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SEGUNDA LEI DE MENDEL, ALELOS MÚLTIPLOS E GRUPO SANGUÍNEO

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Lista 1 - Ciências Biológicas 2
Segunda Lei de Mendel, alelos múltiplos 
e grupo sanguíneo
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LISTA 1 - BIO 2
SEGUNDA LEI DE MENDEL, ALELOS MÚLTIPLOS E GRUPO SANGUÍNEO
Segunda Lei de 
Mendel, alelos 
múltiplos e grupo 
sanguíneo
Mendel e a herança de dois 
caracteres
Na Primeira Lei de Mendel, têm-se casos de 
monoibridismos, ou seja, variações de um caráter 
determinadas por um par de alelos. No caso da 
ervilha, esse caráter pode ser a cor da semente 
(verde ou amarela), a sua forma (lisa ou rugosa), 
entre outras.
Como fazer para analisar a herança genética de 
dois caracteres ao mesmo tempo?
Vamos usar as características cor e forma da 
semente.
Os alelos que determinam a forma da semente de 
ervilha estão situados em um par de cromossomos 
homólogos, e os alelos que determinam a cor 
das sementes localizam-se em um outro par de 
cromossomos homólogos.
Consideremos inicialmente uma planta de ervilha 
que produza sementes lisas e amarelas, sendo 
homozigótica para esses dois caracteres. Você sabe 
que o genótipo dessa planta é RR para forma lisa e 
VV para cor amarela da semente. Considerando os 
dois caracteres, o genótipo é, portanto, RRVV.
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Lista 1 - Bio 2 - Segunda Lei de Mendel, alelos múltiplos e grupo sanguíneo
Consideremos agora o cruzamento dessa planta com uma que 
produza sementes rugosas e verdes. Como você sabe, essa planta 
é homozigótica para esses dois caracteres, pois rugoso e verde são 
condicionados por alelos recessivos e os indivíduos com caracteres 
recessivos são sempre puros para aquele caráter. O genótipo dessa 
planta é, portanto, rrvv.
Sendo assim, o cruzamento será entre uma planta RRVV e uma planta 
rrvv. Como serão os gametas produzidos por essas plantas?
Pela polinização e consequente fecundação, todos os indivíduos da 
geração F1 serão heterozigóticos (RrVv). Veja:
Todos os descendentes, pertencentes à geração F1, são híbridos para 
os dois caracteres em estudo. Sendo assim, você pode dizer que eles 
são di-híbridos.
Veja a representação de um cruzamento entre di-híbridos, como as 
plantas da geração F1:
Os gametas são haploides e, assim, cada gameta possui apenas um 
alelo de cada gene, ou seja, um alelo que condiciona a forma e um 
que condiciona a cor da semente.
Se o gameta receber o cromossomo que contém o alelo R, tanto 
pode receber o que contém o alelo V, como o que contém o alelo v. O 
mesmo ocorrerá se receber o cromossomo que contém o alelo r.
Geração P (parental) RRVV Rrvv
Tipos de gametas produzidos RV Rv
Gametas RV
Rv RrVv
Geração F1: RrVv x RrVv
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Lista 1 - Bio 2 - Segunda Lei de Mendel, alelos múltiplos e grupo sanguíneo
Figura 1: Cruzamento 
entre di-híbridos
Fonte: Linhares e 
Gewandsznajder (2013). 
Os gametas são haploides e, 
assim, cada gameta possui 
apenas um alelo de cada gene, 
ou seja, um alelo que condiciona 
a forma e um que condiciona a 
cor da semente.
Se o gameta receber o 
cromossomo que contém o 
alelo R, tanto pode receber o 
que contém o alelo V, como o 
que contém o alelo v. O mesmo 
ocorrerá se receber o cromossomo 
que contém o alelo r.
Sendo assim, podem ocorrer 
quatro combinações gênicas 
nos gametas formados nos 
indivíduos di-híbridos. Essas 
quatro combinações (RV, Rv, rV 
e rv) têm igual probabilidade de 
ocorrer.
