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UNIVERSIDADE PAULISTA
JOHN MARCOS CORREIA DA SILVA
RA 1650169
NOME DA EMPRESA ANALISADA: 
PIM II
AMAMBAI-MS
2017
UNIVERSIDADE PAULISTA
JOHN MARCOS CORREIA DA SILVA
RA 1650169
NOME DA EMPRESA ANALISADA: 
PIM II
Projeto Integrado Multidisciplinar II
para obtenção do título de Gestor de
Recursos Humanos apresentado à
Universidade Paulista – UNIP
Orientador: Profa. Rosana Basilio
AMAMBAI-MS
2017
RESUMO
Este estudo trata-se de um Projeto Integrado Multidisciplinar VII (PIM VII), referente á projeto de pesquisa realizada no Terceiro semestre do Curso de Graduação Tecnológica de Recursos Humanos da Universidade Paulista - UNIP - foi realizado na empresa prestadora de serviços em saúde, Hospital Auxiliador, Av. Rosário Congro, 1533 - Três Lagoas/MS e vem discorrer sobre as disciplinas Saúde e Segurança no Trabalho: benefícios e assistência Social; Treinamento e Desenvolvimento; e Desenvolvimento Sustentável, tendo como intuito demonstrar de forma clara e em linguagem de fácil alcance, o funcionamento da empresa objeto da pesquisa aplicando -se o conhecimento adquirido no decorrer do curso de graduação tecnológica em gestão de recursos humanos, onde sobre a disciplina Saúde e Segurança no Trabalho serão mostrados dados relativos de como a empresa aplica este tópico no seu dia a dia, mostrando como funciona efetivamente o sistema de saúde e segurança ocupacional oferecido aos seus colaboradores considerando o subtópico benefício e assistência social, ou seja quando há que se notificar e/ou acionar a previdência social no caso de algum acidente de trabalho conforme a legislação, enquanto no tópico Treinamento e Desenvolvimento serão levantados e apontados dados que vêm demonstrar como se desenvolvem as carreiras na instituição, como são dados os treinamentos relacionando seus funcionários a reatividade ou proatividade, findando com a disciplina Desenvolvimento Sustentável, importante tópico, principalmente nos dias atuais, onde tanto se fala em sustentabilidade, a pesquisa tentará demonstrar como a empresa analisada gerencia seus resíduos, como lida com materiais descartáveis ou de uso único além de evidenciar métodos de reutilização ou reciclagem para garantia da sustentabilidade tão desejada. Na pesquisa serão levantados e demonstrados dados sobre a aplicação das disciplinas estudadas no bimestre utilizando-se o de pesquisa qualitativa como levantamento bibliográfico e de dados colhidos na própria empresa (pesquisa de campo), fazendo se então o cruzamento das informações traçando um elo entre a teoria e a prática, para se alcançar o objetivo que é ao final da pesquisa tentar alcançar a coesão entre as ideias do autor e do leitor. A tais disciplinas durantes o semestre oque tem por objetivo final inseri o aluno nas práticas gerenciais de recursos humanos fundamentadas nos conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula, com o caráter prático complementar do processo de ensino aprendizagem.
Palavras-chave: Segurança Treinamento, Desenvolvimento,Sustentabilidade, ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária ARH – Administração de Recursos Humanos CAT – Comunicado de Acidente de Trabalho CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CLT – Consolidação das Leis do Trabalho CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente CRAS – Centro de Referência de Assistência Social DDS – Diálogo Diário de Segurança EaD – Educação a Distância EPI – Equipamento de Proteção Individual EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual IMUPRE – Instituto Municipal de Previdência NR – Norma Regulamentadora NR’s – Normas Regulamentadoras PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional PIM – Projeto Integrado Multidisciplinar PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais RH – Recursos Humanos RSS – Resíduos de Serviços em Saúde SESMT – Serviço Especializado em Saúde, Medicina e Segurança do Trabalho WWF - World Wildlife Fund, traduzido como “Fundo Mundial da Natureza” em português.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................06
2. SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO: benefícios e assistência social ..........07
2.1 SAÚDE E SEGURANÇA NA EMPRESA..............................................................08
2.2 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO ........................................................08
2.3 QUALIDADE DE VIDA E ERGONOMIA..............................................................09
2.4 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO......10
2.5 COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO...............................................11
2.6 GASTOS COM A PREVIDÊNCIA MUNICIPAL …...............................................12
2.7 TREINAMENTOS E DESENVOLVIMENTOS …..................................................17
2.8 PROJETO PROPOSTO PARA MELHORIA NA QUALIDADE DE VIDA …..........13
3. MOTIVOS DE TREINAMENTOS NA EMPRESA …..............................................19
4. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL …............................................................21
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................26
REFERÊNCIAS ......................................................................................................28
1. INTRODUÇÃO
Este projeto integrado multidisciplinar (PIM VII) destina-se a apresentar a empresa do ramo de saúde Hospital Auxiliador, Av. Rosário Congro, 1533 - Três Lagoas/MS , empresa atuante na área de medicina preventiva, mas que tem como foco fundamental a medicina curativa, tendo em vista que é no hospital onde acontecem os internamentos das mais distintas patologias para diagnóstico e terapêutica.
