Aula 02 Introdução ao Direito do Trabalho

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DIREITO DO TRABALHO I 
AULA 2: Introdução ao Direito do Trabalho 
 
 
Direito do Trabalho I 
Origem e Evolução do Direito do Trabalho 
AULA 2: Introdução ao Direito do Trabalho 
Origem e Evolução do Direito do Trabalho 
1 
Fontes do Direito do Trabalho 
3 
AULA 3 Natureza jurídica e Autonomia 
2 
HIERARQUIA DAS FONTES E EFICÁCIA DAS NORMAS 
4 
PRINCÍPIOS DE DIREITO DO TRABALHO 
5 
Direito do Trabalho I 
1. Evolução do Trabalho Humano na História 
Pré-história 
Das origens do 
homem até 
4000 a.C. 
Antiguidade 
De 4000 a.C. 
até 476 
Idade Média 
De 476 até 1453 
Idade Moderna 
De 1453 até 1789 
Idade 
Contemporânea 
de 1789 aos dias 
atuais 
Simples 
cooperação 
Trabalho escravo 
 
Estratificação 
social 
 
Economia 
agrária 
 
Servidão 
 
Corporações de 
ofício 
Economia 
Comercial 
 
I Revolução 
Industrial 
 
Revolução 
Francesa 
 
Economia Industrial 
 
II Revolução 
Industrial 
 
III Revolução 
Industrial 
 
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1.1 Origem da palavra Trabalho: 
 
Latim tripliare – martirizar com tripadium; 
Direito do Trabalho I 
1.2 Fases do Direito do Trabalho (DELGADO,2017): 
 
1º) Formação (1802 – 1848) 
2º) Intensificação (1848 – 1890) 
3º) Consolidação (1890 – 1919) 
4º) Autonomia (1919 – até os dias atuais) 
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• Fase de Formação (1802 a 1848) 
 
Edição da Lei de Peel (Inglaterra) 
 
Adoção de normas protetivas aos menores (não sendo permitida a admissão de menores 
de 10 anos). 
 
 Leis que visam reduzir a violência brutal da super exploração empresarial sobre mulheres e 
menores, concedendo um maior caráter humanitário as relações de trabalho 
• Fase de Intensificação (1848 e 1890) 
 
Surgimento do “Manifesto Comunista de 1848” 
 
Na França, pelos resultados da Revolução de 1848, houve a instauração da liberdade de 
associação que havia sido tolhida pela Lei Chapelier 
 
Criação do Ministério do Trabalho. 
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• Fase de Consolidação (1890 a 1919) 
 
 Marco inicial: Conferência de Berlim (1890) e a Encíclica Católica Rerum 
Novarum (1891), publicada pelo Papa Leão XIII, que, sensibilizado pela intensa exploração do 
homem, agora “escravo” da máquina, tenta estabelecer regras mínimas para o trabalho. 
 
 Necessidade de uma nova postura das classes dirigentes perante a chamada “Questão 
Social” (Surgimento do Constitucionalismo Social) 
Fixação do: 
 
 salário mínimo 
 jornada máxima pré–definida 
 respeito a dignidade da classe trabalhadora 
 cumprimento das cláusulas contratuais 
 abolição do uso de violência nas reivindicações 
 intervenção estatal nas relações de trabalho. 
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• Fase da Autonomia 
 
Período: Criação da OIT (1919) com o tratado de Versalles, estende-se até 
o fim do século XX. 
 
Tratado de Versalhes, assinado pelas potências mundiais europeias, 
que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial, determinava que a 
Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por ela causadas durante 
a guerra e que, como forma de compensação, foi determinado que 
fizessem reparações a certo número de nações da Tríplice Entente -
Inglaterra, França e Rússia. 
 
Nesse Tratado que é previsto a criação da Organização Internacional 
do Trabalho – OIT, com sede em Genebra e composta pela representação 
permanente de 10 países, dentre os quais o Brasil. 
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Constituição do México de 1917 
 
jornada diária de 8 horas; jornada máxima noturna de 7 horas; proibição do trabalho de menores 
de 12 anos; limitação da jornada de menor de 16 anos para 6 horas; descanso semanal; proteção à 
maternidade; direito ao salário mínimo; igualdade salarial; proteção contra acidentes no trabalho; 
direito de sindicalização; direito de greve, conciliação e arbitragem de conflitos; direito à 
indenização de dispensa e seguros sociais. 
 
Constituição de Weimar na Alemanha em 1919 
 
participação dos trabalhadores nas empresas; liberdade de união e organização dos trabalhadores 
para a defesa e melhoria das condições de trabalho; direito a um sistema de seguros sociais; 
direito de colaboração dos trabalhadores com os empregadores na fixação dos salários e demais 
condições de trabalho, bem como a representação dos trabalhadores na empresa. 
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Carta Del Lavoro (1927), na Itália. 
 
