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Relatório analítica II: VOLUMETRIA DE PRECIPITAÇÃO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS 
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ANALÍTICA E FÍSICO-QUÍMICA 
QUÍMICA ANALÍTICA II APLICADA À FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 VOLUMETRIA DE PRECIPITAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
Joshua Levi Maia Magalhães - 400737 
Mac Dionys Rodrigues da Costa - 398722 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2018 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS 
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ANALÍTICA E FÍSICO-QUÍMICA 
QUÍMICA ANALÍTICA II APLICADA À FARMÁCIA 
 
 
 
 
(Mac Dionys Rodrigues da Costa) 
 
(Joshua Levi Maia Magalhães) 
(Professora Dra. Maria Mozarina Bezerra Almeida) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2018
1 
 
 
1 - INTRODUÇÃO 
 A volumetria de precipitação tem sua base em reações que formam compostos pouco 
solúveis. Elas são razoavelmente limitadas, porque muitas reações de precipitação não 
obedecem aos fatores necessários para uma titulação bem realizada, como a estequiometria ou 
a velocidade de reação. Além disso, apenas em um número reduzido dos casos é possível 
visualizar o ponto de equivalência da titulação, se fazendo necessário a utilização de 
indicadores que modifiquem a cor do sistema. 
 Nas práticas, foram analisadas amostras de soro, água comum e xarope expectorante, a 
fim de se determinar as quantidades de NaCl, de íons cloreto e de KI, respectivamente. Para tal 
feito, foram utilizados dois métodos denominados argentimétricos, pois são formados sais de 
prata pouco solúveis. O primeiro metódo, denominado Método de Mohr, foi desenvolvido para 
a determinação de íons cloreto, brometo e iodeto a partir de solução de nitrato de prata. Já o 
segundo, denominado Método de Volhard, é uma titulação de retorno que envolve a titulação 
do íon prata, em meio ácido, com uma solução padrão de tiocianato de potássio. 
 Neste relatório, a volumetria de precipitação será mais esmiuçada, tendo como base as 
práticas realizadas, bem como o objetivo das mesmas, e os posteriores resultados e discussões. 
 
2- OBJETIVOS 
 Determinar as concentrações de NaCl em soro em % (m/v), a concentração de íons 
cloreto na água comum em ppm, determinar a % (m/v) de KI em xarope expectorante; 
 Proporcionar o aprendizado sobre a volumetria de precipitação, sobre seu 
procedimento experimental e sobre suas aplicações. 
 
3- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 A volumetria de precipitação tem sua fundamentação nas reações de solubilidade. 
Quando há a adição de compostos iônicos em água, haverá a dissociação dos íons no meio, 
estabelecendo um equilíbrio entre os íons em solução e o sólido: 
 
 A constante de equilíbrio para a reação acima chama-se Kps (constante de solubilidade), 
e pode ser representada da seguinte forma: 
 Kps = [A+] + [B-] 
 A partir de tal sentença, é notável que quanto maior for a constante de solubilidade, 
haverá maior concentração de íons no meio e, consequentemente, maior será a solubilidade do 
composto. Na volumetria de precipitação, um dos principais fatores determinantes é o Kps do 
precipitado formado e as concentrações de reagentes. Por exemplo, no método de Mohr, a 
solubilidade do composto Ag2CrO4 é cerca de cinco vezes maior do que a do AgCl, devido à 
diferença de constantes de solubilidade. Logo, o AgCl precipita primeiro. 
2 
 
 Dois métodos argentimétricos foram utilizados: Mohr e Volhard. 
 No método de Mohr, o nitrato de prata é utilizado como titulante, para a determinação 
de íons como o cloreto, o qual funciona como titulado. Neste procedimento, acontece a seguinte 
reação: 
 
 No entanto, o AgCl é um precipitado branco, que não fornece a mudança visual 
necessária para se determinar o ponto de equivalência. Para se determinar o ponto de 
equivalência, se faz precisa a adição de K2CrO4, pois a reação da prata em excesso com este 
composto formará um complexo iônico de cor castanho avermelhado, que possibilita a 
identificação do ponto final da titulação. 
 
