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Controle de Qualidade LÍQUIDOS E SEMI – SÓLIDOSLÍQUIDOS E SEMI – SÓLIDOS Tailane Sant’ Anna Moreira ØØ Géis,Géis, Pomadas,Pomadas, CremesCremes ee PastasPastas ØØ SistemasSistemas dede LiberaçãoLiberação TransdérmicaTransdérmica dede FármacosFármacos LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI-SÓLIDAS Géis: v Sistema semi-sólido: 2 componentesv Sistema semi-sólido: 2 componentes v Rico em líquidos v Estrutura contínua – semelhante a sólidos v O polímero não deve ligar ao fármaco. Pomadas: v Preparações gordurosas – anidra v Fármaco dissolvido ou disperso. LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS Cremes: v Emulsões semi-sólidas de aplicação externa. v Óleo-em-água: base lavável (evanescente) v Água-em-óleo: emoliente, serve para limpeza. FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI-SÓLIDAS v Forma semi-sólida preferida Pastas: v Pomadas contendo mais de 50% de pós dispersos na fase gordurosa. LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS Sistemas Terapêuticos Transdérmicos: vDispositivo liberador do fármaco para a pele (velocidade controlada) vVantagens: • Evita variáveis presentes na via oral; FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI-SÓLIDAS • Evita variáveis presentes na via oral; administração controlada (bom para fármacos de meia-vida curta); • Fármacos de índice terapêutico baixo; • Grande adesão; • Níveis plasmáticos constantes; • Efeitos colaterais; • Eliminação do efeito de 1a passagem • Disponibilidade de tecnologia para formulação LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS PARA CQ DE FORMAS SEMI-SÓLIDAS DETERMINAÇÃO DE PESO Cremes, pomadas, géis e pastas v Procedimento: 1. Numerar e pesar individualmente cada unidade; 2. Retirar o conteúdo; 3. Lavar a embalagem com cuidado para não remover a numeração; 4. Secar em estufa à 105 ºC por 1 hora ou até peso constante; 5. Esfriar à temperatura ambiente e pesar a embalagem vazia, limpa e seca; 6. Verificar a diferença entre a embalagem vazia/cheia. LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS PARA CQ DE FORMAS SEMI-SÓLIDAS Peso Unidades Especificação Até 10g 12 + 10 % Entre 60 e 150 g 10 + 5% Acima de 150 g 8 + 2,5% Especificações: ü A média das unidades deve ser igual ou superior ao volume/peso nominal declarado; ü A dispersão dos valores não pode ultrapassar o percentual indicado para cada peso nominal declarado; ü Se uma unidade for menor que o peso nominal declarado ou estiver acima da dispersão permitida, faz-se o teste com mais 20 unidades. üA média das 30 unidades NÃO DEVE SER INFERIOR a 100% do delcarado e no máximo 1 unidade pode divergir do limites de variação indicados na tabela. LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS PARA CQ DE FORMAS SEMI-SÓLIDAS DETERMINAÇÃO DE VISCOSIDADE Viscosidade é a expressão da resistência de líquidos ao escoamento v Unidade = Poise – Força necessária ao deslocamento de camada plana de líquido, com área de 1 cm2, sobre outra camada idêntica, paralela e distanciada q cm, à velocidade de 1 cm/s; v Ensaio no qual a especificação da temperatura é imprescindível; v Métodos mais utilizados: tempo de escoamento de líquidos através de capilares. vv IMPORTANTEIMPORTANTE:: calibração prévia com líquido de viscosidade conhecida permitindo avaliação comparativa da viscosidade relativa do líquido de ensaio. LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS PARA CQ DE FORMAS SEMI-SÓLIDAS AA CCBB A. Viscosímetros de Ostwald, Ubbelohde, Baumé e Engler – simples e baratos; B. Viscosímetros de Höppler – tempo de queda livre de esferas em tubos contendo o líquido viscoso; C. Viscosímetro de Brookfield – velocidade de rotação de eixos metálicos imersos no líquido. LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS PARA CQ DE FORMAS