Buscar

3 A Antropologia b

Prévia do material em texto

Antropologia
1 O Pensamento Antropológico
Objetivos
Apresentar o pensamento antropológico em suas linhas gerais, abordagens e campo de atuação.
Delinear as contribuições e interfaces estratégicas, teóricas e metodológicas entre Antropologia e Educação.
O saber antropológico
A antropologia visa compreender as manifestações culturais, comportamentais e da vida social 
O objetivo é o estudo da humanidade como um todo, as manifestações do ser humano e da atividade humana de maneira tão unificada.
 Antropologia - ciência da humanidade e da cultura.
. Conceituação:
ANTROPOLOGIA
 	ANTHROPOS (HOMEM) LOGOS (ESTUDO)
Ciência Social e comportamental. Disciplina humanística. Dimensão biológica, dimensão filosófica e dimensão sociocultural.
 foco de interesse é o humano e a diversidade cultural. antropologia visa ao conhecimento completo do homem. 
Ciência que estuda o homem, suas produções e seu comportamento. 
A abordagem etnográfica e a comparação antropológica. 
Apesar de também utilizar o método histórico e a estatística, seu método básico é a descrição etnográfica, a comparação ou análise etnológica e o aprofundamento por meio de estudo de caso ou método monográfico. Utiliza também o método genealógico ou de análise de parentesco, assim como o método funcionalista, ou análise da unidade de cada cultura no contexto cultural mais extenso.
As técnicas de pesquisa para levantamento de dados são a observação, a entrevista e formulários ou questionários.
Áreas do campo antropológico
A antropologia física ou biológica
 Estuda a natureza física do homem, origens e evolução, anatomia, processos fisiológicos e diferenças raciais populacionais. A relação entre o patrimônio genético e o meio ( geográfico, ecológico e social); 
Morfologia, fisiologia e ambiente. Genética de populações : inato e adquirido.
Antropologia física ou biológica
A antropologia física, por vezes chamada "antropologia biológica" ou bioantropologia, estuda os aspectos comportamentais  biológicos  dos seres humanos, seus parentes primatas não humanos e seus ancestrais hominídeos extintos.
Áreas do campo antropológico
Antropologia pré-histórica e arqueológica.
Estudo do homem a partir dos vestígios materiais presentes em sítios arqueológicos específicos. Visa reconstituir sociedades desaparecidas, tanto em suas técnicas e organizações sociais, quanto em suas produções culturais e artísticas. 
Uso intensivo de trabalho de campo. Acesso direto aos produtos residuais das sociedades humanas 
8
Antropologia pré-histórica e arqueológica
A descoberta recente de 14 sepultamentos realizados há cerca de 8.500 anos, na região de Lagoa Santa, na Grande Belo Horizonte, coloca o Brasil à frente dos países desenvolvidos no campo da Arqueologia. O achado ajudará os cientistas brasileiros a definir mais claramente nossas origens, além de apontar, com maior precisão, como e quando se deu a ocupação da América. 
Antropologia linguística
O principal grupo indígena do Brasil foi denominado tupi-guarani. Essa designação é linguística e se refere a um conjunto de línguas aparentadas, faladas por uma grande quantidade de tribos indígenas. Não existia, propriamente, uma única língua, nem se compartilhava  uma  única  cultura.  Contudo,  acredita-se  que  essas  línguas  tiveram  origem comum  e  foram  se   diferenciando com  o  passar  do  tempo.
Áreas do campo antropológico
Antropologia ecológica
Estudo das populações humanas como parte do ecossistema, com especial atenção para a adaptabilidade humana, seja ela fisiológica, cultural ou comportamental.
Estudo de respostas humanas aos problemas impostos pelo ambiente, aos obstáculos sociais, e às soluções passadas para os problemas ambientais. 
Antropologia ecológica
O Processo de Adaptação Ambiental a um determinado ambiente consiste na adaptação e aclimatização de um indivíduo a um determinado meio, geralmente bastante diferente daquele a que estava habituado, por forma a que o mesmo possa desenvolver-se e reproduzir-se normalmente.
Para a aclimatação os fatores psicológicos e sociais são parte importante do ambiente. Os agentes físicos dependentes da natureza, como a localização geográfica são múltiplos e variados, compreendendo o tempo, clima, níveis de insolação, condições do solo, fornecimento de água, disponibilidade e tipos de alimentos, assim como os perigos que representam para a vida outros organismos como, por exemplo, os parasitas e os predadores.
Áreas do campo antropológico
Antropologia social e cultural ( ou etnologia) 
Diz respeito a tudo que constitui uma sociedade: modo de produção econômica; tecnologias e técnicas; organização política e jurídica; sistemas de parentesco; sistemas de conhecimento; crenças religiosas, linguagem; psicologia, criações artísticas; patrimônios; 
A noção de totalidade ou o que não está explícito: As trocas simbólicas; a especificidade comportamental.
A etnologia em processo
Pirâmides do Egito antigo
A finalidade delas era, primordialmente, servir como tumbas para os faraós e suas rainhas. No total, são conhecidas cerca de 100 pirâmides. A primeira foi construída em Saqqara por volta de 2750 a.C. A mais famosa, cerca de 150 anos mais nova, é a Grande Pirâmide, conhecida também por pirâmide de Quéops.
A antropologia e orientações culturais de base.
A antropologia americana
O impulso inicial evolucionista. A teoria de Lewis Morgan: selvageria, barbárie e civilização. As primeiras instituições.