 Este excesso de íons prata deve ser eliminado do volume utilizado, para evitar erros 
analíticos e determinar com exatidão a quantidade de nitrato de prata que reagiu com cloreto. 
Para eliminar esse volume, o método de Mohr prediz que deve ser realizado um ensaio em 
branco, contendo apenas o titulante (AgNO3), um certo volume de água e o indicador (K2CrO4). 
Este ensaio é feito para se determinar a quantidade de íons prata que reage somente com o 
indicador, ou seja, a quantidade de íons prata que está em excesso. Determinado esse volume, 
é possível eliminá-lo da quantidade de volume utilizada anteriormente, para obtermos a 
quantidade de volume exata que reagiu com os íons cloreto. 
 Já no método de Volhard, é feita uma retrotitulação, na qual os íons prata em excesso 
retornam, para reagir com o titulante escolhido, que, no caso, foi o KSCN. Este procedimento 
foi utilizado para a determinação de KI em xaropes. Este analito reage com a prata, através da 
seguinte reação: 
 
 No entanto, o nitrato de prata foi colocado em excesso, formando uma quantidade maior 
de íons prata que o ideal. Este excesso deve reagir com o titulante, como supracitado, através 
da seguinte reação: 
 
 Sabendo a quantidade total de nitrato de prata e a quantidade que não reagiu (que é a 
mesma quantidade que reagiu com o titulante), é possível determinar o volume exato de nitrato 
de prata que reagiu com a amostra de xarope. 
 Todavia, nenhum dos precipitados formados é capaz de determinar o ponto final da 
titulação. Por causa disso, é colocado no sistema Fe3+, que será o indicador da titulação. É 
importante que o meio esteja ácido, para evitar a formação de Fe(OH)3. O íon férrico irá reagir 
com o íon tiocianato, através da seguinte reação: 
 
 Este complexo iônico formado apresenta coloração vermelha alaranjada, o que indica 
o ponto final da titulação. 
 
3 
 
4- RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Preparação das Soluções de AgNO3 0,1 mol L
-1 e de NaCl 0,1 mol L-1 
1. Preparação da solução de AgNO3 (mm= 170,0 g/mol) 0,1 mol/L: foi preparado uma 
solução de 100 mL de AgNO3 utilizando água deionizada e armazenando em um recipiente 
opaco objetivando evitar a redução do íon Ag+ que na presença da luz reduz-se a prata metálica. 
Inicialmente pesou-se 1,7029 g de nitrato de prata e dissolveu-se em 100 mL de água 
deionizada, a molaridade resultante foi calculada: 
M= m/mm x V  M= 1,7029 g/ 170g/mol x 0,1 L  M= 0,10017mol L-1 
 Por tratar-se de um padrão secundário, a solução necessita ser padronizada. 
2. Preparação da solução de NaCl (mm= 58,45 g/mol) 0,1 mol/L: foi preparado uma 
solução de 50 mL de NaCl utilizando uma massa do sal previamente dessecado a 105 °C e água 
destilada. Pesou-se 0,2932 g de cloreto de sódio e dissolveu-se em 50 mL de água destilada, 
resultando na seguinte molaridade: 
M= m/mm x V  M= 0,2932 g/ 58,45 g/mol x 0,05 L  M= 0,10024 mol L-1 
 Por tratar-se de um padrão primário, a solução manterá essa concentração e não 
necessitará de uma padronização. 
Padronização da Solução de AgNO3 0,10017 mol/L 
AgNO3 + NaCl  AgCl + NaNO3 (reação da titulação direta) 
2Ag+ + CrO4
-2  Ag2CrO4(s) (reação do ponto final) 
 Este processo foi realizado em duplicata, portanto os valores de volume e a molaridade 
encontrada será um valor médio. A solução padrão utilizada como referência foi 10 mL da 
solução já preparadaanteriormente de NaCl 0,10024 mol/L e o indicador foi 0,5 mL de K2CrO4 
5%. Os volumes de AgNO3 titulados foram 10,5 e 10,9 mL resultando em um volume médio 
de 10,7 mL e o volume titulado no ensaio em branco foi de 0,1 mL de AgNO3. Portanto o 
volume de AgNO3 que reagiu com NaCl foi de 10,7 - 0,1 = 10,6 mL. Calculou-se a molaridade 
da solução: 
Nº de mmol de NaCl = 0,10024 mol/L x 10 mL  1,0024 mmoles 
Se: 1 mol de AgNO3 _____________ 1 mol de NaCl 
 X ________________ 1,0024 mmoles 
 X = 1,0024 mmoles de AgNO3 
Logo: M= nº mol/ V  M= 1,0024 mmoles / 10,6 mL  M= 0,09457 mol L-1 
MÉTODO DE MOHR 
Determinação do teor de cloreto (Cl-) na água potável 
Ag+ + Cl-  AgCl (reação da titulação direta) 
2Ag+ + CrO4
-2  Ag2CrO4(s) (reação do ponto final) 
4 
 
