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Av2 IED - Ricardo Mauricio

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Av2 Introdução ao Estudo do Direito
Teoria da Norma Jurídica
Normas Técnicas: Normas sociais que regulam a vida humana. Realização dos fins pelos meios. Otimização de resultados.
Normas Éticas: Disciplinam o comportamento humano. Emprego de meios legítimos. Preocupa-se com a dignidade humana e a realização da justiça.
Normas de Etiqueta: Hábitos de decoro ou educação para com pessoas. Violação: Descortesia. Punição: Sanção difusa leve.
Normas Morais: Valore relevantes. Violação: Imoralidade. Punição: Sanção difusa mais intensa.
Normas Jurídicas: Mínimo ético; conjunto de normas jurídicas. Violação: Ilicitude. Punição: Sanção organizada.
	Observações Finais
	As normas éticas, diferentemente das normas técnicas, variam no tempo e no espaço, espelhando a diversidade cultural.
	Uma mesma conduta humana pode ser regulada por mais de um tipo de norma ética. Ex: Respeito à vida como norma, ao mesmo tempo, moral e jurídica.
	‘‘Tudo o que não está juridicamente proibido, está juridicamente permitido.’’ (Hans Kelsen).
	A descortesia e as imoralidades são, na maioria das vezes, comportamentos ilícitos.
	Embora direito e moral tenham pontos de conexão, nem sempre eles tratam da mesma forma o comportamento humano.
	Embora caiba ao Estado a aplicação da ordem jurídica e das sanções, excepcionalmente, o particular pode aplicar sanções ao sujeito que pratique ilicitude. Ex: Legitima defesa.
Direito x Moral 
2.1 Critérios Distintivos 
	Direito
	Moral
	Bilateral – As normas jurídicas disciplinam as relações intersubjetivas.
	Unilateral – Regulam o comportamento humano em sua dimensão subjetiva. 
	Heterônomo – Os preceitos jurídicos se revelam obrigatórios.
	Autônomo – Os preceitos são escolhidos, livremente, pelo indivíduo. 
	Exterior – As normas disciplinam comportamentos já materializados. 
	Interior – As normas morais regulam a consciência do indivíduo.
	Maior Coercitividade – A ordem jurídica causa medo e temor na mente dos agentes sociais.
	Menor Coercitividade – Não causa tanto medo e temor.
	Maior Coatividade – Impõe um constrangimento patrimonial e pessoal mais intenso.
	Menor Coatividade – Não gera tanto constrangimento.
	Sanção Organizada – Pré-determinada e aplicada pelo Estado.
	Sanção Difusa – Surge de forma espontânea e plural da opinião pública.
2.2 Teoria dos Círculos Éticos
Círculos Separados
 Círculos Secantes
Círculos Concêntricos
Moral
Direito
Direito
Direito
Moral
Moral
Pré-positivismo
Jusnaturalismo
Positivismo
Atributos das Normas Jurídicas 
3.1 Validade: Adequação vertical de uma norma jurídica inferior com uma norma jurídica superior. A inferior tem que condizer com a superior para ser válida.
Formal – Possibilidade da norma superior estabelecer qual deve ser o órgão incumbido de que há a norma inferior (competência), bem como prescrever o procedimento para a criação da norma inferior.
Material – Manifesta-se toda vez que a norma superior prescreve o conteúdo da norma inferior.
3.2 Vigência: Tempo de validade da norma jurídica.
Determinada – Norma que estabeleceu, previamente o término de sua validade. Ex: Um contrato de um prazo determinado.
Caducidade – Quando se vinda o prazo da norma de vigência determinada.
Indeterminada – Normas que não preveem o término de sua validade, os seus efeitos são produzidos até que ocorra a revogação.
Revogação – Substituição de uma norma por outra de igual ou superior hierarquia que trata do mesmo tema.
Expressa: Quando ocorrer de modo textual. Ex: Art. 2045 do Código Civil de 2002.
Tácita: Quando não for expressa, devendo ser identificada a incompatibilidade lógica das normas jurídicas. Ex: Lei de Imprensa e CF/88.
Total: Toda vez que a norma nova alterar, globalmente, todos os dispositivos da anterior. Ex: A revogação do Código Civil de 1916 foi total para o de 2002.
