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17 07.06 Manejo Reprodutivo

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Aula 17 07.06 Manejo reprodutivo 
Vcs vao ver que fazer estação de monta, grande parte do nosso sistema de produção, apesar de depender muito, a estação de monta eu acredito muito nela pra maior parte do nosso sistema de produção. Sempre que a gente ta discutindo a sazonalidade de produção de forrageira a gente vai ter épocas mais adequadas pro bezerro nascer, pra vaca produzir leite. Trabalhar com uma estação de monta é adequar o seu sistema de nascimento de bezerros para essas épocas mais adequadas, pra que o bezerro venha a nascer numa época com menor incidência de doenças, tem épocas que o manejo sanitário é um pouco facilitado devido a menor ocorrência de doenças, no final do período seco. A gente tem épocas mais adequadas pra matriz produzir leite principalmente qnd tem maior disponibilidade de forragem. Tem épocas mais adequadas pro bezerro começar sua vida de pastejador, desejável que isso aconteça durante o período das águas, qnd encontra uma forragem de melhor valor nutricional, maior digestibilidade que acaba contribuindo pro desenvolvimento do trato gastrointestinal. Na natureza, mesmo em propriedades que não tem estação de monta a gente vai observar maior concentração de nascimento de bezerros em determinadas épocas do ano. Q épocas são essas? Em geral é o final do período seco, muitas vezes fruto de uma época de maior fertilidade da matriz, que é a época que tem melhor oferta de forragem. Mesmo a gente pegando o período das águas, vai ter um período inicial de chuvas onde tem boa qualidade das forrageiras mas uma disponibilidade baixa. No final do período das águas apesar da oferta ser muito alta, tem forrageiras mais maduras e a qualidade já está caindo. A época de maior fertilidade das matrizes é o período intermediário entre o período das águas. Se eu tivesse que escolher um período pra acasalar as matrizes certamente seria esse período q elas estão mais férteis. Então, o q a gente faz numa estação de monta é acentuar ou concentrar a concepção das matrizes nesse período, quando é mais fácil delas virem a conceber. Qnd a gente pega a seleção natural, grande parte dos mamíferos de maior porte, eles têm um período gestacional por volta de 9, 10 meses de duração. Se nos formos olhar essa maior sobrevivência desses animais que acabaram naturalmente sendo selecionados, ela se dá em função disso, uma fertilidade numa época de boa oferta de alimentos, parto numa época de baixa incidência de doenças (final do período seco), então consequentemente esses animais irão sobreviver mais. Então grande parte dos mamíferos de maior porte têm um tempo gestacional de aproximadamente 9,10 meses exatamente para ter fertilidade numa época de maior oferta de alimento e no nascimento tem menor incidência de doenças, tem maior sobrevivência das crias. Trabalhar com a estação de monta é acentuar isso. Pensando que mais de 95 % do rebanho de cria está baseada em um sistema de pastejo, existe uma sazonalidade considerável da oferta de forragem. A exceção é a região Norte, mais próxima da linha do equador, onde tem um equilíbrio maior de chuvas ou um efeito de sazonalidade menor, apesar de ter alguma sazonalidade, ela é menos pronunciada do q a q ocorre no Centro-Oeste. A grande questão de adequar a reprodução das nossas matrizes é pq tem épocas de maior incidência de chuvas (nessas épocas tem maior produção de forragem) e tem épocas com menor produção de forragem. Então tem q adequar o manejo reprodutivo das matrizes ao que nos temos de manejo nutricional, pensando que o pasto constitui a maior parte da dieta desses animais. O que a gente vai fazer com uma estação de monta é trabalhar a nutrição delas nos períodos mais adequados. 
