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Desenvolvimento Humano Profª: Anne Meller anne.meller@estacio.br O desenvolvimento humano ✓ Até o surgimento da psicologia ✓Criança considerada como mini adulto ✓Participava da vida social e trabalhava ✓ Após o surgimento da Psicologia (séc XIX) ✓Início do estudo sobre o desenvolvimento infantil ✓Estudo científico de como as pessoas mudam, bem como permanecem estáveis durante a vida A Psicologia do Desenvolvimento Estuda o desenvolvimento humano desde o nascimento até a vida adulta; Aborda os aspectos físico-motor, cognitivo/ intelectivo, emocional e social. O estudo do desenvolvimento Mapeamento das características comuns dos indivíduos nas diversas faixas etárias para compreender Desenvolvimento mental Crescimento orgânico O que possibilita reconhecer e entender as particularidades de cada período da vida e as singularidades dos sujeitos. O desenvolvimento mental Refere-se à construção contínua dos esquemas mentais; Caracterizado pelo aparecimento gradativo de estruturas mentais ou formas de organização do pensamento que irão se aperfeiçoar e solidificar até alcançar um estado de equilíbrio superior no que se refere aos aspectos da inteligência,vida afetiva e relações sociais. Fatores que influenciam o crescimento orgânico Hereditariedade: carga genética do indivíduo que pode ou não se confirmar durante a vida; Maturação Neurofisiológica: é o que torna possível determinado padrão de resposta e o surgimento das funções psicológicas superiores; Meio: conjunto de influências e estimulações ambientais que afetam os padrões comportamentais do indivíduo. Aspectos do desenvolvimento humano Físico-motor: refere-se ao crescimento orgânico, à maturação neurofisiológica, capacidade de manipulação de objetos e de exercício do próprio corpo; Cognitivo ou Intelectual: capacidade de pensamento , raciocínio; Afetivo-emocional: modo de integração de todas as experiências;é o sentir Social: relação do indivíduo com as outras pessoas; modo como reage diante de situações sociais. Teorias do desenvolvimento Humano Todas os aspectos do desenvolvimento relacionam-se permanentemente e aparecem indissociados nas teorias do desenvolvimento. Porém,cada teoria enfatiza aspectos diferentes: ◦ Psicanálise – aspecto afetivo ◦ Piaget – aspecto cognitivo ◦ Vygotsky – aspectos cognitivo e social ◦ Wallon – aspectos afetivo,cognitivo e motor ◦ Paul Batles – aspecto social O que vem primeiro? NATUREZA HEREDITARIEDADE Ou seja, X A importância está nas características inatas EXPERIÊNCIA MEIO AMBIENTE Ou seja, A importância está nas influências externas O desenvolvimento de uma criança é governado por um padrão inato ou ele é moldado por experiências posteriores ao nascimento? Inclinações e limitações inatas Baseados nos conceitos de idéias inatas de Descartes (séc XVII/XVIII) “Penso, logo existo” Influência dos aspectos biológicos no desenvolvimento; os bebês nasceriam com “tendenciosidades inatas” Posição atual: estes padrões inatos não são o fim do desenvolvimento, mas o início do processo. ENTÃO, o BIOLÓGICO e o MEIO são FUNDAMENTAIS para o desenvolvimento humano. E nenhum desses aspectos se sobrepõem ao outro em importância. Maturação Referem-se aos padrões geneticamente programados do desenvolvimento (Arnold Gesell): ◦ Mudança no tamanho e forma do corpo; ◦ Aparecimento de pelos; ◦ Mudança hormonal na puberdade; ◦ Mudança na musculatura e ossatura, etc. Entretanto: Apesar da seqüência ser básica, o timming é particular de cada organismo. Ex.: dentição inicial e troca de dentição Qualidades do padrão maturacional 1) universalidade – aparece em todas as crianças, atravessando cultural; 2) Sequencialidade – envolve padrões de habilidades ou características que se desenvolvem de forma sequencial; 3) É