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EVANGELISMO E MISSÕES

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Prévia do material em texto

ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 1
 
 
 
PPLLAANNOO DDEE AAUULLAA AAPPOOSSTTIILLAADDOO 
Escola de Teologia do Espírito Santo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EEEEEEEEvvvvvvvvaaaaaaaannnnnnnnggggggggeeeeeeeelllllllliiiiiiiissssssssmmmmmmmmoooooooo eeeeeeee MMMMMMMMiiiiiiiissssssssssssssssõõõõõõõõeeeeeeeessssssss 
 
Uma abordagem moderna sobre missões 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 2
 
 
 
 
 
 
© Copyright 2004, Escola de Teologia do ES 
 
A Escola de Teologia do ES é amparada pelo disposto no parecer 
241/99 da CES – Câmara de Ensino Superior 
O ensino à distância é regulamentado pela lei 9.394/96 – Artº 80 e é 
considerado um dos mais avançados sistemas de ensino da atualidade 
 
■ 
 
Todos os direitos em língua portuguesa reservados por 
 
ESCOLA DE TEOLOGIA DO ES 
Rua Cabo Ailson Simões, 560 - Centro – Vila Velha- ES 
Edifício Antônio Saliba – Salas 802/803 
CEP 29 100-325 
Telefax (27) 3062-0773 
www.esutes.com.br 
 
■ 
 
PROIBIDA A REPRODUÇÃO POR QUAISQUER MEIOS, SALVO EM BREVES 
CITAÇÕES, COM INDICAÇÃO DA FONTE. 
 
Todas as citações bíblicas foram extraídas da Bíblia Versão Almeida 
Corrigida e Fiel(ACF) 
©2008, publicada pela Sociedade Bíblica Trinitariana. 
 
 
 
 
O presente material é baseado nos principais tópicos e pontos salientes da matéria em questão. 
A abordagem aqui contida trata-se da “espinha dorsal” da matéria. Anexo, no final da 
apostila, segue a indicação de sites sérios e bem fundamentados sobre a matéria que o módulo 
aborda, bem como bibliografia para maior aprofundamento dos assuntos e temas estudados. 
 
TEOLOGIA DO ES, Escola de - Título original: Missiologia, Uma abordagem moderna sobre 
missões – Espírito Santo: ESUTES, 2004. 
 
 
 
 
 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 3
 
 
 __________ 
 SSSSSSSSUUUUUUUUMMMMMMMMÁÁÁÁÁÁÁÁRRRRRRRRIIIIIIIIOOOOOOOO 
 ____________________________ 
 
 
 
 
UUUUUUUUNNNNNNNNIIIIIIIIDDDDDDDDAAAAAAAADDDDDDDDEEEEEEEE IIIIIIII 
MMMMMMMMIIIIIIIISSSSSSSSSSSSSSSSIIIIIIIIOOOOOOOOLLLLLLLLOOOOOOOOGGGGGGGGIIIIIIIIAAAAAAAA 
O que é Missões...................................................................................................................................................5 
O papel da Igreja em Relação a Missões.............................................................................................................6 
Para que fazer Missões?......................................................................................................................................7 
Onde fazer Missões?............................................................................................................................................7 
A chamada específica para obra Missionária.......................................................................................................9 
 
UUUUUUUUNNNNNNNNIIIIIIIIDDDDDDDDAAAAAAAADDDDDDDDEEEEEEEE IIIIIIIIIIIIIIII 
MMMMMMMMIIIIIIIISSSSSSSSSSSSSSSSÕÕÕÕÕÕÕÕEEEEEEEESSSSSSSS:::::::: TTTTTTTTAAAAAAAARRRRRRRREEEEEEEEFFFFFFFFAAAAAAAA DDDDDDDDAAAAAAAA IIIIIIIIGGGGGGGGRRRRRRRREEEEEEEEJJJJJJJJAAAAAAAA 
Deus usa as vidas pros seus Propósitos............................................................................................................13 
A Batalha Espiritual............................................................................................................................................15 
O desafio de Missões.........................................................................................................................................22 
 
UUUUUUUUNNNNNNNNIIIIIIIIDDDDDDDDAAAAAAAADDDDDDDDEEEEEEEE IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII 
OOOOOOOO RRRRRRRREEEEEEEELLLLLLLLAAAAAAAACCCCCCCCIIIIIIIIOOOOOOOONNNNNNNNAAAAAAAAMMMMMMMMEEEEEEEENNNNNNNNTTTTTTTTOOOOOOOO EEEEEEEENNNNNNNNTTTTTTTTRRRRRRRREEEEEEEE AAAAAAAA IIIIIIIIGGGGGGGGRRRRRRRREEEEEEEEJJJJJJJJAAAAAAAA LLLLLLLLOOOOOOOOCCCCCCCCAAAAAAAALLLLLLLL EEEEEEEE AAAAAAAASSSSSSSS JJJJJJJJUUUUUUUUNNNNNNNNTTTTTTTTAAAAAAAASSSSSSSS OOOOOOOOUUUUUUUU AAAAAAAAGGGGGGGGÊÊÊÊÊÊÊÊNNNNNNNNCCCCCCCCIIIIIIIIAAAAAAAASSSSSSSS MMMMMMMMIIIIIIIISSSSSSSSSSSSSSSSIIIIIIIIOOOOOOOONNNNNNNNÁÁÁÁÁÁÁÁRRRRRRRRIIIIIIIIAAAAAAAASSSSSSSS 
O papel da Igreja................................................................................................................................................25 
O Pastor – A chave para Missões Mundiais........................................................................................................27 
O sustento de Missões.......................................................................................................................................29 
 
UUUUUUUUNNNNNNNNIIIIIIIIDDDDDDDDAAAAAAAADDDDDDDDEEEEEEEE IIIIIIIIVVVVVVVV 
AAAAAAAANNNNNNNNTTTTTTTTRRRRRRRROOOOOOOOPPPPPPPPOOOOOOOOLLLLLLLLOOOOOOOOGGGGGGGGIIIIIIIIAAAAAAAA MMMMMMMMIIIIIIIISSSSSSSSSSSSSSSSIIIIIIIIOOOOOOOONNNNNNNNÁÁÁÁÁÁÁÁRRRRRRRRIIIIIIIIAAAAAAAA 
O Desenvolvimento Histórico da Antropologia...................................................................................................32 
Cultura e as Principais necessidades do ser Humano.......................................................................................34 
A visão Teológica Transcultural da Bíblia...........................................................................................................38 
Os cuidados na obra Missionária.......................................................................................................................44 
 
BBBBBBBBIIIIIIIIBBBBBBBBLLLLLLLLIIIIIIIIOOOOOOOOGGGGGGGGRRRRRRRRAAAAAAAAFFFFFFFFIIIIIIIIAAAAAAAA..................................................................................................................................................45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 4
 
 
 
UUNNIIDDAADDEE II 
MMIISSSSIIOOLLOOGGIIAA 
............................................................... 
 
“Bem aventurados são os pés dos que anunciam as boas nova”. 
 
.............................................................. 
 
 
 
OO QQUUEE ÉÉ MMIISSSSÕÕEESS 
A palavra "Missões" vem da expressão latina "missione', que se origina, por sua vez do verbo 
latim "mittere", que significa "ação, tarefa, ordem, mandato, compromisso, incumbência, encargo 
ouobrigação de enviar missionários". No Novo Testamento, a palavra usada é "apostello", verbo 
que no grego que significa enviar. A tarefa de salvar o mundo não pode ser desassociada do "enviar" 
homens e mulheres cheios do poder de Deus para alcançá-lo, porque não há como salvar o mundo 
sem que haja alguém enviado para pregar e apontar-lhe o caminho. No início deste estudo vemos 
em Rm 10.13-15 que há um processo para a salvação do homem. Este processo começa com "enviar". 
"Enviar" pessoas capacitadas por Deus e pela Igreja, para que preguem o Evangelho; "Pregar" para 
que homens, mulheres e crianças de todas as tribos, línguas, povos e nações possam ouvir; "Ouvir" 
para que possam crer; "Crer" para que possam invocar o nome de Jesus e, ao "lnvocar" o seu nome, 
possam ser salvos. Quem primeiro se preocupou em "enviar" foi o próprio Deus. (João 3.16). Através 
deste versículo, conhecemos a preocupação de Deus para com a humanidade decaída e distanciada 
de si, razão pela qual, enviou Jesus, o seu Filho Unigênito, ao mundo para uma única missão, salvar 
o homem perdido. (Lucas 19.10). O verbo "dar", neste texto, não é simplesmente alguém estender a 
mão e oferecer alguma coisa a outrem. É oferecer ou ofertar uma dádiva valiosa para alguém que 
não merece, sem impor o recebimento de algo em troca. Foi exatamente o que Deus fez: Ofereceu o 
seu Filho amado para resgatar o homem que havia se afastado completamente dEle. Para se 
entender Missões é preciso partir deste princípio, que Deus enviou o seu Filho e que o próprio Filho 
se deu para salvação dos homens perdidos. Se compreendermos que Deus deu o seu Filho e que 
Jesus se deu a si mesmo para a salvação da humanidade, podemos, então dizer: MISSÕES é a Obra 
de Deus dada à Igreja que, seguindo o exemplo de Cristo, proclamei por palavras e ações o Reino de 
Deus, chamando todos ao arrependimento e a ter fé em Cristo, enviando-os a serem discípulos dEle. 
Podemos concluir, através da missão confiada aos doze, que o alvo principal de Missões é a 
proclamação do Reino de Deus a todos os homens. Inicialmente, só os judeus estavam ao alcance da 
bênção enviada pelo Pai, mas o plano de Deus era alcançar também os gentios e o meio para isto foi 
o fato de os judeus rejeitarem o Filho de Deus. (Atos 13.46). Quando Jesus disse que o "Evangelho do 
Reino será pregado", falava de um reino; de algo com autoridade. O reino teria algumas 
características que o tornaria completamente diferente dos que tinham sido implantados no mundo 
até então. Em primeiro lugar Jesus assinalou no mesmo capítulo 10 de Mateus que não há reino sem 
conflitos, os quais durarão até que Ele volte. Se alguém perguntar para quem é o reino, a resposta de 
Jesus será: "para os pobres". Porém não somente para os pobres economicamente, senão para todos 
que sofrem qualquer carência; Em segundo lugar, Jesus proclamou também um grande programa. A 
expressão "será pregado a todas as nações", mostra o alcance geográfico de seu programa. No entanto, 
demonstra também o seu alcance no tempo. 
 