Pensando em atividade de cria, aproximadamente 85% da variação da economicidade desse sistema ou da lucratividade acaba sendo explicada pela fertilidade das matrizes. Eu tenho rebanhos onde eu tenho produção de bezerros, a fertilidade das matrizes explica o seu sucesso econômico. Se vc tem boa fertilidade das suas matrizes o seu sucesso econômico é elevado, se vc tem baixa fertilidade das matrizes o seu sucesso econômico deve ser menor. Toda a variação da economicidade dentro do sistema de produção, e aqui não to querendo dizer uma taxa alta de prenhez, to querendo dizer uma taxa compatível com oq vc vem investindo no seu sistema, mas a taxa de prenhez em geral ta muito relacionada ao seu sucesso econômico. 85% dessa variação é explicada pela reprodução das matrizes, então numa fazenda de cria, num ciclo completo de pecuária, oq eu preciso de fato é emprenhar matriz. Outras 10% das variações são explicadas pela taxa de ganho de peso dos animais, então o manejo nutricional pós nascimento. Outros 5% é explicado pela variação na qualidade de carcaça dos animais. Não to querendo dizer aqui que investir em genética seja algo ruim, mas valorização da carcaça pq vc ta produzindo uma carne de melhor qualidade explica apenas 5% do sucesso econômico do sistema de produção. Ela tem um impacto sobre a média dos nossos sistemas de produção relativamente baixo, pq a gente agrega valor a um percentual muito pequeno da carne que a gente vende no Brasil. Então o sucesso reprodutivo das matrizes é algo muito importante pro nosso sistema de produção. Eu preciso emprenhar ela. Em que época eu vou fazer isso? Qnd tem maior produção de forragem. Qnd a gente observa isso aqui, mesmo em sistemas de monta contínua, esse gráfico aqui acaba se repetindo. Eu tenho épocas onde tem maior produção de leite, que é o período intermediário do período das águas (novembro a janeiro), mas a gente tem uma época que tem melhor oferta de forragem, consequentemente, maior produção de leite e maior fertilidade das matrizes. O que a gente faz praticando uma estação de monta é acentuar isso aqui pra que o pico de prenhez das matrizes esteja no período que tem melhor oferta de forragem e o pico de lactação esteja aqui, pensando 45-60 dias pós-parto, o pico de produção de leite tb vai ser qnd tem melhor oferta de forragem. Se tivesse que escolher, onde eu escolheria o pico de lactação? Nas águas, qnd existe alimento pra que ela converta em leite. Pq no período seco o pico de lactação dela seria muito menor do que uma vaca com pico de lactação nas águas. Então, oq a gente faz praticando uma estação de monta é fertilizar a maior parte das matrizes aqui e os bezerros nascerem no final do período seco e o pico de lactação da vaca qnd tem boa oferta de forragem. O início da vida de pastejador desses bezerros, que nasceram em setembro, outubro, novembro, será em dezembro, janeiro, fevereiro, pastejar em maior qntd em fevereiro, março, abril qnd ainda tem boa oferta de pasto. Se um bezerro nasce mais tarde ele vai começar pastejar numa época que o pasto está mais "passado" e o desempenho dele passa a ser prejudicado. 
Aqui só pra ilustrar um pouco, um trabalho avaliando o banco de dados da ABCZ, 333.259 bezerros avaliados pela ABCZ, nascidos nas diferentes épocas do ano. Qnd a gente pega a Região Norte do Brasil não tem bezerros acompanhados. Qnd pega a região Nordeste tem um efeito menor de sazonalidade. Centro-Oeste tem banco de dados de 112.390 bezerros e eu tenho um bezerro nascido em fev-mar, desmamado com peso médio superior a 155kg e os bezerros nascidos em ago,set,out são desmamados com peso superior a 175kg. Vou selecionar esses animais, quem desses animais tem melhor mérito genético? Não da pra saber, eu to ilustrando efeito de ambiente aqui. A gente espera que dentro desse banco de dados da ABCZ tenha animais relativamente homogêneos do ponto de vista de potencial genético, pelo menos em função da época de nascimento. O que de fato acontece, e que esse gráfico mostra, é que eu tenho um efeito de ambiente muito pronunciado. Na hora de selecionar vc tem bezerros com 155kg, outro com 175kg, vc tende a selecionar o desmamado mais pesado. Mas esse bezerro aqui, o menor peso dele ao desmame, não é fruto do pior mérito genético, e sim da pior condição ambiental que ele taencontrando, seja maior incidência de doenças (animal doente deixa de ganhar peso pois investe no sist imunológico), pior oportunidade nutricional pro bezerro ou pra mãe desses bezerros. Então, essa diferença é fruto de ambiente e não de mérito genético dos animais. Eu começo a ter dificuldade pra atribuir mérito aos meus animais se eu tenho bezerros nascidos o ano inteiro, pq esse bezerro (155kg) tem uma oportunidade muito diferente do outro bezerro (175kg). 
Pra falar de estabelecer ou não uma estação de monta primeira coisa q eu gostaria de separar pra não haver confusão desses conceitos. Estação de monta é o período restrito para cobertura dos animais. Monta contínua é o ano inteiro, 365 pra acasalar as matrizes. Inseminação artificial x monta natural. Monta natural o touro irá acasalar com a matriz naturalmente, solto no pasto. É importante separar esse conceitos pq eu posso fazer estação de monta e usar inseminação artificial? Posso. Posso fazer estação de monta e utilizar monta natural? Posso. Posso fazer monta contínua e fazer monta natural? Posso. Posso fazer monta contínua e fazer IA? Posso, é difícil ficar identificando vaca e inseminando o ano inteiro mas é possível. Posso fazer monta contínua utilizando tanto IA quanto monta natural. E tb posso fazer estação de monta utilizando IA ou monta natural. 
Desvantagens da monta contínua:
Nascimento de bezerro ao longo do ano inteiro: no gráfico a gente mostrou que tem épocas onde o bezerro tem melhor oportunidade de desenvolvimento e outras onde o desenvolvimento é prejudicado. Seja pela produção de leite da matriz, pela maior ocorrência de doença, pela oportunidade nutricional que ele está encontrando no pasto. Tem épocas mais ou menos adequadas. Seja do ponto de vista nutricional, seja do ponto de vista de manejo sanitário. Então, alguns bezerros podem ter o desenvolvimento prejudicado em função de monta contínua no sistema de produção. 
