvolvimento metodológico será desdobrado nos seguintes itens, para cada assunto novo: preparação e introdução do assunto; desenvolvimento e estudo ativo do assunto; sistematização e aplicação; tarefas de casa. Em cada um desses itens são indicados os métodos, procedimentos e materiais didáticos, isto é, o que o professor e alunos farão para alcançar os objetivos.
Em cada um dos itens mencionados, o professor deve prever formas de verificação do rendimento dos alunos. Precisa lembrar que a avaliação é feita no início (o que o aluno sabe antes do desenvolvimento da matéria nova), durante e no final de uma unidade didática. A avaliação deve conjugar várias formas de verificação, podendo ser informal, para fins de diagnóstico e acompanhamento do progresso dos alunos, formal para fins de atribuição de notas ou conceitos.
Os momentos didáticos do desenvolvimento metodológico não são rígidos. Cada momento terá duração de tempo de acordo com o conteúdo, com o nível de assimilação dos alunos. Às vezes ocupar-se-á mais tempo com a exposição oral da matéria, em outras, com o estudo da matéria. Outras vezes, ainda, tempo maior pode ser dedicado a exercício de fixação e consolidação. 
A aula é a forma predominante de organização didática do processo de ensino. É na aula que organizamos ou criamos as situações docentes, isto é, as condições e meios necessários para que os alunos assimilem ativamente conhecimentos, habilidades e desenvolvam suas capacidades cognoscitivas. 
Segundo Amaral e Silva (2005) o plano de aula é um documento que registra o que se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer e com quem fazer. Evita o improviso sendo um norte para as ações educacionais. É a apresentação sistematizada e justificada das decisões tomadas. Plano é a formalização dos diferentes momentos do processo de planejamento escolar. 
Para Vasconcelos (1995), o plano de aula é o detalhamento do planejamento de ensino. As unidades didáticas e subunidades (tópicos) que foram previstas em linhas gerais são agora especificadas e sistematizadas para uma situação didática real. 
Segundo Sant’Anna et al (1995), na elaboração do plano de aula, deve-se levar em consideração, em primeiro lugar, que a aula é um período de tempo variável. 
Dificilmente completa-se numa só aula o desenvolvimento de uma unidade didática ou tópico de unidade, pois o processo de ensino e aprendizagem se compõe de uma sequência articulada de fases. 
Quais sejam: Preparação e apresentação dos objetivos, conteúdos e tarefas. Desenvolvimento da matéria nova. Consolidação (fixação, exercícios, recapitulação, sistematização). 
Síntese interadora e aplicação. Avaliação. Segundo Padilha (2001, pag. 78), para poder planejar adequadamente a tarefa de ensino e atender às necessidades do aluno é preciso, antes de qualquer coisa, saber para quem se vai planeja, por isso, conhecer o aluno e seu ambiente é a primeira etapa do processo de planejamento. 
É preciso saber quais as aspirações, frustrações, necessidades e possibilidades dos alunos, o que, segundo o autor, é feito através de uma Sondagem, isto é, coleta de dados, que, analisados, constituem o Diagnóstico. 
A partir dos dados fornecidos pela sondagem e interpretados pelo diagnóstico, tem-se condições de estabelecer o que é possível alcançar e como avaliar os resultados. Por isso, o autor sugere elaborar o plano através dos seguintes passos: 
Determinação dos objetivos. Seleção e organização dos conteúdos. Análise da metodologia de ensino e dos procedimentos adequados. Seleção de recursos tecnológicos. Organização das formas de avaliação. Estruturação do plano de ensino. 
Libâneo (2001) ressaltaque o plano é um guia e tem a função de orientar a prática, partindo da própria prática e, portanto, não pode ser um documento rígido e absoluto. Ele é a formalização dos diferentes momentos do processo de planejar que, por sua vez, envolve desafios e contradições. 
O plano da escola é um documento mais global; expressa orientações gerais que sintetizam, de um lado, as ligações da escola com o sistema escolar mais amplo e, de outro, as ligações do projeto pedagógico da escola com os planos de ensino propriamente ditos. O plano de ensino (ou plano de unidade) é a previsão dos objetivos e tarefas do trabalho docente para o ano ou semestre; é um documento mais elaborado, dividido por unidades sequenciais, no qual aparecem objetivos específicos, conteúdos e desenvolvimento metodológicos.
O plano de aula é a previsão do desenvolvimento do conteúdo para uma aula ou conjunto de aulas e tem um caráter específico. O plano de aula é um detalhamento do plano de ensino. As unidades e subunidades (tópicos) que foram previstas em linhas gerais são agora especificadas e sistematizadas para uma situação didática real. A preparação de aulas é uma tarefa indispensável e, assim como o plano de ensino, deve resultar em um documento escrito que servirá não só para orientar ações do professor como também para possibilitar constantes revisões e aprimoramentos de ano para ano. 
Em todas as profissões o aprimoramento profissional depende da acumulação de experiências conjugando a prática e reflexão criteriosa sobre ela, tendo em vista uma prática constantemente transformada para melhor. Na elaboração de um plano de aula, deve-se levar em consideração, em primeiro lugar, que a aula é um período de tempo variável. 
Dificilmente completamos em uma só aula o desenvolvimento de uma unidade ou tópico de unidade, pois o processo de ensino e aprendizagem se compõe de uma seqüência articulada de fases: preparação e apresentação de objetivos, conteúdos e tarefas; desenvolvimento da mataria nova; consolidação (fixação, exercícios, recapitulação, sistematização); aplicação, avaliação. Isso significa que devemos planejar não uma aula, mas um conjunto de aulas. 
