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ROTEIRO AULA PRATICA ANALISE DA MARCHA

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Avaliação Cinético Funcional 
Avaliação da Marcha 
 
 1. Conceito 
A marcha é um conjunto de movimentos rítmicos e alternados do tronco e extremidades 
visando à locomoção do corpo ou o deslocamento do seu centro de gravidade para 
frente (SIZÍNIO, 1998; GROSS, FETTO E ROSEN, 2000; FRITZ ET AL, 2002). 
 Shumway-Cook & Woollacott (2003) consideram que a marcha é um 
movimento extraordinariamente complexo. Envolve todo o corpo e requer a 
coordenação de diversos músculos e articulações, bem como de informações sensoriais 
que ajudam no controle a adaptação do andar. 
2.Requisitos essenciais para a marcha: 
I. Integridade musculoesquelética - Inclui ossos, articulações, músculos. 
II. Controle neurológico - recepção e integração de mensagens – localização do 
corpo no espaço, quando e para onde mover (visuais, vestibulares, auditivas, 
sensitivas, motoras). 
III. Equilíbrio - capacidade de assumir e manter ortostatismo. 
IV. Locomoção - capacidade de iniciar e manter marcha rítmica. 
 
3. O Ciclo da Marcha 
 A seqüência simples do apoio e avanço de um único membro é denominada 
ciclo de marcha. O ciclo então é o período compreendido entre o primeiro contato do pé 
com o solo até o próximo contato deste mesmo pé com o solo. 
 O ciclo de marcha é dividido em duas fases: apoio - pé encontra-se em contato 
com o solo e balanço - pé é elevado do solo para o avanço do membro. 
A fase de apoio é subdividida em três períodos: 
 Duplo apoio inicial (primeiro duplo apoio) - início da fase de apoio com 
os dois pés no solo. Nesta fase ocorre o toque do pé no solo até o 
desprendimento do pé oposto. Corresponde de 0% do ciclo da marcha. 
 Apoio simples - um único membro deve suportar todo o peso corporal 
que avança sobre o pé que está apoioado no solo (Rose e Gamble 1998). 
 Duplo apoio final (segundo duplo apoio) - toque do pé oposto no solo até 
o final da fase de apoio. Corresponde a 100% da fase de apoio. 
 As durações das fases e períodos do ciclo de marcha variam de acordo com a 
velocidade. Na velocidade 130 centímetros por segundo, (padrão de normalidade em 
uma marcha madura), a fase de apoio compreende 62% do ciclo e a fase de balanço 
38% do ciclo. Considera-se que dentro da fase de apoio cada período de duplo apoio 
compreende 12% e o apoio simples é de 38%. Quanto maior a velocidade da marcha, 
menor são os períodos de duplo apoio e maior o período de apoio simples. Quando os 
períodos de duplo apoio desaparecem e são substituídos por breves períodos em que 
ambos os pés estão fora do solo, períodos de duplo balanço, a marcha passa a ser 
corrida. (Perry, 1992; Rose e Gamble 1998). 
 No primeiro duplo apoio ocorrem dois eventos importantes. O exato momento 
em que o pé toca o solo é chamado de contato inicial (0 a 2% do ciclo). O contato inicial 
é prontamente seguido pelo que denominamos de resposta à carga que se prolonga até o 
desprendimento do pé oposto do solo (0 a 10% do ciclo). 
 Estes dois eventos têm como objetivo: absorção do choque e estabilidade para a 
recepção do peso corporal, pois a transferência de carga de um membro inferior para o 
outro, ocorre de forma muito rápida e cerca de 95% do peso corporal é transferido para 
o membro que inicia a fase de apoio em dois centésimos de segundo (Perry, 1992; Rose 
e Gamble 1998). 
 O objetivo do primeiro período da fase de apoio é a aceitação da carga e do 
segundo período é garantir continuidade do deslocamento anterior do corpo sobre o pé 
apoiado. O médio apoio (10 a 30% do ciclo) tem início com a saída do pé contralateral 
do solo e continua até que o peso corporal esteja exatamente sobre a região anterior do 
pé apoiado. O apoio terminal (30 a 50% do ciclo) tem início com a elevação do 
calcanhar do pé apoiado e se estende até o contato inicial do pé oposto (Perry, 1992; 
Rose e Gamble 1998). 
 No segundo duplo apoio ocorre o evento pré-balanço (50 a 60% do ciclo), que se 
inicia com o contato inicial do pé oposto e se estende até o desprendimento do pé 
apoiado. Neste período, ocorre a diminuição brusca da carga do membro apoiado e sua 
preparação para a fase de balanço (Perry, 1992; Rose e Gamble 1998). 
A fase de balanço é dividida três eventos: 
 Balanço inicial (60 a 73% do ciclo) tem inicio quando o pé é desprendido 
do solo e se prolonga até quando o pé em balanço se encontra em oposição ao pé 
em apoio. 
 Balanço médio (73 a 87% do ciclo) inicia com o pé em balanço 
exatamente oposto ao pé em apoio e termina com o membro inferior em balanço 
à frente do membro inferior em apoio com tíbia verticalizada em relação ao solo. 
Observação: o balanço inicial e médio objetivam o avanço do membro inferior e 
a liberação do pé do solo (Perry, 1992; Rose e Gamble 1998). 
 Balanço terminal (87 a 100% do ciclo) tem inicio com a tíbia 
verticalizada em relação ao solo e continua até o novo contato inicial. 
Neste momento, o avanço do membro é completado, com o movimento anterior da 
perna em relação à coxa para a conclusão da progressão do membro e preparação para 
se iniciar um novo ciclo de marcha (Perry, 1992; Rose e Gamble 1998). A descrição da 
marcha, sempre se refere aos acontecimentos que ocorrem dentro destes períodos 
específicos de um único ciclo, supondo-se que os ciclos sucessivos são todos 
semelhantes. 
 
