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O Príncipe Maquiavel (resumos crítico, indicativo e informativo)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
GRADUAÇÃO EM DIREITO
METODOLOGIA DA PESQUISA I
VITÓRIA JÚLIA AZEVEDO CAVALCANTE
O PRÍNCIPE – NICOLAU MAQUIAVEL
RESUMOS CRÍTICO, INDICATIVO E INFORMATIVO
NATAL – RN
2018
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016. 136p.
RESUMO CRÍTICO
Inserido na conjuntura inquietante do Renascimento italiano, Nicolau Maquiavel – historiador, poeta, diplomata e músico florentino – concebe O Príncipe em 1513, descortinando, na consciência do século XVI, um horizonte inédito para se pensar e fazer política. A obra foi escrita originalmente em forma de carta atribuída a Lorenzo de Médici, duque de Urbino, e seu conteúdo compõe-se de uma compilação de orientações políticas acerca de como deve agir um príncipe para se manter no poder e no controle do Estado que governa. Nesse sentido, é considerada um exemplo de obra estrategista, que, mesmo depois de cinco séculos, continua sendo amplamente discutida por seu conteúdo inteligente e repleto de percepções da realidade política.
Mormente, o autor discorre a respeito das duas espécies de monarquia, as novas e as hereditárias, além dos aspectos que constituem o tipo de governo em ascensão: as repúblicas. Analisa-se, nesse viés, as táticas de manutenção de um principado e as formas de conquista e suas respectivas dificuldades e facilidades de acordo com as características da nação. A posteriori, Maquiavel aborda sobre como um príncipe deve proceder ante seus súditos e amigos, explicando que, para manter-se adorado, é fundamental que o líder saiba utilizar os vícios e das virtudes necessárias, fazendo o que for possível para garantir a segurança e o bem-estar. 
Concernente à guerra, o autor a considera como a arte mais indispensável aos domínios daqueles que comandam, visto que ela possibilita não só a manutenção do poder dos príncipes que já nasceram príncipes, mas também a chegada ao poder por homens comuns. Por esse motivo, ele afirma com convicção que, quando os príncipes pensam mais em delicadeza que nas armas, perdem seus Estados e, portanto, estar desarmado torna o governante desprezível e sem moral. Um príncipe sábio deve sempre manter os exercícios de guerra, principalmente nos tempos de paz, de modo a nunca se render à ociosidade e aproveitá-los para armar estratégias e preparar-se para as adversidades.
Um governante deve, ainda, desejar ser visto como piedoso, e não por cruel; todavia, deve ser muito cuidadoso para não fazer mal-uso da piedade. Além disso, ele não precisa mantém seus súditos fiéis preocupar-se com a fama de cruel, pois é essa que e unidos. Através dessa discussão, conclui-se que, entre ser temido e amado, é bem mais seguro ser temido, caso não possa ser um pouco dos dois. Por conseguinte, um príncipe deve ser dissimulado quando é necessário, porém nunca deixando transparecer sua dissimulação.
Outrossim, Maquiavel determina como um príncipe deve agir para obter honra. Nessa perspectiva, afirma que não há nada que o torne mais admirado do que investir em grandiosas campanhas e fazer a sua imagem de grande homem para se tornar um exemplo a outros príncipes. Um príncipe de honra encoraja sempre seus cidadãos a exercerem com sossego e paixão os ofícios designados a eles, além de dar exemplos constantes de humildade – mas mantendo sempre firme a autoridade e a grandeza de seu posto.
Por fim, Maquiavel explica os motivos pelos quais os príncipes italianos perderam seus Estados e articula maneiras de como agir para que isso não aconteça. Nesse ínterim, o autor estuda como tomar a Itália e como se manter na linha entre a fortuna e Deus, dizendo que os líderes devem adaptar-se ao tempo em que vivem para manter-se no poder por mais tempo.
Destarte, é notório que, por intermédio de sua obra, Maquiavel objetivava contribuir para o processo de unificação italiana e, para tanto, provocou uma verdadeira revolução cognitiva, uma ruptura com o moralismo piedoso repetido pelos séculos. Trate-se de uma indagação radical e nova articulação sobre o pensar e fazer a política, que põe fim ao pensamento de uma ordem natural, divina e eterna – tendo em vista sua investigação da realidade tal como ela é e não como se gostaria que ela fosse. Assim, guiado pela busca da “verdade efetiva”, Maquiavel estuda a história e valoriza sua importância na identificação de padrões do comportamento humano. De fato, desmistificar a realidade tem sempre um alto risco. O cidadão florentino pagou-o em vida, mas a conjuntura posterior a sua morte propiciou o devido reconhecimento dos seus ideais. 
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016. 136p.
RESUMO INDICATIVO
O Príncipe, de Maquiavel, escrito em 1513, trata-se de uma das convenções políticas mais importantes já escritas, que expressou pela primeira vez a noção de Estado como forma de organização da sociedade do modo como a conhecemos hoje. É sobretudo por isso que seu autor é considerado o pai da moderna ciência política. A obra foi concebida como um manual prático dado como presente ao Príncipe Lorenzo de Médici, e, entre outras coisas, descreve as maneiras de conduzir-se nos negócios públicos internos e externos, e fundamentalmente, como conquistar e manter um principado. Maquiavel afirma que para conservar o controle em seu Estado, é preciso a um governante não só agir com grande sutileza – e mesmo com astúcia e crueldade –, mas também manter um exército. A incrível resistência ao tempo, que caracteriza os clássicos, deve-se à versatilidade do texto que tem permitido as mais diversas interpretações a leitores de todas as gerações, de modo a configurar a obra como atual mesmo diante da passagem dos séculos.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016. 136p.
RESUMO INFORMATIVO
Datado de 1513, O Príncipe, de Nicolau Maquiavel, tem por finalidade resgatar o sentimento cívico do povo italiano fornecendo as medidas necessárias para a unificação da península, e o faz por intermédio do desenvolvimento de um manual prático de conduta de um possível governante, analisando as estratégias e artimanhas que o mesmo deve aplicar para conquistar e se manter no poder. O procedimento metodológico do autor para a construção da obra constitui-se na realização um estudo histórico das monarquias precedentes, de modo a se configurar uma análise da realidade efetiva, e não utópica. Ao decorrer de todo o livro, Maquiavel zela pela premissa primordial de que um príncipe deve fazer o que for necessário para se preservar no poder, pois “os fins justificam os meios”, além de sempre buscar ter o apoio de seu povo. Nesse sentido, afirma que é importante ser amado e temido, porém, é melhor ser temido do que ser amado. O amor é um sentimento volúvel e inconstante, mas o medo de ser punido não pode ser modificado ou ignorado tão facilmente. Alega, ainda, a indispensabilidade dos exercícios de guerra, principalmente nos tempos de paz, de maneira a fazer o príncipe nunca se render à ociosidade e aproveitá-los para armar estratégias e preparar-se para as adversidades. Maquiavel, portanto, analisa a sociedade de maneira fria e calculista e não mede esforços quando trata de como obter e manter o poder. 
Palavras-chave: Poder. Política. Conquista. Príncipe. Maquiavel.

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