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Contestação com Reconvenção à Ação de Rescisão de Contrato

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EXMO(A). SR(A). DR(A). JUIZ(A) DE DIREITO DA 12ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA - CE
CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO À AÇÃO DE RESCISÃO DE CONTRATO C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
Nº 0000001-01.2018.8.06.0001
PROMOVENTE/ RECONVINDO: FRANCISCA ALANA
PROMOVIDA/ RECONVINTE: CALYPSON SONS LTDA
CALYPSON SONS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita com o número de CNPJ nº 30405060, com sede na Avenida Desembargador Moreira, nº 1510, Aldeota, Fortaleza/CE, CEP: 60.123-56, com endereço eletrônico – email: calypsonsons@gmail.com.br vem por seus representantes legais, através de seus advogados, apresentarem a presente CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO à ação acima epigrafada, que lhe move FRANCISCA ALANA, já devidamente qualificada nestes autos, o que faz esteada nas razões fáticas e jurídicas a seguir escandidas:
PRELIMINARMENTE 
DA INÉPCIA DA EXORDIAL 
O artigo 319 do Código de Processo Civil, em seus incisos, estabelece os requisitos indispensáveis da petição inicial, constando expressamente no inciso III do referido dispositivo legal, que a peça vestibular deverá indicar os fatos e fundamentos do pedido em que pretende o Autor. 
Diante do importantíssimo requisito supracitado, a Autora não usou uma linha sequer a fim explicar os motivos nos quais resultava o “dano moral suportado”, sendo assim, SEM CAUSA DE PEDIR, deve se analisar e reconhecer a manifesta inépcia da ação interposta pela autora. 
Pela simples e rápida analise dos autos, nota-se A AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO, POR PARTE DA AUTORA, DO PREJUÍZO MORAL EFETIVAMENTE SOFRIDO. Ou seja, a autora não narra, não descreve em que consistem os danos alegados, pressuposto da ação, uma vez que não há danos, e sim vislumbrada exclusivamente pelo imaginário da autora.
No que tange a exordial, esta é apenas faz referencia a sua carreira e a celebração do contrato de exclusividade com a gravadora, ora Promovida, porém, NÃO RELATA EM QUAIS CIRCUNSTANCIAS SE DEU O DANO MORAL SOFRIDO, bem como, NÃO APRESENTA NENHUM DOCUMENTO PROBATÓRIO QUE COMPROVE O DANO MORAL SOFRIDO PEDIDO AO FINAL DE SUA EXORDIAL. 
Em virtude disto, tem-se, ao rigor da técnica, pedido inepto formulado pela autora, nos exatos termos das lições do mestre José Aguiar Dias, in, “Da Responsabilidade Civil” – 1/100:
“Com efeito, não especificando, na inicial, em que consistiria o dano (pressuposto da ação), o pedido era tecnicamente inepto, por isso que não se poderia fazer, na ação porventura admitida, a respectiva prova”.
Conclui-se, por consequência lógica que, para se justificar a pretensão judicial de indenização como no presente caso, mister se faz a exata demonstração dos danos efetivamente ocorridos. Há necessidade de comprovação, de forma analítica e pormenorizada, de todos os danos e infortúnios supostamente sofridos pela autora da ação, o que não ocorreu in casu.
Vale citar, trecho de julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal na análise e decisão acerca de supostos danos morais ocorridos:
“Não basta a prova genérica do fato do qual poderia provir o dano, mas e necessária a prova especifica desse dano” e “Sem prova do dano, não ha que cogitar de responsabilidade”, STF, Relator o Ministro Filadelpho Azeredo, apud Jose de Aguiar
Dias, in op. Cit. P. 100.
A AUTORA NÃO TEVE QUALQUER TIPO DE DANO MORAL!!
Assim, há que ser julgado inepto o presente pedido, na forma do artigo 330, inciso I, do CPC, sem exame de mérito visto não ter a autora demonstrado o dano a que requer seja indenizado, faltando, pois, os pressupostos de admissibilidade da ação.
I – SINOPSE DA EXORDIAL
Em síntese, aduz a Promovente, na sua peça Inicial, que ainda adolescente descobriu ser bastante talentosa para fazer composições musicais e ainda possui uma voz admirável e potente, e que aos 17 (dezessete) anos iniciou sua carreira musical, fazendo o registro de suas composições junto à biblioteca nacional.