 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 5
 
Precisamos ter a visão de missões como a obra que exige prioridade - Caminhando para a Galiléia 
(João 4.31-34), Jesus passa por Samaria e, enquanto seus discípulos saem a procura de pão, Ele faz 
contato com uma mulher da aldeia samaritana. Para Jesus, descortina-se a possibilidade de salvar 
aquele povo. Seus discípulos chegam e insistem que coma, mas mesmo cansado e com fome, Jesus 
se recusa a comer e coloca o tipo de prioridade que deve caracterizar seus seguidores. Há uma obra 
a realizar, e ela é mais importante do que qualquer outra coisa. Precisamos recuperar este sentido de 
urgência na realização de Missões. O seu tempo é hoje. 
 
Precisamos ter a visão de missões como o desafio de cada oportunidade (Jo 4.35) - Os discípulos 
sabiam que levaria ainda quatro meses para chegar o tempo de colher aqueles cereais. No entanto, 
Jesus lhes diz: "Levantem os olhos, pois há uma colheita a ser realizada imediatamente". Que acontece aos 
frutos maduros que não são colhidos? Eles se perdem. É preciso aproveitar as oportunidades. Deus 
tem criado condições favoráveis à pregação do Evangelho em diferentes partes do mundo. Há um 
anseio pelas novas de salvação, e como estamos respondendo a estas oportunidades que não 
sabemos até quando resistirão? 
 
Precisamos ter a visão de missões como o meio de construir para a eternidade (Jo 4.36-38). - Aqui 
há três situações possíveis quanto aos resultados imediatos (v. 36); os discípulos ceifariam o que 
outros semearam e plantariam o que outros colheriam (v. 37 e 38). Mas a que tipo de resultado se 
refere o texto? Ajuntar fruto para a vida eterna ou para o reino de Deus. Então, “realizar Missões é 
conquistar vidas para o celeiro eterno de Deus”. Este é o único trabalho cujos resultados não são 
transitórios. Porque fazer Missões e o meio principal de se construir para a eternidade. 
 
 
OO PPAAPPEELL DDAA IIGGRREEJJAA EEMM RREELLAAÇÇÃÃOO AA MMIISSSSÕÕEESS 
Avaliando a primeira multiplicação dos pães, no ministério de Cristo, 
destacamos a insuficiência dos recursos humanos para saciar a fome da 
multidão. Se compararmos a fome espiritual do mundo com os recursos 
humanos que temos, nos perguntaremos de igual forma: "Como fazer 
tanto com tão pouco?" Cada igreja existente sobre a terra pode ser 
comparada àquele pequeno menino que tinha tão pouco, cinco pães e 
dois peixinhos (Jo 6.9), mas que nas mãos do Senhor Jesus seria 
multiplicado de tal forma a saciar tantos e ainda sobejar. Como Pode um 
país pobre contribuir para evangelizar países ricos? Jesus não tinha em 
mãos nada para usar até que o rapaz lhe pôs nas mãos tudo o que tinha e então o milagre aconteceu. 
 
“Missões é um milagre de Deus” e só os que colocam nas mãos do Senhor os seus poucos recursos 
é que se dão conta do milagre realizado. Os povos precisam de Jesus. Nós temos Jesus. Não temos 
apenas migalhas, mas a graça infinita de Deus à nossa disposição (João 6.9). 
 
“Missões é compartilhar” o pouco que você tem, cinco pães e dois peixes, com o Senhor Jesus que 
pode multiplicar este lanche, tornando-o num verdadeiro banquete que pode alimentar milhões, 
tornando-o num verdadeiro banquete que pode alimentar milhões que vivem sem Jesus. 
 
“Missões é entrega de vidas sem reservas”, sem questionamentos e pondo toda a nossa confiança 
no Senhor da Obra, que nos chamou para tão honrosa tarefa. Alguém poderia formular a seguinte 
pergunta: "Há diferença entre Missões e Evangelização?" Responderíamos da seguinte maneira: o 
plano de Deus para salvação do homem é constituído de três elementos - a mensagem, o meio 
(recurso) e o processo (método). A mensagem e o Evangelho, o meio é Missões (enviar) e o processo 
é a evangelização (proclamação). Em outras palavras, Missões e Evangelização não são coisas 
distintas entre si, mas ações interligadas e integrantes do plano de Deus. A Evangelização é o ato de 
proclamação da mensagem, a implementação de Missões. 
 
 
 
 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 6
 
PPAARRAA QQUUEE FFAAZZEERR MMIISSSSÕÕEESS?? 
"Falar em Missões" sem querer saber "para que" fazemos Missões é o mesmo que andarmos no 
escuro. Paulo, o grande missionário, foi sempre consciente de que há um objetivo a ser alcançado 
em Missões. Das três indagações feitas por Paulo, no texto que estamos aplicando para este estudo 
(Rm 10.14), a segunda interrogação é: "Como crerão naquele de quem não ouviram?" Sabe qual é a 
resposta? Missões. Sim, Missões existe para levar Cristo a todas as pessoas, fazendo-as crer que Ele é 
eterno e suficiente Salvador. Não podemos mais visualizar um mundo rodeado de barreiras sociais 
e políticas, porque Deus está derrubando todos os bloqueios de Satanás. O Evangelho precisa 
chegar às grandes cidades do mundo como: Tóquio, Bombaim, Calcutá, Cairo e outras queaparentemente estão fechadas para o evangelho, onde a população geme sobre o impacto do 
paganismo buscando outra forma de vida após a morte para aliviar o sofrimento da existência 
presente. Não podemos ficar indiferentes ao fato de que “apenas 8% de toda força missionária 
mundial” trabalham entre povos não alcançados; ou seja, entre os hindus, budistas e muçulmanos, 
povos que representam aproximadamente “50% da população do mundo”. Calcula-se que, hoje, 
apenas metade da população do globo terrestre já ouviu falar do evangelho, e a outra metade 
representa cerca de 3,2 bilhões de pessoas, que estão envolvidas nas trevas espirituais. 
A África é o continente que mais cresce na aceitação do Evangelho, porém as suas práticas pagãs 
continuam, devido a tradição cultural, arraigadas na alma do povo. O sincretismo é um grande 
problema em muitas áreas. Um real arrependimento de pecado e das obras das trevas está faltando 
e muitos cristãos africanos ainda continuam com medo das feitiçarias e dos espíritos. Existe 
Missões porque há um mundo carente e necessitado do amor de Deus.Não há outra forma 
de livramento para o mundo: somente através da pregação do " Evangelho. As boas Novas 
de Deus para o homem caído em delitos e pecados estão 
nas verdades fundamentais do Evangelho. 
 
OONNDDEE FFAAZZEERR MMIISSSSÕÕEESS?? 
Se fizermos uma retrospectiva da obra missionária realizada nas últimas décadas, observaremos que 
a igreja contemporânea preocupou-se em plantar o evangelho no mundo ocidental esquecendo-se 
definitivamente do mundo oriental. Por esta razão, os povos esquecidos se multiplicaram formando 
hoje mais da metade da população mundial mergulhada nas trevas espirituais. Fazer missões hoje 
representa um desafio transcultural a ser vencido pela igreja. Já sabemos que o objetivo de Missões é 
levar todos à salvação, porém podemos ir mais além do seu objetivo. Em todos os lugares da Terra o 
Evangelho deve ser pregado. Isto está provado em Mateus 28.19: "Portanto ide, ensinai todas as 
nações". Jesus disse ide a todas as nações ou o mesmo que "Ide ao Brasil, Japão, Coréia, Indonésia, aos 
países africanos e de outros continentes". Salvação é uma dádiva oferecida independente de cor, raça, 
idioma e posição social. 
 
O Evangelho é para todos os povos, em todos os lugares 
Atos 1.8 nos dá uma visão missionária global e estabelece quatro pontos estratégicos para se fazer 
Missões. Através desses lugares, o referido escritor estabelece quatro pontos estratégicos para se 
fazer Missões: 
 
Jerusalém - É o trabalho missionário em nossos lares, vizinhança, escola, faculdade, trabalho, etc. 
Este campo é muito vasto. Você já evangelizou alguém de sua família? Ou seu colega de faculdade? 
Seus vizinhos? Pense nisto agora. 
 
Judéia - É o trabalho realizado nas vilas e bairros próximos; este campo parece sem nenhuma 
importância, porém não há dúvidas de que é um excelente local para uma boa pescaria. Existem 
grandes bairros e vilas próximos de nós onde há milhares de pessoas precisando ouvir a mensagem 
do Evangelho. 
Samaria - É o trabalho realizado em cidades mais distantes, no interior do país, o que se pode 
chamar de "Missões Nacionais". 
Aos Confins da Terra - É o trabalho missionário realizado em todo o mundo, isto é, "Missões 
Estrangeiras". Nunca o mundo esteve tão aberto para o trabalho missionário como agora. Não 
 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 7
sabemos até quando durará tal abertura. Está na hora de obedecermos ao IDE de Jesus. O mesmo 
livro de Atos que estabelece os lugares onde deve ser proclamado o Evangelho, também nos dá um 
panorama geral da expansão da proclamação através do trabalho missionário. 
 