Situado taticamente à Av. Rosário Congro, 1533 - Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, na saída da cidade, onde obrigatoriamente trafega todo o fluxo de veículos que cruza o município, facilitando, inclusive, o atendimento em situações de emergências, como acidentes de trânsito, por exemplo, o que indica a necessidade de periódicos treinamentos para melhoramento no atendimento ao público, principalmente no que tange à equipe de socorristas, enfermeiros e médicos conforme será demonstrado no capítulo pertinente.
Há em seu quadro funcional 128 funcionários efetivos das mais diferentes áreas, e cerca de, 2 prestadores de serviços, todos devidamente inseridos em um ambiente que preza pela higiene e segurança no trabalho, haja vista que em se tratando de um estabelecimento de saúde fica evidente que a higiene como fator primordial deve ir além da chamada limpeza local, valendo principalmente para a higiene ocupacional, que destaca o cuidado e o esmero com que esses profissionais devem ter na lida diária para evitar acidentes que muitas vezes podem implicar em contaminações cruzadas devido a atos inseguros, inclusive serão demonstrados elementos da pesquisa que tipificam tais atos, explicitando assim o que vem a ser segurança ocupacional, além, claro, de deixar evidenciadas quais providências devem ser tomadas em relação à comunicação de acidentes de trabalho quando ocorrem e se o funcionário terá algum benefício social a título de afastamento por a empresa em questão ganhou no ano de 2009 o prêmio regional de “Empresa Mais Lembrada no Segmento Saúde”, dado pela Agência Top Publicidade e Pesquisas, na região centro oeste MATO GROSSO DO SUL, tendo como lema não só a preocupação em desenvolvimento profissional, a empresa também tenta minimizar o impacto ambiental causado pela produção de lixo, tanto hospitalar, quanto comum, tentando gerenciar seus resíduos de forma a se gerir a empresa dentro do que se pode chamar de preocupação ecológica e social, visto que “o comprometimento de uma organização com a responsabilidade social também depende da avaliação e da revisão das atividades realizadas”.(CAPARRÓS, 2012, p.93),
procurando de maneira concisa demonstrar o que a empresa faz ou deveria fazer para se manter dentro de um desenvolvimento sustentável, assunto tão em voga nos dias de hoje.
Toda a pesquisa referente ao presente projeto foi feita de forma a se coletar dados através de pesquisa de campo juntamente com informações colhidas bibliograficamente através de ampla pesquisa literária, tendo como método a pesquisa qualitativa que visa proporcionar uma visão geral de um determinado fato (GIL, 1999, p. 43) e procura entrelaçar o conhecimento teórico adquirido ao longo do bimestre e aplicá-lo de prática no funcionamento da empresa, tentando assim harmonizar e otimizar o funcionamento da empresa e que serve para empreendimentos de qualquer segmento.
		2. SUPRIMENTO DE MÃO DE OBRA SAÚDE E SEGURANÇA
NO TRABALHO: benefícios e assistência social
Geralmente falando-se em suprimento de mão de obra se vem à cabeça que o que á fazer é simplesmente dispor a vaga, divulgar nos meios próprios e aguardar os candidatos para se suprir a necessidade da empresa quanto àquela função.
Muitas vezes, tem-se a falsa impressão que admitir pessoas é um processo simples, que basta se ter vários currículos em mãos, analisar e escolher o melhor e pronto: aí está o novo funcionário da empresa. Entretanto, por trás de toda essa movimentação, existem planos, estratégias e aspirações voltados às melhorias, bem como à competitividade, não só entre as empresas, mas também entre candidatos dentro delas. De uma forma geral trata-se da vida e da duração da empresa no mercado, onde apenas os mais fortes sobrevivem.(LOPES, 2012, p. 7)
A empresa, trabalhando com prestação de serviços em saúde, necessita de profissionais habilitados e legalmente inscritos nos órgãos competentes, caso de técnicos em segurança do trabalho que devem ter registro no ministério do trabalho e emprego, o que obriga a empresa a contratar profissionais capacitados, tentando alcançar um diferencial a mais, como é o caso dos técnicos em enfermagem, que além do curso profissionalizante e a inscrição no conselho próprio, devem ter na sua formação a especialização em enfermagem do trabalho. 
Como na área da saúde existe vasto campo de formação, não se tem dificuldade para recrutar pessoal quando necessário, pois a demanda de mão de obra é bem superior à oferta, principalmente no caso de profissionais de enfermagem, profissão que devido ao excesso de profissionais vem sofrendo uma desvalorização salarial significativa nos últimos tempos na região. Já nas funçoes de serviço geral, vigia e recepcionista precisa ter experiência no cargo, geralmente um curso de algumas horas já é o suficiente. Vale ressaltar que, infelizmente, muitas empresas não lhe atribuem sua devida importância, amargurando perdas financeiras, de recursos físicos e humanos, com processos ineficazes. Agem desta forma, talvez, por acreditarem que a provisão de pessoas é uma tarefa simples e que não lhe deve ser delegado muito tempo e recursos financeiros.
