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SISTEMA RENAL
Funções dos rins
- Os rins mantêm concentrações normais de íons e água no sangue através do balanço da ingestão dessas substâncias com a sua excreção na urina, obedecendo ao princípio do balanço de massas.
- Pode-se dividir as funções dos rins em seis áreas gerais:
Regulação do volume do líquido extracelular e da pressão arterial: 
- Quando o volume do líquido extracelular diminui, a pressão arterial também diminui. Os rins trabalham de uma maneira integrada com o sistema circulatório para assegurar que tanto a pressão arterial quanto a perfusão tecidual permaneçam em uma faixa aceitável. 
Regulação da osmolalidade:
- O corpo integra a função renal com o comportamento com a sede, para manter a osmolalidade do corpo em valor próximo de 290mOsM.
Manutenção do equilíbrio iônico:
- Os rins mantêm a concentração de íons-chave dentro de uma faixa normal pelo balanço entre a sua ingestão e sua perda urinária. O Sódio (Na+) é o principal envolvido na regulação do volume e da osmolalidade.
Regulação homeostática do pH:
- O pH plasmático é normalmente mantido dentro de uma faixa muito estreita de variação. Se o líquido extracelular se torna muito ácido, os rins excretam H+ e conservam íons bicarbonato (HCO3-), que atua como tampão. Quando o contrário, os rins excretam HCO3- e conservam H+. Logo, os rins são de extrema importância no equilíbrio ácido-básico, porém, não são capazes de corrigir desequilíbrios tão rapidamente quanto os pulmões.
Excreção de resíduos:
- Os rins removem produtos do metabolismo e xenobióticos, ou substâncias estranhas, como fármacos e toxinas ambientais. Ex: Creatinina do metabolismo muscular e os resíduos nitrogenados, como uréia e ácido úrico. 
Produção de hormônio:
- Embora os rins não sejam glândulas endócrinas, eles desempenham um importante papel em 3 vias endócrinas. As células renais sntetizam eritropoetina, a citocina/hormônio que regula a produção de eritrócitos. Os rins também liberam renina, uma enzima que regula a produção de hormônios envolvidos no equilíbrio do sódio e na homeostasia da P.A.
Visão Geral da Função Renal
Os rins filtram, reabsorvem e secretam
- Três processos básicos ocorrem nos néfrons: filtração, reabsorção e secreção.
Filtração: é o movimento de líquido do sangue para o lúmen do néfron. Ocorre apenas no corpúsculo renal, onde as paredes dos capilares glomerulares e da cápsula de Bowman são modificadas para permitir o fluxo do líquido.
Reabsorção: é um processo de transporte de substâncias presentes no filtrado, do lúmen tubular de volta para o sangue através dos capilares peritubulares.
Secreção: remove seletivamente moléculas do sangue e as adiciona ao filtrado no lúmen tubular. Apesar da secreção e a filtração glomerular movam substâncias do sangue para dentro do túbulo, a secreção é um processo mais seletivo que, em geral, usa proteínas de membrana para transportar as moléculas por mio do epitélio tubular.
Filtração 
- A filtração do plasma para dentro dos túbulos renais é primeiro passo na formação da urina. Esse processo gera um filtrado, cuja composição é igual à do plasma menos a maioria das proteínas plasmáticas. 
- O plasma não é todo filtrado, pois deixaria para trás uma massa de células sanguíneas e proteínas que não podem fluir para fora do glomérulo. Somente 1/5 do plasma que flui ao longo dos rins é filtrado para os néfrons, os 4/5, juntamente com a maior parte das proteínas e das células sanguíneas, para os capilares peritubulares. 
- A porcentagem do volume total do plasma que é filtrada para dentro do túbulo é denominada fração de filtração.
O Corpúsculo renal contém três barreiras de filtração
- A filtração ocorre no corpúsculo renal (capilares glomerulares envolta pela cápsula de Bowman) 
- As substâncias que deixam o plasma precisam passar por três barreiras de filtração antes de entrarem no lúmen tubular:
ENDOTÉLIO CAPILAR: Os capilares glomerulares são capilares fenestrados, com grandes poros, que permitem a maioria dos componentes plasmáticos sejam filtrados pelo endotélio. Os poros são pequenos o bastante, contudo, para impedir que as células do sangue deixem o capilar. 
- Proteínas carregadas negativamente, na superfície dos poros, também ajudam a repelir as proteínas plasmáticas carregadas negativamente. 
