Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Mecânica dos Sólidos 3 Professor Maurício P. Ferreira Engenheiro Civil, M.Sc., D.Sc. Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia Faculdade de Engenharia Civil 1. Introdução Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil �Uma estrutura pode romper de diversos modos, em função: � Do tipo da estrutura; � Das condições de apoio; � Do carregamento atuante; � Domaterial utilizado. � Como exemplo tem-se que sob esforços elevados, elementos de uma estrutura podem romper por flexão ou por cisalhamento; � Tais falhas podem ser evitadas se no dimensionamento os níveis de tensão forem mantidos dentro de limites aceitáveis. 1. Introdução Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil Ruptura por Flexão Ruptura por Cisalhamento 1. Flambagem - Introdução Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil � Elementos Esbeltos carregados axialmente à compressão podem flexionar lateralmente e romper por flexão ao invés de romper por compressão; � Este tipo de ruptura é denominada flambagem; �O estudo irá concentrar-se para os casos de pilares; �Mas esse é um fenômeno que pode ocorrer em outros elementos. 1. Introdução Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil Concreto Resistência Usual Concreto de Alta Resistência • Elementos sob compressão axial (ruptura por esmagamento) 1. Introdução Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil Flambagem pilar de concreto Flambagem pilar de aço 2. Estabilidade de Pilares Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil �No dimensionamento de pilares, a área da seção transversal é escolhida de tal modo que: � A tensão admissível não seja superada: � A deformação esteja dentro dos limites de projeto: �No entanto, é possível que após esta etapa verifique-se que o pilar é instável sob carga. adm P A σ σ= ≤ adm P L E A δ δ ⋅ = ≤ ⋅ 2. Estabilidade de Pilares Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil � Considere o pilar idealizado; � Formado por 2 barras rígidas; � Cada uma com comprimento L/2; � Unidas no ponto A por uma mola (concentra a elasticidade da peça); � Se as barras estiverem alinhadas a mola não está sob tensão; � Caso o ponto A sofra um pequeno deslocamento surge F (tende a restaurar o pilar para posição inicial); � Ao mesmo tempo a tendência de P é aumentar o deslocamento lateral. k: rigidez da mola em A F : força restauradora 2. Estabilidade de Pilares Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil � Logo, F e P apresentam efeitos opostos quanto aos deslocamentos; � Se a ação que alterou a posição de A for removida pode acontecer: � Se P é pequeno: F é predominante e o pilar volta a posição inicial (estrutura estável); � Se P é grande: o deslocamento lateral irá aumentar até que a estrutura entre em colapso por flambagem (estrutura instável);k: rigidez da mola em A F : força restauradora 3. Carga Crítica de Flambagem Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil � A carga crítica de flambagem (Pcr) marca a transição entre o estado estável e o instável de um pilar; � É uma grandeza importante para a avaliação da estabilidade de pilares. Equilíbrio Instável Equilíbrio Neutro Equilíbrio Estável Equilíbrio Estável Equilíbrio Instável Equilíbrio Neutro 3. Carga Crítica de Flambagem Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil P R Y X θ cos sin Y R X R θ θ = ⋅ = ⋅ 0 cos cos yF R P P R θ θ = ∴ ⋅ = = ∑ cos sin tan X X R P X P θ θ θ ⋅ = = = ⋅ 0 2 tan 2 tan sabendo-se que tan 2 2 xF F P k P L k P θ θ θ θ θ θ = = ⋅ ⋅ ⋅∆ = ⋅ ⋅ ≈ ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ ∑ 4 cr k L P ⋅ = 4. Pilar com Apoios em Pinos Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil � Seja um pilar ideal (perfeitamente reto, material homogêneo); � Apoiado em um pino; � Com carga axial aplicada no centróide da seção transversal; � Admitindo-se um comportamento linear-elástico; � Teoricamente a carga P pode ser aumentada até que o pilar frature ou escoe; � Na prática, quando P = Pcr, o pilar está no limite de estabilidade; � Se uma força F for aplicada, quando ela for removida: � Se P < Pcr, o pilar voltar a ser reto � Se P > Pcr, o pilar permanece curvo 4. Pilar com Apoios em Pinos Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil � O pilar permanece estável ou torna-se instável em função de sua capacidade de restauração; � Que é proporcional à sua resistência à flexão; � Para determinar a carga crítica e a forma de flambagem aplica-se a equação: '' '' '' 0 EI M EI P P EI ν ν ν ν ν = = − ⋅ + ⋅ = 1 2sin cos P P C x C x EI EI ν = ⋅ ⋅ + ⋅ ⋅ Equação diferencial homogênea de 2ª ordem, cuja solução é: 4. Pilar com Apoios em Pinos Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil � As constantes de integração são determinadas pelas condições de contorno: � C1 = 0 seria a solução trivial. Logo: 2 1 0 para 0 0 0 para sin 0 x C P x L C L EI ν ν = = ∴ = = = ∴ ⋅ ⋅ = 2 2 2 sin 0 , seria satisfeita para , para 1, 2,3 P P L L n EI EI n EI P n L π π ⋅ = ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ = = … 2 2cr E I P L π ⋅ ⋅ = 1 sin x C L π ν ⋅ = ⋅ Pcr é também conhecida como Carga de Euler (matemático e físico suíço, solucionou o problema em 1757) 5. Fórmula de Euler para Pilares Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil � Para fins de projeto é mais conveniente analisar a estabilidade em termos de tensão: � A relação L/r é denominada índice de esbeltez (mede flexibilidade); � Gráfico indica o valor limite para a o índice de esbeltez; � No caso, L/r ≥ 89; ( ) ( ) 2 2 2 2 2 22 ,sabendo que cr cr P EI I r A L A A E Ar E L A L r π σ σ π π σ = ∴ = = = = Fórmula de Euller 6. Extensão da Fórmula de Euler Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil � Seja um pilar esgastado e livre; � Ele irá deformar-se como a parte superior de um pilar com extremidades em pinos; � A carga crítica de flambagem é calculada através da fórmula de Euller, introduzindo-se o conceito de comprimento equivalente (Le); � Le é determinado comparando a forma deformada com a de um pilar com pinos. ( ) 2 2 2 2 , sendo 2 neste caso cr e cr e e EI P L E L L L r π π σ = = = 6. Extensão da Fórmula de Euler Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil a) Engastado e livre b) Extremidades com pinos c) Engastado e com pino d) Ambos os extremos engastados 7. Exemplo Real Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil Ruptura_Brusca_de_Pilar_PFN_0_2_5.avi 7. Exemplo Real Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia CivilUniversidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil • Exemplo 1: Um pilar de alumínio está engastado na parte inferior e preso no topo com cabos que restringem o movimento ao longo do eixo x. Determinar a maior carga admissível P que pode ser aplicada considerando um fator de segurança FS = 3,0. Adotar Eal = 70 GPa; σys = 215 MPa, A = 7,5·10 -3 m², Ix = 61,3 ·10 -6 m4, Iy = 23,2 ·10 -6 m4. Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil • Exemplo 1:. Plano x-z Plano x-z Universidade Federal do Pará - Instituto de Tecnologia - Faculdade de Engenharia Civil • Exemplo 1:. Plano y-z
Compartilhar