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Dor: Percepção e Classificação

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Dor
A dor é uma percepção sensorial somestésica, chamada muitas vezes de tato protopático. Ela começa a partir de uma geração local. A parir daí,
ocorre uma transmissão, provocando uma interpretação e, em seguida, uma resposta.
Os nociceptores, os receptores da dor, aumentam em quantidade na madrugada. Provavelmente, isso é regulado pela serotonina, cortisol e pela
melatonina. Portanto, a dor é mais intensa no período noturno.
A dor pode ser classificada quanto à velocidade de geração, quanto à velocidade de condução, quanto à duração, quanto à intensidade e quanto
à localização.
Geração
A dor química é gerada por substâncias químicas. Temos três elementos básicos:
Bradicinina (bk) – vem de uma substância chamada bradicinogênio e é convertida em bradicinina pelo sistema calicreína (calicreínogênio é
convertido em calicreína, que converte bradicinina em bradicinogênio). A bk é um vasodilatador, ajudando em reações inflamatórias. Promove o
aumento de elementos sanguíneos, como leucócitos. Gera a dor em queimação.
Histamina – é fabricada a partir de um aminoácido chamado de histidina, que sofre a ação da histidina descarboxilase. A histamina é uma
substância vasodilatadora, e causa diversos efeitos no corpo, como o prurido. Ela só causa dor quando está associada a outros elementos.
Prostaglandina – a partir de fosfolipídios de membrana há a formação do ácido aracdônico pela ação da fosfolipase A2. Por ação das ciclo–
oxigenases, o ácido aracdônico é convertido em prostaglandina. 
A prostaglandina diminui o limiar excitatório do neurônio, sendo, por isso, chamada de hiper algesante, tornando a região mais sensível à dor. 
Potássio
H+
Condução
A dor química é conduzida na fibra C (amielinizada) e é lenta. Já a dor mecânica, conduzida na fibra Aγ, é rápida. 
O neurotransmissor utilizado na fibra rápida é o glutamato, enquanto na fibra lenta utiliza-se a substância P.
A dor, ao contrário do tato epicrítico, cruza na medula. Após o cruzamento, há dois caminhos diferentes: o neoespinotalâmico e o
paleoespinotalâmico. Este último é utilizado pela fibra lenta e não possui modulação de entrada. Já o primeiro é utilizado pela fibra rápida. 
MODULAÇÃO DE ENTRADA 
A fibra Aγ libera uma substância inibitória sobre um neurônio inibitório e uma substância excitatória sobre os neurônios excitatórios e os neurônios
da medula, gerando a condução da dor. Já a fibra a fibra Aβ estimula a o neurônio inibitório da dor e inibe o excitatório, passando o estímulo do
tato. É o que se chama de controle portão da dor.
Duração
Crônica – dor contínua.
Aguda – dor que aparece em determinada hora e tem limite temporal pequeno.
Interpretação
Quanto à localização, que é uma forma da interpretação da dor, realiza-se o seguinte caminho: potencial de ação é levado através dos sistemas
neoespinotalâmico ou paleoespinotalâmico e chega ao tálamo. Ele é responsável pelo direcionamento desse Pa para a área cortical que eles
representam.
O est ímulo que é conduzido pela via neoespinotalâmica será interpretado como uma dor bem definida e localizada, pois é uma dor tátil, protopática.
A dor é, portanto, chamada de localizada. 
Entretanto, a dor que é conduzida pela fibra C não é bem localizada, sendo chamada de difusa e reflexa. 
A dor referida é quando o seu corpo refere a dor em outro local. 
Resposta
Reflexa – quando o estímulo chega à medula, há a liberação de glutamato, ativando um interneurônio contralateral, estimulando a flexão do
membro afetado.
Psicomotora – a dor chega ao córtex e causa aversão. (WTF?????)
Modulação
O neurônio que traz o estímulo da dor é conduzido até o tálamo e o estímulo segue até o córtex para interpretá-lo. Da região do tálamo e da
própria medula, partem interneurônio que irão ativar um grupo de neurônios endorfínicos, os quais produzem neurotransmissores chamados
endorfinas (pró-endorfina, pró-encefalina, encefalina). Então, com estímulos de dor muito intensos, os interneurônios são acionados liberando
serotonina e endorfina nos neurônios pré-ganglionares. A endorfina vai abrir canal de potássio, hiperpolarizando o neurônio, o que impede a
transmissão do impulso nervoso.

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