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Portos Planejados Planejamento O planejamento da atividade portuária segue condicionantes de escassez de recursos financeiros e naturais e da demanda por alta tecnologia . O Dimensionamento da presença do estado na atividade portuária, com as atribuições indelegáveis e com alocação de recursos para a sustentação de infraestrutura básica, requer uma atenção especial dos formuladores e executores de politicas portuárias, que não devem esquecer dos agentes reguladores nos diversos campos relacionados a atividade portuárias bem como os parceiros privados, exploradores dos serviços no porto organizado. O Novo Modelo de Desenvolvimento. Com a lei de número 8.630, de 28 de Fevereiro de 1993, definiu-se um novo modelo de desenvolvimento para a atividade portuária, concebido e regrado por ela, a partir do qual as politicas portuárias estão sendo desenhadas. Esse modelo baseou-se em uma gestão de duas linhas operacionais básicas, legalmente constituído que contemplavam: • A participação do setor privado na prestação dos serviços portuários nos portos organizados. • A flexibilização da movimentação de cargas nos Terminais de Usos Privados com a adoção do modelo misto de cargas. • Novos agentes de gestão da atividade nos portos organizados como o Conselho de Autoridade Portuária - CAP e o Órgão Gestor de Mão de Obra – Ogmo. Os principais portos neste modelo são: Rio de Janeiro, Santos, Recife e Salvador. Portos Planejados. Porto de Santos. Porto do Rio de Janeiro. Porto de Salvador. Porto de Recife . Objetivos Específicos dos Portos Planejados. • Dotar as regiões das condições necessárias - infraestrutura, crédito, tecnologia etc. - ao aproveitamento de oportunidades econômico-produtivas promissoras para seu desenvolvimento; • Promover a inserção social produtiva da população, a capacitação dos recursos humanos e a melhoria da qualidade da vida em todas as regiões; • Fortalecer as organizações sócio-produtivas regionais, com a ampliação da participação social e estímulo a práticas políticas de construção de planos e programas sub-regionais de desenvolvimento; e • Estimular a exploração das potencialidades sub-regionais que advêm da magnífica diversidade socioeconômica, ambiental e cultural do país. A Politica Portuária. O sistema portuário brasileiro é um dos principais elementos da estrutura logística no Brasil, contribuindo para a expansão econômica do país, sendo responsável no comércio internacional de mercadorias, por mais de 90% das exportações brasileiras. Observando este contexto, desenvolveu-se um estudo como objetivo de apresentar a regulamentação do setor portuário, representada por políticas públicas em âmbito federal, englobando duas décadas entre a abertura comercial (pós 1993) e a atual regulamentação, planos, programas, incentivos e parcerias (pós 2013). Metodologicamente, optou-se por uma pesquisa com finalidade descritiva, com meios de investigação bibliográficos e documentais. Com uma abordagem qualitativa, os dados foram coletados em documentos da SEP/PR, MDIC e o Portal da Legislação da Presidência da República. Os resultados apontam para um novo marco na regulamentação do setor portuário brasileiro, com novas delimitações para a SEP, ANTAQ e Autoridade Portuária, bem como novas diretrizes para a parceria público/privada. Resultante do processo de regulamentação portuária, atualmente se destacam, em âmbito federal, cinco planos, onze programas, sete incentivos fiscais e nove modalidades de parcerias nacionais e internacionais para o desenvolvimento portuário no Brasil. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI N. 12.815, DE 05 DE JUNHO DE 2013. Dispõe sobre a exploração direta e indireta pela União de portos e instalações portuárias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores portuários; altera as Leis nos 5.025, de 10 de junho de 1966, 10.233, de 5 de junho de 2001, 10.683, de 28 de maio de 2003, 9.719, de 27 de novembro de 1998, e 8.213, de 24 de julho de 1991; revoga as Leis nos 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, e 11.610, de 12 de dezembro de 2007, e dispositivos das Leis nos 11.314, de 3 de julho de 2006, e 11.518, de 5 de setembro de 2007; e dá outras providências. A Nova Lei dos Portos. O que é: A medida provisória 595/2012, conhecida como MP dos Portos, e sancionada pela presidente Dilma Rousseff como Lei 12.815/2013, pretende modernizar os portos brasileiros. Ela estabelece novos critérios para a exploração e arrendamento (por meio de contratos de cessão para uso) para a iniciativa privada de terminais de movimentação de carga em portos públicos. Além disso, as nova regras facilitam a instalação de novos terminais portuários privados. Objetivo: A intenção do governo, que encaminhou o texto ao Congresso Nacional em dezembro do ano passado, é ampliar os investimentos privados e modernizar os terminais, a fim de baixar os custos de logística e melhorar as condições de competitividade da economia brasileira. O que muda: Pela Lei dos Portos de 1993, ganha a licitação a empresa que pagar maior valor pela outorga (concessão do serviço portuário). Com a MP, passa a valer o critério de