Alega que seu pai administrava sua carreira artística, cuidando de tudo que era necessário para progresso de sua vida como cantora e compositora. Sendo assim, a Promovente alega que sua carreira desapontou, e conseqüentemente teve o convite da Empresa Promovida, cujo objetivo principal era administrar e realizar investimentos financeiros para melhorar sua carreira, porém, foi imediatamente negado por parte da autora, o convite feito.
 Porém, como não se esperava, em novembro de 2004, a Promovente perde seu pai, vítima de um infarto fulminante, deixando-o triste e angustiada, pois este era seu grande orientador e incentivador de sua carreira. 
Sendo assim, a Autora alega que diante de sua situação fragilizada, com a perda de seu pai, e ainda do término com seu namorado, aceitou a proposta da Promovida, sem conferir com máxima atenção o contrato celebrado.
Alega ainda em sede de exordial, que durante muito tempo, sua carreira foi um sucesso, com projeção nacional e internacional, lançando diversas composições com sucesso, enfim, um verdadeiro fenômeno da musica.
Afirma também, que passou a ter desentendimentos com o gestor da gravadora, ora Promovida, que este negava recorrentemente seus trabalhos recentes, onde em julho do ano 2017, resolveu anunciar o desejo de romper o contrato de exclusividade com a Promovida. 
A promovente informa também que diante de seu desejo de romper o contrato, o Diretor José Gomes, que a mesma deveria pagar uma multa de R$ 2 Milhões como desistência e rescisão contratual, e que todas as canções escritas de 2004 a 2017 pertencia à gravadora conforme contrato celebrado.
Ainda menciona que após sua manifestação de romper o contrato, a gravadora Promovida cancelou todas as apresentações agendadas, bem como não realizava novas agendamentos e nem repassava os valores relativos às vendas de álbuns e canções provenientes do escritório - ECAD, acerca da reprodução de musicas. 
Diante do quadro apresentado, a Promovente a requer a rescisão contratual e uma indenização por suposto “dano moral” sofrido, bem como persegue a condenação da Promovida no pagamento dos honorários sucumbências discriminadas na sua peça exordial.
Eis, em síntese apertada, a vexata quaestio.
Contudo, as sobreditas alegativas da reclamante não condizem com a veracidade dos acontecimentos, pois, altera a realidade dos fatos, tudo com o fito de ver declarada a procedência dos pleitos de sua exordial ora impugnada, que não merece prosperar, em face de inexistência de fundamento fático e jurídico, conforme restará demonstrado a seguir.
II- DA VERDADE DOS FATOS
Excelência Ressalta-se desde logo, que a Promovida, em tópico específico, propõe nos termos do art. 343 do CPC, a sua Reconvenção, elegendo a via adequada de acordo com as novas diretrizes do código adjetivo pátrio vigente, utilizando-se da contestação para manifestar pretensão própria, conexa com o feito principal, evitando-se assim, a pluralidade de lides.
Assim sendo, a verdade dos fatos ora escandidos possui o escopo de trazer à tona a veracidade real dos acontecimentos servindo tanto como matéria de defesa quanto causa de pedir conexa.
Excelência, inicialmente, com o fito de esclarecer o intento da presente demanda, se faz necessária uma breve explanação acerca das verdades dos fatos.
Em verdade, a promovente/reconvinda possui enorme talento e brilhantismo como cantora, com voz admirável e potente, além de fazer lindas composições, sendo uma artística completa. 
Meritíssimo ocorre que a Empresa Promovida diante do talento da jovem cantora, ora Promovente, realizou um convite de administrar e realizar investimentos financeiros na carreira artística da mesma, onde a gravadora informou por email todas as condições, como também mandando cópia do contrato de serviços artísticos com cláusula de exclusividade, conforme email em anexo.
PORÉM, A PROMOVENTE RECUSOU A CELEBRAÇÃO DO CONTRATO DE SERVIÇOS ARTÍSTICOS COM CLÁUSULA DE EXCLUSIVIDADE. 
VALE RESSALTAR QUE A GRAVADORA PROMOVIDA INFORMOU EM DETALHESAS CONDIÇÕES DO CONTRATO!! 