2.1 SAÚDE E SEGURANÇA NA EMPRESA
Segurança do trabalho pode ser definida como os conjuntos de medidas que são adotadas para minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador. (PORTAL AREASEG, 2014).
A empresa objeto de estudo desta pesquisa não difere das demais no quesito responsabilidade quanto à saúde e segurança de seus funcionários, para tal e por se tratar de uma empresa pública, portanto com funcionários estatutários, existe no Estatuto do Servidor Público do Município de Três Lagoas capítulo específico inerente às normas de segurança ocupacional em seu capítulo VI:
Art. 133 – Visando ao estabelecimento de medidas técnicas, administrativas e educacionais relativas à proteção da saúde, implantação e preservação de condições seguras de trabalho do servidor municipal abrangido por este estatuto, cabe à Secretaria Municipal responsável pela gestão de pessoal, através do órgão especializado em saúde, higiene e segurança do trabalho:
[...] V. a emissão de laudo atestando afecção como acidente de trabalho ou doença profissional, segundo os critérios da legislação federal; VI. a interpretação de afecção como pertencente ao grupo de afecções arrolados na Lei que disciplina o Regime de Previdência do Município de Três Lagoas; VII. a inspeção de saúde – médica e psicológica – visando a definição de compatibilidade entre as especificidades apresentadas por portador de necessidades especiais e seu cargo função; VIII a emissão de laudos concernentes à aposentadoria por invalidez; IX. a homologação de licença dependente de inspeção médica obrigatória; X. a definição de função perigosa ou insalubre e a especificação dos equipamentos de proteção necessários para atenuar as condições de risco;XI. a definição de área de risco em ambientes de trabalho.
O artigo citado relata sobre legislação municipal específica para gestão da segurança ocupacional, porém mesmo assim, a empresa vale-se não somente de legislação local, aplicando-se também considerações enunciadas em legislação federal, como disposto no parágrafo único do mesmo artigo: “Sem prejuízo das definições em ações concernentes à saúde, higiene e segurança do trabalho, definidas na legislação municipal específica, o órgão especializado no tema da Secretaria Municipal responsável pela gestão de pessoal seguirá os conceitos emitidos nas Normas Reguladoras e outros diplomas legais federais.” (TRÊS LAGOAS, 2005, p. 32).
2.2 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
Partindo efetivamente para o assunto saúde e segurança no trabalho, detectou-se na pesquisa que a empresa preza sim pela segurança de seus colaboradores, principalmente na prevenção de doenças ocupacionais, pois se tratando de um ambiente hospitalar a lida diária é com manuseio de materiais biológicos infectantes, assim como há um grande número de procedimentos em que se utilizam materiais pérfuro-cortantes, necessitando, portanto, constantemente da utilização de EPI’s por quase todos os funcionários, algo fundamental, pois segundo Daychoum (2008, p. 168) “EPI’s são ferramentas de trabalho que visam proteger a saúde do trabalhador, reduzindo possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada atividade.” e ainda “[...] o uso deste tipo de equipamento deverá ser contemplado sempre que não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade.” (DAYCHOUM, id. ibid.).
Viu-se, portanto que a empresa segue com suas obrigações no quesito segurança no trabalho e que oferece EPI’ a seus colaboradores, visto que em um estabelecimento de saúde as chances de se adquirir uma doença relativa ao trabalho é muito grande.
Figura 1 – Uso de luvas e jaleco no manuseio de materiais 
Fonte: Google imagens
Nota-se que às vezes há relutância de alguns empregados em usar os equipamentos de proteção individual, visto que por vezes são desconfortáveis de usar, mas que com um trabalho paulatino de conscientização os funcionários entenderão que o uso de tais equipamentos será para sua própria proteção.
Verificou-se, porém que na empresa não há o chamado DDS (Diálogo Diário de Segurança), importante ferramenta que segundo Neto (2014) “[...] serve para expressar os meios de prevenção de acidentes no ambiente de trabalho e que deverão ser seguidas”, pois se mostrando os riscos presentes no ambiente torna-se menos complicado conscientizar a equipe sobre eventuais riscos e percebe-se que muitas vezes o funcionário tem que “ser estimulado”, constantemente lembrado sobre a importância da prevenção para se evitar acidentes ou aquisição de doenças ocupacionais decorrentes de imprudência.
	2.3 QUALIDADE DE VIDA E ERGONOMIA
Limonge-França (1996) define qualidade de vida no trabalho como um conjugado de ações de uma empresa que abarca diagnósticos e implementação de relevantes melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais dentro e fora
do ambiente de trabalho, visando propiciar condições plenas de desenvolvimento humano para e durante a realização do trabalho, indo muito além do conceito de que um ambiente propício e seguro oferece tudo que o empregado precisa.