Como qualquer gameta 
masculino pode se encontrar 
com qualquer gameta feminino, 
no cruzamento entre di-híbridos 
podem ocorrer as possibilidades 
mostradas a seguir:
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Lista 1 - Bio 2 - Segunda Lei de Mendel, alelos múltiplos e grupo sanguíneo
Observa-se que num total de 16 possibilidades para o cruzamento, 
podem se formar nove genótipos diferentes.
Como observado, o genótipo mais frequente é do di-híbrido (RrVv), 
que aparece quatro vezes. Os genótipos mais raros, que aparecem 
apenas uma vez, são aqueles que apresentam genótipos puros: RRVV, 
RRvv, rrVV e rrvv.
Os nove genótipos possíveis dão origem a apenas quatro fenótipos:
Genótipo Número de vezes
RRVV 1
RRVv 2
RrVV 2
RrVv 4
RRvv 1
Rrvv 2
rrVV 1
rrVv 2
Rrvv 1
Semente lisa e amarela: condicionada pelos 
genótipos RRVV, RRVv, RrVV e RrVv.
Semente lisa e verde: condicionada pelos 
genótipos RRvv e Rrvv.
Semente rugosa e amarela: condicionada pelos 
genótipos rrVV e rrVv.
Semente rugosa e verde: condicionada pelo 
genótipo rrvv.
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A formação de nove genótipos diferentes é possível porque os 
alelos que condicionam o caráter forma da semente e os alelos que 
condicionam o caráter da semente estão situados em diferentes 
pares de cromossomos homólogos. 
Se os alelos para os dois caracteres estivessem no mesmo 
cromossomo, eles não se separariam independentemente e as 
possibilidades de genótipos formados seriam bem menores.
Na verdade, a separação ou disjunção é dos cromossomos e não dos 
genes. 
Como encontrar todos os genótipos e os fenótipos em um 
cruzamento?
• Primeiro, encontram-se os gametas que cada indivíduo produz. 
Por exemplo, a ervilha VvRr produz quatro gametas que podem 
ser achados por análise combinatória, como exemplificado 
abaixo:
• Depois, esquematiza-se um quadrado de Punnett, colocando 
os gametas na ordem indicada como na figura; analisando as 
diagonais do quadrado, fica mais fácil achar os indivíduos que 
aparecem repetidos e formar a proposição de genótipos.
Fonte: Linhares e 
Gewandsznajder (2013).
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Lista 1 - Bio 2 - Segunda Lei de Mendel, alelos múltiplos e grupo sanguíneo
Figura 2: Quadrado de 
Punnett
Fonte: Linhares e 
Gewandsznajder (2013). 
A proporção genotípica do cruzamento de dois di-híbridos é 
1:2:1:2:4:2:1:2:1. Nela, o número 4 indica a quantidade de di-híbridos 
(VvRr); o 2 indica os monoíbridos; e o 1, os homozigotos.
Depois de achar os genótipos, faz-se a correspondência com os 
fenótipos. No caso do cruzamento entre dois di-híbridos, 9/16 
indivíduos apresentam os fenótipos dominantes para ambas as 
características (V_R_), que correspondem, nesse caso, às ervilhas 
amarelas e lisas; 3/16 indivíduos apresentam fenótipo dominante 
para a primeira característica e recessivo para a segunda (V_rr) e 
correspondem às ervilhas amarelas e rugosas; 3/16 apresentam 
fenótipo dominante para a segunda característica e recessivo para 
a primeira (vvR_) e correspondem às ervilhas verdes e lisas; 1/16 
apresenta fenótipo recessivo para ambas as características (vvrr) e 
corresponde às ervilhas verdes e rugosas.
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O enunciado da Segunda Lei de Mendel:
“Na formação dos gametas, os alelos existentes em um par de 
cromossomos homólogos separam-se independentemente de 
qualquer outro par de alelos existente em outro par de homólogos” 
(LINHARES e GEWANDSZNAJDER, 2013).
Figura 3: Segunda Lei de 
Mendel.
Fonte: Disponível em: 
<https://thinkbio.
wordpress.com/
tag/a-segunda-lei-de-
mendel/>. Acesso em: 04 
jul. 2015.