relativamente impenetrável às influências ambientais; entretanto atualmente já se considera que a experiência exerce influência no padrão maturacional. Ex.:o caso Eliane etc. IMPORTANTE Os padrões maturacionais não ocorrem de forma automática. O sistema pode nascer programado e “pronto” para funcionar, mas dependendo da experiência ele será desencadeado ou não. A teoria do Ciclo Vital (Paul Batles) Século XX – interesse pelo estudo do desenvolvimento da criança até a fase adulta (Ciclo Vital) ◦Surgimento do conceito de adolescência ◦ Déc. 30 – interesse pelo desenvolvimento do adulto e idoso A teoria do Ciclo Vital Atualmente considera-se que: ◦ O desenvolvimento é vitalício: cada período da vida é influenciado pelo que vem antes e irá afetar o que vem depois; cada período possui suas características e nenhum é hierarquicamente superior ao outro. ◦ O desenvolvimento depende da história e do contexto: interação homem e ambiente ◦ O desenvolvimento é multidirecional e multidimencional: acontece durante toda a vida e envolve um equilíbrio entre o declínio e o crescimento; ◦ O desenvolvimento é flexível ou plástico: há uma capacidade de modificação no desempenho, entretanto a flexibilidade não é infinita. Processos do desenvolvimento Mudanças quantitativas: mudança de número ou quantidade – como crescimento, peso, altura etc; Mudança qualitativa: mudança de tipo,organização e estrutura Apesar das mudanças, as pessoas possuem estabilidade. Por exemplo: autoconceito Aspectos do desenvolvimento A mudança e a estabilidade ocorrem em diversos aspectos das pessoas: Desenvolvimento físico: crescimento do corpo, do cérebro, das capacidades sensoriais, habilidades motoras, etc. Desenvolvimento cognitivo: aprendizagem, memória, linguagem, percepção, julgamento moral, criatividade; Desenvolvimento psicossocial: refere-se à constituição da personalidade e dos relacionamentos interpessoais. Cada aspecto está relacionado ao outro e interfere no desenvolvimento do outro. Períodos do Ciclo Vital IMPORTANTE: O conceito de PERÍODOS do CICLO VITAL é um constructo social, ou seja, determinado de acordo com cada cultura Períodos do Ciclo Vital 1º - pré-natal: concepção ao nascimento; 2º - Primeira infância: nascimento aos 3 anos; 3º - Segunda Infância: 3 aos 6 anos; 4º -Terceira Infância: 6 aos 11 anos; 5º -Adolescência: 11 aos 20 anos; 6º - Jovem adulto: 20 aos 40 anos; 7 º - Meia idade: 40 aos 60 anos; 8º -Terceira Idade: 65 em diante. Influências no desenvolvimento Hereditariedade, maturação Influências contextuais: Família Condição sócio-econômica e bairro Cultura e etnicidade As influências contextuais Família: é importante considerar a mudança no padrão familiar ao longo da história; atualmente temos a família nuclear (pai, mãe, filhos), família extensa (que inclui ampla rede de parentesco) entre outras; Condição socioeconômica e bairro: referese aos diversos fatores relacionados à renda, nível de instrução e profissão que interferirão no bom acesso ou não aos bens sociais, culturais e às políticas públicas (saúde, educação, segurança) que são de grande influência no desenvolvimento das crianças; Cultura e etnicidade A Resiliência Estudos com crianças pobres mostram que a RESILIÊNCIA é facilitada em ambientes acolhedores, com pais amorosos, responsivos e com ambientes estimuladores. O Timming da experiência Referem-se a experiências podem influenciar diferentemente o organismo em momentos diferentes. Período crítico – refere-se ao período no qual o organismo está propenso a desenvolver um determinado comportamento a partir de um estímulo. Período sensível – período é um intervalo de meses ou anos durante os quais uma criança pode ser particularmente responsiva a formas específicas de experiência ou influenciada pela sua ausênciaModelo interno de