Buscar

Educação Inclusiva: Desafios e Benefícios

Prévia do material em texto

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UM PROCESSO CONTRUÍDO POR TODOS
					Patricia Regina Laichter Ribeiro RU: 730325
 POLO SANTA HELENA - PR
 					 UNINTER
Resumo
Com a obrigatoriedade em matricular todos os alunos independente de suas necessidades ou diferenças, crianças que eram excluídas da escola e colocadas em outras instituições para alunos especiais agora tem o direito garantido por lei de frequentar a rede regular de ensino, ocorrendo assim o combate à exclusão de alunos com necessidades especiais. Entretanto, não é suficiente apenas que o aluno seja acolhido no ensino regular, mas sim se faz necessário que o aluno esteja em um ambiente facilitador de aprendizagem, desenvolvendo-se nos aspectos físicos, psicológicos e intelectuais, diante de suas possibilidades. Para haver sucesso no ato de incluir precisamos de professores preparados para atuar nesse contexto, profissionais proativos, que busquem se aperfeiçoar para saber lidar com os diferentes tipos de alunos.
Palavras-chave: Alunos. Educação. Inclusão. 
Incluir significa juntar-se, inserir-se, introduzir-se, fazer parte de certo grupo. Assim quando falamos de incluir um aluno com necessidades especiais em sala de aula, estamos nos referindo de fazer com que o aluno mesmo com suas diferenças esteja inserido no ambiente educacional junto aos demais estudantes considerados “normais”, não se tratando de uma integração que é uma inserção parcial (classes especiais), mas sim de fato uma inclusão em classe comum que objetiva combater a exclusão provocada pela deficiência, seja ela física, intelectual, auditiva ou visual.
Toda pessoa tem direito a educação, não importando a sua cor, a sua etnia, as suas possibilidades físicas ou intelectuais. A educação inclusiva é a ação educativa humanizada, que visa a inserção social.
Um aluno com deficiência incluso em classe comum precisa de apoio da escola para estar em um ambiente facilitador de aprendizagem, em que ele se sinta acolhido e incluso, tendo possibilidades de aprender igual aos demais, cabendo ao professor conseguir estratégias para introduzir em sua metodologia maneiras diversas de ensinar determinado conteúdo, fazendo com que todos os alunos tenham possibilidades iguais de aprender, desde o aluno com menos dificuldades até o aluno com mais dificuldades. O professor deve se aperfeiçoar constantemente. Marchesi afirma: “É muito difícil avançar no sentido das escolas inclusivas se os professores em seu conjunto, e não apenas professores especialistas em educação especial, não adquirirem uma competência suficiente para ensinar todos os alunos.” (MARCHESI, 2004, p.20).
Precisamos refletir sobre o desafio da inclusão escolar, tanto para a escola, quanto para a família. Tendo em vista que os benefícios da inclusão não é só da escola mais sim de toda sociedade. Incluir alunos com NEE é uma maneira de aceitá-los como eles são, afinal a escola é de todas as crianças, e todas elas tem direito a educação, visando o seu pleno desenvolvimento. 
A deficiência intelectual se caracteriza por alteração no desenvolvimento do cérebro, podendo ser causada por fatores genéticos, ou problemas gestacionais, sendo assim a pessoa nasce com essa deficiência, sendo afetada ao longo da sua vida por ela.
Quando se trata de alunos com deficiência intelectual inclusos em classe comum, grandes são os desafios para mantê-los em sala de aula com os demais colegas, pois o seu funcionamento intelectual não é igual ao dos outros, apresentando limitações em suas aprendizagens. Assim um professor que possui alunos com esse tipo de deficiência em sua sala de aula, precisa ter competência em saber lidar e ensinar, para passar conhecimentos, já que o ritmo de aprendizagem de alunos com necessidades educativas intelectuais é mais lento, requerendo mais auxílio do professor nos momentos das explicações e das realizações das atividades.
Todo aluno com laudo de deficiência possui direito de ter uma professora auxiliar, como consta na LDB 9394/96 - Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional:
Art 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação:
Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;
Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;
O aluno com laudo de deficiência intelectual precisa do apoio tanto da família como da escola para conseguir ser de fato incluso em classe comum, superando diariamente as barreiras que serão lhe impostas. A pessoa com essa deficiência possui dificuldade para aprender, entender e realizar atividades que são comuns para outras pessoas, representando ter menos idade do que tem, ou seja um retardo mental, precisando receber tratamento médico e estímulos por meio de trabalhos com psicopedagogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. 
As escolas do nosso país já ofertam Salas de Recursos Multifuncionais, onde todo aluno que possui laudo de alguma necessidade educacional especial deve ter matrícula nessa sala, onde conta com um professor psicopedagogo e um ambiente com mobiliário didático e pedagógico, recebendo no contra turno atendimento educacional especializado. 
A Sala de Recursos Multifuncionais é uma forma de eliminar as barreiras, para haver uma plena participação dos alunos com deficiência, fazendo com que eles adquiram aos poucos autonomia, complementando o processo de escolarização desses alunos em classe comum. Assim o que o aluno aprende em sala de aula, será complementado na Sala de Recursos Multifuncionais, com materiais diversificados.
Dias (2006, p.27), ao problematizar a escola como território de exclusão social, afirma que “ao se classificar e isolar as crianças com o objetivo de apoios e serviços diferenciados (...) acaba por gerar um ensino que não só segrega como exclui definitivamente a criança da inserção social”, ou seja nessa citação o autor está se referindo as classes especiais, que acaba por gerar exclusão dentro do ambiente educacional, ao selecionar em uma classe apenas alunos especiais, que possuem alguma anormalidade.
A educação inclusiva é um passo que a educação dá no que se refere a socialização de crianças que antes eram excluídas e discriminadas, fazendo com que crianças especiais se sintam parte da sociedade como iguais, integrando de fato. É necessário que todos os pais se conscientizem e ensinem seus filhos a não ter preconceitos, para que haja de fato uma inclusão, com convivência e interação diária do aluno especial na escola com seus colegas e professores. 
“A inclusão se faz de dentro para fora e do coração para o mundo” (MARA GABRILLI).
Referências
<https://www.infoescola.com/pedagogia/educacao-inclusiva/> Acesso em: 31 de maio de 2018.
<https://novaescola.org.br/conteudo/271/o-que-e-deficiencia-intelectual> Acesso em: 31 de maio de 2018.
<https://neurosaber.com.br/o-que-e-deficiencia-intelectual/> Acesso em: 01 de junho de 2018.
<http://www.scielo.org/cgi-bin/wxis.exe/applications/scielo-org/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=article%5Edart.org&nextAction=lnk&lang=p&indexSearch=&exprSearch=DEFICIENCIA%20INTELECTUAL> Acesso em: 01 de junho de 2018.
<http://diversa.org.br/artigos/o-desenvolvimento-de-alunos-com-deficiencia-intelectual-e-o-mito-da-idade-mental/> Acesso em: 01 de junho de 2018.
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/786-2.pdf> Acesso em: 02 de junho de 2018.

Mais conteúdos dessa disciplina