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ENZIMOLOGIA APLICADA CINÉTICA ENZIMÁTICA Profª. Manuela Poletto Klein manuela-klein@uergs.edu.br E n z im o lo g ia A p lica d a 2 Cinética enzimática o O que é cinética? o Velocidade das reações químicas/enzimáticas o Variável Tempo http://www.iq.ufrgs.br/ead/fisicoquimica/cineticaquimica Termodinâmica (espontânea) versus Cinética (reação v. desprezível) Grafite Diamante 3 Cinética enzimática o Ordem de reação http://www.iq.ufrgs.br/ead/fisicoquimica/cineticaquimica Para a reação: aA +bB → cC + dD Lei de Velocidade: v = kCA α CB β onde: alfa: ordem em relação à A beta: ordem em relação à B Alfa + beta = ordem global 4 Cinética enzimática Ordem zero: http://www.iq.ufrgs.br/ead/fisicoquimica/cineticaquimica o Velocidade é uma constante Ex.: reações enzimáticas com alta [S] A → produtos 5 Cinética enzimática Ordem zero: http://www.iq.ufrgs.br/ead/fisicoquimica/cineticaquimica o Velocidade é uma constante Ex.: reações enzimáticas com alta [S] A → produtos Ordem zero 6 Cinética enzimática Primeira ordem: http://www.iq.ufrgs.br/ead/fisicoquimica/cineticaquimica o Velocidade diretamente proporcional à [S] A → produtos Primeira ordem 7 Cinética enzimática Segunda ordem: http://www.iq.ufrgs.br/ead/fisicoquimica/cineticaquimica o Velocidade varia com o quadrado da [S] Ex.: monomolecular A → produtos Ex.: bimoleculares aA + bB → produtos 8 Cinética enzimática o Equação de Michaelis-Menten Velocidade inicial Concentração de Substrato 9 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten o Wurtz; o Victor Henri (1903): formação [ES] é necessária; o Leonor Michaelis e Maud Menten (1913): teoria geral da ação de enzimas; 10 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • No início da reação, [P] é baixa 11 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • No início da reação, [P] é baixa: • v0: velocidade da reação enzimática 12 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • No início da reação, [P] é baixa: • v0: velocidade da reação enzimática 13 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • No início da reação, [P] é baixa: • v0: velocidade da reação enzimática NÃO PODE SER DETERMINADO FACILMENTE 14 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • Considerações: • Enzima total: [Et] • Enzima “livre”, não ligada: [E] = [Et] – [ES] • [S] >>> [Et], [ES] é negligenciável qdo comparado à [S] 15 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • Passo 1: taxa de formação e quebra do complexo ES 16 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • Passo 1: taxa de formação e quebra do complexo ES 17 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • Passo 1: taxa de formação e quebra do complexo ES 18 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • Passo 1: taxa de formação e quebra do complexo ES 19 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: •Teoria do Estado Estacionário (Briggs-Haldane, 1925): Assume-se que logo após um estado transiente inicial muito rápido, alcança-se o estado estacionário, onde a variação de [ES] com o tempo é insignificante com relação as variações de [S] e [P]. 20 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • Passo 2: Em estado estacionário ( ) 21 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • Passo 2: Em estado estacionário ( ) 22 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • Passo 2: Em estado estacionário ( ) 23 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • Passo 3: Isolando [ES] 24 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • Passo 3: Isolando [ES] 25 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • Passo 3: Isolando [ES] Km 26 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • Passo 3: Isolando [ES] Km 27 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • Passo 4: Substituindo [ES] na equação 28 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • Passo 