experiência Refere-se ao efeito acarretado pela experiência a partir da interpretação ou representação que o indivíduo faz delas, do significado que lhes atribui, e não à propriedade objetiva da experiência. Neste modelo, cada pessoa teria um referencial interno (suposições ou conclusões acerca do mundo, de si e dos relacionamentos com os outros) que são utilizados para lidar e interpretar as experiências vivenciais DESENVOLVIMENTOS TÍPICOS DOS 8 PERÍODOS DO CICLO VITAL Período pré-natal Desenvolvimento físico: Ocorre a concepção, a dotação genética interage com as influências ambientais desde o início; formam-se as estruturas e os órgãos corporais básicos; inicia-se o crescimento cerebral; a vulnerabilidade à influências ambientais é grande. Desenvolvimento cognitivo: As capacidades de aprender e lembrar estão presentes durante a etapa fetal Desenvolvimento psicossocial: o feto responde à voz da mãe e desenvolve preferência por ela. Primeira infância – 0 a 3 anos Desenvolvimento físico: todos os sentidos funcionam no nascimento em graus variados; o cérebro aumenta a sua complexidade e é altamente sensível à influência ambiental; o crescimento e o desenvolvimento físico das habilidades motoras são rápidos; Desenvolvimento cognitivo: As capacidades de aprender e lembrar estão presentes, mesmo nas primeiras semanas; o uso de símbolos e a capacidade de resolver problemas desenvolvem-se ao final do segundo ano de vida; a compreensão e o uso da linguagem desenvolvem-se rapidamente. Desenvolvimento psicossocial: Desenvolve-se o apego a pais e outras pessoas; desenvolve-se a autoconsciência, ocorre uma mudança da dependência para a autonomia, Aumenta o interesse por outras crianças. O bebê: uma promessa Organismo sempre em movimento e transformação; Talvez a fase mais sensível do desenvolvimento humano; Período de fundação, base para a construção subjetiva; Importante a qualidade (e quantidade) da maternagem. O bebê é uma promessa, uma aposta no futuro. Um bebê é dotado de competências História genética, História familiar, Lugar no imaginário dos pais, Vida intrauterina repleta de acontecimentos, transformações e vivências. O feto é um ser único, com características próprias “o mundo do feto humano é vivo, com atividade, com ritmos especiais, com movimentos que têm objetivos, com sentidos que estão começando a funcionar (...) e com respostas complexas às emoções e ações de sua mãe” (Klaus e Klaus, 2001, p. 122) O contato e a maternagem Dentro do útero, as experiências sensoriais vestibulares e táteis estão integradas. Há o envolvimento constante pelas paredes do útero e líquido amniótico. Ao nascer: necessidade de ser envolvido, abraçado, acariciado. O contato e a maternagem Dentro do útero, as experiências sensoriais vestibulares e táteis estão integradas. Há o envolvimento constante pelas paredes do útero e líquido amniótico. Ao nascer: necessidade de ser envolvido, abraçado, acariciado. A relação mãe-bebê Processo de identificação da mãe durante os nove meses de gravidez e nas primeiras semanas após o parto (crise de identidade da mãe - deixa de “ser mulher” e torna-se mãe; possibilidade de psicose puerperal) Enquanto o feto se desenvolve, a mãe se envolve com ele de tal forma que, quando o bebê nasce, ela é dotada de capacidade especializada de compreensão de suas necessidades, desde as mais óbvias como a fome, até as mais sutis, como ser mudado de posição, sensação de frio/calor, necessidade de colo etc. A relação mãe-bebê: holding Holding – acolhimento fornecido pela mãe (ou que realiza a maternagem) Segundo Winnicott, abrange “tudo aquilo que nessa ocasião uma mãe é e faz” (1995, p.4) É o acolhimento oferecido pelo ambiente, que nesse momento é a própria mãe, permitindo que o bebê tenha vivências de integração. As repetidas