Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LICENCIATURA EM LETRAS – INGLÊS PRÁTICA DE ENSINO: INTRODUÇÃO À DOCÊNCIA (PE:ID) POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1 REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS Natassja Silva Schapochnicof – 1810491 Teixeira de Freitas 2018 SUMÁRIO 1 REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS ...................................................... 3 1.2 O fax do Nirso .................................................................................................... 5 1.3 A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo) ................................ 5 1.4 Uma pescaria inesquecível ................................................................................ 6 1.5 A Folha Amassada ............................................................................................. 7 1.6 A Lição dos Gansos ........................................................................................... 7 1.7 Assembleia na Carpintaria ................................................................................. 8 1.8 Colheres de Cabo Comprido .............................................................................. 9 1.9 Faça parte dos 5% ........................................................................................... 10 1.10 O Homem e o Mundo ..................................................................................... 10 1.11 Professores Reflexivos .................................................................................. 11 1.12 Um Sonho Impossível? .................................................................................. 11 1.13 Pipocas da Vida ............................................................................................. 12 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 14 3 1 REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS 1.1 Educação? Educações: aprender com o índio A maneira como as pessoas lidam com a educação está completamente errônea. Muitos acham que a escola deve ensinar todo tipo de educação e se “libertam” dessa responsabilidade. Esquecem, porém, que a educação está em todo o lugar. Podemos tomar como exemplo os índios. Eles não são ingênuos, pelo contrário, são de uma educação própria, são gratos e sinceros, tem suas próprias tradições e crenças. Cada nação tem a sua língua, sua tradição, suas leis e cultura. Não significa que um povo é mais correto que o outro, o que nos diz é que a sociedade de cada nação vive de acordo com o que é preciso para cada localidade. O Brasil, por exemplo, devido ao tamanho do país, há muitas culturas, música e estilos próprios. No Rio Grande do Sul há a tradição do chimarrão, roupas de lã e dialetos. Como na Bahia, também há dialetos, tradições e costumes diferentes de outros estados. Ninguém está errado. Quando introduzimos a educação escolar nesse contexto de educação cultural, ela é padronizada – ou tenta ser; mas a educação da sociedade, a popular e cultural, é completamente diferente do que a regra escolar exige. O ensino escolar é aplicado de acordo com o que um grupo de pessoas diz ser aceitável e obrigatório, não respeitando os costumes e crenças da nação. Hoje a nossa educação das escolas é a imposta desde a época da colonização, ou seja, dos vencedores de uma batalha por terra. Dizem que a educação é um direito de todos, mas que educação é esta? A educação das escolas é padronizada para que todos tenham uma base de conhecimento único, para que todos sejamos iguais em um certo nível. Mas as escolas desconsideram a cultura que cada um traz para dentro das salas de aula, portanto o aluno não pode usar sua educação prévia, o direito dele é substituído pelo que é imposto pela escola. Existe educação em casa, nas ruas, no supermercado, na padaria, nas religiões, nas lendas, etc. e é necessário levar isso em conta no ambiente escolar. Por outro lado, para o indivíduo ser integrado no mundo globalizado, é necessário que essa base educacional seja imposta, pois, o padrão não é apenas brasileiro, é mundial. Independente da sua escolha de profissão, essa base de 4 informações é