Como conceito o termo ergonomia procede do grego e está composto pelas raízes “ergon” que significa trabalho e “nomos” que significa norma ou lei, sendo definida na concepção como as normas do trabalho (CUADRADO, 2003) ou seja, refere-se à normas do trabalho ou conjunto de disciplinas que estuda a organização do trabalho no qual existe interações entre seres humanos e máquinas e que são geridas para melhor rendimento do trabalhador, melhor aproveitamento do número de horas efetivamente trabalhadas. (SIGNIFICADOS.COM, 2014) e para completar o conceito na enciclopédia virtual Wikipédia.com (2014) encontramos como definição “Ergonomia: a ciência de projetar o trabalho, os equipamentos e local de trabalho para adequá-lo ao trabalhador”, portanto nota-se que ergonomia preocupa-se com a interação entre o trabalhador e o ambiente de trabalho em que ele interage, com a adequação em equipamentos que são de seu uso para a execução de suas atividades diárias.
Especificamente na empresa objeto de pesquisa deste trabalho, verificou-se que há sim uma preocupação com os equipamentos utilizados pelos trabalhadores, onde se procura comprar equipamentos adequados, que vão desde luvas nos tamanhos mais diversos, aventais da mesma maneira, procura-se adquirir equipamentos mais modernos, que não dispendem muitas vezes de tanto esforço físico como eram feitos com os equipamentos mais antigos.
Um bom exemplo a ser citado são os aparelhos de pressão utilizados para verificação de pressão arterial nos pacientes, antes eram usados os aparelhos convencionais com pêra de insuflação que obrigava o profissional a ficar insuflando repetidamente tal artefato para se conseguir aferir uma pressão arterial, além de que usava-se também como complemente o estetoscópio, que muitas vezes causava otites e dores no conduto auditivo dos profissionais e que posteriormente foram trocados por aparelhos novos e digitais, que dispensam o uso manual para insuflação e não necessitam de estetoscópio para se mensurar os valores procurados, (Fig. 2).
Figura 2 – Tensiômetro manual e digital 
Fonte: Google imagens
Atitudes como esta demonstram o pensamento no sentido da palavra ergonomia, o que é confundido por muitos simplesmente como ginástica laboral, o que segundo o RH Portal é apontado como “[...] empresários que afirmam ter a ergonomia implantada na gestão de sua empresa, mas quando se tem um contato mais próximo com a realidade da referida empresa, percebe-se que há ginástica laboral e nenhuma ação ergonômica. Cuidado com essa visão equivocada!”. (RH PORTAL, 2013).Pode-se afirmar que com ações desta magnitude pode-se sim desenvolver no funcionário uma melhor qualidade de vida relacionada ao trabalho, visto que com menor esforço e maior produtividade saem ganhando a empresa e o colaborador.
		COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO
DE ACIDENTES DE TRABALHO
Não foi detectada na empresa durante a pesquisa constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho que é tratada na Norma Regulamentadora em seu tópico : “A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.” (BRASIL, 1978).
A empresa em questão, durante a pesquisa mostrou-se falha neste tema específico apesar do esforço que a mesma apresenta para manter dentro dos padrões aceitáveis o processo de saúde e segurança no trabalho o que por consequência acarreta na não implantação do Serviço Especializado em Saúde e Medicina do Trabalho – SESMT, o que ameniza é que há implementado o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, todos previstos nas devidas NR’s relativas a cada assunto.
A constituição da CIPA traz enormes benefícios para a empresa, afinal segundo Melo (2008) a comissão é um dos importantes mecanismos de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, com objetivo de tornar compatível o trabalho com a preservação da integridade física e a saúde do trabalhador, necessitando haver neste caso empenho da empresa, no caso dos seus gestores em procurar criar a referida comissão, afinal não é só pela legislação existente e o cumprimento dos diplomas legais existentes, pois “[...] uma legislação, por mais bem elaborada que seja, não obriga o cidadão a se engajar nessa luta”. (CAMPOS, 1999).
Portanto há também que se pensar nos benefícios advindos com o funcionamento de uma CIPA que vão além da prevenção de acidentes, há também os benefícios sociais gerados aos trabalhadores, descritos:
O funcionário que se inscrever para ser membro da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), já na inscrição começa a contar o período de estabilidade (se for eleito). - O funcionário eleito tem o direito a estabilidade no período em que for membro da CIPA que é = 1 ano + 1 ano apos o término do mandato, direito este que não pode abrir mão, (em caso de demissão deverá ser pago o salário referente ao período que faltar), portanto para este funcionário o desligamento só pode ocorrer por pedido de demissão. (DIREITOSSOCIAIS.COM, 2010)Considera-se, portanto, que a empresa corre o risco de ficar ultrapassada no quesito competitividade, pois nos dias atuais as instituições que andam calçadas na legislação protetiva dos trabalhadores tem um aumento de valor de mercado.
		COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO
Acidente de trabalho é definido por Araújo (2012) como: Acidente de trabalho é considerado como tal, quando acontece durante o exercício das atividades laborais. O acidentado, no caso o empregado ou segurado, deverá estar em pleno exercício do trabalho e o fato poderá acarretar, para ele, lesões corporais ou algum tipo de disfunção funcional que possa resultar na morte, perda ou limitação, seja permanente ou temporária, de sua capacidade para a realização do trabalho. (ARAÚJO, 2013, p. 69).
Na empresa Hospital Auxiliador, como qualquer empresa, não está livre de ocorrências como doenças ocupacionais e acidentes envolvendo seus trabalhadores, o diferencial encontrado na pesquisa é que por ter um instituto municipal de previdência, os casos são encaminhados ao Instituto Municipal de Previdência – IMUPRE, que faz a vez de receber o beneficiário, realizar as perícias e posteriormente o pagamento de benefícios.