 
 
 
Roteiro de Prática de Avaliação da Marcha 
 Amplitude de Movimento 
 Força muscular 
 Controle motor 
 Antropometria (medida de peso e altura) / Alinhamentos 
1. Antropometria (medida de peso e altura / IMC). 
 
2. Avaliação do comprimento do passo, passada e largura do passo 
 
 
 
 
 Caminhar em formulários contínuos de papel branco de 10 metros de 
comprimento por 70 centímetros de largura, estendidos sobre a passadeira, em 
velocidade auto-selecionada e habitual, em uma única tomada. Todos os indivíduos 
devem caminhar previamente sobre a passadeira para se familiarizar com o teste e com 
o calçado. 
 A sola do calçado será marcada com tinta azul e deve ser solicitado que 
caminhem com os passos habituais, deixando pegadas na passadeira. 
 
 O participante deve iniciar a partir da posição sentada, passar os dois pés em 
uma caixa de plástico com tinta azul, e ao sinal “pode ir”, com a ajuda do avaliador, 
iniciar a caminhada. 
 
 Deve-se excluir um metro para as fases de aceleração e desaceleração fora da 
passadeira. A seguir, medir o ponto médio dos calcanhares (situado a 3 centímetros da 
borda do calcanhar) e traçado, com uma régua de 60 centímetros, um esquadro e uma 
trena de 3 metros, o comprimento de cada passo e de cada passada e a largura dos 
passos. Descontar os três primeiros e os três últimos passos do percurso de 10 metros e 
utilizar os passos e passadas centrais para serem medidos. 
 
3. Medições Temporais 
 Velocidade 
 Cadência 
 Simetria 
 Avaliação do tempo e da velocidade da marcha 
 
Solicitar aos indivíduos que caminhem com passos habituais na velocidade auto-
selecionada sobre uma passadeira de carpete de 10 metros de comprimento por 
60 centímetros de largura. 
 Solicitar a cada indivíduo que caminhe no seu passo habitual e 
confortável. Após um período de adaptação (duas voltas), medir o tempo gasto 
em segundos para percorrer, em passos habituais, as distâncias pré determinadas 
de 4 e 10 metros. Excluir um metro para as fases de aceleração e de 
desaceleração, fora da passadeira. 
 Para o início do teste, dar o sinal “pode ir”, e iniciar o cronômetro após a 
aceleração. Realizar três medidas. 
 Para o cálculo da velocidade de caminhada em m/s, considerar a 
distância total do percurso fixo, em 4 metros e 10 metros, divididos pelo tempo 
gasto para vencer a distância. 
 
A cadência, que é o número de passos por minuto, será calculada por meiode uma 
regra de três. Contar o número de passos marcados nos formulários contínuos e dividir-
se pelo tempo gasto para percorrer 10 metros e no final multiplicar por 60 segundos (um 
minuto). 
 