importante para que ele seja igual não somente aos outros brasileiros, mas igual aos franceses, mexicanos, alemães, etc. A globalização não é somente intercambio de produtos. É a igualdade entre todos os seres humanos do planeta, incluindo a educação. Mas a escola não deve ser o local de educação - esta deve partir de casa. O papel da escola é ensinar os conteúdos programados, respeitando a educação que cada aluno trás para dentro da sala de aula. A escola deve ser um local de pluralidade de costumes, ela deve ser laica e permitir que todos os integrantes desse meio possam expor suas ideias, crenças e tradições sem censura, mas não cabe a escola ensinar todos estes. A educação escolar no Brasil infelizmente ainda é precária e somente as pessoas que passam por um processo longo de estudos consegue progredir em suas carreiras, assim sendo qualificados como “superiores” àqueles que não tiveram essa oportunidade. Entretanto, se falarmos de educação cultural, a que não vem da escola, o Brasil é extremamente rico, com muitas culturas e “educações” para ensinar a qualquer um que desejar. Por mais que haja um controle sobre o saber para que as escolas tenham uma base para seguir, ninguém pode impedir que o educando busque as próprias verdades e expanda seu conhecimento. Não há como saber se a nossa educação está sendo controlada para que sejamos escravos do “sistema centralizado de poder”, mas cabe a cada um de nós buscar o ensino contínuo e provar o contrário. Cabe ao professor ensinar o respeito e tolerância entre os indivíduos inseridos na escola. O professor deve ensinar o padrão exigido para que o aluno seja inserido corretamente no mundo globalizado, mas o educador não pode reprimir os costumes que cada um traz para o ambiente de ensino. Pelo contrário, deve incentivar os diferentes costumes e ensinar que não existe certo ou errado, e sim, diferentes situações de uso dos costumes, língua, religião e, principalmente, mostrar que a educação não termina na sala de aula. Precisamos estar atentos ao que diz respeito a educação escolar. Por mais que seja padronizada e insira o indivíduo corretamente no mundo globalizado, não significa que é o que ele precisa. A educação escolar não forma atiradores de elite para as forças armadas. A educação escolar não forma lavradores, cozinheiras e faxineiras. A educação eleva o status de cada ser humano de acordo com o que o mundo exige, mas não necessariamente serve para todos. Cada um tem a educação que necessita, busca e deseja. Cabe a todos buscar aquela que convém, afinal, todos 5 somos livres para escolher. 1.2 O fax do Nirso A educação escolar não perderá jamais a sua importância, mas agora ela está dividida. O único defeito da educação escolar é a falta da prática. O mercado de trabalho hoje em dia exige mais e mais pessoas com experiencia, mas como ter experiencia se ninguém o deixa trabalhar? O ensino brasileiro está atrasado comparado com as escolas de outros países. Nos EUA existe escolas técnicas que, além de formar com a escolarização básica, o aluno faz um curso técnico da área que se interessa. Além de aulas teóricas, ele tem aulas práticas. Quando formado, pode entregar um Curriculum Vitae comprovando a experiencia da área em que escolheu. Se no Brasil houvesse tal ensino, com certeza muitas pessoas não estariam desempregadashoje. Mas nem todos os setores de trabalho no mundo necessitam da educação padrão. Fazendeiros, motoristas, mecânicos são apenas alguns exemplos de profissões que não faz diferença se o indivíduo tem ou não a escolaridade padrão. Porém se formos falar do mercado competitivo, somente a educação básica não serve. É preciso diplomas e experiência na área para que o indivíduo seja considerado profissional e superior. A profissão do professor, por exemplo, é uma delas. O professor que apenas se forma em licenciatura recebe o salário base estipulado pelo município e/ou Estado. Mas aquele que busca a formação continuada tem mais chances de ganhar mais e de ser reconhecido. 