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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ FACULDADE DE ENGENHARIA DE MATERIAIS CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA Marabá-PA, 13 de março de 2017. RELATÓRIO DE PRÁTICA EXPERIMENTAL PLANO INCLINADO EVA RAIANE SILVA CASTILHO GUSTAVO DA SILVA PERES RICARDO PATRICK R. DA SILVA YAN DOS SANTOS LIMA EVA RAIANE SILVA CASTILHO GUSTAVO DA SILVA PERES RICARDO PATRICK R. DA SILVA YAN DOS SANTOS LIMAS RELATÓRIO DE PRÁTICA EXPERIMENTAL PLANO INCLINADO Relatório da prática experimental “Plano inclinado”, realizada em março de 2017, da disciplina Física Geral II, turma de Mecânica 2016, ministrada pelo Prof. Dr. José Elisandro de Andrade, na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. ÍNDICE 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................... 03 2. OBJETIVOS....................................................................................................................... 05 3. MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................. 05 3.1 Materiais utilizados.......................................................................................................... 05 3.2 Procedimento experimental............................................................................................ 05 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES..................................................................................... 06 5. CONCLUSÃO.................................................................................................................... 08 6. BIBLIOGRAFIA................................................................................................................09 3 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Ao se analisar uma superfície plana, cujos pontos de início e fim estão em níveis de alturas diferentes, tem-se por convenção em física um plano inclinado como sugere a figura 1. Figura 1. Plano inclinado Dessa forma, para poder se obter parâmetros, como aceleração, coeficiente de atrito, ou comparativos de força tem-se que decompor as forças presentes no sistema como ilustrado na figura 2. Figura 2. Decomposição de forças em plano inclinado Na situação acima, tem-se um bloco de massa m, e são observadas as seguintes forças: força peso direcionada para baixo ( P ), devido a atração gravitacional para o centro da Terra, força normal perpendicular à superfície, exercida pelo plano inclinado ( N ) e a força de atrito causada pela superfície cujo esta é contrária ao movimento ( atF ). Porém, como se trata de um plano inclinado, temos que essas forças não possuem as mesmas direções, logo, nunca irão se equilibrar. Faz-se necessário a decomposição das forças para que estas se encontrem na mesma direção, partindo do princípio de definição do plano cartesiano com inclinação igual ao plano inclinado, ou seja, com o eixo x com ângulo de inclinação igual ao do plano inclinado, como definido na Figura 2, onde a força peso é decomposta nos eixos x e y, sendo a última em y 4 equivalente a normal, e a angulação entre P e yP é igual a angulação do plano inclinado. Dessa forma, ao se analisar a orientação do movimento, e as forças atuantes em cada eixo, tem-se as resultantes, e as forças inerentes ao deslocamento do bloco. Ademais, as forças xP e yP não existem como forças independestes, sendo estas componentes da força peso. Portanto, pode-se encontrá-las através de relações trigonométricas do triângulo retângulo da seguinte maneira onde que m é massa em kg e g aceleração da gravidade em m/s². Para a resultante em cada eixo, tem-se que no eixo y, como está em equilíbrio, a resultante da acelaração equivale a zero. Isto é 0 cos r y y F