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Prova e função dos músculos

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Complexo da mão
Adutor do polegar: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. A mão que será examinada poderá ser estabilizada pelo examinador ou ficar em repouso sobre a mesa. O teste consiste na abdução do polegar em direção à palma da mão. A pressão é realizada contra a superfície medial do polegar, indo em direção da abdução e se distanciando da palma da mão.
Abdutor curto do polegar: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. A mão e o punho são estabilizados pelo examinador. O teste consiste na abdução do polegar ventralmente a partir da palma da mão. A pressão deve ser realizada contra a falange proximal em direção da abdução da palma da mão.
Oponente do polegar: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. A mão e o punho são estabilizados pelo examinador. O teste consiste em flexão, abdução e uma rotação medial discreta de modo que a unha do polegar possa ser vista da visão palmar. A pressão deve ser realizada contra o osso metacarpal, indo em direção da extensão e adução com rotação lateral.
Flexor longo do polegar: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. A mão pode estar repousando sobre a mesa, o osso metacarpal e a falange proximal do polegar em extensão devem ser estabilizados pelo examinador. O teste consiste na flexão da junta interfalângica do polegar. A pressão é realizada contra a superfície palmar da falange distal na direção da extensão.
Flexor curto do polegar: o deve estar sentado ou em decúbito dorsal. A mão deve ser estabilizada pelo examinador. O teste consiste na realização da flexão da junta metacarpofalângica do polegar sem flexão da junta interfalângica. A pressão deve ser realizada contra a superfície palmar da falange proximal em direção à extensão.
Extensor longo do polegar: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. A mão é estabilizada pelo examinador que também produzirá uma contrapressão contra a superfície palmar do metacarpal I e da falange proximal. O teste consiste na realização da extensão da junta interfalângica. A pressão é realizada contra a superfície dorsal da junta interfalângica do polegar indo em direção à flexão.
Extensor curto do polegar: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. O punho é estabilizado pelo examinador. O teste consiste na extensão da junta metacarpofalângica do polegar. A pressão é realizada contra a superfície dorsal da falange proximal em direção à flexão.
Abdutor longo do polegar: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. O punho é estabilizado pelo examinador. O teste consiste na realização da abdução e discreta extensão do metacarpal I. A pressão é realizada contra a superfície lateral da extremidade distal do metacarpal I, em direção da adução e da flexão.
Oponente do dedo mínimo: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. A mão pode estar repousando sobre a mesa ou ser estabilizada pelo examinador, que também segurará o metacarpal I firmemente. O teste consiste na oposição do metacarpal V em direção ao metacarpal I. A pressão é realizada contra a superfície palmar, ao longo do metacarpal V, em direção ao achatamento da mão.
Abdutor do dedo mínimo: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. A mão pode estar repousada sobre a mesa ou ser estabilizada pelo examinador. O teste consiste na abdução do dedo mínimo. A pressão é realizada contra o lado ulnar do dedo mínimo, em direção à adução no sentido da linha média da mão.
Flexor do dedo mínimo: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. A mão pode estar repousada sobre a mesa ou ser estabilizada pelo examinador. O teste consiste na realização da flexão da junta metacarpofalângica, com as juntas interfalângicas estendidas. A pressão é realizada contra a superfície palmar da falange proximal, em direção à extensão.
Lumbricais e interósseos: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. Caso haja fraqueza dos músculos do punho, o examinador deve estabilizar o punho em uma discreta extensão. O teste consiste na realização da extensão das juntas interfalângicas com uma flexão simultânea das juntas metacarpofalângicas. A pressão deve ser realizada primeiro contra a superfície dorsal das falanges mediais e distais em direção à flexão. Depois, a pressão é contra a superfície palmar das falanges proximais em direção à extensão.
Interósseos dorsais: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. Deve haver a estabilização dos dedos da mão adjacentes afim de proporcionar fixação dos dedos em direção ao qual este é movido e para que não haja auxílio pelos dedos do outro lado. A pressão é realizada contra a falange média.
Interósseos palmares: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. Deve haver a estabilização dos dedos da mão adjacentes afim de proporcionar fixação dos dedos em direção ao qual este é movido e para que não haja auxílio pelos dedos do outro lado. A pressão é realizada contra a falange média.
Complexo do braço e antebraço
Braquiorradial: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. O examinador deve posicionar uma mão sob o cotovelo diminuir a pressão contra a mesa. O teste consiste na flexão do cotovelo com o mesmo em posição neutra. É necessário ver e sentir o ventre do braquiorradial neste teste. A pressão é realizada contra a porção inferior do antebraço em direção à extensão.
Tríceps braquial e ancôneo: o paciente deve em decúbito ventral. O ombro deve estar em abdução 90°, neutro em relação a rotação e com o braço apoiado entre o ombro e o cotovelo sobre a mesa. O examinador deve posicionar uma mão sob o braço, próximo ao cotovelo, para o proteger contra a pressão da mesa. O teste consiste na extensão da junta do cotovelo até uma posição levemente inferior à extensão completa. A pressão deve ser realizada contra o antebraço em direção à flexão.