Menor fertilidade das matrizes: pq tem um aumento no intervalo entre partos pela menor concepção no primeiro serviço ou pela maior duração do tempo de serviço. Cuidado com informações de q uma vaca pari todo ano. Uma vaca que pariu em janeiro desse ano, ela vai parir em junho do ano que vem, ela não tem um intervalo de 12 meses, então não ta produzindo um bezerro por ano, ela ta produzindo um bezerro tds os anos mas com um intervalo entre partos muito aumentado. Como que se explica essa menor fertilidade das matrizes? Eu tenho uma matriz que pariu no final do período seco, ela está entrando no período das águas, ela está começando a encontrar uma oferta de forragem mais adequada e comparo essa matriz com uma que pariu no início do período seco que ainda vai passar por um longo período de oferta ruim de forragem. Onde vcs esperam um período mais curto de involução uterina? Naquela que tem melhor oferta de forragem. Então, a matriz com melhor condição nutricional passa menor tempo em anestro, gasta menos tempo pra emprenhar novamente. Oq acontece no sistema de monta contínua é que aquelas vacas que pariram em época inadequada vão gastar mais tempo pra emprenhar de novo e acaba aumentando muito o período de serviço (período entre o parto e a próxima concepção). No geral, qnd tem monta contínua tem maior período de serviço médio dos animais, vai ter um número razoável de animais que vão parir numa época adequada e vão emprenhar rapidamente, mas na média a tendência em sistema de monta contínua é ter maior período de serviço do que tem no sistema de estação de monta. Se tem maior período de serviço tem maior intervalo entre partos e menor fertilidade das matrizes. Enfim, aumenta o período de serviço, aumenta o intervalo entre partos e consequentemente tem fertilidade reduzida das matrizes. 
Dificuldade de controle zootécnico: difícil fazer controle com bezerro nascendo o ano inteiro. Vai ter q fazer identificação de bezerros um número maior de vezes durante o ano. Não é a prática do controle zootécnico, a maior dificuldade é utilizar a ferramenta de controle como ferramenta de gestão. Pq eu tenho avaliação de uma vaca, de um bezerro e eu tenho pouca liberdade pra usar aquilo ali como uma ferramenta de tomada de decisão. Pq eu vou ter outras influências, o peso desses bezerros no desmame, a condição encontra por esses animais influencia muito mais na seleção ou não de um animal do q o controle zootécnico q eu fiz. O que, de fato, é difícil nem é tanto o controle zootécnico apesar dele ser um pouco dificultado, mas a dificuldade é usar como ferramenta de gestão. 
Pergunta: qual é a média nacional de período de serviço em monta contínua? A gente tem, aproximadamente, 100 a 130 milhões de vacas em idade reprodutiva no nosso rebanho. Existe um nascimento próximo de 50, 55 milhões de bezerros nascendo por ano. Dentro das fêmeas, 170 milhões de fêmeas, isso são dados do IBGE de 2006 que não é um negócio mto interessante pq tem mais animais de 24 a 36 meses do q animais entre 1 e 2 anos, e aí como que vc explica isso? Como que eu vou produzir 100 animais se eu só tenho 50 do ano passado? Mas pegando a composição do rebanho baseado no IBGE a gente tem, aproximadamente, 80 a 100 milhões de matrizes com nascimento de 50 milhões de bezerros por ano. Então vc vai encontrar uma taxa de fertilidade próxima de 50%, isso quer dizer que o seu intervalo entre partos está muito próximo de 24 meses. A estimativa q a gente pega naquele trabalho da Embrapa é intervalo entre partos de 21 a 24 meses. Um bezerro a cada 2 anos. 
 
A grande dificuldade de se implementar uma estação de monta, começando a falar de desvantagens de uma estação de monta, é que vc chega em uma propriedade que o cara fala pra vc que a vaca dele pari td ano, de fato dificilmente uma vaca vai ficar um ano sem emprenhar e vai emprenhar só na estação da chuva do ano que vem. Ela vai emprenhar no período seco, mas ela vai emprenhar. E aí pra vc implementar uma estação de monta em uma propriedade, sempre que vc restringir o período de acasalamento, naquele período em que a sua estação de monta estiver em implementação, invariavelmente, vc vai ter uma redução da produção de bezerros. Vc pega um sistema que pratica monta contínua e estabelece uma estação de monta, naquele período que vc estiver restringindo, a quantidade de bezerros que normalmente nasce naquele período vai ser oq vc vai ter de redução de bezerros no primeiro ano. Eu tenho um sistema que está praticando monta contínua e vou implementar de um ano para outro uma estação de monta de 90 dias, saio de um sistema de 365 dias para um de 90 dias de um ano pra outro. Aproximadamente, 40 a 60% dos nascimentos espero que esteja acontecendo aqui, dentro desses 90 dias, mesmo vc praticando 365 dias, eu espero que em função da disponibilidade de forragem 40 a 60% dos nascimentos dos bezerros estejam acontecendo dentro de 90 dias. Mas é óbvio que todo o resto do período que vc vai restringir, no primeiro ano vc vai ter uma redução da produção de bezerros de 40 a 60%, pq eu estou restringindo o outro período que eu tinha nascimento de bezerros. No ano seguinte vc espera maior fertilidade, mas no primeiro ano sempre vai ter redução de bezerros. Não é razoável, de um ano pra outro muda o sistema de monta contínua pra estação de 90 dias, vc vai restringindo os períodos onde vc tem pior peso dos bezerros ao desmame, pior fertilidade das matrizes aos poucos. E aí vc ter 10% de redução num ano, 10% no outro ano ao invés de ter 50% de uma vez só. Pq isso custaria muito caro, então a restrição vai acontecendo de forma gradativa. 
