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DN E IA_2014

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25/04/2014
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DOENÇA DE NEWCASTLE e 
INFLUENZA AVIÁRIA
Medicina Veterinária - 6º Termo
Profª. Lilian Arantes
DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO 
OBRIGATÓRIA
Definição: 
“Doenças transmissíveis que apresentam alta 
patogenicidade e rápida difusão, além dos limites de um 
país ou região, com sérias conseqüências sócio-
econômicas e/ou de saúde pública e de grande 
importância para o comércio internacional de animais e 
seus subprodutos”
DOENÇA DE NEWCASTLE
INTRODUÇÃO
� Distribuição mundial: aves silvestres, 
migratórias, comerciais e domésticas
� De tempos em tempos reaparece: BR e mundo
� Possui rápida difusão mundial
� Pseudopeste aviária
ETIOLOGIA
� Família Paramyxoviridae
� Envelopados: luz solar, luz UV, aquecimento, oxidação, pH e 
desinfetantes
� Projeções ou espículas
� Resistência ao congelamento
� Outros: rubéola e caxumba humana, 
cinomose canina, parainfluenza humana 
e bovina 
PATOGENIA
Hospedeiros:
� Aves
� Pode infectar répteis e mamíferos
Transmissão (horizontal):
� Contato direto
� Aerossóis e fezes de animais infectados
� Vetores: roedores e insetos
� Calçados, roupas, veículos, equipamentos
� Produtos (congelados) e subprodutos (FOA´s)
� Rações (fábricas com pombos)
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PATOGENIA
Evolução da doença:
� PI: média de 2 a 6 dias (até 15 dias)
� Surtos podem ter alta mortalidade sem sinais clínicos
Sinais clínicos:
� Infecções inaparentes até sinais: respiratórios, digestivos e 
neurológicos
� Sorotipos mais patogênicos: anorexia, depressão, dispnéia, 
descarga nasal e ocular, ataxia, convulsões, torcicolos, paralisia, 
tremores e queda acentuada na produção de ovos
� Maioria dos casos: diarréia verde brilhante ou sanguinolenta
� Semelhante a Bronquite Infecciosa, Laringotraqueíte e outras
PATOGENIA
PATOGENIA PATOGENIA
PATOLOGIA
Necropsia:
� Edema de cabeça e pescoço
� Hemorragias e ulcerações na laringe
� Inflamação de sacos aéreos e traquéia (destruição do 
epitélio traqueal e hemorragia)
� Lesões hemorrágicas: coração, proventrículo, mucosa 
intestinal e ovário
� Lesões microscópicas: pouca importância
PATOLOGIA
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PATOLOGIA DIAGNÓSTICO
� Método seguro: isolamento viral com posterior 
caracterização
Amostras para isolamento viral:
� Aves mortas recentemente ou apresentando sintomatologia
� Swabs oro-nasais e cloacais (apenas aves vivas), fragmentos 
de pulmão, intestinos, proventrículo, cérebro, fígado e 
coração
� Acondicionamento: solução salina tamponada com 
antibióticos
DIAGNÓSTICO
Identificação viral:
� Virusneutralização
� Inibição da hemaglutinação
� Hemaglutinação
CONTROLE E PREVENÇÃO
� Principal estratégia de controle: atuação nos focos 
da doença
� Interdição de qualquer propriedade com foco da doença
� Destruição de produtos infectados ou expostos ao vírus
� Quarentena
� Controle do trânsito de animais
� Descontaminação do ambiente
� Vigilância: determinar a extensão da infecção e 
zoneamento para definir áreas infectadas e livres da 
doença
CONTROLE E PREVENÇÃO
Suspeita de foco da doença de Newcastle:
� Contactar rapidamente um veterinário especialista em 
doenças de aves ou veterinário oficial para notificar o Serviço 
de Defesa Sanitária Animal do Município/Estado
� BR: Laboratório de referência para DN (MAPA): diagnóstico 
definitivo da doença de Newcastle
� Medidas de biosseguridade
� Vacinação: estirpe vacinal
� Desafios na região
� Monitoria sanitária do lote
CONTROLE E PREVENÇÃO
� Esterco e cama de aviário: grande fonte de contaminação