1.3 A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo) Nenhum ensino é absoluto. É errado afirmar que tudo está pronto. O mundo está em constante mudança e cabe a nós garantirmos a liberdade de escolha e expressão de cada indivíduo inserido em sala de aula. Qualquer aluno precisa ter a liberdade de opinar, expor ideias e debater sobre os fatos, pois somente assim criaremos seres humanos pensantes, e não mecanizados. Não podemos excluir o aluno porque o mesmo tem ideias diferentes. Precisamos incluir as suas ideias, 6 debater os pensamentos diferentes e pluralizar o conhecimento entre todos. Quando pensamos em matérias escolares como Geografia, Matemática, Português, História, etc. em sala de aula, estamos apresentando duas coisas: verdades e opiniões. Verdades porque são fatos comprovados, mas são opiniões pois é o que um grupo específico da sociedade julga ser essencial para o ensino básico. Cabe aos profissionais da área mostrar aos educandos que nem tudo é concreto, que o ensino está em constante mutação e cabe a todos participar dessa mudança. Não há verdades ou mentiras. Não há opiniões certas ou erradas. Há somente o ensino que está sempre sofrendo mudanças e o aluno deve fazer parte dessas mudanças com a sua participação constante. 1.4 Uma pescaria inesquecível Ética é saber diferenciar o certo do errado e praticar mesmo quando ninguém está ali para ver. É dignidade, moral e respeito. A escola não consegue ensinar esses valores efetivamente, pois devem ser passados de pais para filhos. A ética poderia ser trabalhada com mais intensidade, mas não depende de uma só pessoa. Todo o corpo docente precisaria fazer um trabalho em conjunto para que a ética fosse ensinada e praticada no meio escolar. O problema é que os profissionais já estão sobrecarregados com as atividades extracurriculares que o governo estipula como obrigatórios, curto prazo para passar os conteúdos básicos, período de aula curto, etc. Infelizmente a ética fica de fora, não por falta de interesse das escolas em ensinar, mas por falta de tempo e recursos. Ética poderia ser inserida em uma matéria, como a Filosofia ou Sociologia, mas a Filosofia já foi excluída da grade curricular obrigatória. Aparentemente tudo aquilo que nos induz a refletir, pensar, opinar está sendo privado da geração que está no ensino básico. Portanto, não podemos julgar os alunos que não tem ética, que fazem o que for necessário para vencer. O mundo exige que eles sejam bons, trabalhadores, que façam universidade, que tenham experiencia, que tenham o carro do ano. Os valores que são passados em casa é para que o aluno estude. Na escola, os valores passados é que ele tire notas boas para que vença na vida. O ser humano sem ética é culpa de todos nós que estamos dando mais valor ao status do que os valores importantes para que o mundo seja melhor, para que haja mais respeito e mais dignidade. 7 1.5 A Folha Amassada Sou educadora há 13 anos. Mas posso dizer que também sou mãe, psicóloga, amiga e vizinha. O professor tem o papel de adulto responsável em sala de aula, ele leva consigo a figura de autoridade para todos dentro da sala de aula, sendo assim, a figura “materna e/ou paterna” dentro daquele meio de ensino. O professor irá escutar muitas coisas além da opinião do aluno sobre o conteúdo que está sendo estudado. Ele vai escutar histórias de vida, boas e ruins, vai escutar sobre o dia a dia dos alunos, sobre as brigas, perdas, etc. O professor que está sendo formado agora precisa estar preparado para ser não apenas professor, mas para expandir seu meio familiar, pois todas as crianças e adolescentes precisam saber que o professor não é apenas aquele que transmite o ensino, é aquela pessoa que está ali para escutar quando o aluno tem problemas. O professor vira parte da vida dos alunos e os alunos do professor. Afinal, é papel da escola reportar alguns casos para as autoridades especializadas quando necessário. E quem é a primeira pessoa a saber dos fatos? O professor. Aquele que convive diariamente com os alunos. O professor precisa ser paciente. Haverá casos de alunos explosivos e “mal-educados”, mas nem sempre isso é um mau sinal. Esses são reflexos do que o aluno está sentindo. A agressividade é usada como um escudo. O professor precisa contornar esse escudo e se mostrar como alguém de