RelatórioEstágio3 paglialonga.

Prévia do material em texto

1.Introdução
 O Estágio Supervisionado é tarefa importante e trabalhosa para os alunos de graduação em Pedagogia.
 E quando estamos no contexto de uma sala de aula, a observação torna-se valiosa e muito importante à interação realizada neste estágio é diferente das experiências anteriores, pois temos contato com alunos que estão na fase de transição, saindo da adolescência e entrando na fase adulta. E o fato de estarem em um ensino profissionalizante, contribui para que eles sejam mais responsáveis com seus estudos. Observei como os professores e a Instituição se relacionam com esses adolescentes. 
Neste trabalho relatarei as atividades desenvolvidas na Instituição e as experiências que adquiri durante o Estágio Supervisionado em Docência das Disciplinas Pedagógicas e Educação Profissional do curso de Pedagogia da Universidade Estácio de Sá. 
Este estágio foi realizado nas turmas de 1° e 3º ano do Curso Normal, no turno da tarde, do Instituto de Educação Carlos Pasquale de Nilópolis. Durante este período, procurei observar alguns aspectos como: a prática dos profissionais da escola, os desafios da prática pedagógica a relação teoria e prática nas disciplinas pedagógicas, as relações existentes no contexto escolar, o sistema de organização de uma escola da rede pública, os projetos desenvolvidos pela Instituição e a importância do Curso de Formação de Professores.
2. Histórico da Instituição
O Instituto de Educação Carlos Pasquale foi fundado em 9 de julho de 1974, com o nome de Escola Estadual Carlos Pasquale em homenagem ao Professor Carlos Pasquale.
 Na inauguração do Instituto, o governador na época era Raimundo Padilha e o Prefeito o atual Deputado Simão Sessim. 
 Esta instituição começou somente como o Ensino Fundamental e a primeira diretora foi Ineide Cabral, alguns anos depois, o governo implantou o antigo 2°grau, atualmente Ensino Médio e o Curso Normal.
 Hoje o ICEP está mais avançado e tem como diretora Lúcia Leone. A instituição se propõe a realizar um trabalho sério e consistente na formação dos futuros profissionais da Educação.
 O Instituto recebe alunos da comunidade e de municípios vizinhos e a maioria dos alunos estão matriculados em séries adequadas à idade.
 A escola é de fácil acesso e está localizada na Rua Ernesto Cardoso, 763, no Município de Nilópolis, próximo ao centro da cidade e o fácil acesso faz com que se tenha um grande número de turmas e de alunos. 
 A clientela da escola se compõe por uma maioria de famílias de classe baixa e média. Os responsáveis ou alunos geralmente são profissionais liberais, pequenos comerciantes ou assalariados com baixa remuneração.
 A escola oferece o Curso Normal, que tem duração de três anos e é realizado em turno integral (manhã e tarde), totalizando 5200 horas. E também o Ensino Médio, na Educação de Jovens e Adultos que funciona no horário noturno e tem duração de três anos, com carga horária de 3600 horas.
 A estrutura física da Escola é bastante satisfatória, as salas de aula são amplas e arejadas. Há também sala de leitura, sala de informática/vídeo, sala dos professores, pátio, quadra poliesportiva e refeitório. 
 A escola conta com a seguinte equipe de profissionais:
137 Professores que atuam em sala de aula, 01 Diretor, 03 Diretores Adjuntos, sua função é administrar o trabalho da Unidade Escolar nos setores administrativos, pedagógico e disciplinar;