Quantitativo - Almas "acrescidas" (Leia Atos 2.41-42,47). 
O Número de discípulos "continuava a se multiplicar" (Leia Atos 6.1,7; 9.31). O Crescimento 
quantitativo era evidente por causa do Crescimento espiritual, comunhão, compartilhamento, 
adoração e testemunhos dos crentes. Além dos pontos estratégicos para se fazer Missões, Atos 1.8 
diz que o trabalho missionário deve ser feito "ao mesmo tempo" em cada um dos quatros lugares. O 
trabalho dos discípulos não deveria primeiro ser iniciado e completado em um lugar para depois 
partirem para outro. Essa "simultaneidade" está expressa nas palavras "tanto em", "como em" e "até 
os". A Igreja de hoje tem avançado consideravelmente na conquista dos povos, mas temos que 
observar que existe metade da população do mundo que ainda não ouviu o evangelho. Essa grande 
massa tem as barreiras transculturais da religião milenar e os costumes quase que intransponíveis 
ao nosso mundo moderno. Os povos não alcançados, na sua maioria, ainda são os que vivem na 
miséria social, cultural e econômica. E sabemos que só o evangelho pode mudar este quadro social. 
 
CCOOMMOO FFAAZZEERR MMIISSSSÕÕEESS?? 
A evolução da sociedade é rápida e constante, ou seja, vivemos num mundo globalizado. As nações 
se aproximam velozmente pelos meios de transportes e a comunicação e os satélites quebraram as 
barreiras da distância divulgando toda e qualquer notícia falsa ou verdadeira instantaneamente. A 
igreja precisa agir ensinando ao nosso povo o que é básico. A Bíblia é a nossa regra de fé e praticar 
missões é o objetivo principal dela. Jesus ordenou a permanência dos seus discípulos em Jerusalém 
até o revestimento de poder. (Lucas 24.49). Retornar ao ensino básico é sentir a necessidade de 
revestimento de poder para que o mundo de hoje seja alcançado não pela palavra persuasiva, mas 
pela demonstração do Espírito Santo que transforma a vida das nações. Cremos que estamos 
vivendo os últimos dias da oportunidade de salvação aos homens e é urgente que a obra de missões 
seja realizada no poder de Deus que opera milagres. Em Marcos 16.20 lemos: "E eles, tendo partido, 
pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra por meio de sinais 
que se seguiram". Este versículo serve para nos lembrar que, acima de tudo, para se realizar uma 
autêntica Obra Missionária, é preciso ter a cooperação do Senhor Jesus, porque sem Ele nada 
podemos fazer. Jesus tem que estar em primeiro lugar em qualquer trabalho missionário. É Jesus 
quem nos manda ir e também, quem nos oferece princípios orientadores para fazermos Missões. Os 
princípios estão demonstrados nas experiências dos primeiros missionários. Podemos observá-los 
sendo postos em prática por Filipe por ocasião de uma extraordinária experiência evangelística 
(Atos 8.26-40). Você leu o texto que trata da conversão do eunuco, mordomo-mor da Candace, 
rainha da Etiópia, país localizado na África. Da experiência evangelística de Filipe podemos então 
extrair Cinco Princípios Orientadores do trabalho missionário. 
a. Ser guiado pelo Espírito Santo; 
b. Não se deixar levar por preconceitos ou tradições humanas; 
c. Conhecer a Bíblia Sagrada; 
d. Não deixar de anunciar a Cristo; 
e. Ter um alvo definido. 
 
Observe a seguir, Cinco Princípios Orientadores De Missões: 
Filipe era um homem guiado pelo Espírito De Deus: Não havia a menor possibilidade humana de 
uma comunicação entre Filipe e o eunuco; se aquele era judeu, de uma tradição que o impedia de 
juntar-se a um estrangeiro, este era um alto funcionário do governo etíope, não lhe sendo permitido 
conversar com um homem "comum". Ocorre que Filipe era um homem guiado pelo Espírito e fazia 
o que Ele lhe ordenava. Filipe não se deixava levar por preconceitos ou tradições humanas: Ele 
entendia que todos são pecadores e carecem da glória de Deus não importando 'quem' e 'onde' 
esteja (Romanos 3.23; 5.8; e II Pedro 3.9b). Filipe conhecia a Bíblia: Ele interpretou corretamente a 
passagem lida pelo eunuco. Quem quiser ser bem sucedido na execução de Missões precisa 
conhecer a Bíblia. Ela é fundamental na realização do trabalho missionário. Filipe não deixava deanunciar a Cristo: Diz o texto (v. 35) que Filipe "abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, lhe 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 8
anunciou a Jesus". Isto nos leva a três importantes conclusões com base no sucesso ministerial 
daquele extraordinário missionário: Cristo deve ser o centro do nosso testemunho pessoal (II Co 
2.15); Cristo deve ser o centro da nossa mensagem (IICo 1.23); Cristo deve ser o centro da nossa 
missão evangelística, pois o verdadeiro evangelismo é confrontar Cristo com os homens. Para 
realizar Missões, além de aplicar estes princípios, é preciso haver a prática de três ações, que são: 
orar, contribuir e ir. 
 
 Orar 
A oração do crente na Obra Missionária tem duas finalidades: a primeira pode ser entendida 
comparando-se a oração com a missão dos "intercessores" nos dias do profeta Isaias (Is 62. 6-10). O 
versículo 10 oferece-nos a idéia de um caminho sendo aberto. É assim que funciona a oração em 
Missões. Ela vai na frente do missionário abrindo um caminho por entre a escuridão espiritual. Há 
lugares em que o domínio da feitiçaria e dos demônios são tão intensos que o trabalho de 
evangelização se constitui por muito tempo apenas de oração, para que o domínio de Cristo seja 
implantado. É o caso de países da África e tribos indígenas onde o animismo é a religião, e de países 
da Ásia (Índia e China) onde predominam religiões milenares como o budismo, confucionismo e 
xintoísmo. 
 
Contribuir 
Contribuir para missões envolve, principalmente; a contribuição através de bens materiais. O 
missionário Paulo, na sua carta aos Filipenses 1.5 agradece "pela cooperação no evangelho". A 
palavra "cooperação", neste versículo, na língua original em que foi escrita a carta, tem o sentido de 
"ser sócios no Evangelho". Contribuir para a Obra Missionária também é uma maneira de ajuntar 
tesouros no céu e não ajuntar na terra, conforme está escrito em Mateus 6.20. 
 
Ir 
Além de orar e contribuir, o crente deve estar pronto a ir fazer trabalho missionário, se ainda não o 
está realizando. O profeta Isaias prontamente pediu que ele fosse o enviado, quando o Senhor 
perguntou: "A quem enviarei, e quem irá por nós?". Para proclamar o Evangelho, o Senhor não 
envia anjos. Ele usa homens e mulheres, seus discípulos (Leia Hebreus 2.16 e II Pedro 1.12). Esteja 
pronto a repetir a resposta de Isaias? "...Então disse eu: Envia-me a mim (lsaías 6.8b). 
 
AA CCHHAAMMAADDAA EESSPPEECCÍÍFFIICCAA PPAARRAA OOBBRRAA MMIISSSSIIOONNÁÁRRIIAA 
Antes da chamada 
Deus chama seus servos de diferentes maneiras, para Ministérios específicos. Para chamar, Ele fala 
direta ou indiretamente. Pode falar audivelmente ou por sinais. O chamado pode ocorrer por um 
forte sentimento interior de que é a vontade de Deus para determinada tarefa, ou pode ser através 
de mensagem transmitida por outrem ou por sonho ou por visão. Às vezes, um servo recebe 
convicção do chamado de Deus tomando conhecimento da necessidade urgente de que determinada 
obra seja feita. Há muitas outras maneiras de Deus chamar alguém para sua obra. Deus é 
infinitamente sábio e criativo. Porém, há dois passos na vida cristã que devem ser analisados antes 
de alguém ser chamado para uma tarefa específica. Observe-os: 
 
1° Passo: Comunhão com Deus. O primeiro passo é estar em comunhão com Deus. Não se pode 
falar com alguém que esteja dando atenção a outra pessoa ou outra coisa. Não haveria comunicação. 
Assim também é com Deus. Ele tem de esperar até que nos voltemos para Ele e lhe demos atenção, 
para que possa repartir conosco os seus planos. 
 
2° Passo: Envolvimento. Depois de uma pessoa acercar-se de Deus, de Ter comunhão com Ele, essa 
pessoa passa a ser participante do Reino de Deus no sentido ativo. Dizemos sentido ativo porque o 
crente pode tornar-se apenas um espectador do que acontece na obra do Senhor. Acredito que esse 
não é o seu caso. Sim, o crente fiel precisa envolver-se inteiramente na obra do Senhor. E, nesse 
sentido, todos os crentes são chamados, são vocacionados, são comissionados para a obra. 
 
Pode ser que um crente não tenha a chamada específica para ser um pastor, um missionário ou uma 
enfermeira no meio dos índios, etc. Contudo ele é servo na situação em que vive. É um soldado 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 9
produzindo em sua própria comunidade para o Reino. Entretanto, Deus, exercendo sua soberania, 
chama alguns dos seus servos para trabalhos específicos. Exemplos: 
a. Abraão foi chamado para ser o iniciador de uma grande nação( Gn 12.2); 
b. José teve a incumbência de ser o provedor de seu povo em meio à fome, (Gn 45.5); 
c. Moisés foi chamado para libertar o povo de Israel do Egito( Ex 3.10); 
d. Jonas foi enviado à Nínive para anunciar o juízo de Deus; 
e. Paulo foi enviado aos gentios (Atos 22.21); 
f. Lutero foi levantado para reformar a Igreja e traduzir a Bíblia; 
g. Livingstone foi levantado para missões na África; 
h. Gunnar Vingren e Daniel Berg receberam a visão para evangelizar o Brasil e iniciar o Movimento 
Pentecostal no Brasil. 
 
