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Aula 1 Introdução Sistematização do Cuidado II 1

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Faculdade Estácio de Sergipe – FaSe
Profª Raquel F. Melo
Introdução Sistematização do Cuidado II: Fundamentos teóricos e técnicos da propedêutica do exame Físico
“Eu ouço e esqueço, eu vejo e recordo, eu faço e compreendo” 
(Confúcio)
A melhor dinâmica para o aprendizado está na ação do aprendiz. 
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Conceitos Preliminares
Semiologia: deriva do grego semion + logia e significa o estudo dos sinais e sintomas das doenças. Inclui o levantamento dos dados durante a entrevista e exame físico.
- Semiotécnica: é um campo de estudo onde estão inseridas as mais diversas técnicas de exame físico do paciente e procedimentos de enfermagem.
Do grego ana = trazer de novo + mnesis = memória (ou seja, lembrança)
A entrevista realizada pelo enfermeiro tem como objetivo “estabelecer contato”
Habilidades do Enfermeiro
Saber ouvir e entender
Saber explorar os dados que o paciente traz
Demonstrar interesse e conhecimento
Ser receptivo
Estabelecer a comunicação terapêutica
Objetivos
O paciente dirá como percebe seu estado de saúde: condições físicas e psíquicas
Situar como é o cliente, suas características gerais e hábitos
Conhecer como o cliente percebe o processo saúde-doença: crenças e valores
Identificar as demandas de cuidado
Identificar sinais e sintomas
Leitura imediata das informações obtidas pela comunicação verbal e não-verbal
Fatores que dificultam a sua aplicação
Dificuldades emocionais  defesas e valores
Imposição de autoridade de enfermeiro
Ambiente inadequado
Expressão de opinião própria
Falta de habilidade técnica e científica
Falta de habilidade de relacionamento interpessoal
Dificuldades emocionais incluem os nossos julgamentos de valores, o que acreditamos ser certo e errado. Por isso acabamos podando os clientes e deixando-os inseguros quanto ao que devem ou não dizer.
autoridade de enfermeiro – “eu sei o que é melhor para vc”
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Anamnese
Introdução
Apresentação pessoal
Chamar o paciente pelo nome
Explicar o que acontecerá a seguir
Corpo da Entrevista
Entrevista propriamente dita
“Como o senhor está?’
Queixa principal (QP)
História da Doença Atual (HDA)
História das doenças anteriores pessoais e familiares
Uso de medicamentos e alergias
Hábitos e costumes
Fechamento da Entrevista
Avisar o paciente que o final se aproxima
Fazer um breve resumo dos dados mais importantes colhidos
Segundo Alba, a anamnese se processa didaticamente em 3 etapas: introdução, corpo e fechamento
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EXAME FÍSICO 
É uma avaliação sistemática, detalhada e profunda de todos os sistemas corporais.
A avaliação física permite ao enfermeiro acessar padrões que refletem problemas de saúde e também avaliar o progresso após uma terapia
A avaliação de saúde completa envolve o histórico de enfermagem (anamnese) e o exame comportamental e físico
Exame Físico
Solicitar a colaboração do paciente;
 A iluminação deve ser adequada;
 Respeitar a privacidade do paciente;
 Orientar o paciente;
 Realizar o exame físico no sentido céfalo-caudal;
 As mãos do examinador devem estar aquecidas e as unhas curtas;
Normas gerais para execução do exame físico
O paciente deve estar relaxado e confortável;
 Em órgãos pares (ouvido, olho, rins e outros) deve-se iniciar o exame pelo lado não afetado;
Evitar interrupções e/ou interferências;
 Evitar comentários e expressões acerca dos problemas encontrados.
Nunca forçar o cliente a continuar;
Adaptar a velocidade do exame de acordo com a tolerância física e emocional do cliente;
Normas gerais para execução do exame físico
Fatores que dificultam a realização do exame físico
Falta de conhecimento.
Falta de recursos, instalações físicas.
Condições físicas e psicológicas do cliente (dor, desorientado, agitado, inconsciente e etc.)
Técnica e preparo para o exame físico
Lavar as mãos antes e depois;
Explicar ao paciente o que vai ser feito, a fim de obter a sua colaboração – preparo psicológico;
Assegurar a privacidade do cliente;
Auxiliar o cliente a subir e descer da mesa de exame;
Dispor o material para o exame sobre a mesa auxiliar; 
Monitorar a expressão facial do paciente em relação à manifestação de desconforto ou dor;
Verificar sua higiene corporal;
Cobrir o paciente de acordo com o tipo do exame, e da rotina do serviço.
Ao examinar a genitália (caso o cliente permita), manter uma terceira pessoa de preferência do mesmo sexo do cliente.
Técnica e preparo para o exame físico
Equipamentos
Estetoscópio;
Esfignomanômetro;
Lanterna;
Balança;
Espátula;
Termômetro;
Fita métrica;
Algodão e agulha;
Otoscópio;
Outros
Propedêutica do exame físico
São cinco principais técnicas do exame físico: 
Inspeção 
Palpação
Percussão
Ausculta
Olfato
INSPEÇÃO
A inspeção consiste no processo de observação, no qual olhos e nariz são utilizado na obtenção de dados.
A inspeção começa pelo contato inicial com o paciente.
INSPEÇÃO
A inspeção pode ser direta ou indireta;
A inspeção pode ser estática ou dinâmica;
Estática: quando é realizada com paciente em repouso; 
 Dinâmica, na qual o examinador observa os movimentos corporais do paciente e as alterações decorrentes dos mesmos
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O QUE INSPECIONAR
Tamanho;
Cor
Formato
Posição
Simetria
Anormalidades
PALPAÇÃO
Palpação é técnica de exame que usa o tato e pressão 
O que identificar na palpação
Sensibilidade (tátil, térmica e dolorosa)
Dureza
Frêmito
Flutuação
Elasticidade
Edema
Textura
Tamanho
Temperatura
 TIPOS DE PALPAÇÃO
SUPERFICIAL ou LEVE
PROFUNDA
Palpação superficial ou leve: tem o objetivo de explorar a superfície corporal – 1cm
Palpação profunda: tem o objetivo de explorar os órgãos internos. Pode ser com uma mão ou ambas concomitantemente – 4 cm
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Mão espalmada - usa-se toda a palma de uma ou de ambas as mãos. Na segunda usando-se apenas as polpas digitais e a parte ventral dos dedos. Uma das mãos superpondo-se à outra
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Mão em garra
Palpação bimanual
uma das mãos aproxima a estrutura a ser examinada e e outra realiza a palpação
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comprime-se uma área com a polpa do polegar ou indicador
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