Parcial: Toda vez que o novo diploma alternativo altera dispositivos específicos do diploma normativo anterior. Ex: Revogação da parte I do Código Comercial de 1950 pelo Código Civil de 2002.
Obs: Revogação x Repristinação = A repristinação consiste na restauração de efeitos jurídicos de uma norma revogada por conta de uma norma revogadora. No Brasil, admite-se somente a repristinação expressa. Ex: Art 2º da LINDB
3.3 Incidência: Relação entre o momento de publicação de uma norma jurídica e o momento de início da sua vigência.
Mediata: Quando o início da vigência ocorre após a data da publicação, prevendo-se um prazo de Vacatio Legis. Ex: Código de Processo Civil de 2016.
Imediata: Quando o início da vigência coincide com a data de sua publicação. Ex: CF/88.
3.4 Vigor: Força vinculante de uma norma jurídica. Trata-se da capacidade da norma de se conectar dos fatos ocorridos durante a sua vigência. O vigor traduz os princípios da segurança jurídica da irretroatividade das leis e dos tempus regit actum (o tempo rege o ato).
3.5 Eficácia: Trata-se da possibilidade concreta de produção de efeitos jurídicos. 
Técnica: Aplicabilidade – Quando ela não necessitar da produção de outra norma jurídica.
Social: Efetividade – Atributo normativo que assinala a correspondência da norma jurídica com a realidade circundante, designando a compatibilidade dos modelos normativos com os fatos sociais.
Classificação das Normas Jurídicas 
4.1 Sistema
Normas de direito estrangeiro: Normas jurídicas produzidas fora dos limites de um dado estado soberano. Elas compreendem as normas de direito internacional clássico, baseadas no princípio da soberania, e as normas como direito comunitário, baseadas na ideia de supranacionalidade e na possibilidade de aplicação direta e imediata de seus preceitos em território nacional.
Normas de direito interno: Normas criadas dentro dos limites de um dado estado nacional. Ex: CF/88.
Relação e vontade do sujeito de direito
Normas cogentes: Normas cujo os preceitos são obrigatórios. Ex: Obrigatoriedade do voto.
Normas dispositivas: Normas cujo os preceitos admitem a modificação de seus efeitos pela vontade dos destinatários. Ex: Normas do Código Civil que tratam de regimes patrimoniais do casamento.
Relação das normas entre si
Primária: São as normas que se dirigem diretamente aos comportamentos humanos. Ex: Art. 121º do Código Penal Brasileiro.
Secundária: São as normas que tratam do modo de criação, interpretação e aplicação das normas primárias. Atingem indiretamente o comportamento humano. Ex: Art. 2º da LINDB.
Sistematização legal
Normas codificadas: Normas jurídicas que pertencem a códigos, fixando seus princípios e diretrizes gerais. Ex: Código Civil de 2002.
Normas consolidadas: Normas que pertencem a consolidações: leis com menor grau de generalidade e coesão, quando comparado aos códigos, e que surgem de um material legislativo preexistente. Ex: Consolidação das Leis Trabalhistas no Brasil.
Normas extravagantes: Normas que tratam de temas e de destinatários específicos, formando os microssistemas legislativos. Ex: Lei Maria da Penha, ECA.
Estrutura normativa
Regras: Normas que descrevem situações especificas e determinadas, estabelecendo, previamente as consequências jurídicas para o aplicador do direito. Ex: Art. 18, CF/88.
Princípios: Normas dotadas de estrutura aberta que apontam para a realização de valores e fins da ordem jurídica. Ex: Art. 1º, Inc. 3, CF/88.
Graus de aplicabilidade 
Plena: Norma cuja produção de efeitos não depende de outra norma jurídica.
Limitada: Norma cuja produção de efeito depende de outra norma jurídica.
Contida ou restringível: Norma jurídica que produz amplos efeitos num primeiro momento, mas admite a criação de uma segunda norma para restringir os efeitos originais.
Exaurida: Norma cuja os efeitos já consumaram no tempo.
Âmbitos de validade
Espacial
Normas gerais: Normas que alcançam todo território de um dado estado soberano.
Normas especiais: Normas que alcançam parcelas do território de um estado soberano. Ex: Leio Orgânica do Munícipio de Salvador.