LÂMINA BASAL: Uma camada acelular de matriz extracelular que separa o endotélio do capilar do endotélio da cápsula de Bowman. 
- Constituída por glicoproteínas carregadas negativamente, colágeno e outras proteínas.
- Atua como peneira grossa, excluindo a maioria das proteínas plasmáticas do líquido que é filtrado por ela.
PODÓCITOS: epitélio da cápsula de Bowman. porção que envolve cada capilar glomerular é formada por células especializadas, os podócitos, que possuem longas extensões citoplasmáticas, denominadas pés, ou pedicelos, que se estendem a partir do corpo principal da célula.
- Esses pedicelos envolvem os capilares glomerulares e se entrelaçam um com os outros, deixando estreitas fendas de filtração fechadas por uma membrana semiporosa. 
- A membrana da fenda de filtração contém diversas proteínas exclusivas ( nefrina e a podocina) 
- As células mesangiais glomerulares ficam entre e ao redor dos capilares. Possuem feixes de filamentos semelhantes à actina que fazem essas células serem capazes de contrair e alterar o fuluxo sanguíneo dos capilares. Além disso secretam citocinas associadas a processos inflamatórios e imunes. 
A pressão nos capilares causa a filtração
- São três pressões que determinam a filtração glomerular:
PRESSÃO HIDROSTÁTICA (Ph) do sangue que flui através dos capilares glomerulares força a passagem de fluido por meio do seu endotélio fenestrado. 
- Apesar de a pressão cair à medida que o sangue flui nos capilares, ele ainda permanece maior do que as pressões que se opõem a ela. Como resultado, a filtração ocorre ao longo e quase todo o comprimento dos capilares glomerulares.
PRESSÃO COLOIDOSMÓTICA () no interior dos capilares glomerulares é mais alta do que a no fluido da cápsula de Bowman. Esse gradiente de pressão é devido à presença de proteínas no plasma.
 PRESSÃO HIDROSTÁTICA DO FLUIDO (Pfluido) A cápsula de Bowman é um espaço fechado (diferentemente do líquido intersticial), de forma que a presença de fluido no interior cria uma pressão do fluido, que se opõe ao fluxo de fludo para o interior da cápsula.
Taxa de Filtração Glomerular (TFG)
- O volume de fluido que é filtrado para cápsula de Bowman por unidade de tempo. 
- A TFG média é de 125 mL/min, ou de 180 L/ dia, uma taxa impressionante, considerando-se o volume plasmático total é de apenas cerca de 3 litros. Isso significa que os rins filtram todo o volume plasmático 60 vezes por dia, 2,5 vezes a cada hora 
- Influenciada por dois fatores: a pressão de filtração resultante e o coeficiente de filtração. 
 - É o volume de plasma que fica livre de uma determinada substância por minuto, ou seja, em outras palavras, TFG indica o quanto e quão eficiente o rim está filtrando. TFG costuma ser expresso para a superfície corpórea padrão de 1,73m². Os valores normais são em média de 109-124ml/min/1,73m² ( ou 80-125). A substância ideal deve apresentar as seguintes características:
Ser fisiologicamente inerte;
Não ligar à proteínas plasmáticas; 
Deve ser 100% filtrada; não ser absorvida, sem secretada pelos túbulos;
 Não ser metabolizada ou armazenada pelos rins;
 Ser facilmente determinada no plasma e urina.
 
A TFG é relativamente constante
- A pressão arterial fornece a pressão hidrostática, que impulsiona a filtração glomerular. Logo, diz-se que se a pressão arterial aumentasse, a TFG aumentaria, e se a pressão arterial diminuísse, a TFG diminuiria. Mas, esse geralmente não é o caso. 
- A TFG é constante em uma ampla faixa de pressões arteriais. Contanto que a P.A do sangue fique entre 80 a 180 mmHg, a TFG é, em média, de 180L/dia.
- A TFG é controlada primariamente pela regulação do fluxo sanguíneo por meio das arteríolas renais. Se a resisttênciaglobal das arteríolas renais aumenta, o fluxo diminui, e o sangue é desviado para outros órgãos. 
- O efeito do aumento da resistência sobre a TFG, entretanto, depende de onde a mudança na resistência ocorre. Se aumenta na arteríola aferente, a P.hidrostática diminui no lado glomerular da constrição, diminuindo a TFG. Se aumenta na eferente, o sangue acumula antes da constrição, a P.hidrostática nos capilares glomerulares aumenta, aumentando a TFG. 