experiências têm o efeito de produzir um “ambiente de facilitação” (ibid.), que fornece ao bebê os fundamentos de seu alicerce emocional. Nas palavras do autor “(...) os fundamentos da capacidade que o bebê tem de sentirse real. Com esta capacidade o bebê (...) pode continuar a desenvolver os processos de maturação que herda” (p. 5) Relação mãe-bebê “(...) um tipo de necessidade que só o contato humano pode satisfazer [e que a não reposta a essa necessidade sujeita o bebê] (...) às mais terríveis ansiedades que possa imaginar” Winnicott descreve estas ansiedades como sensações de “ser feito aos pedaços, cair para sempre, morrer, morrer e morrer, perder todos os vestígios de esperança de renovação de contatos” (op. Cti. P. 75-76) A Relação mãe-bebê Se as necessidades do bebê forem sacidadas: ◦ Ser feito em pedaços se transforma na sensação de relaxamento e repouso (se estiver em “boas mãos” que lhe garantam segurança) ◦ Cair para sempre se transforma na alegria de ser carregado e poder explorar o ambiente ◦ Morrer, morrer e morrer passa a ser a consciência de estar vivo, onde “(...) a perda da esperança (...) se transformará em segurança, de que, mesmo à sós, o bebê tem alguém que se preocupa com ele.” (op.cit. P.76) A visão e as interações através do olhar Acomodação visual do neonato: distância de aproximadamente 25 cm Condutas visuais são funcionais desde o nascimento Investigação do ambiente Forma de interação e comunicação Distingue configurações espaciais Preferências visuais: atração pelo contraste claro/escuro, por figuras detalhadas complexas em detrimento das mais simples e por figuras arredondadas Segue visualmente uma figura de rosto humano Imita movimentos e mímicas faciais (sorriso e caretas) A visão e as interações através do olhar Capacidades relacionadas a uma atração primária do recém-nascido pelo rostohumano, em especial pelo rosto da mãe, que ele demonstra preferir em comparação a outros rostos Reciprocamente, o adulto demonstra atração pelo olhar e rosto do bebê e compreensão dos sinais de comunicação básicos emitidos através do seu olhar A visão e as interações através do olhar: a relação mãe-bebê Função de espelho que o olhar da mãe possui (Winnicot) Vivência de integração no bebê Fornece apoio para que, aos poucos, o bebê desenvolva uma percepção de si, como uma unidade separada do outro “O que vê o bebê quando olha para a mãe? Sugiro que, normalmente, o bebê vê ele mesmo [refletido no olhar extasiado de sua mãe]. Em outros termos, a mãe está olhando para o bebê e aquilo com que ela se parece se acha relacionado com o que ela vê ali” (p. 154) A audição e a palavra dirigida do recém-nascido Ao nascer: responsividade à voz humana do que a outros tipos de sons. Memórias auditivas nas últimas semanas de gestação Capacidade inata do bebê para a percepção de propriedades sonoras das palavras, envolve uma pré-disposição genética (gênese inata) para a aquisição da linguagem Faz distinções entre sons que lhe são familiares e os que não são A audição e a palavra dirigida do recém-nascido O modo dos adultos falarem aos bebês tem características de entonação, altura e modificações da prosódia que são semelhantes em diversas línguas e culturas. Trata-se de uma fala que capta a atenção dos bebês. As palavras produzem EFEITO sobre o corpo do bebê. A audição e a palavra dirigida do recém-nascido Quando os adultos falam aos bebês, estes apresentam uma resposta motora que significam uma forma de comunicação primordial através do comportamento, que acompanha o ritmo e a melodia da fala. A movimentação do recém-nascido O desenvolvimento fetal ocorre em movimento, fenômeno que confere ao corpo “(...) a forma e o sentido que servirão de modelo para o desenvolvimento subsequente da criança” (Beziers, 1994) A movimentação reflexa do recém nascido “(...) produz uma sensação muscular e articular, e imprime tensões à pele (...) a criança sente o movimento reflexo e as sensações provocadas por ele ficam registradas (...)