A diversidade das culturas na comparação entre sociedades. A especificidade das personalidades culturais. A etnologia. As produções culturais de uma etnia ou nação. Reflexão sobre as formas de Interação cultural, (inter) culturalidade, aculturação.
Análise dos contatos culturais e do lugar das minorias nos EUA (indígenas, negras e latinas ). 
A crítica de Franz Boas ao evolucionismo. A etnografia. 
A antropologia e orientações culturais de base.
A antropologia britânica
A) Antievolucionista – recusa das reconstituições histórico-hipotéticas dos estágios evolutivos, “das sociedades primitivas às civilizadas”. 
Investigação do presente, a partir dos métodos funcionais (B. Malinowski) e estruturais (Raddcliffe Brown). 
A sociedade estudada em si, na sua atualidade. Observada em seu momento presente. Visão sincrônica. Fato social total. A monografia. 
A antropologia e orientações culturais de base.
B) Antidifusionista – recusa em compreender o processo de transmissão dos elementos de uma cultura para outra. Não foca nem na herança nem nos empréstimos culturais. 
C) Antropologia de campo – caráter empírico e indutivo da prática dos antropólogos ingleses. Observação direta de uma determinada sociedade, com permanência no campo. 
D) Antropologia social – privilegia o estudo da organização dos sistemas sociais em lugar dos comportamentos culturais dos indivíduos. 
A antropologia e orientações culturais de base.
A antropologia francesa
Antropologia física – Broca, Quatrefages ou Topinard, na segunda metade do século 19.
A etnologia francesa, praticada por missionários e administradores coloniais. 
A etnologia e seu viés teórico: filosófico e sociológico. O exemplo de Marcel Mauss – Fenômeno social total ( dimensões sociológica, histórica e psicofisiológica). 
A década de 30 e as etnografias profissionais. Marcel Griaule, Maurice Leenhardt, Paul Rivet.
Ênfase nos sistemas de representações (Durkheim) : Religião, mitologia, a literatura de tradição oral;
Ênfase na noção de mentalidades (Lévy-Bruhl).
Polos teóricos : 
A antropologia simbólica
Estudo do contexto simbólico da vida social e das múltiplas significações.
Análise das religiões, das mitologias e da percepção imaginária do cosmo.
Ponto de vista do sentido: 
O que significam as instituições ou os comportamentos que encontramos em tal sociedade? Quais os significados e seu sentido expresso na lógica do discurso e em modelos explicativos sobre a realidade.O que são os saberes locais? 
A noção de interpretação densa, de Clifford Geertz. A briga de galos em Bali. 
Polos teóricos : 
A antropologia social
Aproximação com o território teórico da sociologia. 
As noções de função (as instituição) e de processos de normalização aproximam eixos de pesquisa comuns entre sociologia e antropologia social;
A estrutura institucional, a estratificação social e a organização interna de dada sociedade em lugar das maneiras de pensar, conhecer, sentir, expressar-se, em si. 
Polos teóricos : 
A antropologia estrutural e sistêmica 
Antropologia estrutural, é um termo criado por Claude Lévi-Strauss (1908-2009), título de dois de seus livros, na "busca de elementos duradouros e correspondências estruturais entre sociedades de tipos diferentes para descobrir se existem estruturas fundamentais que seriam a base da Antropologia".  Segundo ele, a noção de estrutura social em termos de complexidade se associa às noções ou estudo do estilo, das categorias universais da cultura e da linguística estrutural.  A antropologia estrutural portanto situa-se no âmbito da antropologia cultural.
.
Polos teóricos : 
A antropologia estrutural e sistêmica 
Para a Antropologia estrutural as culturas definem-se como sistemas de signos partilhados e estruturados por princípios que estabelecem o funcionamento do intelecto. Em 1949, Lévi-Strauss publica "As estruturas elementares de parentesco", obra em que analisa, entre outros povos, os aborígenes australianos e, em particular, os seus sistemas de matrimônio e parentesco. 
Nesta análise, Lévi-Strauss demonstra que as alianças são mais importantes para a estrutura social que os laços de sangue. Termos como exogamia, endogamia, aliança, consanguinidade passam a fazer parte das preocupações etnográficas. 
A noção de inconsciente universal. 
Polos teóricos : 
A antropologia estrutural e sistêmica 
Para Laplantine,  foi a partir do estudo do parentesco que se constituiu o estruturalismo de Lévi-Strauss. O parentesco para ele, é uma linguagem onde não basta conhecer os seus termos, é necessário conhecer as relações entre esses termos, regidas por leis de troca análogas às leis sintáticas da língua. Quando se estuda o parentesco, a linguagem ou economia das trocas estamos diante de diferentes modalidades de uma única e mesma função: a comunicação (ou a troca), que é a própria cultura.
Polos teóricos: 
A antropologia dinâmica 
A inserção do ponto de vista histórico e das relações de poder na análise antropológica. 
Algumas perguntas para reflexão: Quais são as características que formam esta ou aquela dinâmica coletiva ou modo de expressão e de produção da realidade social? Como se formou? Como se reproduz na atualidade? Que forças sociais estão inseridas em tal dinâmica? 
Ex: O neocolonialismo como condição de transformação da realidade das sociedades tradicionais na expansão imperialista ocidental no século 19? O que ocorreu com elas? 
Cultura como conceito central
Conceito não restrito ao campo da Antropologia;
A cultura é universal e também particular. 
