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PSICOLOGIA ESCOLAR
ABORDAR:
O que é essa área e o que é desenvolvido?
Possibilidades de atuação?
Mercado de trabalho?
Remuneração?
Cursos de Pós graduação?
Desenvolvimento:
	Antes de prosseguirmos a respeito do tema, primeiramente precisamos entender o que é a psicologia Escolar e quando mais ou menos ela surgiu. 
	Com base nas palavras de Martinez (2006), a psicologia escolar é a expressão da psicologia no domínio educacional, através da aplicação dos conhecimentos psicológicos no processo educativo a qual dar oportunidade a produção científica. Em suas próprias palavras: “consideramos a psicologia escolar como um campo de atuação profissional do psicólogo (e eventualmente de produção científica) caracterizado pela utilização da psicologia no contexto escolar, com o objetivo de contribuir para otimizar o processo educativo” (Martinez, 2006, pág.107). 
	Binet através de sua passagem pelo laboratório de pedagogia experimental deu um passo decisivo na constituição do primeiro método em psicologia escolar, a psicometria. Desenvolveu, na França em 1905, instrumentos psicométricos capazes de avaliar a inteligência infantil. Tinha como objetivo possibilitar a seleção, adaptação, orientação e classificação de crianças que necessitassem de educação escolar, fazendo uma separação daquelas que careciam de uma educação especial.
	Quanto à área de atuação do psicólogo escolar (LIMA, 2005 apud RAGONESI, 1997) diz que “o melhor lugar para o psicólogo é o lugar possível, seja dentro ou fora de uma instituição”. O objetivo é que o profissional se insira na educação e assuma um compromisso teórico e prático com questões da escola, que deve ser seu núcleo de atenção.
	A partir da década de 90, a Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP) vem elaborando um intenso debate a respeito da atuação da Psicologia Escolar através do Grupo de Trabalho (GT), são eles: pesquisa, formação e prática, que investiga e produz reflexões teóricas e interventivas acerca da psicologia escolar, dada por uma inconformidade com as práticas psicológicas discriminatórias e individualizantes no contexto escolar até então. No século XX, constatou-se a necessidade de dar um novo significado as suas práticas. Dentre os temas, pleitearam acerca da adoção de um comportamento crítico e comprometido com o desenvolvimento social e com a inclusão por parte do psicólogo escolar formação e a atuação do psicólogo escolar na sociedade atual.
	A partir do ano 2000, notou-se um avanço dos debates teóricos acerca da operação desse profissional no ambiente escolar. Dentre os temas contemplados: sua atuação dentro da instituição, a participação na formação de professores e na criação do projeto político pedagógico da escola. Tais trabalhos buscaram uma articulação maior da psicologia com o contexto da escola, demarcando novos focos de intervenção na área.
	Alguns autores têm defendido ideias daquilo que acreditam ser necessária a aplicação do Psicólogo nesse contexto, a exemplo (Campos, 2005), afirma a necessidade de criação de espaços para a atuação do psicólogo escolar nos sistemas de ensino público junto a outros profissionais que se engajem no combate à violência dentro das escolas. Outros discutem o papel da psicologia na inclusão e o cumprimento dos direitos humanos dentro desse espaço, questionando de que forma a atuação psicológica poderia contribuir com a investigação de circunstâncias de sofrimento e segregação de pessoas portadoras de necessidade especiais.
	Novas opções de atuação começam a surgir e o papel do Psicólogo Escolar é compreendido de forma bastante independente do papel do Psicólogo Clínico. Este que realiza um trabalho predominantemente clínico e individualizado, aquele se relaciona mais a questões de prevenção e de desenvolvimento do coletivo.
	Um fato que podemos destacar é que, com a regulamentação da profissão, a esfera da educação que outrora, considerada base principal para o desenvolvimento da psicologia no Brasil, fica em segundo plano para os profissionais da área. Isso pode ser observado não apenas no contexto curricular, mas, especialmente, porque alunos e profissionais tem se inclinado para os ramos da clínica e da organização do trabalho. Esse é também um dos fatores explicativos para a adoção de uma modalidade clínico-terapêutica na ação da psicologia escolar.
REFERÊNCIAS:
BARBOSA, Deborah.“Contribuiçõs para a construção da Historiografia da Psicologia Educaional e Escolar no Brasil”. 2012. Disponível em: http://www.redalyc.org/html/2820/282024795023/. Acesso em: 22/04/2018.
BARBOSA, Rejane Maria; ARAÚJO, Maria. “Psicologia escolar no Brasil: considerações e reflexões históricas”. 2010. Disponível em: http://www.redalyc.org/pdf/3953/395335744011.pdf. Acesso em: 22/04/2018.
LIMA, Aline. “Breve histórico da Psicologia Escolar no Brasil”.2005. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/index.php/psicologiaargumento/article/view/19637/18979. Acesso em:22/04/2018.
MARTINEZ, Albertina. “O psicólogo na construção da proposta pedagógica da escola: áreas de atuação e desafios para sua formação” (pp.107). 1ª Edição. Campinas, SP. Em S. F. C. Almeida (Org.).2003.

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