Pessoal
Individualizadas: Normas que alcançamdestinatários definidos. Ex: Celebração de Contratos.
Genéricas: Normas que alcançam destinatários indefinidos. 
Material
Normas de direito público: Regulam a relação entre Estado e cidadão, bem como a relação entre os órgãos estatais, tendo em vista a primazia do princípio que enuncia a supremacia de interesses coletivos.
Normas de direito privado: Regulam relações entre os particulares, tendo em vista os princípios de liberdade e autonomia da vontade.
Temporal
Vigência: determinada x indeterminada
Incidência: imediata x mediata
Retroatividade: retroativas x irretroativas
As normas irretroativas são aquelas cuja produção de efeitos alcançam as situações do presente e do futuro, não atingindo os acontecimentos do passado. Sendo assim, a lei, ou qualquer outra norma, não pode alterar situações ocorridas no passado e já consolidada (direito adquirido, coisa julgada e ato jurídico perfeito).
Direito Adquirido – É aquele direito que já está integrado ao patrimônio do seu titular. Ex: Aposentadoria.
Coisa Julgada – Situação consolidada a partir do instante em que uma decisão jurídica se torna irrecorrível por não caber mais nenhum tipo de recurso. 
Ato Jurídico Perfeito – É aquele ato jurídico que se aperfeiçoou por ter observado os requisitos previstos em lei na época em que foi celebrado. Ex: Casamento Jurídico válido
Fontes do Direito: São os diversos modos de manifestação da normatividade jurídica que surgem a partir da realidade social. Estudar essas fontes consiste em buscar a origem do fenômeno jurídico.
Monismo e pluralismo jurídico: Os monistas defendem a ideia de que o direito seria um produto exclusivo do Estado (visão do positivismo jurídico). Já à luz do pluralismo jurídico, a relação entre direito estatal e não-estatal seria marcada por pontos de convergência e divergência, havendo assim uma tensão dialética permanente.
Tipologias 
Fontes materiais: São os elementos econômicos, políticos e ideológicos que oferecem a matéria prima para a criação das normas jurídicas. Ex: Violência doméstica como fonte material expresso na Lei Maria da Penha.
Fontes formais: São as normas jurídicas propriamente ditas que surgem para positivar as fontes materiais do direito. Podem ser estatais ou não-estatais.
Espécies de Fontes do Direito 
Legislação: Fonte formas estatal que compreende todas as espécies normativas qualificadas como leis (normas escritas, genéricas, abstratas e de origem parlamentar que disciplinam as relações sociais).
Jurisprudência: Repetição de julgamento no mesmo sentido, formando um padrão interpretativo que poderá inspirar futuras decisões judiciais. Fonte estatal que brota diretamente do poder judiciário. Fonte capaz de permitir uma adaptação do direito à realidade social – permitindo o reconhecimento de novos direitos. Ex: Guarda compartilhada.
Súmulas: Enunciados interpretativos que sintetizam a jurisprudência acumulada nos tribunais. 
Persuasivas: Não obrigatórias. – Qualquer Tribunal pode elaborar.
	Vantagem
	Desvantagem
	Princípio da segurança jurídica
	Petrifica e imobiliza a interpretação jurídica
	Princípio da igualdade (isonomia decisórias)
	Hipertrofia o poder judiciário, tornando-o uma espécie de poder legislativo.
	Princípio da economia processual
	Viola o direito fundamental de recorrer de uma decisão contrária
	Permite a realização do princípio da celeridade processual.
	A celeridade da prestação jurisdicional não é sinônimo de realização da justiça.
Vinculantes: Obrigatórias. – Somente o STF pode editar.
Doutrina: Conjunto de obras, estudos e pesquisas elaboradas pelos grandes estudiosos do direito. Oferece argumentos de autoridade intelectual que podem ser utilizados na elaboração de leis, decisões judiciais e atos administrativos.
Negócio Jurídico: Todo e qualquer conjunto de declarações de vontade bilaterais ou unilaterais, escritas ou não escritas que disciplinam as relações entre particulares.
Costume Jurídico: Conjunto de práticas sociais repetidas que criam normas não escritas capazes de estabelecer direitos e deveres jurídicos de modo bilateral.