A noção de cultura remete para os modos de vida e de pensamento. O uso da noção de cultura leva diretamente à ordem simbólica, ao que se refere ao sentido, incorporado e expresso nas narrativas e vivências do cotidiano. 
Menino hindu reza após banho de lama em uma lagoa que o povo indiano acredita ser milagrosa, curando câncer de garganta, por exemplo. No entanto, a mídia local informa que, atualmente, existe um medo generalizado de contágio de diversas doenças por conta da poluição da lagoa, que fica na vila de Nakali, cerca de 65 km ao sul de Calcutá Deshakalyan 
A reprodução da cultura
Mesmo contando com uma estrutura física mais frágil que a de outros animais, o homem superou limites do meio ambiente e estendeu sua influência por toda a Terra;
A cultura é um processo cumulativo que resulta da experiência adquirida das gerações anteriores.
Logo, o conceito de cultura ou a cultura como conceito permite uma perspectiva mais consciente de nós mesmos. Precisamente, diz que não há homens sem cultura e permite comparar culturas e configurações culturais como entidades iguais, deixando de estabelecer hierarquias em que inevitavelmente existiriam sociedades superiores e inferiores.
Definições e antecedentes: 
Cultura x natureza
Segundo Cuche (2009, pp 23-27).
“ O homem é essencialmente um ser de cultura. 
O longo processo de hominização, iniciado há mais ou menos quinze milhões de anos, consistiu fundamentalmente na passagem de uma adaptação genética para a adaptação cultural à natureza do meio ambiente. 
No decorrer desta evolução, que culminou no Homo sapiens sapiens, o primeiro homem, operou-se uma formidável regressão dos instintos, "substituídos" progressivamente pela cultura, quer dizer por essa adaptação imaginada e controlada pelo homem que se revela muito mais funcional que a adaptação genética, porque muito mais flexível e muito mais rápida e facilmente transmissível. 
Cultura x natureza
A cultura permite ao homem não só adaptar-se ao meio, mas também adaptar este a si próprio, às suas necessidades e aos seus projetos, ou seja e por outras palavras, a cultura torna possível a transformação da natureza.
Cultura x natureza
“Se todas as "populações" humanas possuem o mesmo patrimônio genético, diferenciam-se pelas escolhas culturais, inventando cada uma delas soluções originais para os problemas que se lhes põem. 
No entanto, estas diferenças não são irredutíveis entre si porque, tendo em conta a unidade genética da humanidade, representam aplicações de princípios culturais universais, sendo as aplicações referidas susceptíveis de evoluções e inclusivamente de transformações.
A impossibilidade da determinação biológica para a cultura. 
Cultura como superação da natureza
A noção de cultura revela-se, portanto, o utensílio adequado para pôr termo às explicações naturalistas dos comportamentos humanos. 
A natureza, no homem, é inteiramente interpretada pela cultura. 
As diferenças que poderiam parecer mais ligadas a propriedades biológicas particulares, como, por exemplo, a diferença dos sexos, nunca se deixam observar "em estado bruto" (natural) porque, por assim dizer, a cultura delas se apodera "imediatamente": a divisão sexual dos papéis e das tarefas nas sociedades humanas resulta fundamentalmente da cultura, e é por isso que varia de uma sociedade para outra.
Cultura e Sociedade
A definição mais geral de sociedade pode ser resumida como um sistema de interações humanas culturalmente padronizadas. Assim, e sem contradição com a definição anterior, sociedade é um sistema de símbolos, valores e normas, como também é um sistema de posições e papéis.
Uma sociedade é uma rede de relacionamentos sociais, podendo ser ainda um sistema institucional, por exemplo, sociedade anônima, sociedade civil, sociedade artística etc. A origem da palavra sociedade vem do latim societas, que significa associação amistosa com outros.
(CAMARGO,2011). http://www.brasilescola.com/sociologia/sociedade-1.htm
Cultura como nova natureza
“Nada é puramente natural no homem. Até mesmo as funções humanas que correspondem a necessidades fisiológicas, como a fome, o sono, o desejo sexual, etc., são informadas pela cultura: as sociedades não dão exatamente as mesmas respostas a essas necessidades. A fortiori (por uma razão mais forte), nos domínios em que não existe imposição biológica, os comportamentos são orientados pela cultura.. "
Diversidade cultural
determinadas culturas podem não enfatizar uma relação entre sexo e personalidade. Já em outras, o sistema cultural em torno da diferença sexual pode eleger o que chamamos de afetividade como um campo privilegiado de diferenciação entre os gêneros. Outra dimensão da vida social em que se expressam essas visões de masculino e feminino é a dimensão sexual do trabalho. O exemplo de diversas sociedades ajuda a esclarecer que, embora certas ideias vigentes em determinados lugaressociais relacionem certos trabalhos com um dos sexos, em outra sociedade a coisa se passa de modo muito distinto.
Social e cultural
O termo Social
Significa a totalidade das relações (de produção, de dominação, de comunicação) que os grupos mantém entre si dentro de um mesmo conjunto (etnia, região, nação) e para outros conjuntos , também hierarquizados
O termo cultura
É o próprio social, compreendido sob o ângulo dos caracteres distintivos que apresentam os comportamentos individuais dos membros desse grupo, Bem como suas produções originais (artísticas, artesanais, religiosas.
Equívocos sobre a cultura