[as quais] tentará reencontrar e reproduzir a sensação (...) e, ao cabo de várias tentativas conseguirá comandar seu próprio movimento. Uma estrutura superior do cérebro terá substituído a ação reflexa.” (Beziers, 1994, p.10) Movimentação do recém-nascido Quando o bebê suga a mão: ◦ Conjunto de respostas reflexas )(busca e sucção) ◦ Ensaio do movimento voluntário ◦ Prelúdio do conhecimento do corpo ◦ Precursor do conceito cognitivo DENTRO X FORA ◦ Prenúncio da percepção de si como um sujeito separado do outro ◦ A movimentação promove aprendizado, integração dos sentidos, expressividade e comunicação Evolução no primeiro trimestre Controle da cabeça (marco final deste período): interações sociais, seleção de estímulos, aumenta a perspectiva do olhar; Respostas sociais: sorriso e imitações intencionais; Não gosta de ficar sozinho, gosta que falem (prefere a fala com movimentação da cabeça do interlocutor) e brinquem com ele; Fixa o olho no olho da mãe e segue desde muito cedo nesse período. No final: trocas diferenciadas com pessoas diferentes. Emite sons e repete, modifica, brinca com eles. Gosta que o adulto imite estes sons, permitindo que ele guie essa brincadeira. De 4 a 6 meses A partir do quarto mês as queixas já aparecem mais em termos de atrasos nas aquisições posturais, motoras e do desenvolvimento de uma forma geral. Ainda vão aparecer os estados tônicos desfavoráveis descritos anteriormente, mas de forma mais fixada prejudicando o movimento global, com todas as consequências disso. De 4 a 6 meses A mão abre, agarra e solta os objetos. Resiste quando tentam tirar dele um brinquedo, busca tocar o rosto do interlocutor; Vence mais a gravidade, se afasta mais e mais do chão (empurrando com os braços); arrasta-se; descobre os pés; Pai ganha atenção destacada; sabe o que esperar da interação com os outros; Aumenta o repertório de balbucios; Sorri para o espelho e tenta agarrar a imagem; Final do período: sentado, primeiro com apoio depois sem. De 7 a 9 meses Permanece sentado; Engatinha e explora o ambiente; Novas expectativas espaciais. Vivencias de tempo e espaço integradas e ampliadas; Com 8 meses começa a estranhar; Início da noção de permanência do objeto; Ao final do período algumas crianças podem se levantar e andar. De 10 a 12 meses As grandes conquistas estão ligadas a linguagem e marcha; Envolve a questão da autonomia X necessidades fusionais afetivas primitivas De 0 a 1 ano Grandes transformações A ontogênese (desenvolvimento humano) “reproduz” a filogênese (evolução da espécie Em termos psíquicos vai acontecer a progressiva diferenciação eu/outro, vão se fundar as bases da imagem corporal e do esquema corporal. Segunda Infância (3 a 6 anos) Desenvolvimento físico: o crescimento é constante, o corpo fica mais delgado e as proporções mais semelhantes às de um adulto; o apetite diminui e os problemas do sono são comuns; a preferência pelo uso de uma das mãos aparece; as habilidades motoras finas e gerais e a força aumentam. Desenvolvimento cognitivo: O pensamento é egocêntrico, mas a compreensão do ponto de vista das pessoas aumenta gradativamente; a imaturidade cognitiva leva a algumas ideias ilógicas sobre o mundo; a memória e a linguagem se aperfeiçoam; a inteligência torna-se mais previsível. Desenvolvimento psicossocial: O autoconceito e a compreensão das emoções se tornam mais complexos; a autoestima é global; aumentam a independência, a iniciativa, o autocontrole e os cuidados consigo mesmo; desenvolve-se a identidade de gênero; o brincar torna-se mais imaginativo, mais complexo, mais social; altruísmo, agressão e tremores