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ROBERTA SILVA MELLO PEÇA: Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI – AULA 7 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL CONFERERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ nº ..., com sede na (rua, bairro, cidade, estado), vem a V. Exa., por meio de seu advogado regularmente constituído, .conforme procuração anexa, com base no artigo 102, inciso I, da Constituição Federal e na Lei º 9.868/99, propor ACÃO DIRETA DE INCOSTITUCIONALIDADE, com medida cautelar, em face da lei editada pelo Estado KWY, nos termos e motivos que a seguir passa a expor. DA LEGITIMIDADE ATIVA Peremptoriamente, destaca-se, conforme o Art. 103, VIII, da CFRB/88 e a Lei nº 9.868/99, estabelecem o rol dos legitimados para propor Ação Direta de Inconstitucionalidade, encontra-se presente as confederações sindicais e confederações de classes, assim, resta clara a legitimidade da presente ação. DA LEGITIMIDADE PASSIVA A legitimidade passiva encontra-se amparada naqueles que criaram a norma inconstitucional. No presente caso resta clara a legitimidade passiva tanto do Governador quanto da Assembleia Legislativa. DOS FATOS O Estado KWY editou norma determinando a gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados, shopping centers, estabelecendo multas pelo descumprimento e gradação nas punições administrativas, além de delegar ao PROCON local a responsabilidade pela fiscalização dos estabelecimentos relacionados no instrumento normativo. Tício, contratado como advogado Júnior da Confederação Nacional do Comércio, é consultado sobre a possibilidade de ajuizamento de medida judicial, apresentando seu parecer positivo quanto à matéria, pois a referida lei afrontaria a CRFB. DA INCOSTITUCIONALIDADE DA LEI Verifica-se a inconstitucionalidade da lei, simplesmente, ao analisar o artigo 21, I, da Constituição Federal, uma vez que expõe como competente privativamente a União legislar, nos casos que envolvem direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. Verifica-se que o único que poderia editar norma com este conteúdo é a União, razão pelo qual o Estado é evidentemente incompetente, fato que torno, por si só a norma inconstitucional. Ademais, ressalta-se também que, a lei editada pelo Estado KWY fere a livre iniciativa, conforme o art. 1º, IV, da Constituição Federal, bem como a livre concorrência, fundamentada no art. 170, IV, da Constituição Federal. DA MEDIDA CAUTELAR Não menos importante, fez se necessário requerer a concessão da Medida Cautelar, nos termos dos artigos 102, I, da Constituição, 10 e 12 da Lei nº 9. 686/99, haja vista que se encontram presentes os requisitos o fumus boni juris e o periculum in mora. Em relação ao fumus boni iuris, mostrou-se patente a violação à norma do artigo 21, XII, b da CF/88, em virtude da retro mencionada Lei Estadual. A relevância dos fundamentos jurídicos, portanto, autoriza a concessão da medida cautelar no presente caso, a fim de proceder-se à interpretação conforme a CF/88. E o periculum in mora encontra-se presente na impossibilidade em reparar o dano. Motivo pelo qual, confia na concessão da medida liminar. DOS PEDIDOS Por todo o exposto, requer: • A concessão da medida cautelar, com fulcro nos arts. 10 a 12 da Lei nº 9.868/99; • Notificar a autoridade coatora, o Governador do Estado KWY, para prestar informações (art. 6º da Lei nº 9.868/99); • A intimação do Advogado-Geral da União e do Procurador Geral da República para que se manifestem sobre o mérito da presente Ação, no prazo legal (art. 8 da Lei nº 9.868/99); • A procedência do pedido, para que norma estadual contestada na presente Ação seja declarada inconstitucional. Termos em que, Pede deferimento. Local e data ADVOGADO OAB Nº...