Criação de um sistema corporativista, serve de inspiração Portugal, Espanha e Brasil. 
 
No corporativismo, o objetivo principal era o de organizar toda a economia e a sociedade em torno 
do Estado, promovendo o chamado interesse nacional, interferindo e regulando todos os aspectos 
das relações entre as pessoas. Nesse modelo, os sindicatos não tinham autonomia, estando à 
organização sindical vinculada diretamente ao Estado. 
 
 
Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) 
 
Prevê direitos trabalhistas, como férias remuneradas, limitações de jornada, dentre outros, 
elevando esses direitos trabalhistas ao status de direito humano. 
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1.3 Evolução histórica do Direito do Trabalho no Brasil: 
 
a) Abolição da escravatura (1888) 
b) Formação dos Sindicatos (1903) 
c) Código Civil de 1916 
d) Lei Eloy Chaves (1923) – Previdência para os ferroviários 
e) Getúlio Vargas (Anos 30) - Modelo Corporativo Italiano 
f) 1930: criação do Ministério do Trabalho 
g) CF/34 - Constitucionalismo social 
h) Criação da Justiça do Trabalho (1934) 
i) CF/37 - Estado Novo (Intervencionista - Regime Ditatorial) 
j) CLT (1943) 
K) CF/46 - Social Democracia 
l) Lei 605/49 (DSR) 
m) CF/67 e CF/69 
n) Leis Ordinárias (1962-1974) (Rural e Doméstico, Temporário, etc.) 
o) CF/88. 
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• Constituição Econômica (Arts. 1º, 170 e 193) 
 
Art. 1º Fundamentos da RF do Brasil: 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, 
observados os seguintes princípios: 
III - função social da propriedade 
IV - livre concorrência 
VI - defesa do meio ambiente(...) 
VIII - busca do pleno emprego 
 
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-
estar e a justiça sociais. 
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2. Conceito de CLT: 
 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) pode ser 
conceituada como um compilado de leis, em um único 
documento, em que constam as principais normas, 
referentes às relações individuais e coletivas, entre 
empregado e empregador. 
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3. Conceito de Direito do Trabalho: 
 
 
É possível definir Direito do Trabalho como o ramo da 
ciência do Direito que tem por objeto as normas, as 
instituições jurídicas e os princípios que disciplinam as 
relações de trabalho, determinam os seus sujeitos e 
as organizações destinadas à proteção desse trabalho 
em sua estrutura e atividade. (NASCIMENTO, 2013). 
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3.1 Divisão do Direito do Trabalho: 
 
• Direito Individual do Trabalho: 
Relação entre empregado e empregador. 
 
• Direito Tutelar do Trabalho: 
Regras de proteção do empregado. 
 
• DireitoColetivo do Trabalho: 
Relação entre grupo de empregados e grupo 
de empregadores. Envolve as categorias de 
empregado e empregadores. Greve. 
Sindicatos. Associações. 
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4. Natureza jurídica 
 
Direito privado; 
Direito público; 
Natureza mista (híbrida). 
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5. Autonomia do Direito do Trabalho 
 
Princípios e regras com identidade e diferença em relação aos demais ramos do Direito. 
 
Desenvolvimento: Legal, Doutrinário, Didático e Jurisdicional 
 
Relação com outros ramos do Direito (não é isolado) 
 
Diálogo das Fontes do Direito 
Art. 444, CLT. As relações contratuais de trabalho podem ser 
objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo 
quanto não contravenha às disposições de proteção ao 
trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e 
às decisões das autoridades competentes. 
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6. Fontes do Direito do Trabalho 
 
 
Fontes Materiais: 
 - fatores que ocasionam o surgimento de normas, envolvendo fatos e valores. 
 - fatores sociais, político, econômico, etc. 
 
Fontes Formais: 
 - exteriorização do direito (Direito Positivo) 
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6.1 Fontes Formais Heterônomas 
 
CF 
Leis e Medidas Provisórias 
Tratados e convenções internacionais 
Regulamento normativo (Decretos) 
Portarias, instruções normativas e circulares 
Sentença normativa (art.868 da CLT) 
Súmulas vinculantes 
Jurisprudência* 
Art. 8º,§ 2º da CLT: PROÍBE os tribunais de 
criar ou restringir direitos por meio das 
súmulas e enunciados de jurisprudência. 
Obs. (1): O juiz não pode deixar de julgar 
alegando lacuna ou obscuridade da lei (art. 
140, CPC c/c art. 15, CPC); 
 
