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Aluno: Mateus Heinen Feltrin – Instituto Federal de Mato Grosso – 19/05/2018 Sinais e Sistemas Lineares – Prof. Dr. Walterley Araújo Moura 1 Utilizando a propriedade da dualidade para encontrar a transformada de Fourier de: 𝑣(𝑡) = 𝑠𝑖𝑛𝑐(𝑡) = 𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑡 Primeiro demonstrarei a propriedade da simetria ou dualidade e a sua definição. Partindo do pressuposto que sabemos a transformada inversa de Fourier: 𝑓(𝑡) = 1 2𝜋 ∫ 𝐹(𝜔) ∙ 𝑒𝑗𝜔𝑡 𝑑𝜔 ∞ −∞ Começarei substituindo 𝜔 ↔ 𝑡 : 𝑓(𝜔) = 1 2𝜋 ∫ 𝐹(𝑡) ∙ 𝑒𝑗𝑡𝜔 𝑑𝑡 ∞ −∞ Agora fazendo 𝜔 ↔ −𝜔 : 𝑓(−𝜔) = 1 2𝜋 ∫ 𝐹(𝑡) ∙ 𝑒−𝑗𝑡𝜔 𝑑𝑡 ∞ −∞ Pode-se observar que a integral da equação obtida é a transformada de Fourier. Portanto, a equação resultante é a definição da propriedade da dualidade: 𝑓(−𝜔) = 1 2𝜋 𝐹{𝐹(𝑡)} Agora, sabendo a definição da propriedade da dualidade, começarei a transformada de 𝑣(𝑡). É preciso verificar qual é a transformada de Fourier que gera a função: 𝑣(𝜔) = 𝑠𝑖𝑛𝑐(𝜔) = 𝑠𝑒𝑛(𝜔) 𝜔 Por definição, a transformada que gera a função acima é a transformada da função retangular. E a transformada da função retangular é: 𝐹 {𝑟𝑒𝑐𝑡 ( 𝑡 𝜏 )} = 𝜏 ∙ 𝑠𝑖𝑛𝑐 ( 𝜔 ∙ 𝜏 2 ) Então farei: 𝐹 { 1 2 𝑟𝑒𝑐𝑡 ( 𝑡 2 )} = 𝑠𝑖𝑛𝑐(𝜔) = 𝑠𝑒𝑛(𝜔) 𝜔 Ou seja: 𝑓(𝑡) = 1 2 𝑟𝑒𝑐𝑡 ( 𝑡 2 ) e 𝐹(𝜔) = 𝑠𝑖𝑛𝑐(𝜔) Sabendo a função 𝑓(𝑡) que gera a função 𝑠𝑖𝑛𝑐(𝜔), onde tem t substituirei por −𝜔, e onde tem 𝜔 substituirei por t. As funções ficarão: 𝑓(−𝜔) = 1 2 𝑟𝑒𝑐𝑡 (− 𝜔 2 ) e 𝐹(𝑡) = 𝑠𝑖𝑛𝑐(𝑡) Repare que: 𝐹(𝑡) = 𝑣(𝑡) (continua no verso) Aluno: Mateus Heinen Feltrin – Instituto Federal de Mato Grosso – 19/05/2018 Sinais e Sistemas Lineares – Prof. Dr. Walterley Araújo Moura 2 𝑟𝑒𝑐𝑡 ( 𝜔 𝜏 ) = { 0, |𝜔| > 𝜏 2 1 2 , |𝜔| = 𝜏 2 1, |𝜔| < 𝜏 2 Substituindo as funções na equação da propriedade da dualidade: 𝑓(−𝜔) = 1 2𝜋 𝐹{𝐹(𝑡)} 𝑓(−𝜔) = 1 2𝜋 𝐹{𝑣(𝑡)} 1 2 𝑟𝑒𝑐𝑡 (− 𝜔 2 ) = 1 2𝜋 𝐹{𝑠𝑖𝑛𝑐(𝑡)} Multiplicando ambos os lados por 2𝜋: 2𝜋 1 2 𝑟𝑒𝑐𝑡 (− 𝜔 2 ) = 2𝜋 1 2𝜋 𝐹{𝑠𝑖𝑛𝑐(𝑡)} Obtenho: 𝜋 ∙ 𝑟𝑒𝑐𝑡 (− 𝜔 2 ) = 𝐹{𝑠𝑖𝑛𝑐(𝑡)} 𝐹{𝑠𝑖𝑛𝑐(𝑡)} = 𝜋 ∙ 𝑟𝑒𝑐𝑡 (− 𝜔 2 ) Ou seja: 𝐹{𝑣(𝑡)} = 𝜋 ∙ 𝑟𝑒𝑐𝑡 (− 𝜔 2 ) Mas a função retangular é par, então: 𝐹{𝑣(𝑡)} = 𝜋 ∙ 𝑟𝑒𝑐𝑡 ( 𝜔 2 ) E o gráfico da transformada é: 0 1-1 π Agora farei a transformada inversa de 𝜋 ∙ 𝑟𝑒𝑐𝑡 ( 𝜔 2 ) para provar que ela é a transformada de 𝑠𝑖𝑛𝑐(𝑡): 𝑣(𝑡) = 1 2𝜋 ∫ 𝜋 ∙ 𝑟𝑒𝑐𝑡 ( 𝜔 2 ) ∙ 𝑒𝑗𝜔𝑡 𝑑𝜔 ∞ −∞ De acordo com o gráfico acima, só há integral entre -1 e 1: 𝑣(𝑡) = 1 2𝜋 ∫ 𝜋 ∙ 𝑒𝑗𝜔𝑡 𝑑𝜔 1 −1 (continua na próxima página) Aluno: Mateus Heinen Feltrin – Instituto Federal de Mato Grosso – 19/05/2018 Sinais e Sistemas Lineares – Prof. Dr. Walterley Araújo Moura 3 Os pi’s se cancelam e a integral é realizada: 𝑣(𝑡) = 𝜋 𝑗2𝜋𝑡 [ 𝑒𝑗𝜔𝑡 1 ] 1 −1 Aplica-se os limites da integral: 𝑣(𝑡) = 1 𝑗2𝑡 [ 𝑒𝑗𝑡−𝑒−𝑗𝑡 1 ] Passa o j2 para o denominador das exponenciais: 𝑣(𝑡) = 1 𝑡 [ 𝑒𝑗𝑡−𝑒−𝑗𝑡 𝑗2 ] Sabe-se que a expressão dentro dos colchetes é o seno em exponenciais complexas: 𝑣(𝑡) = 1 𝑡 𝑠𝑒𝑛(𝑡) Sabe-se que seno divido pelo seu parâmetro é a sinc desse parâmetro: 𝑣(𝑡) = 𝑠𝑖𝑛𝑐(𝑡)
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