Deus Fala Através Da Igreja 
No texto de Atos 13.13, mostra que Deus fala através da Igreja. Paulo e Barnabé haviam recebido a 
chamada pessoal de Deus. Agora, os profetas foram usados para confirmar o chamado desses 
homens e separá-los para a obra específica que Deus tinha com eles. Aqui Deus falou com Paulo e 
Barnabé através, do ministério (isto é, do grupo de servos) que operava na Igreja de Antioquia. Este 
é um dos textos chaves e padrão para a Igreja. Este é um fato que precisa ser levado a sério tanto 
pelo candidato à missões como pela missão ou igreja que o envia. A vida de um missionário deve 
estar intimamente ligada com a igreja local. Assim, para que haja mais segurança no envio do 
missionário é prudente que a decisão final seja feita como resultado do discernimento de um grupo 
de pessoas que estão procurando servir ao Senhor com jejum e oração. Além disso, o missionário 
terá certeza de que um grupo de pessoas estará orando por ele. Ele se sentirá ligado a um corpo e 
muito mais segurança. 
 
a. Deus fala pessoalmente 
b. Fala audivelmente 
c. Fala por sinais 
d. Fala através de um sentimento interior 
e. Fala através de mensagens transmitidas por pregadores 
f. Fala através de sonhos 
g. Fala através de visões 
h. Fala através do conhecimento da necessidade urgente de determinado grupo. 
i. Fala através de ministérios na igreja local: Estes ministérios são pessoas que servem ao Senhor em 
oração e jejum e são usados por Ele para falar aos seus servos. A eficácia destes ministérios está no 
fato de operarem como um grupo e não como indivíduos. 
 
 
Sete Meios Pelos Quais Deus Nos Chama 
Temos visto como Deus é muito criativo na maneira de chamar alguém para ministérios específicos, 
porque Ele não está limitado a métodos humanos. Vejamos abaixo mais alguns exemplos: 
 
1°- Forte convicção da direção do Espírito Santo: 
A convicção do caminho certo posto em nossos corações pelo Espírito santo é uma das maneiras, 
pelas quais Deus nos guia dentro de sua vontade. (Atos 20.22-24). 
 
 2°- Palavra de Deus: 
O missionário Robert Moffat escreveu Deus me chamou ainda jovem. Às vezes eu duvidava que 
poderia ser realmente um missionário. Havia algo errado dentro do meu ser que falava. Então, abri 
a Bíblia e pedi ao Senhor: "Mostra-me se é a tua chamada que sinto em meu ser". Ao abrir a Bíblia, 
entendeu que o Senhor falava ao seu coração em Isaias 6.8. Na manhã seguinte, na Escola 
Dominical, o pastor leu o mesmo trecho (Is 6.8) e depois de orar disse: Deus está falando com 
alguém hoje, aqui. Robert Morffat entendeu, então, que naquela hora Deus estava confirmando sua 
chamada. 
 
 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 10 
 
 
 
 
 3°- Portas abertas e fechadas: 
"Se uma porta fechar, vira-te que hás de deparar com uma outra abrindo naquele instante". DiziaStudd. 
Quantas portas se fecham ao longo do nosso caminho. Deus faz dessa maneira para abrir os nossos 
olhos para contemplarmos as portas que devemos entrar, para se cumprir sua vontade! 
 
 4°- Paz e descanso profundo: 
O missionário David Livingstone na África expressou: "Quando decidi obedecer a chamada do Mestre 
para o continente africano, senti uma paz profunda no meu ser. Muitos dos meus familiares não entenderam e 
até zombavam de mim, mas a paz que excede todo o entendimento guardou o meu ser”. É a mesma paz que 
Paulo sentia em seu coração que lhe pediram que não subisse a Jerusalém. ( Atos 21.13,14). Sua santa 
vontade no Salmo 37.5 diz: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e ele tudo fará”. Paz e descanso 
profundo nos dá certeza da vontade de Deus." 
 
5°- Oração respondida: 
Hudson Taylor, o fundador da grande Missão para o Interior da China, depois de sua conversão, 
começou a sentir um profundo interesse elos chineses; olhava nos mapas, lia livros e os meios 
transportes das províncias. Com o passar dos tempos, uma grande tristeza e pesar entrou em seu 
coração. Sua saúde piorava e os médicos recomendavam repouso a ele. Porém, um dia, caiu em um 
sono profundo e, de madrugada, acordou com uma luz brilhando em se quarto e uma voz que dizia: 
"Hudson, estás disposto a ir á China por mim?” Quando tentou responder, tudo desapareceu. Ajoelhou-
se e disse: "Senhor, eu irei, mas estou doente. Se me curares, então saberei que é da tua vontade." No mesmo 
instante, sentiu uma forte tremedeira da cabeça aos pés. Era o Senhor que o curava, confirmando 
assim, sua chamada para a China. Sua oração foi respondida. Deus responde as orações. 
 
6°- Circunstâncias: 
Billy Bray levava uma vida indiferente a Deus, mas aos 17 anos converteu-se ao Senhor e o servia 
com mais ardor do que quando servia ao diabo. Devido a pressão econômica perdeu o emprego na 
cidade grande onde morava, longe dos pais. Ficou somente a pergunta; "O que fazer?" Sem recursos 
e sem lugar para morar, finalmente voltou à casa dos pais, à vila onde nascera. Ali começou a pregar 
o evangelho. Primeiro ganhou seus pais para Cristo e mais pessoas. Continuou pregando nas 
demais vilas até conseguir uma tenda de circo onde"' realizava cruzadas evangelísticas. Foram as 
circunstâncias que ocorreram em sua vida que o levou a seguir esse caminho. 
 
7°- Conselhos cuidadosos de pessoas experientes: 
James Gilmour, missionário na Mongólia expressou o seguinte: "Depois que Deus me salvou, senti 
forte desejo de trabalhar na Mongólia. Quando falava sobre este assunto todas as pessoas achavam 
impossível. Em certo culto, ao terminar de pregar, uma senhora idosa veio ao meu encontro e disse-
me: "Jovem, ouvi tuas palavras, e te digo: Não temas. Siga a Deus, pois ele nunca dá impressões falsas, 
quando sinceramente o buscamos. Não dê ouvidos às vozes do desânimo. Olhe n’Ele”.. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 11 
 
 
UUNNIIDDAADDEE IIII 
MMIISSSSÕÕEESS:: TTAARREEFFAA DDAA IIGGRREEJJAA LLOOCCAALL 
............................................................... 
 
“Deus, em sua infinita sabedoria e soberania, decidiu usar homens para a execução dos seus planos”. 
 
.............................................................. 
 
 
 
DDEEUUSS UUSSAA AASS VVIIDDAASS PPRROOSS SSEEUUSS PPRROOPPÓÓSSIITTOOSS 
Se folhearmos a Bíblia, vamos encontrar Deus usando vidas para cumprir seus eternos propósitos, 
tanto no Antigo Testamento, com o povo de Israel, como no Novo Testamento, com a igreja. 
 
No Antigo Testamento 
O plano de Deus é encher a terra com Sua glória. O homem é o agente e instrumento de Deus para 
cumprir seus propósitos. No Antigo Testamento encontramos Deus usando situações e levando o 
homem a cumprir seu plano. 
 
Nos Primórdios da Criação 
Antes da queda do homem 
Ao criar o universo, decidiu Deus formar o homem "à sua imagem e semelhança" (Gn 1.26-27); em 
seguida, abençoou o homem e a mulher, dando-lhes a seguinte ordem: "Sede fecundos, multiplicai-vos, 
enchei a terra..." (Gn l .28). Note que Deus colocou Sua imagem e semelhança no homem e ordenou-
lhe que enchesse a terra. Fica claro, portanto, que Deus queria ver, por intermédio do homem, sua 
glória espalhada por toda terra. 
 
Na queda do homem, Deus prometeu a restauração em Cristo 
“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e 
tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15). Com a queda houve a entrada do pecado no mundo, e a imagem e 
semelhança de Deus ficaram distorcidas no homem. Deus prometeu que o descendente da mulher 
feriria a cabeça da serpente, referindo-se à vinda do Messias, que destruiu as obras de Satanás, o 
agente da queda. Por causa da entrada do pecado, toda humanidade sofreu a consequência, que é a 
separação de Deus. Mas, no mesmo instante, Deus prometeu a solução em Cristo. Na obra de Deus 
em Cristo temos o processo de restauração da imagem e da semelhança de Deus no homem. 
 
No pacto com Noé e seus filhos 
“Abençoou Deus a Noé e a seus Filhos e disse-lhes: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra”).Sim, 
estabeleço o meu pacto convosco; não será mais destruída toda a carne pelas águas do dilúvio; e não haverá 
mais dilúvio, para destruir a terra” (Gn 9.11). O gênero humano havia se corrompido, mas Deus tinha 
uma família que andava em perfeição. Deus planejou o dilúvio, mas decidiu preservar a família de 
Noé e continuar a execução do seu plano de encher a terra com a sua glória. Após o dilúvio Deus 
mandou que Noé e seus filhos frutificassem, multiplicassem e enchessem a terra, e a seguir estabe-
leceu o pacto de nunca mais destruir a terra com água. Aprendemos que a graça e a misericórdia 
sempre sobrepujam a condenação diante de Deus. Isto é obra missionária. Deus operando para 
manter seu relacionamento de amor com o homem. 
 
 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 12 
 
No Episódio da Torre de Babel 
“Disseram mais: Eia, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo cume toque no céu, e 
façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra” (Gn 4). Deus 
havia dado ao homem a ordem de frutificar, de multiplicar-se e de encher a terra, tanto na criação 
como após o dilúvio. Mas é impressionante ver como a desobediência já era inata ao ser humano. O 
povo decidiu desobedecer e criar uma cidade com uma torre, para que não fossem “espalhados 
sobre a face de toda a terra”. Deus havia dado a ordem de se espalharem e de encherem a terra, mas 
eles agora estavam, como muitos hoje, desobedecendo voluntariamente à ordem de Deus. Deus, que 
planejou ver sua glória espalhada por toda a terra, colocou uma confusão de línguas e forçosamente 
espalhou o povo. 
 