Poder normativo de grupos sociais: Poder de criar micro-ordenamentos jurídicos no âmbito de determinada instituição. 
Teoria do Ordenamento Jurídico: Parte da teoria geral do direito que examina a possibilidade do direito ser concebido e aplicado como sistema. Em todo campo do conhecimento humano, verifica-se a utilização de sistemas: construções racionais do intelecto humano que permite ordenar uma realidade complexa e caótica.
Noção de sistema jurídico: No âmbito do direito muitas formulações de sistema foram oferecidas. Ainda hoje a proposta do sistema jurídico que melhor atende às necessidades da comunidade jurídica é aquela oferecida por Hans Kelsen: A pirâmide normativa estruturada através de laços de validade. Indubitavelmente, a proposta piramidal revela algumas fragilidades: ausência dos costumes jurídicos e o papel tímido conferido à jurisprudência.
O problema da completude: lacunas jurídicas e a integração do direito: O problema consiste na exigência racional de que o sistema jurídico possa oferecer respostas para todos os problemas da vida social. 
	Argumentos em prol da completude
	Argumentos em prol da incompletude
	 ‘‘Tudo que não está juridicamente proibido, está juridicamente permitido.’’ – Hans Kelsen.
	A sociedade se transformaria sempre no ritmo mais célere que a ordem jurídica. Surgindo assim, os espaços para as lacunas.
	A maioria das legislações preveem instrumentos de integração do direito (analogia, princípios gerais do direito, costumes e equidade). 
	A previsão dos instrumentos de integração reforça a ideia da existência de lacunas.
	O julgador está sempre obrigado a decidir, mesmo diante de casos complexos e inéditos. Sendo a decisão judicial a resposta normativa para cada situação social.
	A perfeição racional da ordem jurídica só seria atingida através de um legislador dotado de conhecimento oracular.
Lacunas Jurídicas: Qualquer imperfeição que compromete a completude normativa fática e valorativa da experiência jurídica.
Lacuna Normativa – Toda vez que inexiste norma que regule diretamente uma dada situação social.
Lacuna Fática – Quando a norma vigente não se revela capaz de atender as exigências da realidade social (perda da efetividade).
Lacuna Valorativa – Perda de legitimidade de uma norma jurídica vigente que deixa de ser considerada justa pelo grupo social em um dado contexto histórico-cultural.
Integração de Direito: Processo de preenchimento das lacunas jurídicas que procuram restaurar a completude da ordem jurídica. Os quatro mecanismos de integração podem ser analisados de modo isolado ou em conjunto.
Analogia: Aplicação da norma jurídica que trata de determinadas situações sociais para outras situações sociais semelhantes que não estão reguladas de modo expresso pela normatividade jurídica.
Costumes Jurídicos: Práticas sociais repetidas que oferecem elementos para a integração das lacunas jurídicas.
Princípios gerais do Direito: Normas que aproximam o direito da moral.
Equidade: Ideia do justo empiricamente concretizado, implicando na aplicação prudente pelo julgador de seu sentimento de justiça, ao observar as singularidades de um dado caso concreto. 
Problema da coerência: Exigência nacional de que o sistema jurídico não apresente contradições ou ofereça mecanismos para a correção desses conflitos normativos. Denomina-se antinomia jurídica o conflito entre normas que permitem e normas que proíbem um dado comportamento humano.
Critérios de solução das antinomias jurídicas: Os três primeiros critérios são usados no conflito entre regras, enquanto o último é utilizado para conflitos entre princípios jurídicos.
Hierárquico – Havendo conflitos entre uma norma superior e outra inferior, prevalece a norma superior.
Cronológico – Havendo conflitos entre norma jurídica posterior e outra anterior, de mesma hierarquia, prevalece a posterior.
Especialidade – Havendo conflito entre uma norma gerale uma especial, de mesma hierarquia, prevalece a especial.
Ponderação de Bens e Interesses – Estabelece uma relação de prioridade concreta entre os princípios em disputa, a partir de uma investigação zetétitca dos fatos e valores envolvidos no caso concreto. 