Bíceps braquial e braquial: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. O examinador deve posicionar a mão no ombro para o proteger da pressão da mesa. O teste consiste na flexão do cotovelo levemente inferior ou em ângulo reto com o antebraço em supinação. A pressão é realizada contra a porção inferior do antebraço em direção à extensão.
Supinador: o paciente deve estar sentado ou em pé. O ombro e o cotovelo deve ser mantidos estendidos pelo examinador. O teste consiste na supinação do antebraço. A pressão é realizada na extremidade distal do antebraço, acima do punho, em direção à pronação;
Supinador e bíceps: o paciente deve estar em decúbito dorsal. O cotovelo deve ser mantido ao lado do paciente. O teste consiste na supinação do antebraço, com o ângulo reto. A pressão é realizada na extremidade distal do antebraço, acima do punho, em direção à pronação do antebraço.
Pronador quadrado: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. Para evitar a abdução do ombro é necessário que o cotovelo seja mantido bem ao lado do paciente. O teste consiste na pronação do antebraço, com o cotovelo flexionado. A pressão é realizada na parte inferior do antebraço, acima do punho, em direção à supinação do antebraço.
Pronador quadrado e redondo: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. O cotovelo deve ser mantido ao lado do paciente. O teste consiste na pronação do antebraço com a parcial flexão do cotovelo. A pressão é realizada na porção inferior do antebraço, acima do punho, em direção à supinação do antebraço.
Extensor ulnar do carpo: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. O antebraço deve ser colocado em pronação completa podendo repousar sobre a mesa ou ser segurado pelo examinador. O teste consiste na realização da extensão do punho em direção ao lado ulnar. A pressão deve ser realizada contra o dorso da mão no osso metacarpal V, em direção à flexão para o lado radial.
Extensor radial curto do carpo: o paciente deve estar sentado com total flexão do cotovelo. Devese solicitar ao paciente que se incline para a frente para que o cotovelo seja flexionado. O antebraço fica numa posição abaixo da completa pronação repousandosobre a mesa. O teste consiste na extensão do punho em direção ao lado radial. A pressão deve ser realizada contra o dorso da mão em direção à flexão do lado ulnar.
Extensor radial longo do carpo: o paciente deve estar sentado, com o cotovelo a 30° a partir da extensão. O antebraço deve ser colocado abaixo da completa pronação e repousará sobre a mesa. O teste consiste na extensão do punho em direção ao lado radial. A pressão é realizada contra o dorso da mão em direção à flexão do lado ulnar.
Flexor ulnar do carpo: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. O antebraço deve ser colocado em completa supinação podendo repousar sobre a mesa ou ser segurado pelo examinador. O teste consiste na flexão do punho em direção ao lado ulnar. A pressão é realizada contra a eminência hipotênar em direção à extensão ao lado radial.
Flexor radial do carpo: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. O antebraço deve ser posicionado abaixo da completa supinação podendo repousar sobre a mesa ou ser segurado pelo examinador. O teste consiste na flexão de punho em direção ao lado radial. A pressão é realizada contra a eminência tenar, em direção ao lado ulnar.
Flexor profundo dos dedos: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. O examinador deve estabilizar as falanges proximal e média com o punho do paciente em discreta extensão. O teste consiste na flexão da junta interfalângica distal do segundo ao quinto dedo da mão. A pressão é realizada contra a superfície palmar da falange distal, em direção à extensão.
Flexor superficial dos dedos: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. O examinador deve estabilizar as juntas metacarpofalângicas mantendo o punho em posição neutra ou discreta extensão. O teste consiste na flexão da junta interfalângica proximal com a junta interfalângica distal estendida do segundo ao quinto dedo da mão. A pressão deve ser realizada contra a superfície palmar da falange média em direção à extensão.
Extensor dos dedos: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. O examinador deve evitar a completa extensão e estabilizar o punho. O teste consiste na extensão das juntas metacarpofalângicas do segundo ao quinto dedos mantendo as juntas interfalângicas relaxadas. A pressão deve ser realizada contra as superfícies dorsais das falanges proximais em direção à flexão.
Palmar longo: o paciente deve estar sentado ou em decúbito dorsal. O antebraço deve ficar em posição de supinação repousando sobre a mesa. O teste consiste na tensão da fáscia palmar pelo fechamento forte da palma e flexão do punho. A pressão deve ser exercida contra as eminências tenar e hipotênar em direção ao achatamento da mão e contra a mão em direção à extensão do punho.
Complexo do ombro
Deltóide: o paciente deve estar sentado. O tronco deve estar estável. O teste consiste na abdução do ombro sem rotação. A pressão é realizada contra a superfície dorsal da extremidade distal do úmero caso o cotovelo esteja flexionado, e contra o antebraço se o cotovelo estiver estendido. 
