Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
* Reação inflamatória: Fase aguda * Células intavasculares e matriz de tecido conjuntivo e células envolvidas na resposta inflamatória. * Classificação das inflamações Podem ser: Agudas (com uma duração de minutos, horas ou dias). Crônicas (com uma duração que pode se estender por meses). * Aspectos da inflamação aguda É uma reação imediata. Apresenta sinais cardeais clássicos. Antecede a inflamação crônica . Apresenta exsudações plasmáticas e neutrófilos. * Fases da inflamação aguda Alterações do calibre vascular, que acarretam um aumento do fluxo sanguíneo. Alterações estruturais da microvasculatura, que permitem que as proteínas plasmáticas e leucócitos deixem a circulação. Emigração dos leucócitos da micro circulação e seu acúmulo no foco da lesão. * Sinais cardeais da inflamação aguda Dor (compressão-agressão-ação farmacológica). Calor (fase vascular). Rubor (fase vascular). Tumor (edema). Perda da função (tumor – dor). Podem auxiliar na identificação da fase inflamatória aguda. * Alterações vasculares da inflamação aguda Alterações no fluxo e calibre vasculares. Aumento da permeabilidade vascular. * Alteração no fluxo e calibre vascular Inicialmente ocorre uma vasoconstrição (arteríolas). Vasodilatação. Abertura de novos leitos capilares. Aumento do fluxo sanguíneo. Causando calor e eritema. * Alentecimento da circulação decorre do: Aumento da permeabilidade da micro vasculatura, com extravazamento de líquido rico em proteínas para dentro do tecido extra vascular. A perda de líquido resulta na concentração de hemácias nos pequenos vasos e aumento da viscosidade sanguínea. Pequenos vasos dilatados repletos de hemácias. Este distúrbio é denominado “estase”. * Quando a estase começa se desenvolver: Orientação periférica dos leucócitos ao longo do endotélio (marginação leucocitária). Leucócitos se aderem ao endotélio. Migram para o tecido intersticial através da parede vascular. * Aumento da permeabilidade vascular levando ao extravasamento do exsudato para o interstício Perda de proteína no plasma. Reduz a pressão osmótica intravascular. Eleva a pressão osmótica do líquido intersticial. Junto com o aumento da pressão hidrostática (vasodilatação). Acarreta o efluxo de líquido e seu acúmulo no tecido intersticial. Esse aumento final do líq. extravascular é denominado “edema”. - Mas o endotélio não está intacto. Como é possível que ele esteja permeável na inflamação? * * Mecanismos do extravasamento vascular Formação de fendas no endotélio pelo mecanismo de contração das células endoteliais. Transcitose aumentada através do citoplasma endotelial. Lesões endoteliais diretas, resultando em necrose e desprendimento das células endoteliais. Lesões endoteliais mediadas por leucócitos. * Formação de fendas no endotélio pelo mecanismo de contração das células endoteliais Ocorre principalmente em vênulas. Os mediadores são a histamina e leucotrienos. É o mecanismo mais comum de extravasamento. Ocorre logo após contato com mediadores. É reversível. * Transcitose aumentada através do citoplasma endotelial Ocorre através de canais. Ocorre principalmente em vênulas. Fatores como o de crescimento do endotério vascular parecem causar o extravasamento pelo aumento e , talvez , tamanho desses canais. Também é induzido por histamina e maioria de mediadores químicos. * Lesões endoteliais diretas, resultando em necrose e desprendimento das células endoteliais Ocorre logo após a lesão, mantendo-se por várias horas até que vaso danificado seja trombosado ou reparado. Afeta todos os níveis de microcirculação.O desprendimento das células muitas vezes está associado à aderência plaquetária e trombose. * Lesão endotelial mediada por leucócitos Os leucócitos podem ser ativados liberando substâncias tóxicas que causam lesão ou desprendimento endotelial.Atinge vênulas capilares pulmonares e glomerulares, aonde os leucócitos aderem ao endotélio. * Abscesso agudo em ângulo mandibular. Veja a coloração avermelhada que a reação inflamatória aguda origina. O local da inflamação é extremamente quente devido ao aumento da vascularização e do fluxo sanguíneo. * Abscesso em mandíbula. * Abscesso com drenagem da coleção purulenta – mandíbula. * Edema traumático (inflamatório). Lábio superior. * * Eventos celulares Extravasamento de leucócitos e fagocitose; Acontece em etapas. * Adesão e transmigração (Diapedese) Interação entre moléculas existentes nos leucócitos e no endotélio: Selectinas Imunoglobulinas Integrinas * Capilar normal – antes da inflamação * Adesão * Diapedese * Quimiotaxia