Relação Jurídica: Vínculo intersubjetivo, surgido com a exteriorização do fato jurídico, polarizando, no campo da licitude, direito subjetivo e dever jurídico e, no campo da ilicitude, a não prestação do dever jurídico e a respectiva sanção do direito.
Caracteres
Externa: Pressupõe comportamentos materializados no mundo concreto
Bilateral: Pressupõe interação de comportamentos humanos.
Elementos
Fato Jurídico: Tudo e qualquer acontecimento, natural ou humano, que produz consequências no mundo do direito
- Fato Jurídico Stricto Sensu – Acontecimento natural que produz efeitos jurídicos.
- Ato Jurídico – Acontecimento humano que produz efeitos no mundo do direito.
Sujeitos de Direito: Entes que integram os polos ativos e passivos da relação jurídica.
Direito Subjetivo: Conjunto de faculdades conferidas do sujeito ativo de uma relação jurídica. 
Obs: O objeto do direito subjetivo é o cumprimento de um dever jurídico correlato.
Obs: Teorias oferecidas para fundamentar o direito subjetivo.
Teoria da vontadeTeoria da Proteção Processual
Teoria Existencialista
Teoria Normativista
Teoria Eclética
Teoria do Interesse 
Teoria Jusnaturalista
	Direito Patrimonial: Possuem conteúdo econômico.
	Extrapatrimonial: Não apresentam conteúdo econômico.
	Absolutos: Exercidos perante a totalidade da comunidade jurídica impondo uma obrigação negativa de não fazer.
	Relativos: Exercido perante um sujeito passivo determinado, pois impõe-se uma obrigação positiva.
	Público: Direito exercido no âmbito de uma relação entre Estado e o cidadão.
	Privado: Direito exercido na relação entre particulares.
Tipologias do direito subjetivo
Dever Jurídico: Consiste no conjunto de obrigações assumidas pelo sujeito passivo de uma relação jurídica.
De fazer – Ex: Prestar serviço.
De não fazer – Ex: Preservação da confidencialidade contratual.
De dar – Ex: Pagamento de tributo.
Tipologias do dever jurídico
	Instantâneo: Direito que se consuma através de um único ato.
	Sucessivo: Dever que se projeta no tempo, compreendendo uma sucessão de atos.
	Patrimonial: Conteúdo econômico.
	Extrapatrimonial: Não possui conteúdo econômico.
	Positivo: Compreende uma obrigação de fazer e/ou dar.
	Negativo: Corresponde a uma obrigação de não fazer.
Ilicitude: Comportamento positivo (ação) ou negativo (omissão) que viola os preceitos da normatividade jurídica.
Sanção Jurídica: Consequência atribuída ao infrator que praticar uma ilicitude.
Escolas do Pensamento Jurídico 
Jusnaturalismo: Doutrina dos direitos naturais (inerentes à condição humana). Esses direitos, para essa doutrina, seriam dimensões de um código de ética absoluto e universal de justiça.
Fases do Jusnaturalismo:
Cosmológico: O fundamento dos direitos naturais seria a harmonia cósmica.
Teológico: O fundamento do jusnaturalismo e a ideia de justiça seria a vontade divina.
Racionalista: O fundamento desses direitos seria a razão humana universal.
Cosmopolita ou de conteúdo variável: Consenso de diversos povos acerca da existência de valores universais.
Críticas Positivas:
Enfrentou o debate sobre o direito e sua relação com a justiça (legitimidade).
Desenvolveu o modelo de sistema hierarquizado para as normas jurídicas, a partir da superioridade do direito natural em face do positivo.
Ofereceu a matriz ideológica para o discurso dos direitos humanos.
Críticas Negativas:
A injustiça não pode ser vista como um valor absoluto, pois a noção de justiça varia no tempo e no espaço.
Confunde validade com legitimidade 
A noção de direito natural gera insegurança jurídica e oportuniza apropriações políticas ideológicas.
Positivismo Legalista: Reage ao Jusnaturalismo 
Teses Fundamentais
Identifica o direito como lei
Defende o monismo jurídico
Neutralização do poder judiciário
Propôs um interpretação literal do direito
Crença na completude e da coerência do sistema legislativo
Separação entre direito e moral.
Críticas Positivas:
Permitiu grande avanço cientifico
Permitiu a criação do Estado de Direito, limitando o arbítrio dos governadores.