Deltóide anterior: o paciente deve estar sentado. A escápula deve ser estabilizada pelo examinador caso os seus músculos fixadores estejam fracos. O teste consiste na abdução do ombro com flexão discreta, com o úmero em ligeira rotação lateral. 
Deltóide posterior: o paciente deve estar sentado. A escápula deve ser estabilizada pelo examinador caso os seus músculos fixadores estejam fracos. O teste consiste na abdução do ombro com discreta extensão, com o úmero em ligeira rotação medial. A pressão deve ser exercida contra a superfície póstero-lateral do membro superior, acima do cotovelo, em direção à adução e flexão.
Peitoral maior superior: o paciente deve estar em decúbito dorsal. O examinador deve manter o ombro firmemente sobre a mesa. O teste se inicia com o cotovelo estendido e com o ombro em flexão de 90° e uma leve rotação medial. O úmero é abduzido na horizontal em direção à extremidade esternal da clavícula. A pressão deve ser exercida contra o antebraço em direção à abdução horizontal.
Peitoral maior inferior: o paciente deve estar em decúbito dorsal. O examinador deve manter a pelve firmemente na mesa colocando uma mão sobre a crista ilíaca. Em caso de fraqueza abdominal, deve-se estabilizar o tórax ao invés da pelve. O teste se inicia com o cotovelo estendido e o ombro flexionado com discreta rotação medial. A pressão deve ser exercida obliquamente contra o antebraço nas direções lateral e cefálica.
Peitoral menor: o paciente deve estar em decúbito dorsal. Só é necessário fixação em caso de fraqueza abdominal, então, a caixa torácica deve ser mantida firmemente para baixo. No teste realiza-se um impulso para frente do ombro com o membro superior na lateral do corpo. A pressão deve ser exercida contra a parte anterior do ombro, para baixo.
Infraespinal: o paciente deve estar em decúbito ventral. O membro superior deve estar sobre a mesa. O examinar deve colocar a mão esquerda sobre o braço do paciente, perto do cotovelo, para estabilizar o úmero e assegurar a rotação. O teste consiste na rotação lateral do úmero com o cotovelo mantido no ângulo reto. A pressão deve ser exercida usando o antebraço como alavanca, aplicada na direção da rotação medial do úmero. 
Redondo menor: o paciente deve estar em decúbito dorsal. Para garantir a rotação, o examinador deve aplicar a contrapressão contra a face interna da extremidade distal do úmero. O teste consiste na rotação lateral do úmero com o cotovelo mantido em ângulo reto. A pressão deve ser exercida usando o antebraço como alavanca, aplicada na direção da rotação medial do úmero. 
Redondo maior: o paciente deve estar em decúbito ventral. Caso seja necessário fixação, o ombro oposto deve ser mantido para baixo na mesa. O teste consiste na extensão e adução do úmero na posição de rotação medial com a mão na crista ilíaca posterior. A pressão deve ser exercida contra o membro superior, acima do cotovelo, na direção da abdução e da flexão.
Grande dorsal: o paciente deve estar em decúbito ventral. Uma mão do examinador pode aplicar uma contrapressão lateral sobre a pelve. O teste consiste na adução do membro superior com extensão, na posição de rotação medial. A pressão deve ser exercida contra o antebraço, na direção da abdução, e uma flexão discreta do membro superior.
Rombóides maior e menor: o paciente deve estar em decúbito ventral. Não é necessário fixação. O teste consiste na adução e elevação da escápula, com rotação medial do ângulo inferior. A pressão deve ser aplicada com uma mão do examinador contra o membro superior, na direção da abdução da escápula e da rotação lateral do ângulo inferior. Utilizando a outra mão, exerce pressão contra o ombro do paciente, em direção da depressão.
Parte média do trapézio: o paciente deve estar em decúbito ventral. O examinador prevê fixação colocando uma mão na área escapular oposta para evitar a rotação do tronco. O teste consiste na adução da escápula, com rotação ascendente e sem elevação da cintura escapular. A pressão é exercida contra o antebraço, numa direção descendente à mesa.
Parte inferior do trapézio: o paciente deve estar em decúbito ventral. Fixação realizado pelo examinador colocando uma mão abaixo da escápula do lado oposto. O teste consiste na adução e depressão da escápula, com rotação lateral do ângulo inferior. A pressão é exercida contra o antebraço, numa direção descendente à mesa.
Parte superior do trapézio: o paciente deve estar sentado. Não é necessária fixação. O teste consiste na elevação da extremidade acromial da clavícula e da escápula e da extensão póstero-lateral do pescoço, levando o occipício ao ombro elevado com a face virada na direção oposta. A pressão é exercida contra o ombro, na direção da depressão e contra a cabeça na direção da flexão ântero-lateral.
Serrátil anterior: o paciente deve estar em decúbito dorsal. Não é necessária fixação. O teste consiste na abdução da escápula, projetando o membro superior anteriormente. A pressão é realizada contrao punho cerrado do indivíduo, transmitindo-a para baixo da extremidade até a escápula na direção de sua adução

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