confiança, alguém diferente, que não fará com que o aluno passe as dificuldades que acontecem fora do ambiente escolar. Somente assim o aluno baixará a guarda e terá progresso em seus estudos. Ser professor não é tarefa fácil. Lidamos com nossos problemas, problemas da escola e problemas dos alunos todos os dias. O fardo que carregamos é pesado e, às vezes, deixa cicatriz. Como não há um sistema de saúde especial para nós, profissionais da área da educação, precisamos buscar por ajuda por nós mesmos. Nós precisamos de uma “válvula de escape” para não explodirmos em sala de aula e não deixar que nossas emoções interfiram. Alguns exemplos que sigo, e colegas da área também seguem, são: fazer yoga, ir à igreja, ir ao psicólogo, praticar exercícios, etc. 1.6 A Lição dos Gansos A lição dos gansos não se aplica a todos. Existem pessoas que são 8 contrárias ao esforço do grupo não por serem do-contra, mas por terem uma visão maior e melhor do resultado, sendo assim, ir na direção contrária nem sempre retarda o grupo, e sim, mostra os erros do grupo para que avancem com mais eficiência. Portanto, essa lição cabe para alguns casos, mas não para todos. Todas as pessoas precisam ter voz ativa, então se um indivíduo em um grupo é contra, é preciso levar em consideração a opinião exposta e avaliar se é válida ou não. Trabalho em grupo (equipe) não é tarefa fácil. Todos precisam ter mentes, olhos e ouvidos abertos. Cada ser humano é um indivíduo único com opiniões e crenças próprias e para que um trabalho em conjunto dê certo, é preciso que todos respeitem as diferenças e foquem no que é mais importante: o produto final. Então apoiar, respeitar, dividir e escutar faz parte do sucesso do grupo e do trabalho que está sendo feito, pois ninguém gosta de ser inferiorizado. Quando tratados como iguais, com os mesmos direitos, os resultados são indiscutivelmente melhores. Em sala de aula não é diferente. Por mais que o professor seja a imagem de liderança, não significa que os alunos sejam inferiores. Ser líder é ajudar, participar e guiar as pessoas, e não mandar e desmandar. O líder, no caso do professor, serve para mediar a educação, sempre promovendo a igualdade, respeito e tolerância entre ele e os alunos. 1.7 Assembleia na Carpintaria Não conheço uma pessoa que goste de ser apenas criticada. A crítica pode ser dolorosa e, muitas vezes, desnecessária. Se uma pessoa é criticada o tempo inteiro, a tendência é que ela perca motivação e se esforce cada vez menos. A crítica pode ser boa quando combinada ao elogio. Chamamos isso decrítica construtiva. Mostrar os erros e ajudar a pessoa a corrigi-los é um dos melhores caminhos a seguir. Quando o ser humano entende que está tudo bem em cometer erros, ele é estimulado a avançar. Somos seres movidos por vontades e desejos. Se não somos desafiados a alcançar algo, não teremos a vontade de fazê-lo. A crítica construtiva pode ser vista como um desafio para que possamos aprender cada vez mais, uma motivação para alcançar o objetivo e além. O professor pode e deve criticar os alunos, mas não pelo simples fato de apontar os erros. A crítica deve ser feita de uma maneira que o aluno entenda que o 9 caminho que foi tomado não é o melhor e o professor está ali para ajudá-lo a encontrar outros caminhos que possam favorecer ao seu sucesso. O mesmo caso serve para os professores. Nós podemos e devemos ser criticados, mas desde que a crítica esteja aberta para opiniões e debate. A crítica construtiva é sempre bem-vinda se a intenção é de crescimento e não rebaixamento. 