01 Secretário, responsável pela organização da secretaria e de toda documentação da escola. 
01 Coordenador pedagógico e 01 Orientador Educacional, responsáveis pela integração entre o corpo docente e discente.
 O corpo docente é formado por professores concursados e segundo o Projeto Político-pedagógico da Instituição, são algumas atribuições do professor:
Ministrar as aulas conforme o que se dispõe o Currículo Mínimo da Secretaria de Estado de Educação;
Participar da elaboração, execução e avaliação do Projeto Político Pedagógico da escola;
Participar do processo de análise e seleção de livros e materiais didáticos em consonância com as diretrizes e critérios estabelecidos pela Secretaria de Estado de Educação;
Elaborar o seu planejamento de acordo com o Projeto Político Pedagógico;
Propiciar a aquisição de conhecimento científico, para que os alunos reelaborem os conhecimentos adquiridos e elaborem novos conhecimentos;
Promover uma avaliação contínua, acompanhando e enriquecendo o desenvolvimento do trabalho do aluno, elevando-o a uma compreensão cada vez maior sobre o mundo e sobre si mesmo;
Realizar a recuperação contínua e paralela de estudo com os alunos que, durante o processo de ensino-aprendizagem, não apresentarem rendimento escolar suficiente; 
Participar ativamente do Conselho de Classe;
Participar de reuniões de estudo, encontros, cursos, seminários e outros eventos, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento e melhoria da qualidade de ensino.
	O Instituto conta com verbas públicas repassadas pelo Governo do Estado e do Governo Federal, através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 
	Segundo o site do FNDE, o Fundo Nacional é uma entidade federal que é responsável pela execução de políticas educacionais. 
	Além de inovar o modelo de compras governamentais, os diversos projetos e programas em execução – Alimentação Escolar, Livro Didático, Dinheiro Direto na Escola, Biblioteca da Escola, Transporte do Escolar, Caminho da Escola, Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil – fazem do FNDE uma instituição de referência na Educação Brasileira. (FNDE, 2014)
	Princípios e Valores
 O Instituto de Educação Carlos Pasquale tem esse sua proposta pedagógica pressupostos sócio interacionistas, no objetivo de transformar o ensino tradicional em construção de conhecimento. E têm como base, os quatro pilares da educação: 
Aprender a conhecer;
Aprender a fazer;
Aprender a conviver;
Aprender a ser.
Estes pilares visam à formação integral do ser humano, que vai além do conhecimento aprendido no ambiente escolar.
 O curso Normal
 O Curso Normal, assim denominado após reestruturação, seguindo diretrizes do Conselho Nacional de Educação, Parecer CEE n° 122 de 10/11/2009, é realizado em 3 anos, totalizando 5200 horas e é oferecido somente em horário diurno, sendo proibido seu funcionamento em horário noturno, conforme Portaria E/SUEN n° 07 de 22 de fevereiro de 2001, publicada no D.O. de 28 de fevereiro de 2001.
 O Currículo do Curso Normal é composto pela Base Nacional Comum, que objetiva a construção de competências gerais, pela parte diversificada que introduz disciplinas de caráter profissionalizante e pela Formação Profissional cujo objetivo é construir competências e habilidades específicas para a preparação dos futuros professores.
	As atividades propostas pela escola nas práticas Pedagógicas desenvolvidas ao longo do ano têm por objetivo contextualizar as diversas áreas curriculares, associando teoria e prática, integrando o saber e o fazer.
	De acordo com o Projeto Político Pedagógico da Instituição, são alguns objetivos do Curso Normal:
Trabalhar a identidade da profissão docente dentro de um ambiente institucional próprio ao percurso formativo
Propiciar o desenvolvimento de competências e habilidades visando à inserção do aluno no mercado de trabalho.
Desenvolver conhecimentos e competências referentes à formação de professores, capazes de estimular procedimentos e promover práticas educativas que visem a formação de indivíduos autônomos e protagonistas da construção mais significativa do processo educativo: o exercício da liberdade no contexto das relações éticas que conduzem o homem à democracia. 
	Os alunos do Curso Normal precisam de motivação e apoio para concluir seus estudos e ao mesmo tempo aprendem práticas pedagógicas para motivarem e incentivarem seus futuros alunos. O professor em formação não necessita aprender apenas a teoria, pois o aprendizadotambém ocorre em experiências concretas.