SEMI-SÓLIDAS VISCOSÍMETRO DE OSTWALD v Procedimento: 1. Determinar a densidade relativa d1 e d2 dos líquidos de referência e amostra; 2. Determinar o tempo de escoamento t1 e t2 de volumes iguais dos líquidos de referência e amostra; ƞ1/ ƞ2 = t1 d1/ t2 d2 ƞ1 = ƞ2 (t1 d1/ t2 d2) K = ƞ2 / t2 d2 ƞ = K d t K = ƞ /d t LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS PARA CQ DE FORMAS SEMI-SÓLIDAS v Procedimento: 1. Transferir para o viscosímetro, lavado e seco, quantidade suficiente de líquido para atingir 5 mm abaixo do traço de referência inferior; 2. Fixar o aparelho em termostato a 20 ºC2. Fixar o aparelho em termostato a 20 ºC e esperar que o líquido adquira a temperatura controlada; 3. Aspirar o líquido pelo tubo capilar com auxílio de pêra até que o nível do líquido exceda ligeiramente o traço de referência superior; 4. Soltar o tubo e acionar o cronômetro de precisão, retravando-o quando o menisco passar pelo traço de referência inferior. LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS PARA CQ DE FORMAS SEMI-SÓLIDAS ºC ŋ (cP) 15 1,140 16 1,110 17 1,082 v Procedimento: 5. Registrar o tempo decorrido diversas vezes até que os valores não divirjam mais que 0,5 segundos; 6. Determinar a viscosidade pela forma indicada corrigindo a densidade do líquido de referência pela temperatura utilizada no ensaio. 18 1,055 19 1,029 20 1,004 21 0,980 22 0,957 23 0,936 24 0,915 25 0,895 LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS PARA CQ DE FORMAS LÍQUIDAS DETERMINAÇÃO DE DENSIDADE RELATIVA Densidade relativa de uma substância é a razão de sua massa, pela massa de igual volume de água, amas a 20 ºC v Procedimento: 1. Utilize picnômetro limpo, seco e calibrado com capacidade de, no mínimo, 5 ml; 2. A calibração consiste na determinação da massa do picnômetro vazio e da massa de seu conteúdo com água, recentemente destilada e fervida, a 20 ºC; 3. Colocar a amostra no picnômetro, ajustar a temperatura, remover o excesso da substância e pesar; 4. Obter o peso da amostra através da diferença de massa do picnômetro cheio e vazio. LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS PARA CQ DE FORMAS LÍQUIDAS PICNÔMETROPICNÔMETRO SEGUNDO SEGUNDO GAYGAY--LUSSACLUSSAC D = (Mpic+A – Mpic vazio) – (Mpic+água – Mpic vazio) (Mpic+água – Mpic vazio) LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS PARA CQ DE FORMAS LÍQUIDAS DETERMINAÇÃO DE VOLUME NOMINAL Produtos Líquidos de Dose Múltipla v Procedimento: 1. Retirar o rótulo de todas as unidades, numerar e pesar individualmente cada unidade; 2. Retirar o conteúdo; 3. Lavar a embalagem com cuidado para não remover a numeração; 4. Secar em estufa à 105 ºC por 1 hora ou até peso constante; 5. Esfriar à temperatura ambiente e pesar a embalagem vazia, limpa e seca; 6. Verificar a diferença entre a embalagem vazia/cheia. LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS PARA CQ DE FORMAS LÍQUIDAS Pode-se obter os volumes correspondentes através do cálculo: V = m/d V = volume em ml; m = peso do conteúdo em g; d = densidade do produto em g/ml determinada a 25 ºC Volume declarado Unidades testadas DPR Até 10 ml 12 3,0% Entre 10 e 30ml 10 2,5% Entre 30 e 100 ml 6 2,0% Entre 100 e 250 ml 3 1,5% Acima de 250 ml 2 1,0% d = densidade do produto em g/ml determinada a 25 ºC LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS PARA CQ DE FORMAS LÍQUIDAS DETERMINAÇÃO DE VOLUME NOMINAL Produtos Líquidos de Dose Única e Injetáveis v Procedimento: 1. Testar o número de unidades indicadas de acordo com o volume comercializado; 2. Remover todo conteúdo com auxílio de seringa e agulha; 3. Efetuar a medição com auxílio de proveta calibrada; 4. Anotar os valores mínimo, máximo e individuais encontrados. O volume não deve ser inferior ao indicado na tabela a seguir LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS PARA CQ DE FORMAS LÍQUIDAS Volume declarado Unidades testadas De 0,5 a 3,0 ml 12 De 3,0 a 10,0 ml 10 Maior que 10,0 ml 6 Volume declarado ml Excesso mínimo para líquidos Móveis/ml Viscosos/ml 0,5 0,10 0,12 1,0 0,10 0,15 2,0 0,15 0,25 5,0 0,30 0,50 10,0 0,50 0,70 20,0 0,60 0,90 50,0 ou mais 2,00 % 3,00 % LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOSMÉTODOS PARA CQ DE FORMAS LÍQUIDAS ENSAIO DE GOTEJAMENTO Destina-se a determinar a relação do número de gotas por mililitro e a quantidade de fármaco por gota em formas farmacêuticas líquidas acondicionadas em recipientes com dispositivo dosador integrado v Procedimento: 1. Realizar com o frasco invertido na posição vertical ou conforme o ângulo de gotejamento indicado pelo fabricante; 2. Não realizar nenhum tipo de pressão a não ser que o frasco seja de polietileno; 3. Separar 30 unidades para realização do ensaio e proceder o teste com 10 unidades; 4. O ensaio de gotejamento é composto de 3 etapas. LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS PARA CQ DE FORMAS LÍQUIDAS 1a Etapa Determinação do número de gotas por mililitro v Procedimento: 1. Verificar na bula do medicamento o número declarado de gotas/ml; 2. Para cada unidade determinar a massa relativa ao número de gotas correspondente a 1 mililitro Ex: Na Bula – Este medicamento contém 20 gotas em 1 ml No laboratório – Pesar a massa relativa a 20 gotas do medicamento LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS PARA CQ DE FORMAS LÍQUIDAS 1a Etapa Determinação do número de gotas por mililitro Onde, n1 = número declarado de gotas/ml d = densidade de massa do produto em g/ml M1 = massa, em g, relativo ao número de gotas utilizado no teste N1 = (n1 x d)/ m1 LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS PARA CQ DE FORMAS LÍQUIDAS 2a Etapa Determinação da quantidade de fármaco por gota Onde, Q = quantidade de fármaco em mg/ml determinada no ensaio de doseamento; Nt = número de gotas/ml calculado. Qt = Q/Nt LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS PARA CQ DE FORMAS LÍQUIDAS 3a Etapa Determinação a percentagem em relação à quantidade declarada Onde, Qt = quantidade de fármaco em mg/gota calculada; Qd = quantidade declarada do fármaco, em mg/ml; N1 = número declarado de gotas por mililitro; Calcular a média das porcentagens individuais e o DPR %Qt = Qt x 100/( Qd / n1) LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS PARA CQ DE FORMAS LÍQUIDAS Critérios De Aceitação Ø O produto cumpre os requisitos do teste se as porcentagensØ O produto cumpre os requisitos do teste se as porcentagens individuais para cada uma das 10 unidades testadas estão situadas entre 85,0 e 115,0% da quantidade declarada e o DPR não é maior que 6,0%; Ø Se uma unidade estiver fora desta faixa ou a cima deste DPR testar mais 20 unidades; Ø O produto cumpre os requisitos do teste se no máximo uma unidade estiver fora da faixa de 85,0 e 115,0% da quantidade declarada e nenhuma unidade estiver fora da faixa de 75,0 e 125,0% da quantidade declarada e o DPR das 30 unidades testadas não é maior que 7,5%; LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS GERAIS DE CQ DETERMINAÇÃO DE SOLUBILIDADE Procedimento v A indicação da solubilidade se refere às determinações feitas à temperatura de 25 oC; v A não ser que a monografia indique, a expressão solvente se refere à água; v A expressão partes se refere a 1 g de sólido ou 1 ml de líquido no número de ml de solvente estabelecido no número de partes. LÍQUIDOS E SEMI-SÓLIDOS MÉTODOS GERAIS DE CQ DETERMINAÇÃO DE SOLUBILIDADE Termo Descritivo Solvente Muito solúvel Menos de 1 parte Facilmente solúvel De 1 a 10 partes Solúvel De 10 a 30 partes Ligeiramente solúvel De 30 a 100 partes Pouco solúvel De 100 a 1000 partes Muito pouco solúvel De 1000 a 10000 partes Praticamente insolúvel ou insolúvel Mais de 10000 partes