Margareth Mead mostra ainda que não existem, por exemplo, os chamados instintos. Estes são, de fato, resultados de nossa educação, de toda uma aprendizagem social. A autora afirma que até a amamentação pode ser transferida a um marido moderno por meio da mamadeira.
A ideia de “instinto materno”, “instinto sexual” encobre os padrões culturais que os motivam e apenas os evidenciam como resultantes de comportamentos biologicamente determinados. Se estes fossem geneticamente determinados, todas as sociedades agiriam da mesma forma diante das mesmas situações.
Determinismo Geográfico
O determinismo geográfico, teoria desenvolvida por geógrafos do século XIX e início do XX, afirmava que as diferenças do ambiente condicionam a diversidade cultural. Essa ideia ganhou ampla popularidade e se disseminou entre o senso comum. Contudo, ainda no final do século XIX, esta teoria foi criticada por muitos antropólogos e perdeu força, sobretudo, porque:
“A afirmação de que a cultura está sujeita aos limites do habitat significa, portanto, mais especificadamente, que o comportamento de um povo deve processar-se dentro dos limites do mundo externo, como é definido e percebido pela experiência adquirida por esse povo até aquele momento. Podemos acrescentar aqui a proposição de que, quanto mais adequada é a tecnologia de um povo, mais ele pode manipular o habitat para criar um ambiente secundário artificial que o liberte das pressões e dos controles diretos do habitat”.
KEESING (1972:187)
Determinismo geográfico x ação cultural 
Existem limitações da influência geográfica sobre os fatores culturais.
A título de exemplo temos os habitantes do polo norte: os lapões (norte da Europa) e os esquimós (norte da América). Ainda que habitem o mesmo ambiente, com um constante e rigoroso inverno, mesma flora e fauna disponíveis para utilização, ambos não possuem as mesmas respostas culturais na luta pela sobrevivência em um meio ambiente hostil. Enquanto os primeiros vivem em tendas de pele de renas, sendo excelentes criadores de tais animais, os segundos constroem iglus com blocos de neve e se limitam à caça desses mamíferos.
O papel formador da cultura
O homem é resultado do meio cultural e herdeiro de um longo processo acumulativo, que reflete o conhecimento adquirido pelos seus ancestrais. 
Não basta a natureza criar pessoas inteligentes, se estas não obtiverem educação para desenvolverem suas aptidões. O que seria de Santos Dumont se passasse a vida inteira em Palmira e não tivesse se transferido para Paris em 1892? Poderia ter inventado muita coisa, mas talvez o mundo não pudesse vivenciar a sua genialidade se o mesmo não tivesse acesso ao conhecimento acumulado no ambiente europeu
A cultura em processo
É importante salientar que é a capacidade de comunicação que nos garante a melhor possibilidade para compartilharmos, acumularmos informações e as transmitirmos às demais gerações. A comunicação é um processo cultural e a linguagem humana é, de fato, um produto cultural. Não existiria cultura se não houvesse a possibilidade de o homem desenvolver um sistema de comunicação.
Cultura e visões de mundo
As ciências sociais, apesar das suas preocupações com a autonomia epistemológica, nunca são por completo independentes dos contextos intelectuais e linguísticos em que elaboram os seus esquemas teóricos e conceptuais. É por isso que o exame do conceito científico de cultura implica o estudo da sua evolução histórica, ela própria diretamente ligada à gênese social da ideia moderna de cultura. 
A socialização em detalhe
No sentido antropológico, portanto, a cultura é um conjunto de regras que nos diz como o mundo pode e deve ser classificado. Ela, como os textos teatrais, não pode prever completamente como iremos nos sentir em cada papel que devemos ou temos necessariamente que desempenhar, mas indica maneiras gerais e exemplos de como pessoas que viveram antes de nós o desempenharam (DA MATTA, 1993).
A formação dos particularismos históricos – sociedades e culturas
Vista assim, a cultura parece ser um bom instrumento para compreender as diferenças entre os homens e as sociedades. Elas não seriam dadas de uma vez por todas, por meio de um roteiro geográfico ou de uma raça, como diziam os estudiosos do passado, mas em diferentes configurações ou relações que cada sociedade estabelece no decorrer de sua história.
Sínteses da noção de cultura
O conceito de cultura pode ser pensado a partir de diferentes pontos de vista:
O homem atua de acordo com seus padrões culturais;
A cultura é um modo de adaptação aos diferentes ambientes. Para se adaptar aos diversos ambientes ecológicos, o homem não modifica seu aparato biológico, mas sim constrói diferentes respostas culturais;
Seleção natural x seleção cultural
Isto significa dizer que o ambiente exerce a sua influência mais direta sobre a cultura material ou tecnológica, mas não nos aspectos imateriais da cultura, tais como valores, costumes, crenças etc.
Por exemplo, os materiais que entram na composição de ferramentas são tecnologicamente aperfeiçoados para interagirem com o meio ambiente. Entretanto, as combinações de materiais e técnicas são produtos de escolhas culturais. Em um clima de excessiva chuva, muitos tipos, formas e tamanhos e técnicas de disposição de telhados conservarão secas pessoas e mercadorias.
Sínteses
Em outras palavras, a cultura permite traduzir melhor a diferença entre nós e os outros e, assim fazendo, resgatar a nossa humanidade no outro e a do outro em nós mesmos. ( LAPLANTINE, 1996).
A descoberta da diferença. Etnocentrismo e relativismo
 