ma N P N P mg (1) Para o eixo x tem-se que 0 sin sin cos cos r at x at x x x F ma F P F P N P P mg N mg (2) Resultando que o coeficiente de atrito é a tangente do ângulo de inclinação do plano tan (3) Dessa forma, a obtenção para o coeficiente de atrito se torna simples, e se evidencia o fato da massa do material não influenciar para a determinação do mesmo. sin sin sin cos cos cos x x x y y y P P P P mg P P P P P mg P 5 2. OBJETIVOS Demonstrar a atuação das forças que agem sobre o corpo em estudo em relação a dinâmica das leis de Newton, a fim de calcular e reconhecer os efeitos da • Componente em x da força P (𝑃𝑥) e suas equilibrantes; • Força P perpendicular a rampa (𝑃𝑦) e sua equilibrante, a força normal (N); • Calcular o coeficiente de atrito entre a rampa e a superfície rugoso da peça de madeira em estudo; • Determinar o grau máximo para a peça sair do estado de inércia; • Fazer e compreender a análise estatística dos dados; 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Materiais utilizados Para essa prática experimental é necessária à utilização de um aparato (Fig. 1) que consiste em: (1) peça de madeira com uma superfície lisa e outra rugosa; (2) rampa para deslizamento da peça de madeira; e (3) um medidor de graus analógico para a verificação da inclinação da rampa. Figura 3. Aparato necessário para a realização do experimento. 3.2. Procedimento Experimental Primeiramente, a peça de madeira foi colocada no início da rampa, logo em seguida, foi levantada a rampa até o ponto máximo de inclinação, com bastante cuidado para que a peça começasse a se mover sobre a mesma, ou seja, saísse da inércia, em um limite máximo de levantamento. Esse procedimento foi repetido 10 vezes, tanto para a superfície lisa quanto para a superfície rugosa e a partir desses procedimentos, a análise dos dados foram feitas em cima da medida obtida, em graus, a partir do medidor de graus analógico acoplado no aparato experimental para repetição do experimento. Os dados experimentais podem ser vistos nas tabelas 1 e 2. 6 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Com os dados obtidos no procedimento experimental inclinando a rampa até o que o bloco saísse da inércia, foram elaboradas as tabelas 1 e 2 com os ângulos respectivos os quais o bloco saiu da inércia para todas as dez vezes verificadas para a superfície rugosa e lisa, respectivamente, iniciaram o movimento. Tabela 1. Ângulos obtidos no experimento de plano inclinado com bloco de superfície rugosa. Medidas Ângulos Medida 1 36° Medida 2 37° Medida 3 36° Medida 4 37° Medida 5 38° Medida 6 38° Medida 7 38° Medida 8 38° Medida 9 37° Medida 10 39° Tabela 2. Ângulos obtidos no experimento de plano inclinado com bloco de superfície lisa. Medidas Ângulos Medida 1 33° Medida 2 29° Medida 3 29° Medida 4 32° Medida 5 33° Medida 6 33° Medida 7 37° Medida 8 34° Medida 9 36° Medida 10 34° Com os dados das Tabelas 1 e 2, obtém-se um gráfico, como mostra a Figura 4, de ângulos e coeficientes de atrito em função do número de medidas. 7Figura 4. Gráfico de ângulos e coeficientes de atrito em função das medidas. Portanto, também com os resultados das Tabelas 1 e 2, foram calculados a média dos ângulos �̅� = ∑ 𝑥𝑖 𝑛 e o desvio padrão, 𝜎 = √ ∑ 2(𝑥𝑖−�̅�) 𝑛 . Assim sendo, para a superfície rugosa: �̅� = 36+37+36+38+38+38+38+38+37+39 10 = 37,4 ° σ = √ ∑ 2(xi−x̅) n = 0,966 Analogamente para a superfície lisa: �̅� = 33+29+29+32+33+33+37+34+36+34 10 = 33,0 σ = √ ∑ 2(xi−x̅) n = 2,581988 A partir dos cálculos de média e desvio padrão foram calculados os tipos de incertezas, tipo A, tipo B, e a incerteza combinada. Em primeiro momento calculou-se a incerteza do tipo A (𝜎𝐴 = 𝜎 √𝑛 ) para superfície lisa e rugosa, e do tipo B (𝜎𝐵 = 𝐸𝑠𝑐𝑎𝑙𝑎 2 ) para instrumentos