Meritíssimo, ocorre que em julho do ano 2004, a Promovente, em decorrência da perda de seu pai, vítima de infarto fulminante, não tendo ninguém para administrar sua carreira artística, RESOLVEU ACEITAR E ASSINAR O REFERIDO CONTRATO supracitado. 
Sendo assim, na ocasião em que resolver aceitar e assinar o contrato de serviços artísticos com cláusula de exclusividade foi oferecido à Promovente, que caso houvesse dúvidas acerca do referido contrato, a mesma teria ao seu dispor consultoria jurídica com advogado especializado, em caso de duvidas, conforme email enviado no dia do aceite, (doc. em anexo). 
PORÉM, O SERVIÇO DE CONSULTORIA JURÍDICA FOI TOTALMENTE NEGADO POR PARTE DA PROMOVENTE, E SENDO ASSIM A MESMA DEVIDAMENTE CELEBROU O CONTRATO COM A GRAVADORA PROMOVIDA EM JULHO DE 2004. 
Vale ressaltar que o negócio jurídico celebrado cumpriu com todos os seus requisitos, quais sejam, agente capaz, objeto lícito, certo e determinável, ou seja, o contrato foi celebrado com agente capaz, a Promovente encontrava-se plenamente em gozo de sua capacidade, e o objeto era certo, previsto em lei, que consistia no contrato de serviços artísticos com cláusula de exclusividade. Enfim, trata-se de um negócio válido e eficaz, estando com todos os requisitos preenchidos.
Acontece Meritíssimo, que após a celebração do contrato, sob administração da Promovido, realizando diversos investimentos financeiros na carreira da jovem cantora, ora Autora, a mesma durante anos foi um sucesso, com projeção nacional e internacional, tendo suas musicas autorais tocadas em todas as rádios e programas de televisão, no Brasil e fora do país, um verdadeiro fenômeno, possuindo um grande número de fãs espalhados por todo mundo, realizando numa média de 27 shows por mês. 
Porém, durante essa trajetória de sucesso, a jovem cantora começou a usar drogas, inicialmente fumando maconha entre os intervalos dos shows, posteriormente passou ao uso de cocaína depois das apresentações e por fim, de forma incontrolável o uso de crack. ASSIM A CARREIRA ARTÍSTICA DA CANTORA SOFREU UMA REDUÇÃO DE SHOWS, FÃS E PASSOU A SER MANCHETES DE JORNAIS EM TODO PAÍS, CONFORME DOCUMENTOS EM ANEXO.
Ademais, diante dos vícios em drogas, A PROMOVENTE PASSOU A FALTAR DIVERSOS SHOWS AGENDADOS, e em alguns shows, a mesma ignorava os fãs, bem como não conseguia ir ate o fim do show, como também, caía nos palcos, trazendo enormes prejuízos financeiros à gravadora Promovida. (doc. em anexo)
Excelência, a empresa Promovida querendo ajudar, prestou toda assistência à jovem cantora, realizando internações em clinicas de reabilitação e tratamento médico, comprando medicamentos caríssimos, enfim, apoiando moralmente e financeiramente a promovente, sendo que na ultima internação, que foi na importante CLÍNICA VOLTAR A VIVER, onde sua permanência foi tão somente 3 (três) meses, houve um gasto de R$100.000,00 (cem mil reais), conforme comprovante em anexo.
Meritíssimo, diante do caos que a mesma vivia, do vício em drogas, das notícias dos jornais, dos fãs que só diminui, vendo sua carreira decaírem, a mesma falsamente, sob alegações inverídicas, anuncia o desejo de rescindir o contrato com a gravadora, sendo assim, move ação de rescisão do contrato de serviços artísticos cumulada de indenização por “danos morais”, sendo que em sua inicial não usa sequer uma linha para demonstrar e comprovar sob quais fatos e fundamentos consiste o dano moral.
 Em razão de todo o esposado, deve a presente reclamação trabalhista ser julgada totalmente improcedente.
III DO MÉRITO
III.I DA RESCISÇÃO DO CONTRATO
A presente demanda versa sobre contrato de serviços artísticos com cláusula de exclusividade, onde a Autora na tentativa de anular o negócio jurídico celebrado com a Promovida, alegando inveridicamente que este deixou de cumprir o contrato relativo ao pagamentos de shows, bem como o repasse de direitos autorais. 