Obs. (2): Nem julgar de forma contrária às 
normas da Constituição (art. 8º, CPC c/c art. 
15, CPC) 
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6.2 Fontes Formais Autônomas 
 
a) Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) - (art. 611, caput, CLT) 
 
b) Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)- (art. 611, §1º, CLT) 
 
c) Usos e Costumes (Art. 8º e Art. 460, CLT) 
6.3 Fontes Formais Especiais 
 
a) Sentença arbitral: 
Art. 114, §§ 1 e 2º CF, 
Lei 9.307/96 (Lei da Arbitragem), 
Lei 7.783/1989 (Greve) e 
Lei 10.101/2000 (PLR) 
 
b) Regulamento de empresa: 
Unilateral ou Bilateral 
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7. Hierarquia das fontes formais 
 
a) Regra Geral 
Princípio da Proteção (Art. 7º,caput, CF) 
Norma Mais Favorável 
Teoria Cumulativa 
Obs.: Limite à Norma Mais Favorável (Art. 623, CLT) 
(1) norma proibitiva estatal (ex: art. 7º, inc. IV, CF) 
(2) norma que contrarie norma de política econômico-financeira de governo (ex.: Lei 10.192/2001) 
b) Regra Especial 
Art. 619 da CLT (ACT/CCT > Contrato Individual) 
Art. 620 da CLT (ACT > CCT) 
 
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8. Resolução dos Conflitos de Fontes Formais 
 
Prevalência da Norma Mais Favorável 
 
- Teoria da acumulação (ou da atomização) 
- Teoria do conglobamento (conjunto ou bloco) 
- Teoria do conglobamento por institutos ou mitigada ou orgânica ou intermediária (Ex.: Lei 7.064/82) 
 
 
Flexibilização prevista em ACT ou CCT 
 
- Redução Temporária de Direitos (CF) 
 
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9. Interpretação do Direito do Trabalho 
 
Métodos de Interpretação 
 
Gramatical ou Literal; 
Lógica; 
Sistemática; 
Teleológica (Art. 5º LIDB); 
Histórica; 
Restritiva (limitativa); 
Ampliativa (extensiva); 
Declarativa; 
Autêntica; 
Jurisprudêncial; 
Doutrinária. 
 
 
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10. Integração do Direito do Trabalho (Art. 8º da CLT) 
Art. 8º. As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou 
contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios 
e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho e, ainda, de acordo com os usos e 
costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular 
prevaleça sobre o interesse público. 
 
§1º. O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. 
 
§ 2º Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos 
Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que 
não estejam previstas em lei. 
 
§ 3º No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará 
exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 
104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da 
intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. 
 
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11. Eficácia da Lei Trabalhista no Tempo 
 
* Art. 1º, LIDB. 
 
BRA - 45 dias depois de oficialmente publicada 
EXT - 3 meses depois de oficialmente publicada 
 
 
* Lei vigente à época do ato praticado. 
 
 
* Vacatio legis especial 
 
Art. 614, §§1º e 3º da CLT (ACT/CCT – 3 dias) 
Art. 868, P.U. da CLT (Sentença Normativa) 
 
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12. Eficácia da Lei Trabalhista no Espaço 
 
* Para empregado permanente sempre no mesmo país 
Lex Loci Executionis 
Código de Bustamante (Art. 198) – Dec. 18.871/29 
 
* Para empregado transferido para outro país 
Aplicação da Lei 7.064/82 (Art. 3º, II) 
 
* Marítimos e Aeronautas 
Lei do Pavilhão ou da Bandeira 
Código de Bustamante (art. 274 e 282) – Dec. 18.871/29 
 
 
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12. Eficácia da Lei Trabalhista no Espaço 
 
* Técnico estrangeiros transferido para prestar serviços provisórios no Brasil 
Decreto–Lei nº 691/69 
 
* Trabalho à Pessoas de Direito Público Internacional 
Inexistência de Imunidade de Jurisdição. 
Funcionários da entidade externa (ex.: Cônsul ou Embaixador) aplica-se a 
legislação do pais “acreditante” 
Demais funcionários aplica-se a CLT 
 
* Tratado de Itaipú 
Dec. 23/73 (26/04/1973) 
 
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13. Princípios do Direito Privado Aplicáveis ao Direito do Trabalho 
 
 
a) Autonomia da vontade (mitigada): Art. 444, caput, CLT 
 
“Art. 444. As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação 
das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção 
ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das 
autoridades competentes.” 
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O direito do trabalho pressupõe a desigualdade entre os contratantes e, por 
isso, o Estado impõe o modelo que deve regular as relações jurídico trabalhistas, 
outorgando superioridade jurídica ao trabalhador para compensar sua inferioridade 
econômica diante do empregador. 
 