e ativação de leucócitos Leucócitos adesão transmigração quimiotaxia; Ordem de migração: Neutrófilos; Monócitos; Linfócitos; Quimiotaxia ligação de agentes quimiotáxicos à receptores específicos. * FAGOCITOSE Três etapas: Reconhecimento e fixação; Englobamento por pseudópodos; Destruição e degradação das bactérias * Fagocitose * * Principais alterações vistas durante o processo inflamatório agudo. * Liberação de produtos leucocitários e lesão tecidual induzida por leucócitos Enzimas lisossomais; Produtos do metabolismo do ácido araquidônico (prostaglandinas e leucotrienos). Esses produtos são mediadores da lesão tecidual e amplificam os efeitos do estímulo inflamatório inicial. Quando persistente, a lesão tecidual dependente de leucócitos pode causar inflamação crônica. * RESULTADOS DA INFLAMAÇÃO AGUDA Resolução completa; Formação de abscesso; Cura por fibrose e cicatrização; Evolução para inflamação crônica. * INFLAMAÇÃO CRÔNICA * Conceito de inflamação crônica "Reação tecidual caracterizada pelo aumento dos graus de celularidade e de outros elementos teciduais, diante da permanência do agente agressor” * A inflamação crônica é aquela na qual, devido à persistência do agente inflamatório ou em conseqüência de fenômenos auto-imunes, o processo se mantém por mais tempo. A inflamação crônica pode ser definida como uma inflamação de duração prolongada (semanas ou meses). * A inflamação crônica pode surgir: Após inflamação aguda, devido à persistência do estímulo desencadeante; Como resultado de surtos repetitivos de inflamação aguda; Infecções persistentes por micróbios intracelulares (ex: bacilo da tuberculose, infecção viral) que desencadeiam uma reação imunológica; * * Exposição prolongada à substâncias exógenas potencialmente tóxicas (ex: sílica); Reações imunes, particularmente aquelas perpetuadas contra os próprios tecidos do hospedeiro (doenças auto-imunes). * Sialadenite crônica em parótida. Corte longitudinal da parótida, em que se nota um local de grande destruição tecidual (DT) e um parênquima totalmente fibrosado, como tentativa de reparação. Provavelmente o agente agressor atuante aqui foi de baixa intensidade e longa duração. * A inflamação crônica caracteriza-se por: Infiltração por macrófagos, linfócitos e plasmócitos; Destruição tecidual, induzidas pelas células inflamatórias; Tentativas de reparo por reposição de tecido conjuntivo. * Inflamação Granulomatosa: É uma reação inflamatória crônica distinta, em que o tipo celular predominante consiste em um macrófago ativado com aspecto de célula epitelial modificada. A inflamação granulomatosa é caracterizada por granulomas. Os granulomas são coleções focais de macrófagos epitelióides, circundados por leucócitos,principalmente linfócitos e plasmócitos. * * O granuloma pode ser entendido de forma simplificada como um conjunto organizado de células inflamatórias. Tipos de granulomas: De corpo estranho – desencadeado por corpo estranho inerte; Granulomas imunológicos – formados por reações imunes. Ex: granuloma causado pelo bacilo da tuberculose, com presença de necrose caseosa central. * Corpo estranho * Padrões morfológicos na inflamação aguda e crônica: Inflamação serosa É aquela em que a exsudação de líquido predomina sobre os demais componentes. Acometem membranas serosas (pleurite, pericardite, peritonite). A bolha cutânea resultante de uma queimadura representa um grande acúmulo de liquido seroso. * Inflamação fibrinosa Ocorre quando a lesão causa aumento pronunciado de permeabilidade vascular, levando a um exsudato com predominância de fibrina. Ex: pericardite. Inflamação supurativa ou purulenta A inflamação supurativa ou purulenta é caracterizada pela produção de grandes quantidades de pus ou exsudato purulento, consistindo em neutrófilos, células necróticas e liquido de edema. Os abscessos são coleções localizadas focais de tecido inflamatório purulento causado por supuração contida em um tecido, órgão ou espaço confinado. * Úlceras Uma úlcera é um defeito local, ou escavação, da superfície de um órgão ou tecido que é produzida pelo desprendimento (esfacelamento) de tecido inflamatório necrótico. É encontrada mais comumente, na mucosa da boca, estômago, intestinos ou trato geniturinário e na inflamação de membros inferiores de pessoas idosas com distúrbios circulatórios. * * * Efeitos sistêmicos da inflamação Febre; Aumento da produção de glicocorticóides, ativando uma resposta de estresse; Mal-estar, sonolência; Leucocitose, em inflamações bacterianas; Leucopenia, em infecções virais. * Artrite reumatóide * * * * * * * * * * *
Compartilhar