1.8 Colheres de Cabo Comprido Significado de Equipe - substantivo feminino. Reunião de indivíduos que realizam (em conjunto) uma mesma tarefa ou trabalho: equipe de mecânicos. Esportes. Grupo formado por duas ou mais pessoas que se unem para competir no esporte do qual fazem parte; time: a equipe de voleibol do Brasil conseguiu a vitória. Etimologia (origem da palavra equipe). Do francês équipe. Definição de Equipe - Classe gramatical: substantivo feminino. Flexão do verbo equipar na: 3ª pessoa do singular do imperativo afirmativo, 3ª pessoa do singular do imperativo negativo, 1ª pessoa do singular do presente do subjuntivo, 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo. Separação silábica: e-qui-pe. Plural: Equipes (Dicio, 2018). Se nos basearmos apenas pelo significado da palavra, podemos dizer que trabalhar em equipe significa que todos trabalham em conjunto exercendo a mesma função. O que na realidade não funciona. Trabalhar em equipe, na verdade, significa que todos trabalham em conjunto, mas cada um usando o que tem de melhor. Em uma obra, por exemplo, nem todos sabem fazer o trabalho do arquiteto, ou do engenheiro, ou do eletricista. Cada um tem um conhecimento e função diferente dos demais, mas sem um desses integrantes, a obra não é finalizada. E é assim em todos as situações de trabalho em grupo. Quando o professor pede trabalho em grupo, ele já está estimulando e preparando os alunos para a vida, pois sem trabalho em grupo, é impossível sobreviver. Um escritor pode escrever seu livro completamente sozinho, mas ele precisa de alguém para revisar, do editor, dos publicitários, etc. Nascemos trabalhando em grupo, portanto questionar se nós alunos estamos preparados para trabalhar em grupo não é a questão correta. Seria mais prudente perguntar se nós estamos preparados para dar o que temos de melhor para contribuir com o grupo. Sobre a minha pessoa, a resposta é sim. Estou preparada para dar o meu melhor, sempre escutando as críticas construtivas para meu aperfeiçoamento e sempre 10 ajudando àqueles que necessitam do meu conhecimento e expertise. Pois, como educadora, essa é a minha função: sempre trabalhar em equipe. 1.9 Faça parte dos 5% Fazer parte de 5% da população que faz a diferença é pouco. Dá para fazer alguma diferença? Sim, mas não é grande. Porém, cada atitude e pensamento do ser humano conta. E, aos poucos os 5% podem se tornar 6, 7, e assim por diante. A mudança precisa começar por nós mesmos, para depois fazer a diferença em qualquer área ou até no mundo. A tarefa mais complicada é sair dos 95% das pessoas que não fazem a diferença. Mudar atitudes, escolhas, costumes, pensamentos e, às vezes, algumas crenças não é trabalho para os fracos. Para fazer a diferença e participar dos 5% é preciso muita força de vontade, determinação e luta. Mas não é impossível. O professor do texto não está errado em desejar trabalhar somente com os 5% de alunos que prestam atenção. É o desejo de todo o professor ter alunos interessados, engajados nas atividades e preocupados com seus futuros. Mas essa não é a realidade. Portanto precisamos fazer que todos os nossos alunos façam parte dos 5%, para que tenhamos nosso desejo realizado. O texto deveria ser lido para todo o corpo docente de uma escola, assim estimulando os educandos a ter aulas mais prazerosas para seus alunos e conquistando cada vez mais o interesse de todos. 1.10 O Homem e o Mundo O maior problema hoje em dia é a intolerância. Podemos ver isso nas guerras mundiais, na política, na religião, nos esportes, etc. A intolerância do ser humano para com os outros é tamanha que está tornando o mundo um lugar péssimo para viver e conviver com os outros. Se praticássemos mais o respeito à opinião dos outros, poderíamos estar evitando muitos conflitos. Com certeza isso seria viver em um mundo perfeito. O que podemos fazer, como educandos, é praticar a tolerância dentro das salas de aula, assim ensinando aos nossos alunos com o exemplo. Ter tolerância também significa ter paciência para escutar. Quando finalizarmos nossa graduação, não teremos pleno e completo poder sobre a educação. Seremos só mais 11 um com conhecimento para fornecer e precisamos estar cientes que o aprendizado é contínuo. Uma criança pode não ter conhecimento do mundo, mas pode ter conhecimento em outras áreas, como o afeto, o amor, o pensamento lógico, de cultura, etc. Podemos também aprender com os erros deles. Há inúmeras maneiras de o educador continuar seu aprendizado, mas isso só acontecerá se ele estiver ciente de que esse ato inicia em sala de aula. O professor sempre será aluno. 