Na preparação de aulas, o professor deve reler os objetivos gerais da matéria e a seqüência de conteúdos do plano de ensino. Não pode esquecer que cada tópico novo é uma continuidade do anterior; é necessário assim, considerar o nível de preparação inicial dos alunos para a matéria nova.
Deve, também, tomar o tópico da unidade a ser desenvolvido e desdobrá-lo numa seqüência lógica, na forma de conceitos, problemas, idéias. Trata-se de organizar um conjunto de noções básicas em torno de uma ideia central, formando um todo significativo que possibilite ao aluno percepção clara e coordenada do assunto em questão. Ao mesmo tempo em que são listadas as noções, conceitos, idéias e problemas, é feita a previsão do tempo necessário. 
A previsão do tempo, nesta fase, ainda não é definitiva, pois poderá ser alterada no momento de detalhar o desenvolvimento metodológico da aula. Em relação a cada tópico, o professor redigirá um ou mais objetivos específicos, tendo em conta os resultados esperados na assimilação de conhecimentos e habilidades (fatos, conceitos, idéias, relações, métodos e técnicas de estudo, princípios e atitudes etc.) estabelecer os objetivos é uma tarefa tão importante que deles vão depender os métodos e procedimentos de transmissão e assimilação dos conteúdos e as várias formas de avaliação (parciais e finais). 
O desenvolvimento metodológico será desdobrado nos seguintes itens, para cada assunto novo: preparação e introdução do assunto; desenvolvimento e estudo ativo do assunto; sistematização e aplicação; tarefas de casa. Em cada um desses itens são indicados os métodos, procedimentos e materiais didáticos, isto é, o que o professor e alunos farão para alcançar os objetivos. 
Em cada um dos itens mencionados, o professor deve prever formas de verificação do rendimento dos alunos. Precisa lembrar que a avaliação é feita no início (o que o aluno sabe antes do desenvolvimento da matéria nova), durante e no final de uma unidade didática. A avaliação deve conjugar várias formas de verificação, podendo ser informal, para fins de diagnóstico e acompanhamento do progresso dos alunos, formal para fins de atribuição de notas ou conceitos
3.5 Projeto Político Pedagógico 
É um instrumento que identifica a escola como uma instituição social, voltada para a educação, portanto, com objetivos específicos para esse fim. É chamado de político porque reflete as opções e escolhas de caminhos e prioridades na formação do cidadão, como membro ativo e transformador da sociedade em que vive. 
Pedagógico porque expressa as atividades pedagógicas e didáticas que levam a escola a alcançar os seus objetivos educacionais. É importante que o projeto político-pedagógico seja entendido na sua globalidade, isto é, naquilo que diretamente contribui para os objetivos prioritários da escola, que são as atividades educacionais, e naquilo cuja contribuição é indireta, ou seja, as ações administrativas. 
O Projeto Político Pedagógico, PPP, é o plano global da escola, um instrumento teórico-metodológico para intervenção e mudança da realidade. Sua construção deverá permitir o encontro, a reflexão, a ação sobre a realidade numa práxis libertadora. 
O político e o pedagógico são dimensões indissociáveis, porque propiciam a vivência democrática necessária à participação de todos os membros da comunidade escolar. Assim, a definição de uma escola como atuante na sociedade democrática, plural e justa deve trabalhar no sentido de formar cidadãos conscientes, capazes de compreender e criticar a realidade, atuando na procura da superação das desigualdades e do respeito ao ser humano. 
Quando a escola assume a responsabilidade de atuar na transformação e no desenvolvimento social, seus agentes devem empenhar-se na elaboração de uma proposta para a realização desse objetivo. 
Essa proposta ganha força na construção de um projeto político pedagógico. Cada unidade escolar deve elaborar o seu PPP, documento fundamental e norteador que identifica a escola, estabelece os princípios teórico-metodológicos a serem desenvolvidos na unidade, a estrutura curricular e os processos de avaliação, apontando o seu fazer educativo que deve ser pautado nas diretrizes curriculares tendo como base a sua própria realidade. 
Segundo Veiga (1995, pag. 91), um projeto político pedagógico – PPP:
ultrapassa a dimensão de uma proposta pedagógica. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente, por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sócio - político e com os interesses reais e coletivos da população majoritária. 
É fruto da interação entre os objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade, que estabelece, através da reflexão, as ações necessárias à construção de uma nova realidade. Antes de tudo, é um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo: professores, equipe técnica, alunos, seus pais e a comunidade como um todo. 
A importância do projeto político-pedagógico está no fato de que ele passa a ser uma direção, um rumo para as ações da escola. É uma ação intencional que deve ser definida coletivamente, com conseqüente compromisso coletivo. 
Ao se construir o projeto político-pedagógico, é fundamental que se tenha em mente a realidade que circunda a escola; realidade que se expressa no contexto macro da sociedade: econômico, político e social; e aquela que se verifica ao entorno da escola. 
A realidade macro da sociedade, certamente, afeta a vida da escola, assim como também a afeta a sua realidade interna específica, o seu funcionamento, possibilidades e limites. 
Não levar em consideração os aspectos sociais que envolvem a escola no planejamento educacional pode fazer com que o planejamento falhe em seus resultados. Nesse contexto, o inspetor

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