Pergunta: como que vc vai fazer isso gradual? A primeira vez vai fazer estação com qnts dias? O critério que vc vai adotar é: qnt que vc tem de nascimento de bezerros, qnt que vc quer investir pra implementar uma estação de monta? Do ponto de vista técnico, se vc tiver potencial pra investir e pra perder 50% dos seus bezerros no primeiro ano, eu faria isso num ano só. Agora, ngm aguenta perder tudo isso de uma vez. Então, é mais razoável ir fazendo isso de forma gradativa, eu começariacom uma estação de monta de pelo menos 6 a 7 meses. Começa com 6 meses, no ano seguinte reduz pra 4, depois pra 3. Do ponto de vista ideal, a duração da estação monta ideal seria de 1 dia. É a única forma de fornecer a mesma oportunidade pra tds os meus bezerros. É claro que isso é completamente utópico. Mas a gente tem feito grande parte dos nossos bezerros num dia quando a gente pratica uma estratégia de IATF, a gente aumenta muito minha concepção em um único dia dentro da propriedade. Isso visa promover a concepção das matrizes no dia q é mais adequado pros bezerros nascerem e fornecer uma boa oportunidade pra td mundo. 
Pergunta que não da pra ouvir. Eu sinto a obrigação de falar que é a IA. Não a IATF. Mas acredito que a gente vai ter uma ampliação muito grande. Em termos de fertilidade acredito que a gente esteja produzindo mais bezerros em IA do q em IATF. Mas é uma estratégica que tem ampliado bastante pq ela facilita muito o manejo e ela tem aumenta nos rebanhos a taxa de concepção. Não a concepção na IATF, mas o protocolo de IATF aumenta relativamente a fertilidade das matrizes. Mas ainda é pouco praticado. IA pra mim, invariavelmente, significa ganho genético. Alguém tem dúvida de que IA é igual a ganho genético? Eu posso pegar o melhor touro do mundo e colocar ele em monta natural? Do ponto de vista biológico eu posso, financeiramente ngm vai fazer isso. Eu nunca espero, em monta natural, o mesmo mérito genético dos touros que a gente tem em central de sêmen. IA significa ganho genético, maior potencial de ganho de peso, maior potencial de produção de carne. Não é uma técnica barata. Pra ilustrar isso, nós temos feito IA em aproximadamente 7% das nossas propriedades rurais. Um número ainda muito pequeno. 
Pergunta: mas ta relacionado ao tamanho do rebanho não tá? Está, mas não deveria. Pq eu pego rebanhos maiores aí eu vou ter maior custo de implementação, mas por outro lado eu tenho maiores benefícios. Nesses rebanhos maiores é onde eu teria os maiores ganhos em selecionar animais mais precoces, substituir mais rápido as matrizes e ter um sistema girando mais rápido. Mas está relacionado a custo, de fato os nossos pecuaristas têm baixo potencial de investimento. A gente tem um sistema onde a rentabilidade do pecuarista não permite erro (na deu pra entender direito), grandes investimentos em custo de produção. 
Então, uma das dificuldades de implementar a IA é essa redução na produção de bezerros por curto período de tempo. 
Vantagens do sistema de monta contínua:
Menos manejo
Mais barato?? Não e sim. Pq mais barato? Tem uma coisa que tem um impacto considerável no custo do sistema de produção. Alguém tem dúvida de que pra acasalar 1000 matrizes em 365 dias ou pra acasalar 1000 matrizes em 90 dias eu tenho uma demanda maior de touros num sistema de estação de monta do q na monta contínua? Eu posso falar em redução de custo qnd eu tenho mais tempo, tem menor demanda de touros. Cuidado ao falar relação custo x benefício. Talvez menor custo sim. Por exemplo, eu quero reduzir a minha estação de monta de um ano pra outro, de 365 pra 90 dias. É óbvio que o meu investimento em touros vai ter que ser elevado. Se eu não tenho esse potencial isso inviabiliza a implementação da estação de monta. Então, o potencial de investimento em touros é algo que pode inviabilizar a implementação da estação de monta. Obviamente, se eu só tenho 90 dias pra acasalar minhas matrizes cada ciclo que eu venho a perder aqui tem um custo mais elevado dentro do meu sistema de produção. Então eu preciso ter maior investimento em avaliação de touros, preciso ter touros melhores avaliados, de menor mérito genético, de melhor mérito funcional. Pq o custo de um ciclo perdido nesse sistema aqui acaba sendo maior do q no sistema de monta contínua. 