Séc XVI – O Renascimento e seu discurso sobre os habitantes do novo mundo – A descoberta da diferença. O selvagem tem uma alma?
 
Ideologias de época:
recusa do estranho – A sociedade a qual pertenço é boa e a do Outro não
fascinação pelo estranho – A sociedade do Outro é melhor que a que vivo.
 
 
 
Etnocentrismo
Séc XVII – Séc XVIII - homens naturais e homens selvagens. Humanidade distinta de Selvageria/Animalidade. Cisão entre natureza e cultura. Quem pertence à Cultura e quem ainda não a alcançou? 
 
Etnocentrismo: Na visão etnocêntrica a diferença é julgada e tornada negativa.
aparência física e vestuário; comportamentos alimentares; linguagem; religião; áreas geográficas atrasadas e distribuição natural e moral dos povos. O antigo e novo mundo. A ideia de estado de natureza e estado de cultura.
Evolucionismo
O Séc. XIX – a ciência das sociedades primitivas em todas as suas dimensões. A idéia de totalidade social.
	Revolução industrial inglesa e revolução política francesa como fatores de mudança para o século XIX. Sociedades em progresso tecnológico e sociedades fora da história e da cultura ocidental desenvolvida. A conquista colonial, a partilha do mundo e o fim da soberania das nações não ocidentais.
	A construção do corpus etnográfico da humanidade e a construção do primitivo como conceito chave da investigação antropológica. O primitivo é o ancestral da humanidade, a origem que deve ser conhecida. Como as formas simples de organização social e de mentalidade evoluíram para as formas mais complexas de nossa sociedade? 
	 
Evolucionismo
Pensamento evolucionista – Existe uma espécie humana idêntica mas com desenvolvimento em ritmo desigual. Cada sociedade se desenvolve por meio de etapas ou estágios evolutivos comunsa todas. O estágio final é a civilização. È a ideia de progresso e de bem-estar como fundamento e orientação ideológica do ocidente industrializado. Antropologia evolucionista buscou determinar cientificamente a sequencia dos estágios dessas transformações.  
	Lei de Haeckel – a ontogênese reproduz a filogênese; o indivíduo atravessa as mesmas fases que a história das espécies. Identificação dos povos primitivos aos vestígios da infância da humanidade.
ORIGENS DO DARWINISMO SOCIAL/ EUROCENTRISMO/ IMPERIALISMO /
A Antropologia toma como |questões objetivas de conhecimento: a) populações consideradas as mais arcaicas – os aborígines australianos; b) o estudo de parentesco, religião e magia – como vias de acesso privilegiadas ao conhecimento dessas sociedades não ocidentais. Era a busca de anterioridades históricas de sistemas de filiação matrilinear ou matriarcado primitivo; assim como sobre as religiões primitivas, magia e crenças e superstições. Qual a origem das sobrevivências ou resíduos culturais.
 