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Lista 1 - Bio 2 - Segunda Lei de Mendel, alelos múltiplos e grupo sanguíneo
Saiba mais em:
Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=dvv7bvGLA_k>. Acesso em: 04 jul. 2015.
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=PFcZEW2-a44>. Acesso em: 04 jul. 2015.
Alelos Múltiplos e Grupo Sanguíneo
Até então, consideramos casos em que apenas um par de alelos 
é responsável pela determinação de uma característica, estando 
um alelo localizado em um cromossomo e o outro no cromossomo 
homólogo. Assim, para cada locus gênico existem apenas dois 
alelos possíveis. Como os cromossomos homólogos formam pares, 
se chamarmos esses alelos de G e G1, podem, então, ocorrer três 
combinações: G – G; G – G1; G1 – G1.
Mas será que sempre existem apenas dois alelos para cadalocus?
Não. Podem existir mais do que dois, dependendo do caráter 
considerado. Imaginemos que existam três alelos, para o mesmo 
locus de um par de cromossomos homólogos: alelos G, G1 e G2.
Os três alelos não podem ocorrer em uma mesma célula diploide 
ao mesmo tempo, pois os cromossomos reúnem-se em pares de 
homólogos. Assim, em um mesmo par só podem existir dois alelos 
para cada locus, sendo um em cada cromossomo homólogo.
O termo polialelia ou alelos múltiplos é aplicado sempre que 
ocorrem mais de dois alelos para um mesmo locus, lembrando que 
eles somente podem ocorrer dois a dois, ou seja, aos pares.
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Herança da cor da pelagem em coelhos
Coelhos podem apresentar quatro fenótipos, quanto à cor dos pelos: 
aguti ou selvagem, chinchila, himalaia e albino.
A cor da pelagem dos coelhos é um exemplo clássico de polialelia. Ela 
é influenciada por quatro alelos. O alelo C (ou c+) condiciona pelagem 
selvagem, padrão de pelagem também conhecido como aguti. O alelo 
C sofreu mutações e produziu mais três alelos.
• O alelo cch para chinchila.
• O alelo ch para himalaia.
• O alelo c (ca) para albino.
Para compreender a relação entre fenótipo e genótipo na 
determinação da cor de pelos em coelhos, é preciso saber a ordem de 
dominância desses alelos entre si.
Figura 4: Exemplo de 
polialelia na cor da 
pelagem em coelhos
Fonte: Linhares e 
Gewandsznajder (2013). 
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Lista 1 - Bio 2 - Segunda Lei de Mendel, alelos múltiplos e grupo sanguíneo
O alelo aguti (c+) domina todos, albino (c) é recessivo em relação 
a todos e chinchila (cch) é dominante em relação a himalaia (ch). A 
ordem de dominância fica, então:
c+ > cch > ch > c
São dez possibilidades de combinação entre esses quatro alelos, 
formando pares. Confira no quadro a seguir:
Conhecendo a ordem de dominância desses quatro alelos, dois a dois, 
pode-se notar que o fenótipo condicionado pelo maior número de 
combinações genotípicas é o aguti (quatro genótipos possíveis).
O alelo que condiciona a pelagem albina é recessivo em relação 
aos outros três. O fenótipo albino, como é recessivo, é sempre puro, 
com uma única possibilidade genotípica: cc. É, portanto, o de menor 
número de genótipos: apenas um.
Cor da pelagem em coelhos
Fenótipos Genótipos
Aguti c+ c+ c+ cch c+ ch c+ c
Chinchila cch cch cch ch cch c 
Himalaia ch ch ch c
Albino c c
Saiba mais em:
<https://www.youtube.com/
watch?v=7tipGW3cXcI>. Acesso em: 4 jul. 2015.
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Lista 1 - Bio 2 - Segunda Lei de Mendel, alelos múltiplos e grupo sanguíneo
Herança dos grupos sanguíneos do 
Sistema ABO
A presença ou ausência de determinadas proteínas nas hemácias 
permite classificar os indivíduos da espécie humana em grupos 
sanguíneos. 
O sistema ABO é de grande importância para a medicina, cuja 
transmissão se faz por três pares de alelos, constituindo, portanto, 
um caso de polialelia.