	 Durante o período que estive realizando o Estágio Supervisionado, a escola estava trabalhando o Projeto Gentileza gera Gentileza. Os alunos fizeram diversos cartazes sobre o tema e colocaram por todos os ambientes da escola, também fizeram murais e trabalhos em grupo. 
 O Instituto realiza também outros projetos, como:
	2ª Semana de Artes: Projeto desenvolvido pela Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro, que visa divulgar a nossa cultura e mostrar trabalhos realizados nas escolas estaduais.
	Combate ao Bullying: Campanha de combate ao bullying. As questões levantadas terão como tema o Padrão de beleza da nossa sociedade atual.
	Sexualidade: Confecção de informativo elaborado pelos alunos de primeiro ano, sobre métodos contraceptivos e doenças transmitidas sexualmente.
	Você é o Máximo: Projeto tem por objetivo incentivar os alunos a alcançarem as notas máximas nas disciplinas, para que eles possam melhorar seu desempenho e superar suas dificuldades.
	Renda Melhor Jovem: Programa do Governo Estadual que prevê uma poupança anual como prêmio pela aprovação no Ensino Médio, para os alunos que já fazem parte do Programa Renda Melhor. 
	Xadrez na Escola: Os alunos contam com oficinas para aprender xadrez e participar de competições. Esse trabalho visa o desenvolvimento do raciocínio e de habilidades estratégicas. 
	Resgate: Este trabalho é realizado por toda a equipe docente e administrativa, acompanhando as frequências dos alunos e conversando com os responsáveis, a fim de resgatar os alunos faltosos. 
 Processo Avaliativo
	O processo de avaliação do desempenho dos alunos, no Instituto de Educação Carlos Pasquale tem caráter diagnóstico, reflexivo e inclusivo, devendo oferecer suporte para o replanejamento do trabalho pedagógico a partir da identificação dos avanços e dificuldades apresentados pelo discente.
 Na Escola também são realizadas avaliações propostas pelo Governo do Estado, o SAERJ e o SAERJ. O Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro existe desde 2008 e segundo o site da Secretaria de Educação do Governo Estadual, o mesmo foi criado com o “objetivo de promover uma análise do desempenho dos alunos da rede pública do Rio de Janeiro nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática”. (SEEDUC, 2008)
	Os alunos do Curso Normal também realizam bimestralmente o SAERJINHO, que contempla as disciplinas de Química, Física e Biologia, a fim de “saber de maneira mais precisa onde estão as maiores dúvidas e utilizar os resultados como ferramenta para pedagógica”. (SEEDUC, 2008). Esta avaliação é explicada no site do governo do estado do Rio de Janeiro da seguinte forma:
O SAERJ compreende dois programas de avaliação: o Programa de Avaliação Diagnóstica do Desempenho Escolar e o Programa de Avaliação Externa. Embora com perspectivas diferentes, os resultados dessas avaliações são complementares e, para que possam fazer a diferença na qualidade da educação oferecida, devem ser integrados ao cotidiano do trabalho escolar. (ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2008)
 O SAERJINHO, não é somente uma avaliação, visa também premiar os alunos, que seria uma forma de incentivá-los, com obtenção de um bom desempenho, conforme as colocações dos alunos.
3. Observações do Cotidiano Escolar
 O Curso de Formação de Professores, o Curso Normal, possui várias disciplinas, porém resolvi focar em uma que pra mim era desafiadora, a matéria de Alfabetização e Letramento. A aula tinha início ás 12h50min até 18h10min, nas turmas de 1° e 3° ano. 