Na Nação de Israel 
Deus usa vidas para o cumprimento dos seus propósitos. Em sua soberania e sabedoria ele decidiu 
organizar um povo, por meio do qual executaria seu plano de espalhar sua glória a todas as nações. 
a) Na chamada de Abrão, Deus prometeu abençoar todas as famílias da terra, por intermédio do 
povo de Israel. 
b) O povo de Israel tinha o ofício sacerdotal. 
c) O povo de Israel era o veículo pelo qual Deus manifestava Sua salvação. 
d) O povo de Israel era o instrumento para espalhar a glória de Deus. 
 
No novo Testamento 
Infelizmente o povo de Israel falhou no seu propósito missionário; eles não perceberam que Deus os 
organizou para abençoar todas as nações; e até hoje os israelitas pensam que as bênçãos de Deus 
lhes são exclusivas. Deus decidiu organizar um novo povo, que é a igreja no Novo Testamento, à 
qual designou a mesma tarefa missionária, Na Carta aos Efésios, o apóstolo Paulo deixa claro que 
está organizando um novo povo: "Porque ele é nossa paz, o qual de ambos fez um;e tendo derrubado a 
parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu na sua carne a lei dos mandamentos na forma de 
ordenanças, para que dos dois criasse em si mesmo um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em 
um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade" (Ef 2.14.16). Essa fusão de 
judeus e gentios é a igreja, que tem a responsabilidade missionária de tornar conhecida a sabedoria 
de Deus, conforme o versículo 10 do capítulo 3: "... para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus 
se tome conhecida agora dos principados e potestades nos lugares celestiais". 
 
A Igreja de Cristo 
O instrumento de Deus para atingir seus propósitos na terra é a igreja 
Quando Jesus estava executando seu ministério, tinha como objetivo deixar uma organização que 
desse continuidade à obra de Deus na terra, e essa organização é a igreja. 
 
A igreja recebeu a ordem de evangelizar o mundo 
Antes de subir aos céus, o Senhor deixou a ordem mais importante aos seus discípulos: "Ide por todo 
o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15); "Ide... fazei discípulos de todas as nações" (Mt 
28.19). Está bem claro que o propósito de Deus para a sua igreja é a evangelização do mundo. Daí a 
importância de a igreja ter uma declaração de propósitos que possa servir de base para toda 
avaliação, implementação e planejamento de programas e atividades. Deus coloca em sua Palavra 
não somente a ordem, mas um modelo que facilita nosso trabalho. A igreja de Antioquia serve como 
exemplo, pois foi a base missionária do avanço da igreja primitiva no alcance de outros povos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 13 
 
AA BBAATTAALLHHAA EESSPPIIRRIITTUUAALL 
Devemos entender que estamos numa batalha espiritual. Fazer a obra de evangelista, querer ver o 
mundo todo salvo, servir a Cristo, é atacar diretamente o inimigo, Satanás. Porém Satanás não quer 
perder terreno e, então, procura enganar os cristãos, mantendo escondido o conceito da batalha 
espiritual que mais lhe incomoda, que é a conquista dos povos ainda não alcançados. Os autores que 
escrevem sobre batalha espiritual sempre se preocupam com as dificuldades espirituais individuais 
dos crentes. Poucos têm percebido que a batalha espiritual mais eficaz é aquela que tira vidas das 
mãos de Satanás e ganha terreno para o reino de Deus. Ouvimos muito falar de vitória na vida 
pessoal, de libertação das obras malignas, de cânticos de guerra, de armas de vitória, mas sempre 
em relação ao crente como indivíduo. O povo precisa abrir os olhos e ver que Satanás o está 
enganando, não permitindo que veja o aspecto mais amplo e mais eficaz da batalha, que é avançar 
no terreno do inimigo e saquear-lhe os bens. De acordo com a Bíblia, quem não tem Cristo pertence 
a Satanás (Mt 13.38) e, logicamente, quando você começa a evangelizar uma pessoa, o inimigo não 
vai gostar e fará tudo para não perder a vida que está em seu domínio. Você já tentou tirar um osso 
da boca de um cão faminto? Que tal tirar a carne de um leão esfomeado? Saiba, então, que quando 
você decidiu servir a Cristo, fez uma declaração de guerra contra Satanás. A Bíblia apresenta alguns 
aspectos dessa batalha. Em Colossenses 1.13, ela diz: "Ele nos libertou do império das trevas e nos 
transportou para o reino do Filho do seu amor". Veja a obra maravilhosa que Cristo fez por nós: 
outrora estávamos no império das trevas, cegos espiritualmente, longe de Deus, sem esperança, 
escravizados, cheios de medo, sem saber nada sobre o futuro, sob o domínio de Satanás. Mas Deus, 
por sua grande misericórdia, libertou-nos do império das trevas e transportou-nos para o reino de 
Cristo. Que grandiosa salvação! Aleluia! Mas como isso se deu? Foi quando alguém orou por nós e 
mostrou-nos a verdade do evangelho. Portanto, quando saímos para pregar ou desejamos fazer a 
obra missionária, devemos entender que estamos resgatando vidas do reino de Satanás, levando-as 
para o reino de Cristo. A Bíblia diz que o mundo jaz no maligno. Portanto, o trabalho de 
evangelização é uma batalha que arranca vidas das garras de Satanás, transportando-as para as 
mãos de Cristo. 
 
A Nossa Posição 
Para enfrentar essa batalha precisamos, antes de qualquer coisa, saber qual é a nossa posição 
espiritual, para termos ousadia, coragem e enfrentar o inimigo. Muitos de nós nos sentimos impo-
tentes e incapazes para a luta; por isso, precisamos entender o que a Bíblia fala sobre a nossa 
posição. Em Efésios 1.19-22, encontramos as seguintes afirmações: "... e qual a suprema grandeza do 
seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em 
Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, 
acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não 
só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as cousas debaixo dos seus pés e, para 
ser o cabeça sobre todas as cousas, o deu à igreja..." Dessa forma, o crente tem poder para dominar 
Satanás, expulsar demônios e exercer autoridade sobre toda obra maligna. Por outro lado, Jesus 
Cristo afirmou: "Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome expelirão demônios..." 
(Mc 16.17). O Espirito Santo dá poder a todo crente para realizar as mesmas obras que Cristo 
realizou, incluindo a expulsão de demônios. E preciso ter fé e pôr em prática a Palavra de Deus. Se 
você é crente então pode expulsar demônios. Se você é crente e se Cristo controla sua vida, saiba que 
está nesta posição espiritual, acima de todo poder de Satanás, e pode exercer autoridade e expulsá-lo 
em nome de Jesus. 
 
A Nossa Armadura 
"Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda armadura 
de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o 
sangue e a carne, e sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo 
tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura 
de Deus, para que possais resistir no dia mau, e, depois de terdes vencido tudo, permanecer ina-
baláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade, e vestindo-vos da couraça da justiça. 
Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 14 
qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da 
salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda a oração e súplica, orando em 
todo tempo no Espirito, e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos, e 
também por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra, para com intrepidez 
fazer conhecido o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias, para que em Cristo 
eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo" (Ef 6.10-20). Neste trecho da Palavra, o apóstolo 
Paulo apresenta-nos a armadura de Deus. No verso 12, a Bíblia afirma que a nossa luta não é física, 
mas espiritual. Há muita gente tentando expulsar demônios pela força física, pelo muito gritar ou 
pela repetição de frases. Saiba que a luta está no âmbito espiritual; logo, temos de nos revestir da 
armadura de Deus, mas antes temos de estar fortalecidos no poder do Senhor, com uma vida de 
santidade, oração e cheia do Espírito Santo; então vestiremos a armadura e estaremos prontos para a 
batalha. 
 
A Nossa Estratégia 
Para tornarmos efetiva a nossa vitória nesta batalha, precisamos de uma estratégia bem planejada e 
estudada. Essa estratégia já está descrita na Palavra de Deus e constitui-se dos seguintes passos: 
 
Derrubar as portas do inferno: "Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha 
igreja, e as portas doinferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16.18). Nesse versículo, Jesus está 
apresentando o instrumento de Deus para a execução dos seus planos de restauração da 
humanidade. Jesus está dizendo: "Eu edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não 
prevalecerão contra ela", ou seja, o trabalho de Deus na restauração da humanidade começa com um 
ataque frontal ao inferno. A igreja é o instrumento de Deus para atacar o inferno, e o primeiro passo 
nessa estratégia é derrubar as portas do inferno. Assim, o papel da igreja é derrubar as portas do 
inferno e entrar lá para tirar as vidas do domínio de Satanás e levá-las para as mãos de Cristo. As 
portas do inferno não resistem ao poder de Cristo manifesto na sua igreja. Aleluia! 
 
Amarrar o inimigo: "Ninguém pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro 
amarrá-lo; só então lhe saqueará a casa" (Mc 3.27). O segundo passo na estratégia da batalha espiritual é 
amarrar o inimigo. No contexto desse versículo, Jesus Cristo está falando sobre Satanás e apresenta-
nos a estratégia de amarrá-lo. Pela autoridade da nossa posição em Cristo, pela Palavra de Deus, 
pelo nome de Jesus Cristo, podemos amarrar Satanás e os espíritos malignos para, finalmente, 
tirarmos as vidas de suas mãos. Se estamos acima de todo domínio e poder, temos, então, 
autoridade espiritual sobre este poder. Por isso, o crente em Cristo simplesmente pode amarrar 
Satanás para executar a obra de Deus. Isso não quer dizer que podemos impedir a atuação de 
Satanás no mundo, pois tal se dará só no final dos tempos, mas o que podemos e devemos fazer é 
impedir a atuação de Satanás e dos espíritos malignos especificamente sobre a pessoa ou sobre a 
área que estivermos evangelizando, fazendo a obra de Deus. 
 