Respeito à legalidade trouxe segurança jurídica
Críticas Negativas:
O direito não se resume à lei. Fontes estatais e não estatais.
O legislador e a lei não são expressões de perfeição racional. Podem haver lacunas e antinomias.
A aplicação dogmática da lei pode gerar profundas injustiças.
Historicismo Jurídico: Contesta o positivismo legalista 
Teses Fundamentais:
Valoriza os costumes
Defende o Pluralismo Jurídico 
Desmitifica a ideia de perfeição racional do legislador
Reconhece a incompletude do sistema legal
Reconhece a existência de um sistema jurídico incoerente
Reconhece a possibilidade do costume contra a lei
Valoriza o Direito Romano como fonte para compreensão dos ordenamentos ocidentais.
Valoriza uma interpretação histórica do direito 
Críticas Positivas:
Situou adequadamente o direito na zona dos objetos culturais variáveis
Demonstrou insuficiência do legislador e da lei na regulação da vida social.
Abertura democrática
Críticas Negativas:
Noção vaga e ilusória do ‘‘Espirito do Povo’’
O costume traz insegurança jurídica
A interpretação histórica pode aprisionar o direito ao passado.
Sociologismo Jurídico: Contesta o positivismo legalista.
Teses Fundamentais:
Trata o direito como um conjunto de fatos sociais
Valoriza a efetividade como atributo das normas jurídicas
Afirmação do pluralismo jurídico
Demonstra insuficiência do legislador e da lei.
Reconhece a existência de lacunas e antinomias
Valoriza a jurisprudência como fonte capaz de exprimir um direito mais vivo, concreto e ideal.
Defende o método de interpretação sociológica do direito
Críticas Positivas:
Demonstrou a imperfeição racional do legislador e da lei
Reconheceu o protagonismo social na criação do direito
A jurisprudência possibilita uma atualização progressiva do sistema legislativo.
Críticas Negativas:
Confunde validade com efetividade
O excesso de jurisprudencialismo pode gerar uma ditadura de juízes
A opinião púbica pode interferir nos processos decisórios 
Teoria Pura do Direito: Manifestação refinada do positivismo jurídico
Teses Fundamentais: 
Ciência jurídica como ciência normativa
Afirmação da lógica do dever-ser.
Valoriza a validade como atributo principal das normas jurídicas
Nega o exame de efetividade e legitimidade da norma jurídica
Nega a existência de direitos naturais
Constata a impossibilidade racional do debate sobre justiça
Defende a separação do direito em face da moral
Defende a visão piramidal do ordenamento jurídico.
Reconhece a completude e a coerência do sistema jurídico 
Defende o monismo jurídico
Críticas Positivas:
Oferece uma teoria operacional útil para o jurista prático
Resgatou a autonomia da ciência jurídica
Valorizou a dimensão normativa (segurança jurídica)
Críticas Negativas:
Não afastou a realidade dos fatos e valores sociais da experiência jurídica
A ciência jurídica não pode ser considerada ideal e absolutamente objetiva
Separação do direito e moral possibilitou o uso do direito como instrumento legitimador de profundas injustiças
Pós-positivismo Jurídico: Reação à Teoria Pura do Direito
Teses Fundamentais:
Direito como uma experiência normativa, fática e valorativa.
Valoriza os atributos da validade, efetividade e legitimidade
Reconhece as regras e princípios como tipos de normas
Valoriza o plano de interpretação e aplicação do direito
Reaproxima o direito da moral
Valoriza os direitos humanos 
Reconhece a incompletude do sistema jurídico
Reconhece a incoerência do sistema jurídico
Valoriza a jurisprudência como fonte do direito
Defende o pluralismo jurídico
Valoriza a hermenêutica jurídica
Valoriza a teoria da argumentaçãojurídica
Críticas Positivas:
Demonstrou os limites do reducionismo normativista
Oportunizou uma visão interdisciplinar do conhecimento jurídico
Aplicou os princípios, potencializando a realização da justiça
Críticas Negativas:
Os princípios trazem insegurança jurídica
A valorização da jurisprudência pode gerar um governo de juízes
O ecletismo metodológico pode comprometer a autonomia da ciência do direito

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