 Este procedimento foi realizado em duplicata, portanto os valore de volume titulado e 
a concentração encontrada será um valor médio. A solução padrão utilizado como referência 
foi a solução de AgNO3 0,09457 mol/L recentemente padronizada e o indicador foi 1 mL de 
K2CrO4 5%. Os volumes de AgNO3 titulados foram 3,6 e 3,8 mL, resultando em um volume 
médio de 3,7 mL e o volume titulado no ensaio em branco foi de 0,2 mL. Logo o volume médio 
de AgNO3 que reagiu com os íons cloretos foi 3,7 – 0,2 = 3,5mL. Calculou-se o teor de cloreto 
em ppm e em %(m/v): 
Nº mmol de AgNO3: 0,09457 mol/L x 3,5 mL = 0,33099 mmoles 
Se: 1 mol de AgNO3 _____________ 1 mol de Cl
- 
 0,33099 mmoles _____________ X 
 X = 0,33099 mmoles de Cl- 
Logo: massa de Cl- = nº x peso atômico  0,33099 mmoles x 35,5 g/mol = 11,7503 mg 
ppm (m/v)= mg/L  11,7503mg/ 0,1 L = 117,503 ppm 
% (m/v)= g/100mL  0,0117503g/100 mL x 100% = 0,0117503 % (m/v) 
 Segundo a OMS, a água potável deve conter até 250 ppm de cloreto. Portanto, a amostra 
da água analisada está dentro do especificado segundo a OMS, sendo viável para o consumo. 
Determinação do teor de NaCl (mm = 58,45 g/mol) em soro fisiológico 
AgNO3 + NaCl  AgCl + NaNO3 (reação da titulação direta) 
2Ag+ + CrO4
-2  Ag2CrO4(s) (reação do ponto final) 
 Este procedimento foi realizado em duplicata, portanto os valores de volume titulado e 
a concentração encontrada será um valor médio. A solução padrão de referência foi a solução 
de AgNO3 0,09457 mol/L recentemente padronizada e o indicador foi 0,5 mL de K2CrO4 5%. 
Inicialmente, 20 mL de soro fisiológico foi diluído até 100 mL e posteriormente foi retirado 
uma alíquota de 10 mL para análise. Os volumes de AgNO3 titulados foram iguais nos dois 
testes, 3,6 e 3,6 mL, logo o volume médio corresponde a 3,6 mL e o volume titulado no ensaio 
em branco foi usado o mesmo já determinado na padronização da solução de AgNO3 0,10017 
mol/L, igual a 0,1 mL. Portanto o volume de AgNO3 0,09457 mol/L que reagiu com NaCl em 
soro foi 3,6 – 0,1 = 3,5 mL. Calculou-se a % (m/v) do NaCl em soro: 
Nº mmol de AgNO3: 0,09457 mol/L x 3,5 mL = 0,33099 mmoles 
Se: 1 mol de AgNO3 _____________ 1 mol de NaCl 
 0,33099 mmoles _____________X 
 X = 0,33099 mmoles de NaCl 
Logo: massa de NaCl: nº mmol x mm  0,33099 mmoles x 58,45 g/mol = 19,3466 mg 
Se: 10 mL ________________ 19,3466 mg 
 100 mL ________________ X 
 X = 193,466 mg 
5 
 
 A massa de NaCl presente nos 20 mL de soro é igual a massa presente nos 100 mL, 
porque a diluição não afeta a massa. 
Logo: % (m/v) = g/20 mL x 100%  0,193466g/ 20 mL x 100% = 0,98% (m/v) 
 Segundo informações contidas no rótulo, a solução conta com 
0,9% (m/v) de NaCl. Portanto, com um resultado 0,98%, podemos 
considerar que o soro está dentro do padrão especificado, porém a 
diferença de 0,08% pode ser atribuída aos erros de titulação que é 
inerente a toda titulação. 
 