Em uma estatística levantada junto à Comissão de Controle de InfecçãoHospitalar (CCIH), haja vista que por não ter vínculo com o INSS, por consequência não há comunicação oficial junto a previdência federal de Comunicação de Acidentes de Trabalho – CAT, constatou-se que a maior parte das ocorrências levantadas durante o ano de 2013 foram de acidentes com materiais pérfurocortantes, visto que se trata de uma unidade hospitalar, onde se lidam bastante com materiais como seringas, agulhas, lâminas de bisturi e ampolas de vidro para acondicionamento de medicações, porém verificou-se também o caso de uma profissional da enfermagem que adquiriu uma doença por contágio e uma profissional do serviço de limpeza vítima de queda em piso escorregadio sofrendo uma luxação de dedo de uma das mãos.
Como visto a ocorrência predominante é o acidente com materiais pérfurocortantes, ocorrência que a unidade vem combatendo sistematicamente com a adoção de medidas pertinentes como as indicadas na NR 32 que dispõe sobre o trabalho em estabelecimentos de saúde e aponta a criação do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional, proibição de reencape de agulhas e desprezar tais materiais pérfuro-cortantes em recipiente próprio (Fig. 3).
Figura 3 – Simulação, dos Acidentes de trabalho do Hospital.
Fonte: Coordenador de acidentes, Google imagens.
Como prevenção, também foram detectadas as situações
em que mais ocorriam os acidentes com pérfuro-cortantes onde se incluiam: Durante reencape de agulhas; durante cirurgias ou procedimentos de emergência; quando agulhas desencapadas são deixadas soltas em lençóis, no chão ou desprezadas em recipientes imprópios. 
Além disso, verificou-se que a funcionária que sofreu uma queda acidental vindo a fraturar um dedo da mão, também ocorreu por conta do local estar com o piso molhado e escorregadio e não conter nenhum aviso, hoje já é rotina sinalizar pisos molhados com placas de advertência com os dizeres: “CUIDADO, PISO ESCORREGADIO”.
2.6 GASTOS COM PREVIDÊNCIAS MUNICIPAL
Quanto aos custos despendidos devido ao afastamento de funcionários por acidentes de trabalho ou doença ocupacional durante o ano de 2013 levantou-se os seguintes valores:
Figura 4 – Valores mês a mês com funcionários afastados jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez total
Fonte: Google imagens / Direção AdministrativaValores mês a mês com funcionários afastados jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez total
	Dos valores acima descritos constam valores gastos com exames laboratoriais, pagamento de dias de serviço em que o funcionário se ausentou, se beneficiando da previdência municipal e quase todos os 
Casos poderiam ter sido evitados com medidas simples, com cuidados básicos, o chamado prevencionismo, algo que a princípio fica a desejar na unidade por não haver nenhum profissional prevencionista, especialista ou técnico em segurança do trabalho, fazendo com que haja um gasto considerável e que poderia ser evitado.
	
2.7 TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
Neste capítulo, identificaremos como funciona o treinamento para o desenvolvimento funcional aplicado na empresa objeto de estudo desta pesquisa. Para Chiavenato (1999) “Processos de Desenvolver Pessoas são os processos utilizados para capacitar e incrementar o desenvolvimento profissional e pessoal”, neste contexto estão incluídos treinamento e desenvolvimento das pessoas, programas de mudanças e desenvolvimento de carreiras e programas de comunicação e consonância, ou seja, se a empresa não investir em desenvolvimento de carreiras através de treinamentos, o empreendimento tende a não ter tanto sucesso ou até mesmo fracassar, visto que a competitividade hoje no mercado faz com que as melhores empresas busquem sempre os melhores profissionais ou até mesmo desenvolvendo os profissionais já alocados na instituição, fazendo-o assim um profissional mais completo, mais preparado para o mercado e para as ações da companhia. Sendo ainda que Santos (2013) afirma que a educação corporativa é uma realidade nas empresas de vanguarda. 
Fig. 5 – Treinamento sob forma de palestra
Fonte: Google imagens / Administrador Geral
Os gestores devem ser formados e adquirir habilidades para atuarem como educadores, antes de planejadores, organizadores, diretores e controladores nas organizações [...] O treinamento como instrumento educacional transformador dos profissionais da organização, melhorando seu desempenho nas suas funções, bem como o desenvolvimento organizacional, como o processo de qualificação dos recursos humanos, materiais e tecnológicos, ao longo do tempo e do crescimento das organizações, serão as ferramentas para o alcance da multiplicação de conhecimentos pela organização moderna. (SANTOS, 2013 p. 9) Fica claro que a visão de que o gestor é o responsável pelo desenvolvimento das carreiras dos funcionários da empresa e que a proatividade do departamento de recursos humanos na concepção e execução dessa modalidade de desenvolvimento funcional é que indica a eficiência da ARH.