Algumas vezes vcs vão ver contas colocando a IATF ou a IA como algo mais barato do que a monta contínua pq vc não tem que sustentar o touro. Mas se vc for fazer a conta, do aluguel de pasto pra um touro durante um ano inteiro. 12 meses a 30 reais por mês: 360 reais de pasto, alguma coisa de suplemento mineral e medicamentos, mais o custo do touro (média de 7 a 9 mil reais), pega esses 9 mil e o período de acasalamento que esse animal teria potencial de montar suas matrizes e divide pela qntd de matriz q ele vai conseguir acasalar, chega num custo mais baixo do q o custo da IA ou IATF. Esses touros só montam 4 anos. Pq o pessoal da IATF vai falar q com 4 anos a genética dele vai estar obsoleta. Não, não é com 4 anos. No primeiro ano a genética dele já é pior do q outra. Falar que ele só fica 4 anos em monta é pq vc quer q ele fique só 4 anos em monta. Pergunta: mas 4 anos é pq depois ele vai acasalar com a filha dele não é? Isso depende do volume que vc tem, se vc tem um volume pequenos de animais no seu rebanho, sim. Nessa hora vc pode trocar touro com o vizinho, tem outra soluções pra esse problema que não somente trocar o touro pq ele ta acasalando as filhas dele. Mas isso é uma dificuldade de controle que vc tem. Mas vc não pode colocar isso como custo do touro. Outro cuidado com conta é de que um touro desse come igual uma vaca que produz 30,40 litros de leite por dia, um touro desse não come tanto. Em geral ele não é suplementado, um bom manejo de pasto é suficiente pra ele manter uma boa condição corporal. Então, eu não acredito que o custo da IA seja menor do q a monta natural. 
As vantagens do sistema de monta natural são bastante limitadas. 
Pensando numa estação de monta, as vantagens dela seriam oq a gente tem de desvantagem da monta contínua. Concentração de nascimento de bezerros nas épocas mais adequadas, concentração de pico de lactação das matrizes nas épocas mais adequadas, manejo sanitário dos bezerros nas épocas mais adequadas. Controle zootécnico mais fácil e funcional. 
Pergunta: a classificação zootécnica dele é menos confiável, pq tem mais dificuldade de fazer...? Não é q ele é menos confiável, eu posso ter um dado 100% verdadeiro. A dificuldade é q eu tenho um controle zootécnico desse rebanho, aqui a gente tá falando de bezerros nascendo o ano inteiro e bezerros que foram controlados zootecnicamente o ano inteiro, eu tenho peso de desmame de bezerro, em qlq época do ano q eles nasceram. A dificuldade é atribuir mérito a esse animal em função do meu controle zootécnico. Eu tenho esse peso ao desmame, mas q q eu vou fazer com essa informação, pra selecionar animal por exemplo? Praticamente nd. Então eu perco muito qualidade dos meus dados, não q eles não sejam confiáveis, mas a qualidade dele é baixa. 
Pergunta: se eu pegar a média ela ...(não da pra ouvir) os parâmetros são diferentes ao longo do ano, as influências são diferentes, alguma coisa assim? Pq q ele é confiável e não é funcional? Ele é confiável, eu posso ter um peso exato ao nascimento, peso exato ao desmame, intervalo entre partos exato, dia de concepção, dia do parto, posso conhecer tudo isso no sistema de produção. Eu faço monta contínua e faço IA, em geral se eu tenho monta contínua e 100% de IA eu tenho 100% de controle de dados de concepção das minhas matrizes, eu tenho um dado muito confiável em relação ao intervalo entre partos. Agora eu tenho um intervalo de parto de uma matriz de 14 meses e outra com 12 meses, mas essa aqui vem emprenhando na época da seca exaustivamente ou vem emprenhando muito tarde no período das águas e ela ainda assim tem um intervalo entre partos de 14 meses, eu posso ter essa matriz se ela tivesse emprenhando no início da estação de monta eu posso ter um melhor mérito reprodutivo dessa matriz do q da outra, simplesmente pq a primeira vez q ela emprenhou e ja emprenhou na época inadequada. Aqui eu tenho muitos fatores influenciando o resultado do intervalo entre partos, a taxa de fertilidade, peso ao desmame. Então a grande dificuldade é que o controle zootécnico seja utilizado como ferramenta de gestão. 
Quando vc vai implementar uma estação de monta existem 3 fatores a serem considerados: 
Época: onde vc vai concentrar o acasalamentodas matrizes. A melhor época pra implementar a estação de monta é qnd tem melhor oferta de forragem na propriedade. Já q a fertilidade das matrizes tem um impacto econômico muito grande no sistema de produção eu vou emprenhar as matrizes na época q é mais fácil fazer isso. A época mais fácil de emprenhar matriz é qnd tem melhor oferta de forragem. Dado o período de gestação das suas vacas, em geral, vc vai emprenhar as matrizes, vc deseja emprenhá-las, na mesma época q elas estão atingindo o pico de lactação. Então, a época mais adequada pra emprenhar sua matriz tb é a época mais adequada pra q ela venha apresentar o pico de lactação. 