maior eficiência com menor tarifa --maior movimentação possível de carga pelo menor preço por tonelada. Contratos novos: Deputados e senadores incluíram uma emenda estendendo os contratos novos de concessão para até 50 anos na prática (25 anos com prorrogação automática para mais 25). Essa emenda foi vetada por Dilma. O governo quer que a prorrogação ocorra a seu critério, ou seja, apenas se considerar a decisão adequada, de acordo com o desempenho do concessionário. Contratos antigos: No texto encaminhado pelo governo, os contratos em vigor – muitos vencidos e que se mantêm válidos graças a decisões judiciais – só devem ser prorrogados se ainda existir essa possibilidade contratualmente. Uma emenda aprovada pela comissão especial – também vetada pela presidente – tornava obrigatória a renovação de todos os contratos, o que garantiria a vigência de vários arrendamentos anteriores a 1993 por um novo período igual ao do contrato. Lei dos Portos nº 12.815/2013. Contratos antigos posteriores a 1993: Na votação da MP na Câmara, foi aprovada uma emenda que permite a renovação de contratos de arrendamento em portos públicos firmados após fevereiro de 1993 por uma única vez e pelo prazo máximo previsto no contrato, desde que o operador privado faça os investimentos na expansão e modernização. O texto também possibilita a antecipação da prorrogação, o que beneficia arrendatários que estejam perto de terminar o contrato, já que investimentos costumam diminuir quando não há a certeza de renovação. Também foi vetado. Portos - privados: Os terminais de uso privado (TUP), localizados fora do porto organizado, deixam de ter a obrigatoriedade de movimentar somente carga própria. Cabe ao dono do terminal escolher se quer trabalhar apenas com carga de terceiros ou com carga de terceiros mais carga própria. Essa modalidade de porto, baseada no investimento da iniciativa privada, precisa de autorização mediante chamada pública, um tipo de processo seletivo que dispensa licitação. Porto - indústria: A proposta aprovada por parlamentares – e vetada pela presidente – incluiu os chamados terminais industriais, também de origem privada. A diferença em relação aos TUPs é que esses terminais só podem movimentar carga própria e precisam apenas de uma autorização do governo, sem a necessidade de passar por seleção. Portos estaduais: Pela antiga legislação, os portos administrados por Estados têm autonomia para elaborar licitação e definir tarifas. A MP deixava essa competência a cargo da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) e da Secretaria Especial de Portos, vinculada à Presidência da República. O texto aprovado pela comissão definiu que esses dois órgãos podem delegarpoderes para o Estado. Trabalhadores portuários: A MP não classificava como trabalhadores dos portos os guardas portuários, responsáveis pela segurança das áreas portuárias. O texto previa a terceirização do setor. Após paralisações de portuários, ameaças de greve e várias rodadas de negociação com governo e parlamentares, a categoria acabou incluída. O trabalho de portuários também ficou reconhecido no texto como uma categoria “diferenciada” – outro pleito dos empregados. Com isso, fica determinado que os acordos coletivos precisam ser feitos pelos sindicatos, o que fortalece essas entidades. Sistema Portuário Brasileiro. O País passa por um momento indispensável e de extrema importância: reorganizar sua casa. A economia brasileira está uma bagunça e a confiança dos investidores cada vez mais balançada. Pensando no setor de comércio exterior, a infraestrutura é tema recorrente quando o assunto é desenvolvimento. Nesse sentido os terminais portuários privados exercem papel de grande importância graças ao seu desempenho. A previsão é que investimentos da ordem de R$ 20 bilhões sejam realizados até o final desta década, com a entrada em operação de pelo menos 50 novos empreendimentos, contando com a ampliação dos já existentes. Desde a nova Lei dos Portos (nº 12.815/2013), foram autorizados 57 empreendimentos portuários de uso privado, mas muita coisa mudou. Hoje, o sistema portuário conta com 183 instalações privadas, com investimentos projetados de R$ 13,4 bilhões. Com 62 pedidos a serem autorizados – sobretudo terminais de trasbordo de cargas – que somam R$ 7,3 bilhões em investimentos, o diretor-geral da ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquáviários. Tabela de Movimentação Geral de Cargas nos Portos. • Navegação de cabotagem: é aquela realizada entre os portos ou pontos do território brasileiro, utilizando a via marítima ou estas e as vias navegáveis interiores; • Navegação de longo curso: navegação realizada entre portos brasileiros e estrangeiros; • Navegação de apoio marítimo: é a realizada para o apoio logístico a embarcações e instalações em águas territoriais nacionais e na Zona Econômica, que atuem nas atividades de pesquisa e lavra de minerais e hidrocarbonetos. • Navegação de apoio portuário: realizada exclusivamente nos portos e terminais aquaviários, para atendimento a embarcações e instalações portuárias. Tabela de Movimentação Geral de Cargas nos Portos.
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