	No período que estive estagiando nessas turmas pude observar a forma da Professora lidar com os alunos, que eram adolescentes, agitados e um pouco indisciplinados, percebi que alguns que estavam ali não tinham o objetivo de seguir na carreira de docente. E também o fato de o Curso Normal ser em horário integral (manhã e tarde) faz com que os alunos fiquem desgastados e o comportamento agitados, muitas vezes influenciando no seu desempenho e nas relações interpessoais e mesmo com todas essas dificuldades, se esforçavam para ter o melhor desempenho possível.
		“A alma da formação básica, é aprender a aprender, saber pensar, informar-se e refazer todo o dia a informação, questionar. Conhecimentos pertinentes e, sobretudo seu manejo propedêutico são base para o exercício do papel de sujeito participativo e produtivo.” (DEMO, 2011, p 91 e 92)	
 As aulas eram objetivas e enriquecedoras. A professora da disciplina cobrava de seus alunos comprometimento, responsabilidade e despertar no futuro professor a compreensão da sua formação e mostrar a importância de aprender sempre.
		O professor da disciplina pedagógica tem um papel fundamental, desafiar os alunos a abordar o significado de ser professor e a sua identidade, sua importância, pois o professor pode ser um agente transformador.
 No estágio, pude participar do conselho de classe, que tem por finalidade avaliar em dados criteriosos a vida escolar do cotidiano, sendo esses dados norteadores das ações futuras em um processo de pensar a prática transformadora. Pude ver de perto como é o seu funcionamento. E pela primeira vez os representantes de turmas puderam participar dando suas opiniões e o interesse de construir uma escola democrática.
 O Instituto também possui o sábado letivo que além das aulas, planejamentos, esse dia serve para reunir os responsáveis para estreitar suas relações, enfim envolvê-los na educação.
 Os alunos do Curso Normal precisam de motivação e apoio para concluir seus estudos e ao mesmo tempo aprendem práticas pedagógicas para motivarem e incentivarem seus futuros alunos. O professor em formação não necessita aprender apenas a teoria, pois o aprendizado também ocorre em experiências concretas.
	 Durante o período que estive realizando o Estágio Supervisionado, a escola estava trabalhando o Projeto Gentileza gera Gentileza. Os alunos fizeram diversos cartazes sobre o tema e colocaram por todos os ambientes da escola, também fizeram murais e trabalhos em grupo. 
 3.1 Atividades Observadas
 No período do estágio foi observada somente uma disciplina de Alfabetização e Letramento. E os assuntos abordados e discutidos em sala de aula com os alunos foi como apresentar as letras, sílabas, os livros e o mundo da leitura para as crianças que estão iniciando o processo de alfabetização. A história da escrita, os níveis de aprendizagem como: silábico, silábico-alfabético, alfabético e dentro desses assuntos e foram apresentados e observados trabalhos, maquetes sobre os temas dados em sala de aula.
4.Considerações Finais
Realizar o estágio no Curso Normal trouxe reflexões, que não havia tido. E preocupações que eu tinha em relação à Alfabetização e o Letramento de como eu poderia ensinar esta disciplina e desenvolve-la com êxito. É muito importante refletir sobre sua própria formação e também sobre a formação dos futuros professores de uma forma consciente e comprometida e de estarmos sempre dispostos a aprender, pois quem não sabe aprende e quem aprende ensina.
 Os estágios sempre trazem contribuições e este não foi diferente, pois nós como futuros pedagogos teremos a missão de aprimorar o educando como pessoa, prepará-lo para o exercício da cidadania, na construção de uma escola democrática, qualificar para o educando para o seu progresso no mundo do trabalho, fortalecer a solidariedade, a tolerância recíproca, zelar pela a aprendizagem. 
 Investir na educação não traz progresso somente para o educando e sim para o país. 
4. Referências
ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Secretaria de Educação. SAREJ/SAERJINHO. Disponível em: <http://www.rj.gov.br/web/seeduc/exibeconteudo?article-id=843535> Acessado em: 15 junho 2014.
Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação. Disponível em: www.fnde.gov.br.
PPP- Projeto Político Pedagógico do IECP.