Duração: eu tava falando pra vcs da estação de monta ideal, a gente falou de uma estação de monta ideal de 1 dia pra dar a mesma oportunidade pra td mundo. Mas eu vou tentar convencer vcs q dificilmente a gente vai baixar a estação de um período de 30 a 45 dias. A grande maioria dos nossos sistemas estão praticando uma estação de 90 a 120 dias. Pq dificilmente a gente baixaria de 30-45 dias? Pq a gente vai ver que uma estação de monta de 30-45 dias eu dou oportunidade pra q tds as matrizes tenham um intervalo entre partos próximo de 12 meses. Qnd eu tenho um tempo superior a isso é uma vaca que tá emprenhando no final da estação dificilmente ela vai emprenhar no ano seguinte. Pq ela vai parir no final da estação de nascimento e ela passa a ter um período menor pra emprenhar. Em geral, a nossa estação de monta tem durado de 90-120 dias com um período mais próximo do ideal entre 30-45 dias. 
Fertilidade dos touros: capacidade de fertilizar vacas que vc tem em um número de touros. Quero reduzir o período de estação de monta então vc tem q aumentar o número de touros pra acasalar as vacas. 
Só pra gente colocar o pq dos 30-45 dias. Pensando no início do ciclo de reprodução de uma matriz, um parto x, vai ter um período mínimo pra involução uterina. Do ponto de vista fisiológico isso acontece em, no mínimo, 30 dias, dificilmente as vacas voltariam a ciclar antes desses 30 dias. Na média pras nossas matrizes zebuínas, nas nossas condições de alimentação, esse período tem durado mais do que 30 dias, em torno de 40-45 dias. Mas fisiologicamente o tempo que precisa é de 30 dias. Depois desse período o matriz volta a ciclar, e ela pode vir a conceber. Esse período de involução uterina mais o período até a concepção a gente vai chamar de período de serviço. Pensando que nas nossas matrizes taurinas o tempo médio de gestação é de 280 dias, a gente quer um intervalo de partos de 12 meses, eu tiro 280 dias de gestação sobra 85 dias para período de serviço. Tiro, pelo menos, 30 dias para involução uterina vai sobrar 55 dias para emprenhar as matrizes. Mas pensando que a maior parte das matrizes são zebuínas, e elas têm um período de gestação um pouco maior, em torno de 290 dias, ao invés daqueles 85 dias vai sobrar aproximadamente 75 dias de período de serviço, ai tiro 30 de involução uterina e sobra 45 pra emprenhá-las. Se elas emprenharam dentro desses 30-45 dias eu vou ter sempre a oportunidade de promover a involução uterina antes do início da próxima estação de monta, oq dá a elas melhor condição pra emprenhar. 
E pra emprenhar matriz q q a gente precisa? Oq q faz uma matriz não emprenhar? Oq q faz ela ficar em anestro? Primeiro ponto é o período relacionado a involução uterina, ela vai ter um período que ela não vai ciclar. E esse período de involução uterina vai ser determinado pelo status nutricional da matriz. Qual outro fator relacionado ao status nutricional da matriz? O balanço energético positivo ou histórico de balanço energético positivo dessas matrizes. A gente poderia correlacionar isso com o escore de condição corporal (ECC). A única espécie mamífera q consegue conceber em condição nutricional inadequada é a espécie humana, tds as outras espécies pra que ela tenha manutenção do ciclo estral é imprescindível uma boa condição fisiológica, corporal. Qual o ECC ideal pra uma vaca entrar na estação de monta em estro e não em anestro? Depende da escala que está trabalhando. A escala ideal pra trabalhar é aquela escala que vc domina. Vou falar pra vcs da escala de 1 a 9 pq é o padrão da maioria dos trabalhos em bovinos de corte. Os escores mais baixos são atribuídos aos animais mais magros, os escores intermediários aos animais com boa condição corporal e os mais altos aos animais obesos. Em geral, no sistema de produção no pasto, não tem escores muitos elevados, não tem animais com excesso de gordura. Escore de condição corporal alto é um erro muito grave de manejo, pq animais obesos têm prejuízo na reprodução, eu estou pagando caro num plano nutricional pra esse animal e ele vai ter a reprodução prejudicada. 
ECC 1: animal severamente magro, com costelas e estrutura óssea facilmente visíveis. A aparência é q o couro ta pendurado na estrutura óssea. Vc não enxerga nenhum local de acúmulo de tecido muscular. Não tem capacidade de sobreviver se tiver q ir atrás de seu alimento. 