Cumpre-nos esclarecer, douto julgador, que o negócio jurídico realizado é valido tendo sido observado o que determina a lei civil em seu artigo 104 que nos elucida:
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.\u201d
E o mais importante, o negócio jurídico foi revestido de efeito volitivo o que fica evidenciado com o simples fato de que quando a autora realizou a doação já sabia que não mais faria parte do quadro de funcionários do orfanato.
Por tais razões a ré requer a improcedência a de todos os pedidos feitos pela autora validando assim a doação por ela realizada
Excelência, a Autora falsamente sob alegações inverídicas e sem provas, requereu a rescisão contratual sob fundamento de que a Promovida não cumpria com as obrigações contratuais, porém, resta evidente e comprovado que a Promovida sempre cumpriu cabalmente com as cláusulas do contrato celebrado com a Promovente, onde diante do problema desta com drogas, tentou ajuda – lá, prestando assistência médica, fazendo internações nas melhores clínicas do país, porém, não logrou êxito. 
Dessa forma, diante do prejuízo altíssimo, a Promovente sem condições mínimas de cumprir agenda de shows, os próprios contratantes cancelaram os shows, conforme doc. em anexo.
Diante dessa situação, é cristalino que a rescisão se deu por vontade exclusiva da Promovente, devendo esta pagar a multa prevista na cláusula 15ª do contrato firmado, por rescisão unilateral imotivada. (doc. em anexo)
III.II DA IMPROCEDENCIA DO PEDIDO DE DANOS MORAIS 
Meritíssimo, a Autora somente nos pedidos de sua exordial menciona uma indenização por “danos morais sofridos”, porém não relata e nem fundamenta sobre quais causas se deu esse “dano”, bem como também não comprova o referido pedido.
Portanto, o dano moral não se encontra evidenciado e no caso depende de prova inequívoca, pois resulta da verificação do efetivo abalo causado à esfera ideal do ofendido. 
A exigência da prova do fato, do nexo de causalidade e da culpa - em se tratando de ato ilícito - ou de anormalidade, - em caso de ato lícito-, são os requisitos mínimos à persecução da reparação moral.
RESSALTA-SE AINDA, A AUTORA NÃO DESCREVE OS FATOS DE FORMA CRISTALINA A EVIDENCIAR QUAIS AS CONDUTAS ILÍCITAS QUE A PROMOVIDA COMETEU PARA ENSEJAR O PEDIDO DE DANO MORAL.
Evidencia na doutrina serem quatro os elementos essenciais para a responsabilidade civil: ação ou omissão, culpa ou dolo do agente, relação de causalidade e o dano experimentado pela vítima.
Na ótica dos ensinamentos a propósito do tema, o dano moral implica sofrimento íntimo, desgosto, aborrecimento, mágoa e tristeza que não repercutem quer no patrimônio quer na órbita financeira do ofendido.
O dolo, por sua vez, consiste na concreta vontade de cometer uma violação de direito, consubstanciando, assim, uma violação deliberada, consciente e intencional do dever jurídico.
O nexo de causalidade representa a relação causa e efeito entre a conduta do empregador e o dano suportado pelo empregado ofendido, sendo imprescindível a demonstração indubitável de que o dano não teria ocorrido sem a conduta geradora do fato causador da ofensa imputado ao recorrido.
Necessário, também, se faz, para a configuração do dano moral, que a conduta tenha causado prejuízos consumados, o que deve ficar robustamente comprovado nos autos, cuja prova incumbe à parte autora, à inteligência do previsto no artigo 818 da Consolidação das Leis do Trabalho c/c o artigo 333, inciso I, do Código de Processo Civil, por se tratar de fato constitutivo do seu direito.
Vale lembrar e insistir que a ação por danos morais haverá, igualmente, de fundar-se no tríplice requisito do prejuízo, do ato culposo do agente (erro de conduta marcado pela imprudência, imperícia e negligência) e do nexo de causalidade entre o referido ato e resultado lesivo (Código Civil, art. 186). Cabendo ao ofendido, em princípio, o ônus de provar a ocorrência dos três requisitosretro alinhados. 
Conforme preleciona Sérgio Cavalieri Filho, o dever de indenizar advém de intensa dor ou sofrimento experimentado pelo ofendido. 