	
2.8 PROJETO PROPOSTO PARA MELHORIA 
NA QUALIDADE DE VIDA 
Como projeto para melhoria na qualidade de vida no trabalho aplicado a empresa Hospital Auxiliar, acreditando hoje em dia na situação em que se encontra, haveria a necessidade urgente de: Implantação da CIPA; Implantação do SESMT; Implantação do DDS; Contratação de profissional prevencionista; Levantamento das necessidades básicas da equipe profissional; Conscientização da importância da prevenção; Feedback dos anseios dos profissionais.
Fig. 5.1 – Treinamento sob forma de palestra
Fonte:http://hospitalauxiliadora.com.br/noticias/equipe-do-hospital-auxiliadora-participa-de-curso-sobre-educacao-permanente-da-rede-de-atencao-as-urgencias
	Esse Projeto é desenvolvido pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz em parceria com o Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde e envolve profissionais da macrorregião. 
	3. MOTIVOS DE TREINAMENTOS NA EMPRESA 
Várias são as vantagens, como já dito, de se realizar treinamentos e estimular o desenvolvimento funcional nas empresas, e a empresa aqui estudada não seria diferente, dentre os principais motivos poderíamos citar que “o treinamento pode liquidar gargalos como as falhas na comunicação, o remanejamento de pessoas em casos de substituições constantes motivadas por ausência de pessoas, implantação de novas tecnologias, novos procedimentos [...]” (ANDREIS, 2013).
Porém acreditando que a gestão de recursos humanos do Hospital aqui pesquisado compartilha o pensamento inserido até a década passada, de que o treinamento é visto como um centro de custos entre muitas rubricas que sinalizavam o apoio das atividades. (TACHIAZAWA, FERREIRA e FORTUNA, id. ibid.).
Neste sentido a administração de recursos humanos da unidade estudada se mostrou com pensamento arcaico, quase retrógrado, dando sinais de que ainda está muito longe de se aperfeiçoar no quesito treinamento e desenvolvimento, mas sempre é tempo para o novo, para mudanças e como sugestão a empresa deveria se modernizar, valorizando seu quadro interno, sabendo que o patrimônio da empresa também é composto por seus funcionários.
Método de Treinamento Adotado pela Empresa A empresa alvo desta pesquisa mostrou-se com uma ARH reativa ao extremo, pois pouco se preocupa com o desenvolvimento e treinamento de seus profissionais.
Poucos são os treinamentos oferecidos às equipes, o que deixa os profissionais da unidade defasados em relação ao conhecimento de novos métodos e tecnologias, algo que pouco colabora para a melhoria do atendimento prestado na unidade, que é atendimento em saúde aberto ao público.
Quando esses poucos treinamentos são oferecidos, eles são dados em formas de palestras (Fig. 6 ), sem obrigatoriedade do colaborador de participar, ao mesmo tempo também, nenhum incentivo é dado em contrapartida para a redução da reatividade do empregado, evento que se mostrou bastante desfavorável para a inserção da empresa nos modernos métodos de administração de recursos humanos.
Fig. 6 – Treinamento sob forma de palestra
Fonte: Googles imagens
A intenção de se capacitar os profissionais com palestra é louvável, pois segundo conceito as palestras servem como “quebra de rotina, “estando numa boa”, ideias novas fluem, pontos de vista diferentes provocam reflexão, distâncias entre querer e poder se reduzem e, assim, as soluções ganham forma. Além do que o treinamento incentiva o participante a usar o seu potencial em favor da empresa – e dele mesmo. (WKPRISMA, 2014), porém como já dito a reatividade funcional dos colaboradores beira à inércia, poucos querem realmente se capacitar.
O funcionário reativo é descrito por Trucom (2014) como quando Reativos, somos o efeito, os meros receptores, na periferia da Roda da Fortuna estamos ao mercê dos altos e baixos da vida (da roda), sem poder realizar comandos assertivos ou lúcidos. Ou seja, falta a força do centro, do eixo para Pró-ativar os comandos da Luz e boas semeaduras. O comportamento Reativo acredita que tudo que nos acontece tem um culpado externo. (TRUCOM, 2014, disponível em: http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=03000>).
Acredita-se que o principal motivo dessa reatividade funcional se deva a dois fatos principais que são: Por se tratar de empresa pública o funcionário adquire estabilidade; A empresa não dispõe de
ascensão funcional por mérito no seu plano de carreiras. Por fim a empresa não realiza avaliações funcionais, o que desestimula totalmente a equipe, somando-se a este fato que por si só já desencorajaria muitos, a prática somente de reuniões trimestrais com superiores arredios, cobrando sem ofertar ou ofertando pouco como retorno para o funcionário, sendo que o que funcionaria seria exatamente o contrário, pois “[...] um plano de desenvolvimento motiva as pessoas na organização, cria perspectivas de evolução e contribui para a melhoria dos resultados.” (TACHIAZAWA, FERREIRA e FORTUNA, 2006, p. 219).