1.11 Professores Reflexivos A transição de um aluno de uma turma para outra, de uma escola para outra, ou até mesmo da escola para o mundo a fora pode ser boa como pode ser ruim. Mas de quem depende essa experiencia? Do professor. Como mencionado anteriormente nas reflexões do texto A Folha Amassada, o professor tem um papel muito maior na vida do aluno do que apenas um “transmissor programado de conhecimento obrigatório”. Cabe ao professor mostrar que há regras que deverão ser seguidas, debater essas regras com os alunos, criar mais ou retirar algumas regras; cabe ao professor demonstrar respeito e pedir respeito também; o professor precisa demonstrar-se disponível para os alunos caso eles precisem. O papel do professor é de ser mediador do conhecimento e também de relações interpessoais dentro de uma sala de aula. Se o professor der espaço para os alunos participarem ativamente das aulas, desde o primeiro dia, ele estará criando um ambiente seguro para a aprendizagem onde o aluno saberá que sua opinião é válida e é importante, ele não será só mais um nome na lista de chamada. 1.12 Um Sonho Impossível? A desigualdade social no Brasil e no mundo é inevitável. Sempre haverá desigualdade. Querer viver no socialismo ou comunismo nunca funcionou para a Rússia, Cuba e, como podemos ver, nem para a Venezuela. A desigualdade social nada menos é do que o reflexo de pessoas que lutaram para conseguir tudo o que tem e hoje são bem-sucedidas. Não vou entrar no mérito de quem merece ou não, afinal essa reflexão não é sobre política. O que devemos refletir é sobre a 12 desigualdade educacional. Essa sim temos como combater e vencer se quisermos. Primeira coisa a admitir é que a frase “todos os alunos são iguais” é mentira. Cada aluno é um indivíduo complexo, pensante e dono de opiniões e desejos próprios. Cada um deles vai aprender de uma forma diferente. Nesse sentido, não importa a raça, crença, condição financeira,time ou partido político, todos são alunos e merecem o mesmo ensino. Mas COMO esse ensino será fornecido, cabe ao professor. O maior desafio é saber como passar o conteúdo para todos de uma forma que todos, ou pelo menos a maioria entenda. Depois, identificar o porquê alguns alunos não entenderam e, assim, mudar a tática para que esses possam compreender como os outros. O professor precisa ser criativo, precisa estimular, incentivar, escutar, debater e, principalmente, respeitar o aluno. Se todos os profissionais da área da educação fizessem esse mínimo de sugestões, com certeza teríamos muito mais alunos em nossas salas de aula. 1.13 Pipocas da Vida A mudança sempre vem acompanhada do medo. Todos temos medo do novo, do desconhecido. Não saber o que vem pela frente nos assusta, pois não temos controle do que está por vir, portando é impossível nos prevenirmos. Por isso a mudança pode ser boa ou ruim, dependendo de como a pessoa aceita o que recebe da mudança. Acredito que toda a mudança é boa, mesmo que seja ruim. Toda ela é parte de um aprendizado maior que pode nos elevar como seres humanos, afinal, quem não erra não aprende. Mas há quem diga que não mudar faz bem também. Não acho errado. Pelo contrário! Mudar ou não depende da situação, do querer, da busca pessoal de cada um. Existe uma população (tribo) indígena no Brasil que há pouco foi descoberta e eles vivem da mesma maneira há anos, mantendo suas raízes e tradições. Só porque eles não têm conhecimento do nosso convívio social quer dizer que isso seja ruim. Precisamos pensar que a mudança é necessária em muitos conceitos, mas manter o “piruá” é de extrema importância, pois só assim conseguiremos manter as tradições e cultura que hoje em dia já estão ameaçadas de extinção. No ambiente escolar precisamos mostrar isso para os alunos: está tudo 13 bem sentir medo, mas mudar não é ruim. Como tropeçar também não é ruim, só vai lhe ensinar a olhar por onde anda. Então precisamos explorar esses conceitos com os alunos para que eles entendam que o mundo está em constante mudança e precisamos nos aperfeiçoar com ele. Inclusive os professores. 14 REFERÊNCIAS DICIO. Dicionário Online de Português. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/> Acesso em: Abril, 2018. SILVA, W.S. Prática do Ensino – Introdução à Docência. Material Didático EaD. Universidade Paulista. Unip Interativa. 2018.
Compartilhar