"mero dissabor, aborrecimento, mágoa, irritação ou sensibilidade exacerbada estão fora da órbita do dano moral, porquanto, além de fazerem parte da normalidade do nosso dia-a-dia, no trabalho, no trânsito, entre os amigos e até no ambiente familiar, tais situações não são intensas e duradouras, a ponto de romper o equilíbrio psicológico do indivíduo. Se assim não se entender, acabaremos por banalizar o dano moral, ensejando ações judiciais em busca de indenização pelos mais triviais aborrecimentos". (grifos nossos)
Por todo o exposto, imperiosa se mostra a prova do prejuízo suportado, seja ele material ou imaterial, para que se configure a responsabilidade civil e conseqüente obrigação de indenizar, o que não ocorre no caso em tela.
IV– DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
Subsume-se, deste modo, litigância de má-fé da autora nos termos da lei, na medida em altera essencialmente a verdade dos fatos, conforme restado provado ao longo da exposição fática supramencionada.
Não restam dúvidas a clara intenção da Promovente em induzir o entendimento do Nobre Juízo ao erro, quando se furtam de trazer à baila a verdade real.
Conforme devidamente suscitado nos presentes fólios e cabalmente comprovado com vasta documentação em anexo, a alegação da parte contrária não carece provimento.
Faz-se mister estabelecer que o art. 81 do NCPC confere poderes ao juiz para aplicar de ofício a multa decorrente de litigância de má-fé. O dispositivo legal, ao textualizar que "o juiz... condenará", dá a entender que se trata de imposição ao juiz, mas, na verdade, apenas se lhe concede uma faculdade decisória, incluída em seu poder discricionário. Embora a norma seja cogente e imponha um poder-dever ao juiz, vinculado ao interesse público e à dignidade da justiça.
Litigante de má-fé é a parte que age de forma inescrupulosa, causando dano processual à parte contrária; é aquele que se utiliza de procedimentos escusos para alcançar seus intentos, sabendo ser difícil ou impossível vencer a demanda dado sua patente falta de um bom direito.
Contudo, as alegações induzidas pela parte promovente servem apenas para ratificar suas intenções de prejudicar o Suplicado. Já nos ensina o Novo Código de Processo civil quanto às postulações alicerçadas na má-fé.
Art. 81. Considera-se litigante de má-fé aquele que:
...
II – alterar a verdade dos fatos.
...
VI – provocar incidentes manifestamente infundado.
Nesse caso, claramente, reclama-se o dolo, a intenção de alterar a verdade dos fatos, para lograr êxito na demanda. Não se permite à autora, na defesa de seu direito, modificar, ao seu talante, a versão dos fatos, pois, assim agindo, estará com o propósito de conduzir o Judiciário a uma falsa percepção da realidade. A parte pode, e deve, discutir os efeitos jurídicos dos fatos ocorridos; nunca, porém, distorcer as verdades dos fatos.
No mesmo sentido, além de alterar a verdade dos fatos, caracteriza litigância de má-fé aquele que omite intencionalmente fatos essenciais ao julgamento da causa. A litigância de má-fé, nesse caso, é punível uma vez verificado o dolo, elemento esse que salta aos olhos no caso em comento e transborda a cada ato emanado pela autora. Tem de se perquirir, no âmbito subjetivo, se a parte omitiu, deliberadamente, fatos essenciais, visando, com isso, a lograr êxito.
É de clareza solar a intenção da autora na presente lide em confundir o Julgador, na medida em que apresenta os fatos na exordial de modo mentiroso, vago e inconsistentes, sem mostrar sequer qualquer indício fático ou documental comprobatório da falsa alegativas apresentada em desfavor da promovida, mas sim que comprovam o contrário, ou seja, sua real intenção de locupletar-se às custas da Ré.
Assim, sobeja indubitável o firme propósito do obreira em prejudicar a Promovida e enriquecer-se ilicitamente.
Assim, com base no art. 81, § 3o, do NOVO CPC, requer que V. Exa. se digne a CONDENAR à Autora - litigante de má-fé, a pagar em favor da Reclamada, multa a ser fixada, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que a contestante efetuou face às irresponsabilidades perpetradas pela parte autora
V - DO PEDIDO DA RECONVENÇÃO (Art. 343 CPC)
V.I DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAÇÃO - DOS DANOS METERIAIS	
A documentação em anexo faz prova de que o problema com drogas da reconvinda trouxe inúmeros prejuízos de ordem material à empresa Reconvinte.