Ao contrário do que a ARH apresenta e oferece na empresa objeto desta pesquisa, os funcionários deveriam ser estimulados, instigados a procurar se desenvolver nas suas carreiras ou até mesmo tentar novas carreiras, um caso típico é de um servidor do departamento de serviços gerais estudar um curso técnico em enfermagem por exemplo e alcançar uma ascensão funcional, seria justo, seria por seus próprios méritos, principalmente se considerarmos que hoje em dia a oferta de cursos que vão desde capacitações à cursos de graduação do ensino superior são ofertados na modalidade EaD, como Nóbrega (apud CHIAVENATO, 2002) relata que o ensino à distância está crescendo a ritmo acelerado, esse fato deve-se ao uso das novas tecnologias, como a internet, por exemplo, que possibilitou novas perspectivas na educação.
4. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Sobre o tema desenvolvimento sustentável, a empresa aqui estudada apresentou ideias e condutas que demonstram preocupação com o impacto ambiental causado pela produção de resíduos, haja vista que por se tratar de um estabelecimento de saúde a geração de resíduos é de grande monta, pois se lida com um número considerável de materiais descartáveis, portanto de uso único.
Porém o que fazer com esse descarte de grande volume de materiais descartáveis? Como gerenciar essa grande produção de resíduos, de produtos com resíduos biológicos sem contaminar o meio ambiente? Qual a responsabilidade social da empresa? Segundo a organização WWF (2014) a definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. (WWF – BRASIL, 2014, Disponível em: <http://w.wwf.org.br/>).
A empresa Hospital Auxiliador faz parcerias com associações de artesãos que recicla produtos considerados descartáveis, com órgãos da prefeitura municipal como o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, que trabalha com crianças e adolescentes em atividades ocupacionais onde também se trabalha com reciclagem, além de manter uma gestão de resíduos dentro do previsto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, pois nem todo lixo produzido na unidade é lixo infectante ou com risco biológico.
Com relação aos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), é importante salientar que das 149.0 toneladas de resíduos residenciais e comerciais geradas diariamente, apenas uma fração inferior a 2% é composta por RSS e, destes, apenas 10 a 25% necessitam de cuidados especiais. Portanto, a implantação de processos de segregação dos diferentes tipos de resíduos em sua fonte e no momento de sua geração conduz certamente à minimização de resíduos, em especial àqueles que requerem um tratamento prévio à disposição final. (BRASIL, 2006).
Para tanto a empresa objeto da pesquisa segue um esquema de gerenciamento de resíduos descrito na figura 7:
Figura 7 - Esquema de gerenciamento de resíduos
Fonte: Reciclar BR – Consultoria & Gestão Ambiental
Destarte é correto afirmar que com as parcerias realizadas e o pensamento focado na sustentabilidade, a empresa atende bem aos quesitos sobre desenvolvimento sustentável, pois a reciclagem se inicia dentro da própria unidade com atitudes como reuso da água utilizada em autoclaves para esterilização para lavagem de pisos e calçadas, fornecimento de material de vidro já esterilizado para reciclagem, além de se preocupar com uso da iluminação natural do sol durante o dia com janelas amplas, porém isoladas e transparentes, respeitando a condição de unidade hospitalar.
A empresa fez parceria também com empresa do ramo de tratamento químico e reciclagem de filmes planos utilizados para confecção de radiografias, além de resíduos de revelação de raios-x, algo que tem no seu descarte potencial extremamente poluente para o meio ambiente, pois a confecção de chapa radiográfica na geração de imagens gera diversos elementos de alta toxicidade, havendo ainda os reveladores que na revelação eliminam prata não sensibilizada pela ação da luz e fixação da imagem revelada e sendo a prata um metal pesado e altamente poluente, a sua liberação no ambiente é proibida por normas estabelecidas pela ANVISA através da Resolução 306/04 e CONAMA através da Resolução 358/05, ambas dispondo sobre gerenciamento de resíduos. (LIPORINI, MION e CAVALHEIRO, 2012), vindo, portanto a empresa responsável pelo tratamento químico e reciclagem das chapas de raios-x recolher o material e dar destinação final dentro das normas e resoluções pertinentes, mantendo a administração em seus arquivos recibos referentes à coleta desses materiais para o caso de fiscalização ambiental, findando ainda em todo este processo há a vantagem que com a captação e armazenagem para posterior recolhimento, o hospital tem a possibilidade de vender, ou doar, os filmes para empresas especializadas, possibilitando a geração de receita e providenciando a destinação correta a este resíduo químico. (JACQUES, 2012).
Porém o foco do desenvolvimento sustentável implementado na empresa é a reciclagem de materiais que não necessitam de cuidados especiais, como é o caso, por exemplo, dos frascos de medicamentos injetáveis, que são reaproveitados e utilizados para confecção de enfeites e lembranças (Fig. 8).
Figura 8 – Artesanato com frascos de medicação injetável
Fonte: Googles imagens
Por último e não poderia se deixar de dizer, a consciência ambiental observada durante a realização da pesquisa vai de pequenos gestos que evitam desperdícios de material, resíduos orgânicos (restos de alimento), incluindo-se a separação seletiva do lixo conforme figura 9.