- A maior parte da regulação ocorre na arteríola aferente.
A TFG está sujeita a autorregualção
- A autorregulação da TFG é um processo de controle local, no qual o rim a mantém relativamente constante frente às flutuações normais da P.A.
- Uma função importante da autorregulação da TFG é proteger as barreiras de filtração da pressão arterial alta que pode danificá-las. 
- Há alguns mecanismos de autorregualção:
RESPOSTA MIOGÊNICA: da arteríola aferente é similar à autorregulação em outras arteríolas. 
- Quando músculo liso da parede estira, devido ao aumento da pressão, canais iônicos sensíveis ao estiramento se abrem, as células musculares se despolarizam. 
- A despolarização leva à abertura de canais de Ca2+ dependentes de voltagem, e o músculo liso vascular se contrai. 
- A vasoconstrição aumenta a resistência do fluxo e leva q uma redução no fluxo sanguíneo através das arteríolas. A redução do fluxo sanguíneo diminui a pressão de filtração no glomérulo.
- Se a pressão arterial diminui, o tônus de contração arteriolar desaparece, e a arteríola torna-se maximamente dilatada. Contudo, a vasodilatação não é tão eficaz em manter a TFG como a vasoconstrição, devido ao fato de que normalmente a arteríola aferente está bastante relaxada. 
- Consequentemente, quando a pressão arterial média diminui para menos de 80 mmHg, a TFG diminui. Esse decréscimo é adaptativo, pois se menos plasma é filtrado, o potencial para a perda de líquido na urina diminui. Em outras palavras, um decréscimo na TFG ajuda o corpo a conservar o volume sanguíneo.
RETROALIMENTAÇÃO TUBULOGLOMERULAR: é uma via de controle local, onde o fluxo de líquido através dos túbulos renais altera a TFG. 
- A configuração torcida do néfron faz a porção final do ramo espresso ascendente da alça de Henle passar entre as arteríolas aferente e eferente. As paredes tubulares e arteorilares são modificadas nessa região em que elas entram em contato umas com as outras, e, juntas, formam o aparelho justaglomerular.
- As células da mácula densa transportam NaCl, e que o aumento no transporte de sal inicia a retroalimentação tubuloglomerular.
Hormônios e neurônios autonômicos também influenciam a TFG
- Os hormônios e o sistema nervoso autônomo alteram a TFG de duas maneiras: mudando a resistência das arteríolas e alterando o coeficiente de filtração.
- O controle neural da TFG é mediado pelos neurônios simpáticos que inervam as arteríolas aferente e eferente. A inervação simpática via receptores alfa no músculo liso vascular causa vasoconstrição.
- Se a atividade simpática é moderada, há um pequeno efeito na TFG. Entretanto, se a pressão arterial sistêmica cai abruptamente, como ocorre em uma hemorragia ou em uma desidratação grave, a vasoconstrição das arteríolas induzida pelo sistema nervoso simpático diminui a TFG e o fluxo sanguíneo renal. Essa é uma resposta adaptativa que visa conservar o volume de líquido corporal.
- Hormônios – Angiotensina II, um potente vasoconstritor, e as prostaglandinas, que atuam como vasodilatadoras. Esses hormônios podem alterar o coeficiente de filtração devido à sua ação sobre os podócitos (alteram o tamanho das fendas de filtração glomerular, se as fendas se alargam, ocorre um aumento na área para filtração , e a TFG aumenta) ou as células mesangiais ( a contração dessas células altera a área de superfície do capilar glomerular disponível à filtração).
Reabsorção 
- Uma vez que uma substância é filtrada para dentro do lúmen da cápsula de Bowman, ela não faz mais parte do meio interno corporal. Todas as substâncias presentes no filtrado estão destinadas a deixarem o corpo, a não ser que exista algum mecanismo de reabsorção tubular que possa impedir. 
- A filtração de íons e água para dentro dos túbulos simplifica a sua regulação. Se uma porção do filtrado que alcança o néfron distal não é necessária para a homeostasia, ela passa para a ruína. Com uma alta TFG, essa excreção pode ocorrer de forma bastante rápida.
A reabsorção pode ser ativa ou passiva
- A reabsorção de água e solutos do lúmen tubular para o líquido extracelular depende de transporte ativo

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