Roubar-lhe os bens: "Ninguém pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro 
amarrá-lo; e só então lhe saqueará a casa" (Mc 3.27). No versículo acima, Jesus diz que devemos amarrar 
o valente e saquear-lhe os bens. Quais são os bens de Satanás? São as vidas que ele tem em seu 
domínio. Portanto essas vidas precisam ser resgatadas. Precisamos tirá-las das mãos de Satanás e 
levá-las para Cristo. Isso é feito no campo espiritual. 
 
Garantir os bens saqueados: Após roubarmos as vidas das mãos de Satanás, estas precisam ser 
protegidas e garantidas para não caírem mais no domínio do inimigo. Poderemos fazer isso de três 
maneiras: 
 
Discipulando — Precisamos levar o novo convertido a compreender a Palavra de Deus e a colocá-la 
em prática; estará assim firmando sua vida espiritual sobre a rocha que é Cristo, e nada poderá 
derrubá-lo dessa posição. Daí a necessidade de alguém mais experimentado na Palavra tomar o 
novo convertido e, pessoalmente, ajudá-lo no crescimento espiritual. 
 
Resistindo a Satanás — "Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" (Tg 4.7). 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 15 
O versículo diz que devemos primeiro estar em submissão a Deus. A nossa luta não é realizada 
pelas nossas próprias forças ou capacidades, mas é uma luta espiritual, em que a vitória vem do 
poder de Deus em nossa vida. Dessa forma, precisamos estar em inteira submissão ao Espírito de 
Deus, para então resistir ao diabo. Quando resistimos a Satanás e aos seus ataques, ele foge. Note 
que coisa interessante: quem foge é o diabo, não o crente. Temos visto crentes fugindo de medo do 
diabo e de pessoas possuídas por demônios, porque não conhecem sua posição em Cristo. 
 
Não dando lugar ao diabo — "... nem deis lugar ao diabo" (Ef 4.27). A vitória já está garantida, temos 
autoridade sobre Satanás, mas precisamos tomar cuidado para não lhe dar lugar. O diabo é astuto e 
não vai aparecer diante de nós como um bicho feio. Ao contrário, a Bíblia diz que ele se transforma 
em anjo de luz para nos enganar. E o faz com muita sutileza, às vezes trazendo um mau 
pensamento, desviando-nos dos propósitos de Deus; outras vezes, provocando divisões, contendas 
etc.; assim, devemos tomar cuidado e não dar lugar ao pecado, às contendas e divisões na igreja, 
para que ele não obtenha vantagem nessa batalha. Resumindo, esta deve ser então nossa estratégia: 
derrubar as portas do inferno e entrar lá, amarrar Satanás, tirar as vidas de seu domínio e 
transportá-las para o reino de Cristo e treinar essas vidas para que também se tornem soldados na 
batalha contra o inimigo. Queremos apresentar nas páginas seguintes, de uma forma ilustrada, a 
realidade da batalha espiritual hoje. 
 
Os Que estão na frente da Batalha 
 
 
 
Nesta linha encontramos os missionários enviados para os campos, que estão trabalhando na 
formação de igrejas e nos ministérios de apoio. Note que, no desenho, eles estão em sua maioria 
embolados num campo de batalha. Isso se deve à seguinte estatística: 
 
Cristãos nominais - 1.300.000.000 - 96.800 missionários 
Outras religiões e ateus - 4.000.000.000 — 24.200 missionários 
Total 121.000 
 
O número de missionários trabalhando com os povos mais necessitados e não alcançados é quatro 
vezes menor que o total daqueles que trabalham com cristãos nominais. É tempo de olhar para os 
povos não-alcançados pelo evangelho e colocar as mãos no arado, desafiando as igrejas a enviar 
missionários para plantar igrejas onde não há testemunho do evangelho. "...esforçando-me deste modo 
por pregar o evangelho, não onde Cristo já fora anunciado, para não edificar sobre fundamento alheio..." (Rm 
15.20). 
 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 16 
 
 
 
 
 
Linha dos que estão no Apoio 
 
 
 
 
Esta é a linha dos que estão comprometidos com os missionários, orando e contribuindo 
regularmente para o seu sustento. Veja que o número é pequeno, pois infelizmente poucos têm 
visão missionária e assumem o compromisso de obediência total a Cristo. Estes estão segurando as 
cordas da oração, sabendo que a obra missionária não é responsabilidade somente do missionário 
que vai ao campo, mas estão associados a ele, orando para que seja usado por Deus no seu trabalho. 
E não participam apenas orando, mas também financeiramente para o sustento da família do 
missionário. Devemos orar para que haja um grande despertamento espiritual em nossas igrejas, a 
fim de que Deus levante soldados que estejam na linha de apoio para o sustento espiritual e 
financeiro dos missionários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 17 
 
 
 
 
 
Linha dos que atacam só aos Domingos 
 
 
 
Aqui encontramos os pastores e suas igrejas. Os pastores pregando sermões evangelísticos aos 
domingos, e os crentes convidando pessoas para ouvi-lo. Durante a semana, levam uma vida de 
comodismo, não se preocupando com a salvação das vidas; mas no domingo resolvem atacar o 
inimigo. Louvamos a Deus porque em sua misericórdia vidas estão recebendo a mensagem de 
Cristo e sendo salvas. Mas se pensarmos bem e tivermos consciência de que estamos numa batalha 
espiritual, como será possível atacar somente aos domingos? Onde está o nosso testemunho pessoal 
durante a semana? Por que não fazemos discípulos de Cristo em nosso trabalho, em nossa escola, na 
vizinhança, etc.? É tempo de a igreja de Cristo despertar, abrir os olhos e lançar mão das armas 
espirituais, entrando na batalha contra as trevas. 
Linha dos que atacam uns aos outros 
 
 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 18 
 
A situação apresentada acima é a dura realidade da igreja de Cristo hoje. Muitos crentes estão 
brigando entre si. O denominacionalismo tem semeado discórdia, desunião e confusão entre o povo 
de Deus. Podemos notar como uns têm atacando os outros e, muitas vezes, para vergonha nossa, 
usando meios públicos decomunicação, desonrando o nome do Senhor Jesus Cristo. Se os líderes 
das denominações tivessem consciência clara da batalha espiritual que estamos enfrentando, talvez 
parassem de atacar uns aos outros e se unissem espiritualmente, para juntos derrotarem o inimigo. 
Imaginemos a alegria de Satanás quando vê os crentes brigando entre si. Não somos contra 
denominações, mas contra o denominacionalismo que divide, discrimina e desune o povo de Deus. 
Precisamos ter consciência de que nosso inimigo não é o irmão de outra denominação e sim o diabo. 
Aqui não entra só o denominacionalismo, mas também as correntes teológicas. Nesta época, tem-se 
dado muita ênfase a algumas idéias teológicas e práticas que têm surgido, e isso tem causado 
divisões. Sabemos que cada um tem suas convicções e bases bíblicas. Podemos ter diferentes 
correntes teológicas, mas nunca nos dividir por causa delas. Devemos nos unir no que concordamos, 
compreendendo-nos no que discordamos. 
 
Linha dos que estão construindo Templos 
 
 
 
 
Aqui se alinham os que perderam o objetivo e o propósito da igreja aqui na terra. São os que dão 
prioridade à construção de templos. Parece que nesta época há uma epidemia de construção de 
templos. Há igrejas que há anos estão construindo templos, totalmente endividadas, e nunca 
conseguem chegar ao fim da construção. Outras fazem campanhas espetaculares e levantam fundos 
para edificar templos faraônicos, luxuosos, enquanto as almas estão famintas, sem Cristo e sem 
esperança. Certo pregador disse a uma igreja que estava construindo seu templo: "Se após a 
inauguração, vocês não continuarem investindo a mesma quantia mensalmente, para a obra mis-
sionária, terão erigido um altar de testemunho contra vocês mesmos". É tempo de a igreja de Cristo 
voltar às origens e redescobrir seu papel aqui na terra, colocando as prioridades na ordem correta. 
"... buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas" 
(Mt 6.33). 
 
 
 
 
 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 19 
 
Linha dos soldados Feridos 
 
 
 
Nesta linha encontramos os crentes que só causam e trazem problemas à igreja. Satanás está 
oprimindo muitos crentes, provocando problemas de toda sorte, para que pastores e crentes 
maduros se preocupem e gastem um tempo precioso cuidando deles, quando poderiam estar 
trabalhando para missões. É preciso ter muito discernimento para exercer o ministério de 
aconselhamento e cura da igreja, ter discernimento quanto às nossas prioridades e ao uso correto do 
nosso tempo; precisamos treinar pessoas que tenham dons espirituais de exortação, pastoreio, 
misericórdia, socorro, etc., para que possam trabalhar com os necessitados. Devemos tomar cuidado 
para não nos envolver em um ministério para o qual Deus não nos designou e assim prejudicar a 
igreja no cumprimento dos seus propósitos. Há alguns crentes que querem somente ser afofados e 
paparicados, mas não querem se comprometer com o senhorio de Cristo. Estes só dão trabalho e, 
muitas vezes, são colocados em nosso caminho por Satanás, para que nos preocupemos com eles. 
 
Linha dos que não sabem que estão na Guerra 
 
 
 
 
Composta de crentes indiferentes quanto ao progresso do evangelho. Estão preocupados com as 
coisas da vida. Só pensam em ganhar dinheiro e acumular tesouros aqui na terra; preferem os 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 20 
passeios à Escola Dominical; preferem a cama ao estudo da Palavra; preferem a televisão à reunião 
de oração; vivem despreocupados em relação ao fato de as pessoas estarem salvas ou não. O pior é 
que aplaudem os que estão na linha de frente da batalha. Às vezes, vejo as reações de algumas 
igrejas quando ouvem o testemunho de um missionário. Elas aplaudem, exaltam a coragem e o 
desprendimento daquela vida, ficam admiradas com o altruísmo do missionário e se deleitam com 
as histórias fascinantes e diferentes do campo. No final, dão uma pequena oferta, apenas para 
desencargo de consciência, e voltam às suas atividades, não percebendo que também fazem parte 
dessa batalha espiritual. Infelizmente, para vergonha nossa, esta é a realidade da maioria das igrejas; 
o maior número de soldados encontra-se nesta linha e são aqueles que não estão preocupados nem 
engajados na batalha. Desobedecem voluntariamente ao comando do General, mas estão 
aplaudindo os obedientes. Deus tenha misericórdia de nós e faça descer sobre nós o poder do alto, 
para que cada crente, e consequentemente cada igreja, assuma a responsabilidade de entrar nessa 
batalha, usando todos os meios possíveis para que Cristo seja pregado a todas as nações. 
 