Diante do problema de drogas da reconvinda, o reconvinte arcou com despesas médicas, comprando medicamentos, fazendo diversas internações nas melhores clínicas do país, e em conseqüência da dependência química da reconvinda, muitos shows foram cancelados, e em decorrência houve ações judiciais pedindo multa por show não realizado, enfim, diante dos atos ilícitos da reconvinda, foi calculado um valor estimado em R$1 milhão de reais por danos materiais, conforme documento em anexo. 
Assim resta patente o ato ilícito cometido pela autora, o dano sofrido pela promovida e o seu nexo de causalidade.
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, consagra a tutela do direito à indenização por dano material ou moral decorrente da violação de direitos fundamentais, tais como a honra e a imagem das pessoas:
Art. 5º (...)
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;(...).
O Código Civil agasalha, da mesma forma, a reparabilidade dos danos materiais e morais. O art. 186 trata da reparação do dano causado por ação ou omissão do agente:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Dessa forma, o art. 186 do Código define o que é ato ilícito, entretanto, observa-se que não disciplina o dever de indenizar, ou seja, a responsabilidade civil, matéria tratada no art. 927 do mesmo Código.
Sendo assim, é previsto como ato ilícito aquele que cause dano, ainda que, exclusivamente moral. 
Faça-se constar o art. 927, caput:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Pelo que se viu, a atitude do autor configurou ofensa à dignidade da empregadora, conforme estabelece o art. 5º, inc. X, da Constituição Federal, o que justifica o pagamento da indenização requestada.
Dessa forma, pelos danos materiais sofridos, faz-se necessária a condenação da autora/reconvinda ao pagamento de indenização R$1 milhão de reais referente a: despesas médicas, internações em clínicas e ações judiciais e extrajudiciais sofridas.
VI – DA CONCLUSÃO E PEDIDOS
Ante todo exposto, REQUER digne-se Vossa Excelência de todo o exposto, requerem a Promovida que seja Julgada Improcedente in tantum a ação em ajuizada por a Promovente, pela inexistência de Direito da mesma e, portanto a absoluta falta de amparo fático-jurídico aos pedidos, sendo, consequentemente, Julgada Totalmente Procedente o pedido de Reconvenção na forma proposta nesta peça.
Com efeito, roga-se pelo recebimento desta contestação/reconvenção, ocasião em que fica requerido:
a) receba a presente peça de Contestação/Reconvenção, ocasião em que o ora peticionante requer a notificação da parte contrária para responder o pedido de Reconvenção, requerendo, desde logo, a designação de audiência de conciliação, instrução e julgamento;
b) no mérito, seja julgada improcedente in tatum da presente ação, uma vez que não foi vislumbrado na referida peça, qualquer meio ou prova quanto às suas pretensões, pelo que inexiste o Direito da autora, vez que constatou-se a absoluta falta de amparo fático-jurídico, condenando-se por fim, a autora em todas as cominações de direito, bem como em litigancia de má-fé, além de custas, despesas processuais, honorários de advogado na basede 15%, e demais cominações de estilo:
c) ainda no mérito: seja decretada a rescisão do contrato de trabalho avençado pelas partes, reconhecendo a cláusula por desistência unilateral, conforme cláusula 15º do vigente contrato celebrado;
d) seja ainda julgado procedente o pedido de Reconvenção, reconhecendo a obrigação de indenizar da autora, decorrente dos atos por ela conferidos e o direito da Promovida em receber indenização por danos materiais no valor de R$1 milhão de reais.
Protesta e requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em Direito, notadamente pelo depoimento pessoal da Reclamante, que fica desde já requerido, sob pena de confissão, como também juntada posterior de documentos e oitiva de Testemunhas e outras que o caso necessite, tudo de logo requerido.
Dá-se à Reconvenção o valor de causa de R$ 1 milhão de reais 
Nestes termos.
Pede e aguarda deferimento.
Fortaleza-CE, 17 de maio de 2018.
JADSON OLIVEIRA DA SILVA
OAB-CE 52.321
ALISSON FREITAS
OAB-CE 52.300

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