Preparação da solução de KSCN 0,1 mol/L 
 Preparação da solução de KSCN (mm= 97,09 g/mol) 0,1 mol/L: foi preparado uma 
solução de 100 mL de KSCN utilizando água destilada e 1,0648 g do sal, após a dissolução 
calculou-se a molaridade: 
M= m/mm x V  M= 1,0648 g/ 97,09 g/mol x 0,1 L  M= 0,1096 mol L-1 
 Por tratar-se de um padrão secundário, a solução necessita ser padronizada. 
Padronização da solução de KSCN 0,1096 mol/L 
Ag+ + SCN-  AgSCN(s) (reação de titulação direta) 
SCN- + Fe+3  [FeSCN]+2 (reação no ponto final) 
 Este procedimento foi realizado em duplicata, portanto os valores de volume titulado e 
a molaridade encontrada será um valor médio. A solução padrão de referência foi 10,0 mL de 
AgNO3 0,09457 mol/L, juntamente com 0,5mL de indicador sulfato férrico amoniacal e 3 mL 
de HNO3 5 mol/L para acidificar o meio e evitar que o íon Fe
+3 do indicador precipite na forma 
de Fe(OH)3. Os volumes de KSCN titulados foram iguais a 9,7 mL nos dois testes, logo o 
volume médio foi de 9,7 mL. Calculou-se a molaridade da solução de KSCN: 
Nº mmol de AgNO3: 0,09457 mol/L x 10 mL = 0,9457 mmoles 
Se: 1 mol de AgNO3 ______________ 1 mol de KSCN 
 0,9457 mmoles _______________ X 
 X = 0,9457 mmoles de KSCN 
Logo: M= nº mmol/ V  M= 0,9457 mmles/ 9,7 mL = 0,09749 mol/L 
MÉTODO DE VOLHARD 
Determinação da concentração de KI (%KI) em xaropes 
Ag+ + I-  AgI + Ag+(excesso) (reação de precipitação de haleto) 
Ag+(excesso) + SCN
-  AgSCN(s) (reação de titulação de retorno) 
SCN- + Fe+3  [FeSCN]+2 (reação no ponto final) 
6 
 
 Este procedimento foi realizado em duplicata, portanto os valores de volume titulado e 
a concentração de KI (mm= 165,91 g/mol) encontrada será um valor médio. A solução padrão 
de referência foi 10 mL da solução de AgNO3 0,09457 mol/L, o indicador foi 1,0 mL de sulfato 
férrico amoniacal e 2,0 mL de HNO3 6,0 mol/L a fim de acidificar o meio e evitar que o íon 
Fe+3 do indicador precipite na forma de Fe(OH)3. Inicialmente 5,0 mL da amostra de xarope 
foi diluída até 50 mL e posteriormente retirado uma alíquota de 10 mL para análise. Os volumes 
de KSCN 0,09749 mol/L titulados foram 8,3 e 8,6 mL, resultando em um volume médio de 
8,45 mL. Calculou-se então a % (m/v) de KI: 
Nº mmol de KSCN: 0,09749 mol/L x 8,45 mL = 0,82379 mmoles 
Nº mmol de AgNO3: 0,09457 mol/L x 10 mL = 0,9457 mmoles 
Nº mmol de AgNO3 (reagiu com KI)= Nº mmol de AgNO3 (adicionado) - Nº mmol de KSCN 
Nº mmol de AgNO3 (reagiu com KI)= 0,9457 mmol – 0,82379 mmol 
Nº mmol de AgNO3 (reagiu com KI)= 0,12191 mmol 
Se: 1 mol de AgNO3 (reaagiu com KI) ______1 mol de KI 
 0,12191 mmoles ______________ X 
 X = 0,12191 mmol de KI 
Logo: massa de KI= mm x nº mmol  165,91 g/mol x 0,12191 mmol = 20,2260 mg de KI 
Se: 10 mL ____________________20,2260 mg de KI 
 50 mL ____________________ X 
 X = 101,1304 mg de KI 
 A massa de KI presente nos 5 mLda amostra é igual a massa presente nos 50 mL, 
porque a diluição não afeta a massa. 
Logo: % (m/v) de KI= 0,1011304g/ 5mL x 100% = 2,02 % (m/v) 
 Segundo informações contidas no rótulo do Xarope NEO®, a 
concentração de KI é de 100 mg/5mL, isso nos dá uma %(m/v)= 2,00%, 
logo podemos considerar que a formulação encontra-se de acordo com 
o especificado no rótulo e, podemos atribuir que a diferença de 0,02% 
foi proveniente de erros de titulação que é inerente a qualquer análise de 
titulometria. 
 Vale ressaltar o controle de qualidade seguidos durante os 
experimentos de modo a julgar alguma alteração quantitativa dos resultados a partir de um mal 
manuseio dos reagentes e dos produtos em análise. Durante cada experimentação as vidrarias 
foram previamente lavadas e para garantir ainda mais o estado inalterados dos reagentes, foi 
feito a ambientalização das vidrarias e dos recipientes antes de colocar o material a fim de 
evitar a diluição pela presença de água, por exemplo, ou para prevenir uma potencial 
contaminação do reagente e/ou produto. 
7 
 