4: Substituindo [ES] na equação 29 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • Vmax= ocorre quando toda enzima está saturada pelo substrato, ou seja, [ES] = [Et] Assim: 30 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • Vmax= ocorre quando toda enzima está saturada pelo substrato, ou seja, [ES] = [Et] Assim: 31 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • Quando 32 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • Quando 33 Cinética enzimática o Dedução da equação de Michaelis-Menten: • Quando Km = [S] quando Concentração de substrato V e lo ci d ad e d a re aç ão 34 Cinética enzimática o Gráfico de Michaelis-Menten: Vel x [S] 35 Cinética enzimática o Interpretando Vmáx • Velocidade limitante da reação (constante V); • Vmáx= k2[Et]; • k2 pode ser substituído por kcat: • Cte catalítica ou nº turnover; • Nº moléculas de substrato que uma molécula de enzima pode converter em produto por tempo. 36 Cinética enzimática o Interpretando Km o Concentração de substrato correspondente a metade de Vmáx (metade da concentração de saturação); o Incorpora as constantes cinéticas para formação de ES e P, e dissociação de ES; o Afinidade: o Km alto: maior [substrato] para atingir ½ da Vmáx , (baixa afinidade enzima-substrato) Km Concentração de substrato V e lo ci d ad e d a re aç ão 37 Cinética enzimática o Gráfico de Michaelis-Menten Se [S] << Km: Reação de 1ª ordem Concentração de substrato V e lo ci d ad e d a re aç ão 38 Cinética enzimática o Gráfico de Michaelis-Menten Se [S] << Km: Reação de 1ª ordem Se [S] >> Km: Reação de ordem zero 39 Cinética enzimática o Gráfico de Michaelis-Menten 40 Cinética enzimática o Gráfico do Duplo Recíproco (ou de Lineweaver-Burk) o Tomando o duplo recíproco: o Dada a eq. de Michaelis-Menten: o Separando os quocientes: 41 Cinética enzimática o Gráfico do Duplo Recíproco (ou de Lineweaver-Burk) o Tomando o duplo recíproco: o Dada aeq. de Michaelis-Menten: o Separando os quocientes: Eq. de Lineweaver-Burk: 42 Cinética enzimática o Gráfico do Duplo Recíproco (ou de Lineweaver-Burk) y = a x + b o Coeficiente angular? o Coeficiente linear (intercepto)? o x? o y? 43 Cinética enzimática o Gráfico do Duplo Recíproco (ou de Lineweaver-Burk) y = a x + b o Coeficiente angular? o Coeficiente linear? o x? o y? 44 Cinética enzimática o Gráfico do Duplo Recíproco (ou de Lineweaver-Burk) o Erros experimentais em baixas [S] geram erros enormes em 1/v; o Em altas [S] erros são minimizados; o [S] : 0,5 a 10 Km. 45 Cinética enzimática Gráfico de Eadie-Hofstee: o Rearranjando: o Dada a eq. de Michaelis-Menten: o Dividindo por [S] e isolando v0: 46 Cinética enzimática Gráfico de Eadie-Hofstee: y = a x + b oResultados geralmente bons; oTem o efeito oposto do duplo recíproco: oAo invés de “mascarar” resultados ruins, tende a “esconder resultados melhores” 47 Cinética enzimática Gráfico de Hanes-Woolf: o Rearranjando: o Dada a equação de Michaelis-Menten: o Dividindo por Vmáx e isolando : 48 Cinética enzimática Gráfico de Hanes-Woolf: y = a x + b oRecomendado em relação ao duplo recíproco; 49 Cinética enzimática Realização de um ensaio cinético: http://www.wiley.com/college/pratt/0471393878/student/ani mations/enzyme_kinetics/ • Preparar amostras de 1 mL; • [S] = variar de 0 a 200 mM; • [E] = fixar a 0,5 mM; • Tempo = 5 min; • Diluir o tampão 10 x. 50 Exercício: Considere os dados abaixo de valores de concentração de produto P (mM) em vários tempos t (min), para cinco diferentes concentrações iniciais de substrato S. Com base nestes dados, estimar a velocidade inicial para cada concentração. Logo, estimar os valores de Km e Vmáx, assumindo que a reação enzimática segue uma cinética de Michaelis-Menten, através de diferentes métodos (Michaelis-Menten, Lineweaver- Burk, Eadie-Hofstee e Hanes-Woolf). Comparar os resultados.
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