Fig. 9 – Coleta seletiva dos resíduos
Fonte: Googles/ Coordenador coletas seletiva dos resíduos
E posteriormente através de convênio com parceiros, o lixo orgânico é recolhido para uma usina de compostagem para a produção de adubo orgânico, ajudando assim a sociedade civil e assumindo a sua responsabilidade social.Deste modo é correto afirmar que a instituição pesquisada trabalha dentro de suas possibilidades com um gerenciamento satisfatório de resíduos preocupando-se com sua parte de responsabilidade social que é quando empresas, de forma voluntária, adotam posturas, comportamentos e ações que promovam o bem-estar dos seus públicos interno e externo, sendo uma prática voluntária. (RESPONSABILIDADE.COM, 2014), afinal a empresa se preocupa com a reutilização da água não contaminada, com a reciclagem de materiais descartáveis que não necessitam de cuidados diferenciados, além de aproveitar a iluminação natural e dar destinação correta a metais provenientes de revelações de raios-x, além de realizar coleta seletiva, com envio de material orgânico para compostagem ajudando assim a reduzir o impacto ambiental de suas ações.
No quesito desenvolvimento sustentável, acredita-se que a empresa esteja em um patamar aceitável dentro do papel a qual se propõe.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final do presente projeto integrado multidisciplinar, viu-se que a empresa objeto de pesquisa deste estudo administra e gerencia o seu quadro de recursos humanos de uma forma muito antiquada, de uma maneira como dito anteriormente, podemos considerar que a pesquisa alcançou seu objetivo, que a princípio seria de se fazer um levantamento das
disciplinas estudadas no bimestre, mas se chegou a um patamar superior, pois realizou um diagnóstico da situação relativa à higiene e segurança do trabalho oferecida na empresa, além de se verificar os métodos de treinamento e desenvolvimento apresentados na empresa relativos à reatividade ou proatividade funcional, terminando com o que é feito no quesito sustentabilidade, ou seja, como a instituição avalia e executa o desenvolvimento sustentável para que possa cumprir seu papel social.
Para o tema saúde e segurança no trabalho sugere-se que a empresa introduza em seu campo de ação a aplicação das normas regulamentadoras que expressam a necessidade da criação de CIPA, implantação do SESMT além de tópicos relativo à segurança ocupacional que devem ser levantados e implantados na empresa, pois relativas à segurança e medicina do trabalho, pois todas as normas regulamentadoras são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta (BRASIL, 1978), além de que sob o mesmo tema acredita que a instituição deveria repassar os dados relativos a acidentes de trabalho e doenças ocupacionais diretamente à previdência social para fomentar o sistema de informação e fornecimento de suporte, afinal tal omissão implica descumprimento do artigo 2 da Lei 8.213/91 que diz: “A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.” (BRASIL, 1991).
Quanto ao tópico treinamento e desenvolvimento, verificou-se que na empresa a situação pode ser considerada grave devido à reatividade funcional e de ARH, causando impacto negativo na empresa, pois os funcionários são desestimulados por ausência de desenvolvimento funcional, o que emperra a ampliação de qualquer empreendimento, afinal o colaborador desestimulado tende a ser relapso e indelicado no atendimento ao público. (COBRA, 2004, p. 130), devendo assim haver estímulo para a proatividade funcional, tendo como iniciativa primária o próprio RH da instituição. Encerrando a análise da pesquisa, resta o assunto desenvolvimento sustentável, que foi o ítem melhor analisado nesta pesquisa, devido à intenção notória de a empresa se adequar às modernas técnicas de gestão ambiental e de resíduos, aplicando bem as técnicas existentes, o que fornece à empresa um importante instrumento gerencial para capacitação e criação de condições de competitividade. (TACHIZAWA, 2006).
Encerra-se então a pesquisa com a impressão de que a empresa objeto de estudo aqui descrita há muito que melhorar no quesito treinamento e desenvolvimento funcional, estimulando seus colaboradores e próprio RH para se tornarem atores proativos, devendo ficar a cargo dos gestores tal procedimento, se programar sobre a implementação de legislação pertinente às normas de segurança do trabalho para adentrar na legalidade incluindo-se aqui a questão das devidas comunicações de acidente de trabalho junto à previdência social, finalizando com a opinião de que sobre o assunto desenvolvimento sustentável, a instituição encontrase em pleno desenvolvimento de execução de ações carregadas de forte cunho social no quesito gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, devendo ser parabenizada pela responsabilidade social que demonstra. De um modo geral, aventa-se a possibilidade de a empresa estar de certo modo inserida no contexto aceitável para uma empresa de seu porte e características, visto que a empresa aqui estudada é uma empresa pública e que eventualmente independe de sua auto-gestão para seu crescimento.
Acreditando ter muito o que melhorar, sugere-se que a empresa tome para si a responsabilidade de qualificar a mão de obra que dispõe e que participe diretamente com os funcionários nas mais diversas atividades, atividades estas que vão de simples reuniões, à palestras motivacionais, e cursos de capacitação, melhorando assim a qualidade da mão de obra, tendo assim com certeza a possibilidade da empresa conseguir alçar voos mais altos, mais firmes, mais demorados, ou seja que a empresa efetivamente engrene como uma moderna empresa dos dias atuais, e que valorize assim então seus funcionários, vendo-os finalmente como colaboradores, convencendo-os de que o que é bom para a empresa, é bom para eles, e se torna bom para todos, tornado mais valorizado tanto a empresa em si, como seus funcionários.
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