 A volumetria de precipitação como pôde-se perceber é um método de análise química 
quantitativa muito relevante para as análises de íons inorgânicos que reagem formando sais de 
baixa solubilidade, como é o caso do Cl-, I-, entre outros. Vale ressaltar a importância dessa 
prática para a formação do profissional farmacêutico, podendo ser empregado em análises 
clínica, hospitalar, perícia criminal, indústria e entre outros inúmeros campos de atuação do 
farmacêutico. 
 Assim como todo e qualquer método baseado na titulometria, os erros de titulação 
estarão sempre presentes nos resultados uma vez que o ponto final da análise depende das 
mudanças físicas do indicador e da habilidade visual do analista que depende da 
individualidade biológica de cada um. Portanto, os erros experimentais presentes nos resultados 
como a concentração de NaCl no soro fisiológico, a concentração de KI no xarope NEO®, as 
concentrações das soluções de AgNO3 e de KSCN quando padronizadas foram inferiores aos 
valores esperados, todos esses erros podem ser atribuídos pelo ao fato de que não estávamos 
em um ambiente com condições ideais para uma análise quantitativa, reagentes que reagiam 
com o meio externo diminuindo suas concentrações e entre outros fatores supracitados. 
 
5- CONCLUSÃO 
 Portanto, conclui-se que os objetivos das práticas foram alcançados em relação aos 
conhecimentos repassados para os alunos, trabalhando o pensamento científico crítico sobre os 
fatos observados. Pôde-se perceber que o método de volumetria de precipitação é eficiente e 
de grande importância para o conhecimento farmacêutico. Os resultados foram bem 
aproximados dos teóricos, uma vez que a molaridade das soluções de AgNO3 0,1 M e KSCN 
0,1 M padronizadas foram de 0,09457 M e 0,09749 M respectivamente, a concentração de íons 
cloretos na água foi 117,503 ppm sendo a concentração especificada pela OMS de até 250 ppm, 
a concentração de NaCl no soro fisiológico 0,9% foi igual a 0,98% e a concentração de KI em 
xarope expectorante 2,00% foi de 2,02%. 
 
6- REFERÊNCIAS 
1. Mendham, J; Denney, R. C; Barnes, J. D; & Thomas, M. J. K. “Vogel Análise 
Química Quantitativa”, 6a ed., LTC editora, Rio de Janeiro – RJ, 2002. Acesso: 
25/04/18 
2. Skoog, D. A.; West, D. M.; Holler, F. J.; Crouch, S. R.; Fundamentos da Química 
Analítica, Cengage Learning, São Paulo, 2008. Acesso: 25/04/18 
3. MANUAL DE LABORATÓRIO QUÍMICA ANALÍTICA II, p. 3-5, Universidade 
Federal do Ceará, Centro de Ciências, Departamento de Físico-Química e Analítica, 
Fortaleza - CE, 2018. Acesso: 25/04/18

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