	 
Eurocentrismo
O evolucionismo trata do atraso cultural. A sociedade ocidental representava o ápice da evolução histórica: produção econômica, monoteísmo religioso, propriedade privada, família monogâmica, moral vitoriana. Esta vertente evolucionista representou a justificação teórica da prática colonialista e a marcha triunfante e inexorável do progresso.
Antropologia de Gabinete
Preconiza leis universais do desenvolvimento da humanidade.
 
	Problema epistemológico: tese versus hipótese / etnografias como ilustração da teorização.
 
	Totemismo, magia, matrilinearidade, exogamia, e o culto aos antepassados servem apenas para ilustrar as fases evolutivas.
	Estes pesquisadores da segunda metade do século XIX não se tornaram especialistas em realizar estudos particulares de sociedades pois, em geral, analisaram materiais recolhidos por observadores competentes, guiados à distância por eles.
Preconceito e intolerância
DARWINISMO SOCIAL
RACISMOS / RACISMO CIENTÍFICO;
EUGENIA; 
NAZI-FASCISMOS ;
GENOCÍDIO - HOLOCAUSTO
ESTADOS TOTALITÁRIOS; 
ETNOGRAFIA, TRABALHO DE CAMPO INTENSIVO E OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE 
1.( Primeiro terço do século XX).
 
	A leitura etnográfica significa a presença do pesquisador no campo e esta forma de pesquisa é parte integrante da análise antropológica. Representa o fim da dicotomia observador (viajante, missionário, administrador colonial) e pesquisador erudito (leitor erudito) . Necessidade de imersão no campo da cultura real e mudança de papéis para o pesquisador que agora deve se localizar no interior da sociedade “indígena”).
 
 
 
 
A abordagem etnográfica
F. Boas (1858-1942)
Estudos de campo na Colúmbia Britânica em fins do século XIX, dos povos Kwakiutl e os Chinook.
Ponto de vista microssociológico:
 descrição de toda a situação: habitações, canções, versões de mitos, ingredientes da culinária; Sociedades como totalidades autônomas; Crítica da noção de estágio evolutivo; 
Relativização
A microssociedade só pode ser compreendida pelo etnógrafo que a estuda; Elaboração posterior de monografia sobre a sociedade que está sendo estudada;
Todos os fatos sociais são importantes para o etnógrafo profissional;
Necessidade do acesso à língua da cultura em estudo;
F. Boas não formulou teorias de sistematização das etnografias; Organizou o patrimônio no Museu de New York; Formou a primeira geração de Antropólogos americanos.
 
Trabalho de campo
Malinowski (1884 – 1942)
Publica, em 1922, a grande obra “Os Argonautas do Pacífico Ocidental”. Aprofundamento do trabalho de campo com observação participante e contínuo contato cultural;
Ruptura com a história conjetural (teoria dos estágios evolutivos);
Ruptura com a geografia especulativa (teoria difusionista – centros de difusão das culturas; noção de empréstimos);
Sociedade enquanto totalidade, tal como funciona,no momento em que a observamos;
Análise intensiva e contínua de uma microssociedade, sem referir-se a sua história;
A ELABORAÇÃO TEÓRICA DA ANTROPOLOGIA
 
A escola francesa de sociologia tentou constituir um quadro teórico, de conceitos e modelos próprios da investigação social, independente tanto da explicação histórica (evolucionista) ou geográfica (difusionismo), quanto da explicação biológica (o funcionalismo de Malinowski) ou psicológica (a psicologia clássica e a psicanálise).
 
Durkheim (1858 – 1920) 
Em 1894 escreve “As Regras do Método Sociológico”, onde opõe a precisão da história à confusão da etnografia. O objeto de estudo se constitui pelas “sociedades cujas crenças, tradições, hábitos, direito, incorporaram-se em movimentos escritos e autênticos”;
 A ELABORAÇÃO TEÓRICA DA ANTROPOLOGIA
Em 1912, Em “As Formas Elementares da Vida Religiosa” entende a necessidade de ampliar o campo da investigação sociológica aos materiais recolhidos pelos etnólogos nas sociedades primitivas;
Crítica ao psicologismo e construção do objeto da Sociologia: fatos sociais são exteriores às consciências individuais – irredutibilidade do social aos indivíduos;
“Os fatos sociais são coisas que só podem ser explicados sendo relacionados a outros fatos sociais; definição do objeto sociológico sem o recurso das explicações de outras áreas de saber como a história, geografia, psicologia, biologia, economia...”.
Teoria das Representações Sociais 
Antropologia como disciplina autônoma;
Marcel Mauss (1872 – 1950) 
Conceito de fenômeno social total;
Integração dos diferentes aspectos (biológico, econômico, jurídico, histórico, religioso, ético, estético...) constitutivos de uma dada realidade social que convém aprender em sua integralidade.
Os fenômenos sociais são antes sociais, mas também, conjuntamente e ao mesmo tempo fisiológicos e psicológicos. 
 