De acordo com esse sistema, as pessoas são distribuídas por quatro 
grupos sanguíneos, denominados A, B, AB e O. 
Essa classificação baseia-se na presença ou ausência, na membrana 
plasmática das hemácias, de duas proteínas, conhecidas como A e B. 
Nas hemácias de um mesmo indivíduo podem ocorrer as proteínas 
desses dois tipos, apenas de um ou não ocorrer nenhuma delas.
Dizer que um indivíduo pertence ao grupo sanguíneo A, B, AB ou O 
significa dizer que ele possui em suas hemácias, respectivamente, a 
proteína A, a proteína B, as duas (A e B) ou que não possui nenhuma 
das duas.
Os quatro grupos possíveis estão colocados de forma esquemática no 
quadro a seguir:
Determinar o grupo sanguíneo a que pertence um indivíduo implica 
pesquisar a presença das proteínas A e B em suas hemácias.
Proteínas nas hemácias Grupo Sanguíneo
Possui A; não possui B A
Possui B; não possui A B
Possui A e B AB
Não possui A nem B O
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Lista 1 - Bio 2 - Segunda Lei de Mendel, alelos múltiplos e grupo sanguíneo
Vejamos como é a herança dos grupos sanguíneos de pais para filhos:
A presença da proteína A é condicionada por um alelo, que 
chamaremos de IA; a produção da proteína B é condicionada pelo 
alelo que chamaremos de IB; a não produção dessas proteínas, A ou B, 
é condicionada à presença de um alelo, aqui chamado de i.
As pessoas possuem apenas dois desses alelos em suas células 
somáticas, localizados em um par de cromossomos homólogos. 
Os alelos podem ser iguais ou não. Podem ocorrer, então, seis 
possibilidades diferentes, que você pode observar na representação 
seguinte.
Você sabe que, sendo os dois alelos iguais, o indivíduo é homozigótico 
para o caráter em estudo; se os alelos foram diferentes entre si, o 
indivíduo será heterozigótico.
Os indivíduos homozigóticos de genótipo IA IA têm os dois alelos 
condicionando a produção da produção da proteína A. Assim, eles 
pertencem ao grupo sanguíneo A. Pelo mesmo raciocínio, podemos 
afirmar que os indivíduos homozigóticos de genótipo IB IB pertencem 
ao grupo B e que os indivíduos de genótipo ii pertencem ao grupo O.
Os indivíduos heterozigóticos, no entanto, podem ser dos grupos A, 
B ou AB, dependendo da relação de dominância entre os alelos. O 
alelo i é recessivo em relação aos demais. Assim, os genótipos IAi e 
IBi determinam, respectivamente, os fenótipos de grupo sanguíneo 
A e B. Já a relação entre os alelos IA e IB é de codominância. Com isso, 
quando presentes no genótipo, o fenótipo é AB.
Fonte: O autor (2015).
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Lista 1 - Bio 2 - Segunda Lei de Mendel, alelos múltiplos e grupo sanguíneo
Figura 5: Indivíduos 
heterozigóticos
Fonte: Linhares e 
Gewandsznajder (2013).
Determinação dos grupos sanguíneos do 
sistema ABO
Nos grupos sanguíneos ocorre a reação de aglutinação, através da 
interação entre antígeno e anticorpo.
As hemácias portadoras dos antígenos são aglutinadas, amontoadas, 
formando grumos, por ação dos anticorpos que estão no plasma 
sanguíneo.
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Lista 1 - Bio 2 - Segunda Lei de Mendel, alelos múltiplos e grupo sanguíneo
Em casos como esse, em que a reação é de aglutinação, os antígenos 
são chamados aglutinogênios e os anticorpos são as aglutininas.
Sendo assim, as proteínas A e B presentes nas hemácias, quando 
introduzidas em indivíduos que não as possuem, funcionam como 
antígenos do grupo dos aglutinogênios, e os anticorpos do plasma 
que reagem com elas são aglutininas.