� Remoção com lavagem e desinfecção do aviário
� Compostagem da cama (lonas)
� Enterrar a cama
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CONTROLE E PREVENÇÃO
A história tem demonstrado que de tempos em tempos e 
por razões incertas, amostras de vírus da doença de 
Newcastle emergem de fontes desconhecidas, existindo 
evidências de surtos da doença em aves domésticas e 
isolamento do vírus patogênico de aves exóticas em 
algumas partes do mundo, devido ao relaxamento na 
política de controle sanitário
INFLUENZA AVIÁRIA
Medicina Veterinária – 6º termo
Profª Lilian Arantes
INTRODUÇÃO
� Distribuição mundial: BR sem diagnóstico
� Grande variedade de subtipos: mortalidade de 1 a 100%
� Aves silvestres: reservatório natural (aquáticas)
� Vírus típicos de suínos (H1N1) podem ser responsáveis 
por infecção em aves
� Principal amostra tipicamente aviária: H5N1
� Gripe aviária (março 2013): H7N9 (China: originalmente 
de aves com casos de transmissão para humanos)
� Peste aviária
� Zoonose: pode ter alta mortalidade em humanos
ETIOLOGIA
� Vírus da Influenza tipo A
� Família Orthomyxoviridae (A, B e C)
� Envelopados com projeções glicoprotéicas: 
hemaglutinina e neuraminidase
� Classificação: H (15) e N (9)
� Classificação baseada na patogenicidade: alta 
patogenicidade (75%)
PATOGENIA
� Vias de eliminação: secreções nasais, oculares e fezes
� Via de infecção: principalmente respiratória
� Hospedeiros: grande variedade de espécies de aves 
(patos), mamíferos (focas, baleias e suínos e homem)
� Suínos: mistura entre vírus de influenza aviária e humana 
� Fácil difusão: meio ambiente, água, matéria orgânica e 
materiais congelados (indefinidamente)
� Transmissão horizontal (sem confirmação de vertical)
PATOGENIA
� Período de incubação: variável (dose, via de contaminação, 
espécie infectada) = poucas horas a 14 dias
� Sinais clínicos: variáveis (idade, espécie, virulência viral, 
doenças concomitantes)
� Morte com poucos sintomas
� Maioria dos casos: sinais respiratórios (tosse, espirros, 
corrimento nasal e ocular, sinusite) e queda na produção e 
qualidade dos ovos
� Também: diarréia, edema de cabeça e sinais nervosos
� Morbidade e mortalidade: variável (maioria alta 
morbidade e baixa mortalidade, porém pode chegar a 100%)
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PATOGENIA PATOGENIA
ALTERAÇÕES MACROSCÓPICAS
� Não são patognomônicas
� Podem estar ausentes: morte súbita
� Lesões variáveis: patogenicidade do vírus e espécie 
afetada
� Lesões clássicas: edema e cianose de cabeça, vesículas e 
ulcerações na crista, edemas nas patas, petéquias na pele, 
gordura e superfície de mucosas e serosas
� Lesões microscópicas: pouca importância
LESÕES MACROSCÓPICAS
LESÕES MACROSCÓPICAS LESÕES MACROSCÓPICAS
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LESÕES MACROSCÓPICAS DIAGNÓSTICO
� Histórico
� Sinais clínicos
� Isolamento e identificação do agente
Isolamento viral: 
� Amostras de aves mortas: pulmão, traquéia, sacos aéreos, 
intestinos, baço, cérebro, fígado, coração e sangue
� Amostras de aves vivas: swabs de cloaca e traquéia
� Inoculação em ovos embrionados
� Coleta do líquido amniótico
DIAGNÓSTICO
Identificação viral:
� Teste de imunodifusão
Diagnóstico diferencial:
� Doença de Newcastle, micoplasmoses, coriza infecciosa, 
pneumovirose, laringotraqueíte infecciosa, bronquite 
infecciosa, etc.
CONTROLE E PREVENÇÃO
Prevenção:
� Biosseguridade
� Evitar contato de aves domésticas com aves silvestres e 
suínos
� Não viajar para locais com focos da doença
� Não existem vacinas no Brasil
� * Tratamento: antivirais (inibidores de neuraminidase)

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