Antropologia como disciplina autônoma;
As condutas humanas devem ser apreendidas em todas as suas dimensões e, particularmente, em suas dimensões sociológica, histórica e psicofisiológica.
A “totalidade folhada” é uma multiplicidade de planos distintos e só pode ser apreendida na experiência dos indivíduos.
Não podemos alcançar o sentido e a função de uma instituição se não formos capazes de reviver sua incidência através de uma consciência individual, que é parte da instituição e portanto do social. É preciso apreendê-lo totalmente, isto é, de fora como uma coisa, mas também de dentro como uma realidade vivida. Compreensão do observador estrangeiro (etnólogo),mas também como os atores sociais o vivem.
Objetividade da antropologia 
O objeto antropológico tem sua especificidade: é de mesma natureza que o sujeito, que é, ao mesmo tempo, coisa e representação.
 
Mauss, em “O Ensaio sobre o Dom”, de 1923, afirma que os processos sociais devem possibilitar a leitura de leis sobre a cultura humana: A Kula, processo de troca simbólica generalizada, implica a existência de leis da reciprocidade (o dom e o contradom) e da comunicação, que são próprias da cultura humana em geral. 
A análise antropológica
Compreender o que é uma sociedade dada em si mesma e o que a torna viável para os que a ela pertencem, observando-a no presente através da interação dos aspectos que a constituem;
Ciência da Alteridade: estudos das lógicas particulares características de cada cultura;
Os costumes dos tobriandeses têm significação e coerência: são sistemas lógicos perfeitamente elaborados;
A análise funcionalista 
Teoria Funcionalista: cada cultura tem a função de satisfazer as necessidades fundamentais da sociedade. são constituídas instituições (econômicas, jurídicas, políticas e educativas) que fornecem respostas coletivas organizadas, que são soluções originais que permitem atender a estas necessidades;
Leitura do social, do psicológico e do biológico: sociedade como organismo; estudo das motivações psicológicas, dos comportamentos , o estudo dos sonhos e dos desejos dos indivíduos;
A observação participante também é uma participação psicológica do pesquisador, em que este interioriza suas impressões e emoções.A formação da noção de Cultura 
E. B. TYLOR (1871) – Cultura é aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade.
 
Ralph LINTON (1936) – A cultura de qualquer sociedade consiste na soma total de idéias, reações emocionais condicionadas a padrões de comportamento habitual que seus membros adquiriram por meio de instrução ou imitação e de que todos, em maior ou menor grau, participam.
Teorias da cultura
KROEBER E CLUCKHOHN (1952) – A cultura é uma abstração do comportamento concreto, mas em si própria não é comportamento.
Teorias da cultura
Bertrand MALINOVSKY (1944)- Cultura como o todo global consistente de implementos e bens de consumo, de cartas constitucionais para os vários agrupamentos sociais, de ideias e ofícios humanos, de crenças e costumes.
Teorias da cultura
Franz BOAS (1938) – A totalidade das reações e atividades mentais e físicas que caracterizam o comportamento dos indivíduos que compõem um grupo social...
CULTURA E SIGNIFICAÇÃO
BEALS e HOIJER (1953) A cultura é uma abstração do comportamento e não deve ser confundida com os atos do comportamento ou com os artefatos materiais, tais como ferramentas, recipientes, obras de arte e demais instrumentos que o homem fabrica e utiliza.
 
WHITE (1959) Cultura é quando coisas e acontecimentos dependentes de simbolização são considerados e interpretados num contexto extra-somático, isto é, face á relação que têm entre si, ao invés de com os organismos humanos.
 
Cult ura e reprodução social
M. Keesing (1958) – A cultura é comportamento cultivado, ou seja, a totalidade da experiência adquirida e acumulada pelo homem e transmitida socialmente, ou ainda, o comportamento adquirido por aprendizado social.
Cultura, interação e controle social
– A cultura é a forma comum e aprendida da vida, compartilhada pelos membros de uma sociedade, constante da totalidade dos instrumentos, técnicas, instituições, atitudes, crenças, motivações e sistemas de valores conhecidos pelo grupo. G. M. Foster (1962) .
– A cultura deve ser vista como um conjunto de mecanismos de controle (palavras, gestos, desenhos, sons, objetos e outros símbolos significantes que sejam usados para impor um significado à experiência) – planos, receitas, regras, instituições, - para governar o comportamento. Clifford GEERTZ (1973) .
Sínteses
A cultura pode ser vista como idéias, abstrações, comportamento apreendido, extra-somática e mecanismo de controle.
 
A cultura pode ser subjetiva, interativa e intersubjetiva e de caráter material.
 