analógicos. Superfície rugosa: 𝜎𝐴 = 0,966 √10 = 0,3; Superfície lisa: 𝜎𝐴 = 2,581988 √10 = 0,8; Calculando incerteza do tipo B: 𝜎𝐵 = 1° 2 = 0,5° 8 Após obter os resultados das incertezas do tipo A e B, calcula-se a incerteza combinada, 𝜎𝐶 = √(𝜎𝐴2 + 𝜎𝐵2) para as grandezas estatisticamente independentes, consideramos as séries de medições que foram realizadas com diferentes sistemas de medição. Superfície lisa: 𝜎𝐶 = √(0,32 + 0,52)= 0,6 Superfície rugosa: 𝜎𝐶 = √(0,82 + 0,52) = 0,9 Desta forma podemos calcular o coeficiente de atrito (𝜇 = 𝑡𝑔(�̅� ± 𝜎𝐶)) com base na média dos ângulos e a incerteza combinada. Portanto, obteve-se os resultados indicados para os valores dos coeficientes de atrito respectivo de cada superfície: Superfície lisa: 𝜇 = 𝑡𝑔(33 ± 0,9) = 0,649; Superfície rugosa: 𝜇 = 𝑡𝑔(37,4 ± 0,6) = 0,765. Assim, tem-se os resultados para os coeficientes de atrito flutuando a partir do valor da incerteza combinada de mais para menos. Dessa forma, ao se analisar o resultados obtidos, verifica-se que os padrões para erros, como no desvio padrão a partir da média dos ângulos, ou as incertezas dos próprios métodos ou equipamentos analógicos utilizados, têm-se que o experimento realizado a partir das condições submetidas não é muito preciso, porém, se o mesmo for realizado com muita cautela e precisão, reduzir-se-á consideravelmente os erros finais. 5. CONCLUSÃO A prática experimental do plano inclinado mostrou que é possível observar e calcular o coeficiente de atrito de uma dada superfície através de apenas um plano, um bloquinho e um medidor de graus, tal coeficiente obtido a partir da tangente do ângulo de inclinação cujo o suporte é submetido para que se possa tirar o bloquinho do seu estado de inércia, onde foram verificados a partir de um experimento simples, através de um aparato de um plano inclinado contendo um bloco inicialmente em inércia de repouso. Ao serem verificados os resultados finais, observou-se um desvio de erros consideráveis, como os graus de incerteza, e o desvio padrão sobre a média dos ângulos encontrados, não tornando, assim, a utilização do experimento pelos materiais em si sob a ótica do operador, sob as condições que foram submetidos todo o processo, muito preciso para a finalidade desejada (encontrar os coeficientes de atrito). Porém, o que se esperava em relação aos coeficientes das superfícies lisas e rugosas foi alcançado, cujo se obteve um coeficiente de μ=0,649 para a superfície lisa, e μ=0,765 para a superfície rugosa. Diante dessas informações obtidas, foi possível analisar que o coeficiente de atrito é maior quando a superfície é rugosa, onde deve-se obter maiores inclinações para que o bloco saia da inercia. 9 6. BIBLIOGRAFIA CERQUEIRA, A. H.; KANDUS, A.; VASCONCELOS, M. J. Laboratório de Física I. Disponível em: <http://www.uesc.br/cursos/graduacao/bacharelado/fisica/roteiros_laboratorio-l.pdf > Acessado em 15 de Setembro de 2017. CIDEPE. Plano inclinado. Disponível em: <http://www.cidepe.com/pt/produtos/escola- tecnica/plano-inclinado-kersting> Acessado em: 15 de setembro de 2017. CROWELL, B.; ROUNDY, V. Lab Manual. Disponível em: <http://www.lightandmatter.com/> Acessado em 15 de setembro de 2017. HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física: Eletromagnetismo. 8 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. MUNDO EDUCAÇÃO. Uol, Plano inclinado. Disponível em < http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/plano-inclinado.htm> Acesso em: 15 de setembro de 2017. TIPLER, P. A. Física para Cientistas e Engenheiros. Vol. 3. Rio de Janeiro: LTC, 2008. YOUNG, H. D; FREEDMAN, R. A. Física III: Eletromagnetismo. 12 ed. São Paulo: Addison Wesley, 2009.
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