A aglutinina que reage com o antígeno A tem o nome de anti-A 
e a aglutinina que reage com o antígeno B é chamada anti-B. As 
aglutininas anti-A e anti-B são anticorpos naturais, pois já existem 
no plasma sanguíneo mesmo que o indivíduo não tenha recebido o 
antígeno específico em seu sangue.
Assim, uma pessoa portadora do antígeno A em suas hemácias 
tem em seu plasma sanguíneo o anticorpo anti-B. Não é possível 
que um antígeno e seu anticorpo correspondente, como A e 
anti-A, coexistam no mesmo sangue, pois aconteceria a reação de 
aglutinação.
Da mesma forma que os indivíduos do grupo A possuem anticorpos 
anti-B, os do grupo B possuem anticorpos anti-A.
E os indivíduos dos grupos AB e O, que anticorpos possuem?
Indivíduos do grupo AB não possuem anti-A nem anti-B, pois 
apresentam os dois aglutinogênios em suas hemácias. A presença 
de um desses dois anticorpos causaria aglutinação, prejudicando o 
indivíduo. As pessoas do grupo O possuem os anticorpos – anti-A e 
anti-B – em seu sangue.
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Lista 1 - Bio 2 - Segunda Lei de Mendel, alelos múltiplos e grupo sanguíneo
Observe no quadro abaixo os grupos sanguíneos do sistema ABO, com os 
aglutinogênios (antígenos) e as aglutininas (anticorpos) que possuem.
A determinação do grupo sanguíneo é feita com a utilização de 
preparadosde soros contendo anticorpos (aglutininas) anti-A e soros 
contendo anticorpos anti-B. 
Grupo sanguíneo
Antígenos 
(nas hemácias)
Anticorpos 
(no plasma)
A A Anti-B
B B Anti-A
AB A e B Nenhum dos dois
O Nenhum dos dois Anti-A e Anti-B
Não ocorre aglutinação em 
nenhuma das duas extremidades 
da lâmina: a pessoa é do grupo O, 
pois não possui antígeno A nem 
antígeno B.
A aglutinação ocorre somente 
onde há anti-A, significando que 
o sangue contém antígeno A, mas 
não contém antígeno B. O indivíduo 
pertence, então, ao grupo A.
A aglutinação ocorre somente 
onde há anti-B, o sangue contém 
antígeno B, mas não contém 
antígeno A. A pessoa é, portanto, do 
grupo B.
Ocorre aglutinação nas duas 
extremidades da lâmina: a pessoa 
é do grupo AB pois possui o 
antígeno A e o antígeno B.
Figura 6: Grupos 
sanguíneos 
Fonte: Disponível em: <http://criatividadeeciencia.blogspot.com.br/2012/08/tipagem-sanguinea-professora-rosane.html> Acesso em: 03 jul. 2015.
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Lista 1 - Bio 2 - Segunda Lei de Mendel, alelos múltiplos e grupo sanguíneo
Outros sistemas de grupos sanguíneos 
Na espécie humana existem cerca de 20 sistemas de classificação dos 
grupos sanguíneos. Além do sistema ABO, os sistemas Rh e MN também 
são bastante conhecidos.
Cerca de 85% das pessoas possuem em suas hemácias o antígeno Rh e 
são chamadas de Rh positivas (Rh+). As que não têm esse antígeno são 
Rh negativas (Rh-). Embora vários alelos estejam envolvidos na herança 
do fator Rh, para efeito de incompatibilidade de grupos sanguíneos 
podemos considerar apenas um par de alelos: D (dominante, faz aparecer 
esse antígeno) e d (recessivo).
No sistema MN, dentre os vários alelos relacionados a ele, destacam-se 
LM ou M – que produz o antígeno M – e LN ou N – que produz o antígeno 
N. Como os alelos implicados no processo são codominantes, há três 
genótipos e três fenótipos: LMLM (antígeno M), grupo M; LNLN (antígeno 
N), grupo N; LMLN (antígenos M e N), grupo MN.
Referências:
LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia hoje. 2. ed. São Paulo: 
Ática, 2013. v. 3.
MENDONÇA, V. L. Biologia: o ser humano, genética, evolução. São 
Paulo: AJS, 2013.

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