A cultura consiste de idéias (concepções mentais ou representações de coisas concretas ou abstratas) como explicações- conhecimentos e crenças; abstrações (apenas o domínio das idéias) e comportamento (modos de agir comum a grupos humanos ou conjunto de atitudes e reações dos indivíduos face ao meio social.
 
A cultura pode ser material (produtos como objetos, equipamentos e tecnologias incorporadas) e imaterial (conhecimentos, crenças, valores, hábitos, normas, significados).
 
Sínteses para a perspectiva cultural
 
 
A cultura pode ser real, ou a de prática cotidiana e irreal ou normativa e ideal. 
Todas as sociedades possuem cultura. Entretanto existe a perspectiva da cultura Humana universal.
A cultura engloba os modos comuns e apreendidos da vida, transmitidos pelos indivíduos e grupos, em sociedade.
Aspectos formativos da cultura
 
A cultura é formada de:
 
saberes(aquilo que se sabe e tem uso prático),
crenças (aquilo em que se acredita, verdadeiro ou não) 
 valores (aquilo que se dá importância e se deseja). 
Delimitações da cultura
Na cultura estão presentes :
as normas, regras que indicam
modos de agir dos indivíduos em determinadas situações;
os símbolos ou realidades físicas ou sensoriais que recebem atribuições de significados e valorações específicas.
Visões contemporâneas sobre a cultura
1) modos de vida que caracterizam uma coletividade; 
2) obras e práticas da arte, da atividade intelectual e do entretenimento;
3) fator de desenvolvimento humano.
Três concepções fundamentais de entendimento da cultura. 
Visões contemporâneas sobre a cultura
Valoriza-se o patrimônio cultural imaterial -os modos de fazer, a tradição oral, a organização social de cada comunidade, os costumes, as crenças e as manifestações da cultura popular que remontam ao mito
Na primeira concepção, a cultura é definida como um sistema de signos e significados criados pelos grupos sociais.
Visões contemporâneas sobre a cultura
Na relação entre cultura e mercado, acontecem dois processos distintos: a mercantilização da cultura, quando as atividades culturais passam a ser concebidas visando à distribuição em massa e, consequentemente, a geração de lucro comercial; e a culturalização da mercadoria, que ocorre através da atribuição de valor simbólico a objetos do uso cotidiano. Até mesmo as características culturais de um determinado local ou povo podem ser transformadas em bens vendáveis.
A segunda concepção é dotada de uma visão mais restrita da cultura, referindo-se às obras e práticas da arte, da atividade intelectual e do entretenimento, vistas sobretudo como atividade econômica. Esta dimensão não se dá no plano da vida cotidiana do indivíduo, mas sim em âmbito especializado, no circuito organizado. 
Visões contemporâneas sobre a cultura
Sob esta ótica, as atividades culturais são realizadas com intuitos sócio-educativos diversos: para estimular atitudes críticas e o desejo de atuar politicamente; no apoio ao desenvolvimento cognitivo de portadores de necessidades especiais ou em atividades terapeutas para pessoas com problemas de saúde; como ferramenta do sistema educacional a fim de incitar o interesse dos alunos; no auxílio ao enfrentamento de problemas sociais, como os altos índices de violência, a depredação urbana, a ressocialização de presos ou de jovens infratores. 
A cultura como instrumento para o desenvolvimento político e social, onde o campo da cultura se confunde com o campo social.
A terceira concepção da cultura ressalta o papel que ela pode assumir como um fator de desenvolvimento social. 
Indicações de fontes e de material de consulta. 
BALIEIRO, Fernando de F. Aspectos antropológicos e sociológicos da educação. Rio de Janeiro: UNISEB, Estácio, 2014. 164 p.
 CLIFFORD, James. A experiência etnográfica: Antropologia e literatura no século 20. Rio de Janeiro, Editora da UFRJ. 1998. 
ELIADE, Mircea. Mito e realidade. São Paulo, editora perspectiva. 1972. 
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro. LTC. 2008.
GEERTZ, Clifford. Obras e vidas: o antropólogo como autor. Rio de Janeiro, Editora UFRJ.2002. 
LAPLANTINE, Francois. Aprender antropologia. São Paulo, Editora Brasiliense. 1995.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura um conceito antropológico. 23. ed. São Paulo: Zahar, 2009;
MARCONI, Marina de Andrade; Presotto, Zelia Maria Neves. Antropologia: uma introdução. 4ª ed. São Paulo. Atlas. 1998.
OLIVEIRA, Roberto Cardoso de. O trabalho do antropólogo. Brasília, Paralelo 15; São Paulo, Unesp. 2000.
SAHLINS, Marshall. Cultura na prática. Rio de janeiro. Editora UFRJ. 2007
SILVA, Wagner Gonçalves. O antropólogo e sua magia. São Paulo, Edusp. 2000.
TOLRA, Philippe Laburthe; WARNIER, Jean-Pierre. Etnologia – Antropologia. Petrópolis, RJ, Vozes. 1997.

Continue navegando