ECC 2: muito semelhante ao animal de ECC 1. Não enxerga tecido muscular. A diferença é que esse animal se locomove, anda atrás de alimento, tem capacidade de fugir de um predador. Apesar de muito magro tem vitalidade maior, melhor condições pra andar, pra sobreviver. 
ECC 3: muito magro, mas consegue enxergar algum tecido muscular. Vc enxerga a estrutura óssea mas tem pontos de maior acúmulo de tecido muscular. Sem gordura na costela e peito. Ossos do dorso e lombo facilmente visíveis. 
ECC 4: enxerga a estrutura óssea mas tb muito tecido muscular. Magro, com costelas visíveis. Nas paletas e quartos traseiros com quantidade moderada de músculos. . Ossos do dorso e lombo visíveis. 
Os escores antes desse eu consigo ver tds as costelas. No ECC 5 já não consigo mais ver as costelas. Animal que eu visualizo tds as costelas o ECC é 4,5 pra baixo. Animal com dificuldade de ver as costelas 4,5 pra cima. 
ECC 5: moderadamente magro, visualiza-se no máximo as duas últimas costelas. Pouca incidência de gordura no peito mas tem algum acúmulo de gordura na inserção da cauda do animal. 
ECC 6: grupo que tem menor taxa de anestro (5 a 6). É o que tem melhor aparência dentro do rebanho. Praticamente não enxerga ossos do dorso, não enxerga costelas. Cauda mais espessa, maior acúmulo de tecido no peito. Esse acúmulo de tecido no peito, do ECC 6 pra cima, exige um pouco de conhecimento dos seus animais pra vc conseguir notar, a impressão é de que o pescoço do animal está encurtando, mais largo e mais curto. 
ECC 7: acúmulo excessivo de gordura. Não espero dificuldade de parto, mas não espero a mesma fertilidade daqueles com ECC 6. Começo a ter maior dificuldade de acesso do espermatozóide ao óvulo. Aparência muito boa, peito cheio, inserção da cauda com acúmulo grande de gordura, não enxerga estrutura óssea. 
EEC 8: animal obeso. Acúmulo bastante excessivo de gordura, aparência quadrada, sulco mais profundo no dorso em função do acúmulo de gordura na região, pescoço muito curto. Muita dificuldade pra emprenhar esse animal, seja pela baixa taxa de animais ciclando ou pela dificuldade deles virem a conceber. 
ECC 9: excessivamente obeso. Mesmas características do anterior mas um pouco mais pronunciadas. 
A avaliação do ECC envolve: vc ver o animal se locomovendo, por tds os lados, em diferentes posições. Então não é uma coisa simples de se fazer, ainda mais em animais no pasto. Envolve mão-de-obra treinada, qualificada. Mostra fotos de ECC. 
Foto 1: ECC 1. 
Foto 2: ECC 2, nessa foto não tem muita diferença pra primeira foto, a diferença é que na primeira foto o animal está mais cabisbaixo. 
Foto 3: ECC 3, nota algum tecido muscular, mas ainda é bastante magro. 
Foto 4: ECC 4, enxerga alguns ossos, o dorso, o íleo, costelas mas tem bastante tecido muscular. As costelas estão bastante cheias de tecido. Quarto traseiro e paleta tem muito tecido muscular e mais dificuldade pra ver ossos. 
Foto 5: ECC 5 clássico, mas um 5 bem baixo. Jamais um 5,5. Aparentemente está muito bem, cauda com maiorqntd de gordura com algumas dobras, mas ainda visualizo as duas últimas costelas. 
Foto 6: ECC 6. animal bastante alisado. Não enxerga ossos do dorso e costelas, quarto traseiro e paleta bastante cheios de tecido. Encurtamento do pescoço. 
Foto 7: ECC 7, pescoço curto e largo, cauda bastante espessa, muito liso, não enxerga nd de osso. 
Foto 8: ECC 8, pescoço muito curto, cauda bastante levantada, não encaixa. 
Do ECC 7 pra cima em condição de pastejo, vcs dificilmente vão encontrar. ECC 8 jamais vai encontrar em pastejo. Mas tds eles significam erro de manejo no nosso rebanho. Principalmente pq eles terão maior dificuldade de emprenhar. 
Foto 9: animal de ECC 9 é excessivamente obeso. Mas é inadequado eu misturar diferentes tipos de animais na mesma escala. Um animal taurino em ECC 9,8,7 ou 6 é muito diferente de um animal zebuíno que é muito diferente de um animal leiteiro. O treinamento deve ser para o seu tipo de animal. Eu misturei pq eu não consegui achar uma foto pra colocar. 
Pergunta: esses ECC elevados são inadequados pra animais que vão pra reposição né? Pra qlq q seja a situação. A gente não abate animais com ECC acima de 7. Animais terminados em situação de confinamento, se vc for fazer ECC, um animal bem acabado é em torno de 7. Animal terminado no pasto usa ECC mais próximo de 6 até 6,5. Isso aqui pro nosso mercado já é um excesso de gordura, e vai ser penalizado no frigorífico na faca pq o excesso de gordura vai ser removido. 