OO DDEESSAAFFIIOO DDEE MMIISSSSÕÕEESS 
"...mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em 
Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra" (Atos 1.8). Esse versículo tem 
sido a base de um sermão que em diversas igrejas e conferências missionárias Deus tem usado para 
desafiar vidas e comunidades para a tarefa da evangelização mundial. Nesse versículo encontramos 
condensado o plano de Deus para a igreja. 
 
"... recebereis poder..." 
Missões começam no poder do Espírito Santo. Ele é o chefe de missões, porque é quem dirige, 
motiva, impulsiona e leva a igreja a cumprir sua tarefa missionária. Algumas igrejas dizem que têm 
o poder do Espírito Santo, mas não têm visão missionária, o que é impossível, porque se de fato 
tivessem poder, consequentemente teriam visão missionária. Outras querem fazer a obra de missões 
sem o poder do Espírito Santo, e o resultado é um fracasso total. Jesus conhece nossa fraqueza e 
incapacidade para cumprir sua ordem; por isso, todas as vezes que ordenou que fôssemos por todo 
o mundo pregando o evangelho a toda criatura, prometeu também nos capacitar com o poder do 
Espírito Santo. Examine o quadro da página seguinte. É impossível fazer a obra de missões sem o 
poder do Espírito Santo. E impossível haver poder do Espírito Santo sem que haja visão mundial. Se 
olharmos para a história da igreja, veremos que sempre que houve um derramamento do Espírito o 
resultado foi um grande movimento de missões mundiais. O resultado do derramamento do 
Espírito Santo no dia de Pentecostes foi a salvação de quase três mil almas (At 2.41); mais adiante, 
cerca de cinco mil (At 4.4); depois disso houve um grande movimento missionário (At 7.6). Na 
história dos avivamentos, podemos perceber grandes movimentos missionários. Se quisermos ver 
nossas igrejas crescendo, o reino de Deus implantado e o evangelho sendo pregado a todas as 
nações, precisamos do poder do Espírito Santo. Todas as vezes que Jesus deu a Grande Comissão a 
seus discípulos, deu também a promessa da capacitação do Espírito Santo para sua execução. Mas o 
diabo não quer que o evangelho seja pregado, e sabe que se a igreja for cheia do Espírito Santo, 
haverá um grande trabalho de evangelização destinado a todas as nações; por isso ele começou a 
semear um movimento de divisão nas igrejas é uma tremenda confusão doutrinária. Podemos andar 
no Espírito pela fé. A Bíblia diz que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6); o justo viverá pela fé (Gl 
3.11); ora, como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele (Cl 2.6); andai no Espírito, e jamais 
satisfareis à concupiscência da carne (Gl 5.16). Você pode andar cheio do Espírito Santo pela fé na 
Palavra de Deus. Ele já nos prometeu poder e autoridade; basta-nos agora recebê-lo pela fé e 
andarmos cada ano, cada mês, cada hora do dia, cada minuto da hora, cada segundo da nossa vida 
cheios do Espírito Santo pela fé na Palavra de Deus. Você está cheio do Espírito Santo? Talvez você 
seja um cristão derrotado, sem poder e sem frutos por estar vivendo a vida cristã pelos seus 
próprios esforços ou, quem sabe, procurando emoções! Nós lhes recomendamos que peçaa Deus 
que o encha do Espírito Santo agora mesmo, onde você está, e que o receba pela fé. 
 
"... e sereis minhas testemunhas..." 
O resultado de uma vida cheia do Espírito Santo é o testemunho. O crente que se apropria do poder 
do Espírito Santo, pela fé, sente-se motivado a falar de Jesus Cristo aos outros e o faz de forma 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 21 
natural. Além do poder para testemunhar, o crente produzirá o fruto do Espírito, que se refletirá em 
suas atitudes, e sua vida servirá de estímulo para que os outros sigam Jesus. Jesus Cristo nos chama 
para ser suas testemunhas. Testemunha é uma pessoa que viu algum acontecimento e é solicitada a 
relatá-lo. Jesus quer que sejamos testemunhas do que ele fez e está fazendo por nós e em nós. Se 
Cristo fez e está fazendo algo em nossa vida, temos do que testemunhar, porém se Cristo não fez 
nem está fazendo nada em nós, não temos nada para testemunhar. Deus nos ordena em sua Palavra 
que sejamos testemunhas das bênçãos que ele nos dá, e essas bênçãos têm uma razão de ser: para 
que o mundo creia. Veja o que lhe diz Salmos 67.1-3: Você tem sido uma testemunha? Quantos ao 
seu redor estão morrendo sem Cristo, sem esperança, sem salvação, indo para o inferno! Você tem 
pregado o evangelho e está fazendo discípulos? Você se lembra da pessoa que lhe falou de Cristo? 
Lembra-se do dia da sua salvação? Você já pensou que aquela pessoa foi fiel a Deus e a você? Você 
já agradeceu a Deus por aquela vida? Será que algum dia alguém vai agradecer a Deus porque você 
lhe testemunhou? Enquanto estamos vivos devemos ser testemunhas de Cristo. 
 
Locais para o testemunho 
Em Atos 1.8 Jesus apresenta-nos quatro locais onde devemos ser testemunhas: Jerusalém, Judéia, 
Samaria e os confins da terra. 
a) Jerusalém — cidade onde os discípulos estavam quando receberam a ordem. Ela foi palco dos 
acontecimentos básicos do cristianismo. Nela Jesus morreu, ressuscitou e deu a Grande Comissão 
aos discípulos. A nossa Jerusalém deve ser a cidade onde vivemos, nos reunimos como igreja e 
recebemos as bênçãos de Deus. Portanto devemos ser testemunhas em nossa cidade, no trabalho, na 
escola, na vizinhança, na rua, falando de Cristo, distribuindo folhetos, convidando pessoas para ir à 
igreja, realizando programas de rádio e TV, colocando mensagens nos jornais, cartazes nas lojas, nos 
veículos de transporte coletivo, etc. Enfim, devemos fazer tudo para que Cristo seja conhecido em 
nossa Jerusalém. 
b) Judéia — estado cuja capital era Jerusalém. Quando Cristo diz que devemos ser testemunhas em 
toda a Judéia, ele quer que evangelizemos nosso estado. A nossa Judéia é o estado onde estamos 
vivendo. 
c) Samaria — região mais afastada, com conotações transculturais. A nossa Samaria é o Brasil. 
Portanto, devemos ser testemunhas no Brasil do que Cristo fez e está fazendo em nossa vida aqui. 
d) Confins da terra — Jesus quer que sejamos suas testemunhas em todas as nações da terra. A 
visão de Deus é implantar seu reino em todas as tribos, povos, línguas e nações (Ap 5.9). Devemos, 
portanto, ter a mesma visão, pois somos os instrumentos de Deus para essa tarefa. 
Se somos servos de Deus e temos a Bíblia como única regra de fé e prática, teremos visão 
missionária mundial, que é o que Deus espera dos seus servos. 
Qual tem sido a sua visão? O que você e sua igreja estão fazendo para levar a glória de Deus a todas 
as nações? 
 
Quando testemunhar? Hoje e agora! 
Alguns têm uma visão errada da obra e da tarefa da igreja. Pensam que devem atingir somente o 
seu bairro com a mensagem de Cristo. Oh! Como precisamos de visão! Como precisamos de uma 
operação sobrenatural de Deus abrindo os nossos olhos para a tarefa que está diante de nós! A visão 
de Deus é que a igreja seja testemunha de Cristo em Jerusalém, na Judéia, em Samaria e nos confins 
da terra ao mesmo tempo. Alguns planejam evangelizar primeiro a cidade ou o país, para depois 
pensar em missões mundiais. Isso é pecado! É desobediência à ordem de Cristo, falta de 
responsabilidade, e prestaremos contas diante de Deus por esse nosso pecado (Hb 2.2). Observe os 
destaques no texto: "... recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis minhas 
testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra". Note que 
devemos evangelizar os quatro locais ao mesmo tempo. No original grego, a palavra 
correspondente a tanto em é te, que quer dizer "ambas"; daí a idéia de simultaneidade. Devemos ser 
testemunhas na nossa cidade, no nosso estado, no nosso país e no mundo todo ao mesmo tempo! 
Os números abaixo mostra-nos a realidade do mundo hoje. 
 
 
 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 22 
 
 
Situação do Mundo Em 1998 
Cristianismo 
Igreja Católica........................................ 970.000.000 
Igreja Ortodoxa e outras........................ 180.000.000 
Protestantes e Evangélicos..................... 800.000.000 
Outros Grupos....................................... 100.000.000 
TOTAL................................................... 2.050.000.000 
 
Outras Religiões 
Islamismo.............................................. 1.150.000.000 
Hinduísmo............................................. 770.000.000 
Religiões Orientais................................ 680.000.000 
Judaísmo................................................ 20.000.000 
Animismo.............................................. 160.000.000 
Outras................................................... 70.000.000 
TOTAL.................................................. 2.850.000.000 
 
Ateus e Secularistas 
Sem Religião ........................................ 1 .200.000.000 
TOTAL GERAL...................................... 6.100.000.000 
 Fonte de Informação: U.S. Center for World Missions 
 
 
A JANELA 10/40 
 
 
 
• A Janela 10/40 é a faixa entre os graus 10 e 40 ao norte da linha do equador; é onde se concentra o 
maior número de povos não alcançados do mundo. 
• Há 62 países nesta faixa, dos quais 55 são os menos evangelizados do mundo. 
• Nesta região vivem 706 milhões de muçulmanos, 717 milhões de hindus e 153 milhões de 
budistas. 
• 82% dos povos mais pobres do mundo estão nesta área. 
• Na maioria dos países da Janela 10/40 não há acesso ao evangelho. 
Espero que essas informações tenham sido um instrumento de Deus para mover seu coração. O que 
você está fazendo para mudar esse quadro? 
 