Evita-se que as declarações de vontade ofendam os bons costumes, à soberania 
nacional, as previsões legais de boa-fé e utilidade social do contrato 
a) Autonomia da vontade (ampliada): Art. 444, Parágrafo Único, CLT 
 
“Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às 
hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e 
preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de 
diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o 
limite máximo dosbenefícios do Regime Geral de Previdência Social.” 
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b) ‘Exceptio non adimpleti contratus’: Nenhum dos contratantes, antes de cumprida 
sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. Representa o equilíbrio das 
prestações (Art. 476/477 do CC). 
c) Princípio da boa-fé nos contratos (Arts. 112, 113, 187 e 422, CC): Alcança as 
fases pré e pós-contratuais. Exige-se o comportamento leal dos contratantes. Deveres de: 
urbanidade e eticidade, lealdade e de cooperação, esclarecimento e informação, 
proteção e de cuidado. 
Obs.: Teto 
em 2018: 
R$ 5.645,80. 
13.1 Princípios Doutrinários do Direito Individual do Trabalho 
 
 
• Proteção ao empregado: 
- “norma mais favorável” 
- “in dubio pro operario” 
- “condição mais benéfica” 
 
• Primazia da realidade sobre a forma (Súm. 12, TST) 
• Irredutibilidade do salário (Art. 7º, VI, CF) 
• Continuidade da relação de emprego (Súm. 212, TST) 
• Proibição de alteração lesiva (Art. 468, CLT) 
• Irrenunciabilidade do direito (Art. 9º, CLT) 
• Princípio da Alteridade (Art. 2º, CLT). 
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• Prevalência da Condição mais Benéfica 
 
Aplicação da regra do direito adquirido (Art. 5º, XXXVI, CF/88); 
Trata da aplicação da lei trabalhista no tempo; 
Tratamento favorável ao trabalhador não pode ser suprimido; 
Ex.: Súm. 51 do TST e Súm. 288 do TST 
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• Prevalência da Norma mais Favorável 
 
Hierarquia das Normas. A posição da fonte hierarquicamente superior é ocupada, na 
aplicação ao caso concreto, pela norma mais favorável ao trabalhador. 
Teorias: Atomista / Conglobamento / Intermediária 
Obs.: Exceção => Art. 623 da CLT 
• In dubio pro operario (In dubio pro misero) 
 
É princípio de interpretação. Diante de um texto jurídico de sentido duvidoso a respeito do 
seu sentido e alcance, o intérprete deverá escolher, dentre as hipóteses interpretativas, aquela 
que melhor atenda aos interesses do trabalhador. 
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CASO CONCRETO: 
O Sindicato dos Empregados de Bares e Restaurantes de Minas Gerais celebrou convenção coletiva de trabalho 
com o Sindicato Patronal de Bares e Restaurantes de Minas Gerais. A referida norma coletiva estabeleceu para os 
integrantes da categoria profissional representada pelo sindicato profissional, o pleno funcionamento dos bares e 
restaurantes aos domingos com o devido revezamento do repouso semanal dos empregados, sendo uma folga aos 
seus empregados aos domingos, a cada duas semanas inteiras trabalhadas. Finalmente, as partes estabeleceram 
um prazo de vigência de 1 (um) ano para a vigência da convenção coletiva. Analisando o caso concreto 
apresentado, esclareça se esta norma coletiva se caracteriza como fonte material ou formal do direito do trabalho? 
Esclareça ainda, a diferença entre fontes autônomas e heterônomas. 
QUESTÃO OBJETIVA 
1- (FCC). Determinado princípio geral do direito do trabalho prioriza a verdade real diante da verdade formal. 
Assim, dentro os documentos que disponham sobre a relação de emprego e o modo efetivo como, concretamente, 
os fatos ocorreram, deve-se reconhecer estes em detrimento daqueles. Trata-se do princípio: 
a) da irrenunciabilidade; 
b) da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas; 
c) da primazia da realidade; 
d) da prevalência do legislado sobre o negociado; 
e) da condição mais benéfica; 
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• Referências: 
 
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 13ª. ed. São Paulo: 
Método, 2017. 
 
CAVALCANTE, Jouberto de Quadros Pessoa; JORGE NETO, Francisco 
Ferreira. Manual de Direito do Trabalho. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 
2017. 
 
CAIRO JR, José. Curso de Direito do Trabalho. 14ª ed. São Paulo: 
JusPodium, 2018. 
 
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 17ª ed. 
São Paulo: LTr, 2017. 
 
Direito do Trabalho I 
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Direito do Trabalho I 
AULA 2: Introdução ao Direito do Trabalho 
CONTEÚDO DA PRÓXIMA AULA 
 
 
Relação de Trabalho 
 
Relação de Emprego 
 
Trabalhado Autônomo 
 
Representante Comercial 
 
Trabalho Eventual 
 
Trabalho Avulso