são comuns; a família ainda é o foco da vida social, mas as outras crianças tornam-se mais importantes. Terceira infância (6 a 11 anos) Desenvolvimento físico: o crescimento diminui; força e habilidades atléticas aumentam; doenças respiratórias são comuns, mas a saúde geralmente é melhor que em qualquer outro período do ciclo vital. Desenvolvimento Cognitivo: O egocentrismo diminui; as crianças começam a pensar com lógica, mas de maneira concreta; as habilidades de memória e linguagem aumentam. Desenvolvimento psicossocial: o autoconceito torna-se mais complexo, influenciando a autoestima; o desenvolvimento cognitivo permitem que as crianças se beneficiem com a educação escolar e evidenciam-se crianças com necessidades educacionais especiais. Adolescência (11 a 20 anos) Desenvolvimento físico: o crescimento físico e outras mudanças são rápidas e profundas; ocorre a maturidade reprodutiva; questões comportamentais como transtornos alimentares, abuso de drogas trazem grandes riscos à saúde; grande crise de identidade. Desenvolvimento cognitivo: desenvolve-se a capacidade de pensar em termos abstratos e utilizar o raciocínio científico; o pensamento imaturo persiste em algumas atitudes e em alguns comportamentos; a educação se concentra na preparação para a faculdade ou para a vida profissional. Desenvolvimento psicossocial: busca de identidade, incluindo a identidade sexual; relacionamento com os pais, em geral são bons; tendência grupal é fundamental para o autoconceito, mas também podem exercer influência antisocial. Jovem adulto (20 aos 40 anos) Desenvolvimento físico: A condição física atinge o seu auge, depois diminui ligeiramente; as escolhas e o estilo de vida influenciam na saúde. Desenvolvimento cognitivo: as capacidades cognitivas e os julgamentos morais assumem maior complexidade; escolhas educacionais e profissionais são feitas. Desenvolvimento psicossocial: os traços e estilos de personalidade tornam-se relativamente estáveis, mas as mudanças na personalidade podem ser influenciadas pelas etapas e eventos da vida; tomamse decisões sobre os relacionamentos íntimos e os estilos de vida pessoais; momento da construção da família. Meia –idade (40 aos 65 anos) Desenvolvimento físico: pode ocorrer alguma deterioração das capacidades sensoriais, da saúde, do vigor e da destreza; para as mulheres chega a menopausa. Desenvolvimento cognitivo: a maioria das capacidades mentais chega ao máximo; perícia e as capacidades de resolução de problemas práticos são acentuadas; o rendimento criativo pode diminuir, mas melhora em qualidade; para alguns o êxito financeiro e o sucesso na carreira chega ao máximo, para outros podem ocorrer esgotamento total ou mudança profissional. Desenvolvimento psicossocial: o senso de identidade continua se desenvolvendo; pode ocorrer uma transição de meia-idade estressante; a dupla responsabilidade de cuidar dos filhos e dos pais idosos pode causar estresse; a saída dos filhos provoca a “síndrome do ninho vazio”. Terceira idade (65 anos em diante) Desenvolvimento físico: a maioria das pessoas é saudável e ativa, embora a saúde e as capacidades físicas diminuam um pouco; o tempo de reação é mais lento e afeta alguns aspectos do funcionamento. Desenvolvimento cognitivo: A maioria das pessoas é mentalmente alerta; embora a inteligência e a memória possa se deteriorar em algumas áreas, a maioria das pessoas encontra uma forma de compensação. Desenvolvimento psicossocial: A aposentadoria pode oferecer novas opções para a utilização do tempo; as pessoas precisam enfrentar as perdas pessoais e a morte iminente; os relacionamentos com a família e com os amigos pode oferecer apoio importante; a busca de um significado na vida assume importância central.
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