 
 
 
 
 
 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 23 
 
UUNNIIDDAADDEE IIIIII 
OO RREELLAACCIIOONNAAMMEENNTTOO EENNTTRREE AA IIGGRREEJJAA LLOOCCAALL EE AASS JJUUNNTTAASS OOUU AAGGÊÊNNCCIIAASS 
MMIISSSSIIOONNÁÁRRIIAASS 
............................................................... 
 
“Elas têm o seu lugar, que é muito importante. Para executar sua responsabilidade, as igrejas necessitam de 
auxílio e de apoio dessas organizações”. 
 
.............................................................. 
 
 
 
OO PPAAPPEELL DDAA IIGGRREEJJAA 
A igreja reconhece a chamada e seleciona os candidatos. Ninguém melhor do que a igreja local 
para reconhecer e identificar uma pessoa chamada para a obra de missões. A igreja vê o fruto e 
identifica o dom porque está convivendo e trabalhando com a pessoa. Por isso, é muito importante e 
de muita responsabilidade a recomendação que uma igreja faz para uma pessoa ir ao campo 
missionário. Se o candidato não produz fruto no país, não o produzira também no campo 
missionário, e quem atesta a produção de frutos é a igreja local. 
 
A igreja treina o candidato 
Toda igreja deve ter seu próprio treinamento para os candidatos a missões. Ninguém melhor do que 
o pastor, desde que seja um pastor que produza frutos, para treinar e orientar o candidato à obra de 
missões e para praticaro trabalho com ele. Veja na Bíblia o que Paulo fez com Timóteo (At 16.1-3). 
Além desse treinamento prático, Paulo continuou trabalhando com Timóteo até morrer (veja as duas 
cartas a Timóteo). Portanto, o melhor treinamento surge na igreja local, que deve estar atenta à sua 
enorme responsabilidade perante seus membros, pois se ela é o modelo do que o futuro missionário 
irá reproduzir no campo, precisa cuidar para que seja biblicamente estruturada, responsável, 
espiritualmente amadurecida e produtiva. Muitas vezes ensinamos mais pelo que fazemos do que 
pelo que falamos. 
 
A igreja envia o missionário 
Já vimos a base bíblica da responsabilidade da igreja no envio do missionário. Ela poderá fazê-lo 
diretamente ou usar uma junta denominacional ou agência missionária, mas não pode esquecer que 
a responsabilidade é sua, e esta aumenta quando o missionário sai para o campo. 
 
A igreja cuida do missionário 
Qualquer problema do missionário no campo deve ser encarado como problema da igreja local. É 
importante que ela saiba das despesas financeiras do missionário, que são muitas, conheça as 
dificuldades lingüísticas, com enfermidades, com adaptação cultural, etc. A igreja tem a 
responsabilidade de cuidar do missionário. Mais adiante, vamos estudar sobre a parte prática desse 
cuidado. 
 
O Papel das Agências ou Juntas Missionárias 
Agora que já estudamos a responsabilidade da igreja, quero falar sobre a importância das juntas 
denominacionais e agências missionárias. Essas organizações vieram a existir por causando fracasso 
das igrejas em cumprir a tarefa. Hoje elas são de grande importância e atuam como instrumentos de 
Deus para ajudar a igreja local a fazer missões. 
 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 24 
 
Prover treinamento específico para o missionário 
A igreja provê o treinamento geral, teológico, prático, etc., mas o missionário precisa receber 
treinamento específico de acordo com o campo onde vai atuar. É importante que ele esteja 
preparado para enfrentar as dificuldades da adaptação cultural. Além disso, tanto a esposa do 
missionário quanto toda sua família também precisam de treinamento específico. A esposa tem de 
receber o mesmo reparo do marido, e as crianças um cuidado especial. É importante também o 
treinamento lingüístico, de sobrevivência nas selvas, etc., caso haja necessidade. A igreja terá muita 
dificuldade para oferecer esse tipo de treinamento. Por isso é necessário que as organizações 
missionárias especializadas a ajudem nessa área. 
 
Orientar quanto às melhores oportunidades 
Pelo fato de estar em contato com outras agências e fazer estudos específicos, essas organizações 
sabem onde estão as melhores oportunidades. Estão mais bem informadas sobre os campos mais 
necessitados, conhecem os países que estão abertos para missões e suas necessidades específicas — o 
que facilita ao candidato avaliar se o seu dom vai suprir as carências do campo escolhido. Note que 
o apóstolo Paulo disse aos romanos que gostaria de ir a Roma com a finalidade de repartir algum 
dom espiritual (Rm 1.11). É importante, pois, que o missionário conheça o seu dom, e saiba se ele é 
necessário no campo missionário escolhido. Por exemplo, há lugares que não precisam mais de 
missionários para plantar novas igrejas, porque as igrejas já plantadas podem fazer esse tipo de 
trabalho. Talvez precisem de missionários para p treinamento das igrejas já estabelecidas. Por isso é 
necessário que alguém esteja fazendo esses estudos, e o trabalho das juntas e das agências dirige-se 
para isso. 
 
Executar o serviço burocrático 
Há inúmeras dificuldades para o envio de um missionário. Precisa haver contatos com outras 
agências missionárias, com autoridades governamentais, emissão de vistos de entrada e de 
permanência, câmbio e envio de dinheiro, orientação quanto aos relacionamentos no campo com 
igrejas, governo e outras agências, e avaliação in loco do andamento do trabalho. Todas essas tarefas 
são difíceis para a igreja. Daí a importância das juntas e organizações missionárias. Se as 
organizações missionárias estão ocupando o lugar da igreja, isso ocorre porque igrejas e pastores 
estão falhando. O fato de essas organizações existirem não tira a responsabilidade da igreja. O 
problema é que algumas igrejas transferiram sua responsabilidade para as juntas ou agências 
missionárias. Simplesmente dão uma oferta anual e dizem que já cumpriram sua tarefa. Além disso, 
muitos terminaram o seminário e, em vez de se apresentar à igreja para o envio ao campo, 
apresentam-se à junta ou agência. Creio que é tempo de acabar com esse problema de uma vez por 
todas. Cada junta ou agência deve enviar apenas candidatos recomendados pela igreja local, que 
estejam produzindo frutos e comprometidos com a igreja e com eles. O gráfico seguinte poderá 
ajudá-lo a entender os relacionamentos. 
 
 
 
Perceba que há um relacionamento de interdependência entre os três. Quando não há esse 
relacionamento correto, ocorrem dificuldades, das quais o Diabo gosta muito. Apresento a seguir 
quatro dessas dificuldades: 
ESUTES – Escola de Teologia do Espírito Santo 25 
 
 
a) A igreja não conhece o missionário. Quando um missionário é enviado por uma junta ou agência, 
e a igreja não o conhece nem tem nenhum relacionamento pessoal com ele, fica desmotivada na obra 
missionária. 
 
b) A igreja não ora. Por não conhecer o missionário e por não saber o que ele está fazendo nem onde 
está, a igreja não ora e, não fazendo isso, prejudica-se a si mesma e ao missionário no campo. 
 
c) A igreja não contribui. Se a igreja não conhece o missionário, não sabe o que ele está fazendo, nem 
recebe relatório, fica desestimulada a contribuir financeiramente. Mais adiante vou falar a respeito 
de finanças em missões e contar alguns milagres que Deus tem feito em questões financeiras pelo 
fato de a igreja conhecer pessoalmente o missionário. 
 
d) A igreja fica desanimada com missões. É lógico! Se não há um relacionamento pessoal com o 
missionário, a igreja fica fria quanto à obra missionária. Quando o missionário sai da igreja local 
comprometido com ela e dela recebendo o mesmo compromisso, a coisa é diferente. Precisamos 
aprender o conceito de personalização. Personalização é cada membro da igreja local envolvido 
pessoalmente na evangelização do mundo usando suas habilidades e seus dons. 
 
OO PPAASSTTOORR –– AA CCHHAAVVEE PPAARRAA MMIISSSSÕÕEESS MMUUNNDDIIAAIISS 
Há um ditado que diz: "Tal pai, tal filho". Podemos transferi-lo para a situação eclesiástica e dizer: 
"Tal pastor, tal igreja". Normalmente uma igreja é o que o seu pastor é. Se o pastor leva Deus a sério, 
a igreja vai levar Deus a sério. Se o pastor é consagrado, a igreja será consagrada. Se o pastor leva 
uma vida de santidade, a igreja também levará uma vida de santidade. Se o pastor tiver visão 
missionária, a igreja também terá visão missionária. Se nossas igrejas não tem tido visão, nem 
programa e ministério de missões mundiais é porque está havendo alguma falha. Uma delas está no 
preparo do pastor. Nossos seminários estão entregando às igrejas, pastores sem visão missionária. 
Na maioria dos seminários, missões são apenas uma matéria entre outras, dada em apenas um 
semestre, somente com o objetivo de cumprir o currículo. Precisa haver uma mudança radical no 
ensino teológico. Se missões são a razão de ser das igrejas, deveria então haver um departamento ou 
cadeira de missões em cada casa de ensino teológico, como matéria prioritária, básica e obrigatória 
em todos os cursos. Os pastores deveriam sair dos seminários conscientes do seu papel e da razão 
de a igreja existir. Oremos para que Deus faça uma mudança radical em nossas vidas, seminários e 
igrejas. 
 
As Responsabilidades do Pastor 
Conduzir a igreja à maturidade que produz fruto 
... “Cristo em vós, a esperança da glória; o

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