Qnd q nós vamos encontrar um ECC 8 ou 9? Animais de pista, porém hj já tem vários juízes penalizando esse tipo de animal. Pq esse excesso de gordura pode ser confundido com maior acúmulo de tecido muscular. É um animal que vai se locomover mais lentamente. Se vc pensar num touro com ECC 8 ele terá dificuldade de montar as matrizes. As matrizes vão ter dificuldade de andar atrás de alimento, vai ciclar menos. 
Pq avaliar matrizes por ECC? Pq eu tenho uma correlação muito alta de reserva de gordura corporal e condição fisiológica de investir no ciclo estral. Eu tenho boa correlação de tecido corporal com taxa de animais ciclando. E eu tenho melhor correlação dessa condição corporal com a composição de tecido do q eu tenho de correlação do peso com a composição de tecido. Pq não seri adequado fazer avaliação desses animais por peso? Pq eu posso chegar numa propriedade e ter um animal de 450 kg de peso corporal e ECC 4, e ter um outro animal com os mesmo 450 kg e EEC 6. O animal de ECC 4 precisa ganhar condição corporal até a estação de monta e o de ECC 6 não pode acumular gordura até a estação de monta. Então eu tenho planos nutricionais completamente diferentes. Então, eu faço avaliação de ECC pq melhor correlação com o acúmulo de tecido. 
Basicamente, as medida objetivas q a gente tem, peso, relação peso-altura, podemos falar que é mais fácil de automatizar no nosso sistema de produção, é mais passível de automação do que o ECC. Até o semestre passado eu falaria pra vcs que é praticamente impossível fazer automação do ECC, mas existe uma tecnologia (usado no xbox), kinect, utilizada em alguns sistemas de avaliação, como o sistema BR Corte já tem procurado usar essa tecnologia pra fazer avaliação de ECC. Pq animais de escore mais baixo eu tenho maior variação no desenho do animal visto por cima. Eu pego animais de escores mais altos eles são mais arredondados, lisos. É uma medida que no futuro seja automatizada tb. 
A gente não faz avaliação de ECC pq é mais fácil, pq não é. Apesar de ser subjetiva, ser mais suscetível a erros, dificilmente vai ter um ECC 4 e 6 pro mesmo animal. É uma análise mais suscetível a erro mas com melhor correlação com o acúmulo de tecido do q com as outras medidas objetivas. 
Uma medida objetiva que poderia substituir com sucesso essa avaliação de ECC é a avaliação por ultrassonografia. Mas ela ainda é cara e não tem tanta mão-de-obra disponível pra fazer. 
Pergunta: qual o ECC ideal pra entrar na estação de monta? Entre 5 e 6, onde tem máxima taxa de animais ciclando, menor número de animais em anestro, retorno mais rápido ao cio. É interessante que seja mais próximo de 6 pq é desejável q ele entre num escore superior e que ele não entre na estação perdendo condição corporal, o ideal é que ele entre mantendo ou ganhando. 
Pergunta: vc tinha falado que acima de 6 não pode ver as costelas do animal, e o flanco vc pode ver ele? Eu pego o animal de ECC 6 e observo q ele está mais vazio, mas eu não vejo o limite da costela. Isso aqui não é costela, ela está coberta de tecido. Qnd eu pego esse animal (de escore mais baixo) eu enxergo exatamente a costela dele muito precisamente. Com o tempo vc vai vendo essa diferença, entre vazio e costela. 
Aqui um trabalho ilustrando a taxa de animais em anestro em função do ECC da escala de 1 a 9. Se vcs notarem não tem muitos animais em ECC elevados. Foi encontrada menor taxa de anestro com ECC ente 5 e 6. Ou seja, essa é a escala de ECC que vc espera maior número de animais ciclando na estação de monta. Então, vai traçar um plano nutricional pra manejar seus animais procure que eles cheguem a estação de monta com ECC de 5 ou 6. 
Outro trabalho avaliando isso. Mostra q animais em alto ECC ( alto dentro de condições de pastejo, o alto aqui é ECC inicial de 5,7 e final pós-desmame de 5,2) houve aumento da taxa de prenhez de qse 80% pra mais de 90% em função desse aumento do ECC. E não houve variação da taxa de fertilidade em função da suplementação ou não dos animais. Então, a gente tem uma influência muito grande da reserva corporal na taxa de animais ciclando. 
Esse trabalho mostra o retorno ao cio 40, 50 e 60 dias após o parto em de acordo com o ECC do animal. Mostra a porcentagem de animais em cio 40, 50 e 60 dias após o parto. Grande parte das matrizes gasta mais do que aqueles 30 dias para involução uterina. Das diferentes condições corporais, aos 40 dias pós parto havia de 20-30% dos animais ciclando, e qnd eu pego 60 dias pós parto animais de condição corporal magra 46% ciclando, em boa condição corporal 91% ciclando. Mostra q animais em boa condição corporal acabam retornando a atividade reprodutiva um pouco mais cedo q os que estão com condição corporal pior.

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