 
 
 TESTES DE MARCHA 
 
TIMED UP & GO (TUG TEST): Velocidade, agilidade e equilíbrio dinâmico 
 O TUG test vem ganhando espaço na literatura científica mundial por sua fácil 
reprodução e também por avaliar componentes importantes dentro do contexto de 
funcionalidade humana. Subutilizado ainda na prática clínica, permite não apenas 
avaliar o risco de queda de um paciente, mas sim a capacidade de transferência, 
interelacionando com o equilíbrio dinâmico. 
Consiste em levantar-se de uma cadeira, sem ajuda dos braços, andar a uma 
distância de três metros, darem a volta e retornar. No início do teste, o paciente deve 
estar com o dorso apoiado no encosto da cadeira e, ao final, deve encostar novamente. O 
paciente deve receber a instrução “vá” para realizar o teste e o tempo será cronometrado 
com a partir da voz de comando até o momento em que ele apóie novamente o dorso no 
encosto da cadeira. O teste deve ser realizado uma vez para familiarização e uma 
segunda vez para tomada do tempo. 
a) Menos de 20 segundos para realização, correspondendo a baixo risco para quedas 
b) de 20 a 29 segundos, a médio risco para quedas. 
c) 30 segundos ou mais, a alto risco para quedas. Alguns estudos apontam que pacientes 
com tomadas de tempo superior a 14 segundos apresentam alto risco de sofrer quedas. 
Neste teste, o paciente pode utilizar dispositivos auxiliares de marcha (muleta, bengala) 
se necessário. 
 
VELOCIDADE DA MARCHA 
A velocidade da marcha é um indicador com boa sensibilidade, ou seja: é capaz 
de detectar mudanças do estado funcional do indivíduo. É um teste extremamente 
simples. Para realizá-lo você vai precisar de um cronômetro e de um corredor de pelo 
menos 20 metros de comprimento. Esta distância pode ser menor. 
O primeiro passo é marcar no solo os primeiros e os últimos 5 metros. Solicite 
ao paciente a caminhar em velocidade confortável os 20 metros do percurso, mas só 
acione o cronômetro quando o paciente passar pela marca dos primeiros 5 metros (desta 
forma você evita de registrar a fase de aceleração da marcha) e interrompe a 
cronometragem quando o paciente passar pela marca dos últimos 5 metros (assim você 
evita de registrar a desaceleração). 
Desta forma, você só registra a velocidade do paciente nos 10 metros onde a 
velocidade dele permanece constante. Para o registro, faça três medidas de velocidade e 
tire a média dessas. Outra sugestão é as três medidas e descartar a melhor e a pior. 
 
TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS (TC6M) 
 O TC6M é um indicador do estado funcional geral, e por este motivo tem sido 
cada vez mais preconizado na avaliação de resultados de reabilitação cardiopulmonar e 
neurológica. Necessita de um cronômetro e de um corredor plano e livre de obstáculos 
com pelo menos 30 metros de comprimento (algumas pessoas utilizam um saguão 
quadrado com pelo menos 15 metros em cada lado). Uma observação: Pessoas 
transitando pelo corredor são consideradas obstáculos! 
 Faça marcações no solo ou na parede a cada metro do percurso. O paciente deve 
ser instruído a percorrer a maior distância possível em seis minutos caminhando de um 
extremo ao outro do corredor. O paciente pode utilizar dispositivos auxiliares da marcha 
tais como bengala ou muleta. Em caso de sentir-se cansado, pode interromper a 
caminhada para descansar e reiniciá-la quando julgar oportuno, porém o cronômetro 
deve continuar acionado até o término do período de seis minutos. Durante todo o teste, 
o avaliador deve seguir o paciente a alguns passos de distância, e utilizar frases de 
incentivo como “continue assim, você está fazendo um bom trabalho”, “mantenha este 
ritmo, está muito bom”. (Se você ficar na frente ou ao lado, você pode sem querer ditar 
o ritmo da marcha do paciente). 
Referências: 
STEELE B. Timed Walking Tests of Exercise Capacity in Chronic Cardiopulmonary llness. J Cardiopulmonary 
Rehabil 1996; 16: 25-33. 
MOSSBERG KA. Reliability of a timed walk test in persons with acquired brain injury. Am J Phys Med Rehabil 
2003; 82: 385-390. 
CUNHA IT, LIM PAC, HENSON H. Performance based tests for acute stroke patients. Am J of Phys Med & Rehabil 
2002; 81 (11): 848-856. 
CUNHA IT, LIM PAC, HENSON H. Performance based tests for acute stroke patients. Am J of Phys Med & Rehabil 
2002; 81 (11): 848-856. 
OLNEY AS, RICHARDS C. Hemiparetic gait following stroke. Part II: Recovery and physical therapy Gait & 
Posture 1996; 4: 149-162.

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