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COMO ESCOLHER O QUE OFERECER AO ALUNO E COMO GARANTIR A INTER-RELAÇÃO COM SUA VIDA

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Pontifícia Universidade Católica de Campinas 
 Centro Linguagem e Comunicação 
Faculdade de Artes Visuais 
Curso de Licenciatura em Artes Visuais 
 
 
Gabriel Resende dos Santos - 15126428 
Professora: Tatiana Cuberos 
 
 
COMO ESCOLHER O QUE OFERECER AO ALUNO E COMO GARANTIR A 
INTER-RELAÇÃO COM SUA VIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campinas, Junho de 2018. 
1 
Como escolher o que oferecer ao aluno e como garantir a inter-relação com sua vida 
1. Introdução 
O ensino de artes nas escolas brasileiras se tornou obrigatório para a 
educação básica brasileira desde 1971, de acordo com a reformulação da “Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação”, mas segundo Barbosa (1989) havia um déficit de 
profissionais para atuar como arte-educadores, criou-se então cursos universitários 
precários para preparar os profissionais. 
O currículo de Licenciatura em Educação Artística na universidade pretende 
preparar um professor de arte em apenas dois anos, que seja capaz de 
lecionar música, teatro, artes visuais, desenho, dança e desenho geométrico, 
tudo ao mesmo tempo, da 1ª à 8ª séries e, em alguns casos, até o 2º grau 
(BARBOSA, 1989, 170-171). 
Desde então a situação da arte nas escolas e da formação dos professores 
não mudou muito, agregou-se alguma tecnologia, porém a essência é a mesma. 
Uma arte engessada, onde pouco se estimula a criação, cujos exercícios propostos 
estão entre releituras e cópias de obras famosas, o que favorece a técnica, em 
detrimento da criatividade. 
2. Desenvolvimento 
Segundo Vigotski (1984), o homem é um ser histórico, o ambiente, a família e 
o tempo em que vivemos são determinantes para o nosso desenvolvimento. A 
qualidade dos estímulos recebidos do ambiente tem papel fundamental para o 
desenvolvimento tanto da linguagem, quanto do pensamento. Sendo assim, a arte 
na escola pode adquirir um caráter importante para o desenvolvimento da 
criatividade ou ainda como uma forma alternativa de expressão. 
Em seu livro “Vidas de professores”, Nóvoa (1992), destaca que o professor 
trás consigo para a sala de aula as experiências vivenciadas ao longo da sua vida 
pessoal, acadêmica e profissional. Portanto, o professor de artes tem uma tarefa 
ainda mais complicada, atualizar-se significa frequentar teatro, apresentações de 
2 
dança, concertos musicais e museus. Não basta saber história da arte, é preciso ser 
capaz de encantar e despertar os olhares com ela. 
Que escolhas serão essas? Escolhem-se apenas obras com as quais 
sabemos lidar, ou a ativação cultural nos impulsiona a apresentar aos alunos 
obras e produções culturais que também nos inquietam? Para Solange Utuari 
(2005, p. 137), “apresentar imagens requer técnica e poética, condições tão 
importantes na formação de um professor quanto saber aspectos teóricos, 
história da arte, fundamentos de linguagem e procedimentos que envolvem a 
criação artística. Tem que se querer compartilhar emoções e saberes”. 
(MARTINS, 2011, p.314) 
Os elementos levados para a sala de aula são frutos de escolhas feitas pelo 
professor, Martins (2011) as define como “nutrições estéticas”, pode-se falar em 
estética com uma conotação relacionada ao belo, no entanto, aqui estamos nos 
referindo a um sentido mais sensível e artístico da palavra. A autora fala sobre as 
intenções docentes ao apresentar determinado conteúdo aos alunos, sobre nutri-los 
de uma arte que amplie as direções e provoque discussões. 
O professor deve ser o mediador entre seus alunos e o conhecimento, 
proporcionando aos estudantes experiências significativas com a arte nas suas mais 
diversas faces, dança, teatro, música, literatura, cinema, escultura e pintura. Essa 
experiência precisa extrapolar o ambiente escolar, um passeio no museu, por 
exemplo, pode ser enriquecedor de diversas maneiras, é uma experiência estética 
que se orientada com um olhar direcionado pelo professor será fruto de discussões e 
debates na sala de aula. 
Essas nutrições estéticas têm gerado múltiplas interpretações e deflagrado 
discussões que ampliaram e expandiram para outras direções: quais 
reproduções de obras nós levamos para nossos alunos? Que músicas 
escolhemos para que ouçam ou cantem? Que espetáculos de dança ou 
teatro lhes apresentamos? O que escolhemos para mostrar e com quais 
critérios? Selecionamos apenas o que gostamos ou obras que nos provocam, 
que nos causam estranhamento, sobre as quais “sabemos falar” e queremos 
problematizar para ir além das primeiras impressões? Como propomos os 
encontros entre educadores/imagens/ aprendizes? De onde vêm as imagens 
que utilizamos? originais ou reproduções? (MARTINS,2011 p.313). 
3 
3. Considerações Finais 
Para Martins (2011), a arte deve ser ensinada não apenas pela sua beleza 
estética, porém é importante mostrar aos estudantes que a arte expressa 
sentimento, o sentimento do seu autor, o sentimento de uma época ou ainda de um 
momento. Muito mais do que releituras, o ensino de arte nas escolas deve incentivar 
a criatividade, a sensibilidade e o senso crítico. Mais do que o ensino de técnicas de 
pintura, os alunos precisam aprender a se expressar através da arte. 
Para que as experiências com arte na escola sejam mais significativas, não 
depende só do professor de artes ou arte-educador, precisamos de projetos e 
programas que incentivem os educadores a frequentarem eventos culturais, afim de 
que tenham repertório para trabalhar em sala de aula. É preciso que as escolas 
contem com uma infraestrutura que possibilite o transporte dos alunos a museus e 
teatros ao menos uma vez ao ano, possibilitando uma importante vivência estética e 
cultural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
4. Referências Bibliográficas 
BARBOSA, Ana Mae. ​Arte-educação no Brasil: realidade hoje e expectativas 
futuras ​. Estud. av. v.3 n.7 São Paulo set./dez. 1989. 
MARTINS, Mirian Celeste​. ​Arte, só na aula de arte? Educação, Porto Alegre, v. 34, 
n. 3, p. 311-316, set./dez. 2011. 
MARTINS, Mirian Celeste; PICOSQUE, Gisa. ​Conceitos e terminologia​. 
Aquecendo uma transforma-ação: atitudes e valores no ensino de Arte. Inquietações 
e mudanças no ensino da arte, v. 2, p. 49-60, 2002. 
NÓVOA, Antonio. ​Os professores e suas histórias de vida​. In: NÓVOA, Antonio. 
(Org). Vidas de professores. Colecção Ciências da Educação, vol. 4. Porto: Porto 
Editora, 1992. 
VYGOTSKY, L.S. ​Formação Social da Mente​. São Paulo, Martins Fontes, 1984.

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