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material DTP I para EXAM Prof Africa (2)

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1 
2 
Dietas Hospitalares - Classificação 
 
1) QUANTO À CONSISTÊNCIA: 
1.1. Geral 
1.2. Branda 
1.3. Pastosa 
1.4. Semi-líquida 
1.5. Líquida – completa e restrita 
 
2) QUANTO AO AUMENTO E DIMINUIÇÃO DOS 
NUTRIENTES: 
 
2.1. Proteína: hipo ou hiperprotêica 
2.2. Gordura: hipogordurosa 
2.3. Sódio: restrição leve, moderada e severa 
2.4. Potássio : hipocalêmica ou hipercalêmica 
2.5. Fibras : pobre ou rica 
3 
Consistência 
 é determinada pela textura dos alimentos e 
preparações que a compõem 
são também chamadas de dietas de rotina 
podem estar associadas a uma ou mais 
modificações na composição de nutrientes 
são normalmente dietas de transição 
longos períodos – incluir suplementação – 
ESTADO NUTRICIONAL 
4 
1.1. DIETA GERAL (NORMAL) 
fornecer energia e demais nutrientes em quantidades 
adequadas para manutenção da saúde. 
 
INDICAÇÃO: Indicada para indivíduos em condições normais 
de alimentação, sem necessidade de restrição na consistência 
e na composição nutricional. Funcionamento normal do TGI. 
Características: 
- suficiente, completa, harmônica, adequada, sem restrição 
alguma. 
- normal em energia e nutrientes (leis da alimentação) 
- fracionamento: 5 refeições /dia 
 
- Para pacientes cuja condição clínica não exige 
modificações em nutrientes e consistência da dieta 
- inclui maior número de alimentos 
- normoglicídica, normolipídica e normoprotéica 
5 
1.2. DIETA BRANDA 
Facilita (mecanicamente) o consumo e/ou digestão de 
alimentos. Exemplos: infecções de garganta, falta de dentes, pós 
–operatório de cirurgias eletivas, esofagite, gastrite, úlcera. 
 
INDICAÇÃO: 
para indivíduos com problemas mecânicos de ingestão e 
digestão, que impeçam a utilização da dieta geral. 
Esta dieta é usada como transição p/ dieta geral. 
 
Características 
- suficiente, completa, harmônica, adequada e c/ consistência 
que facilita a mastigação e digestão 
- normoglicídica, normolipídica e normoprotéica 
- consistência: tecido conectivo e celulose 
abrandados por cocção ou ação mecânica. 
 
- fracionamento : 5 a 6 refeições/dia. 
6 
 Dieta BRANDA 
 
 RESTRIÇÕES – 
 alimentos que devem ser excluídos 
 
 especiarias e condimentos fortes (pimentas- 
vermelha, do reino, etc.) 
 frituras 
 doces concentrados (marmelada, goiabada, doce 
de leite, etc.) 
 bebidas gaseificadas 
 hortaliças cruas – alguns casos pode-se oferecer 
bem picadinha 
 Frutas ácidas - preferir frutas de textura mais suave, 
sucos: mamão, pêra s/ casca, ...) 
 embutidos e conservas 
 OBS.: algumas UNDs servem apenas o caldo das 
leguminosas 
 
7 
1.3. DIETA PASTOSA 
 
- INDICAÇÃO: 
- indivíduos c/ dificuldade de mastigação e 
deglutição, alguns pós-operatórios e casos 
neurológicos, Insuf.Resp, diarréias e alguns 
preparos de exames. 
 
- Características: 
- suficiente, completa, harmônica, adequada e c/ 
consistência que exige pouca mastigação e facilita 
a deglutição. 
- normoglicídica, normoprotéica e normolipídica. 
- consistência: os alimentos na forma de purê, 
mingau, carnes trituradas. 
 
- fracionamento 5 a 6 refeições/dia 
 
8 
Dieta pastosa – continuação 
 
 
RESTRIÇÃO: alimentos crus (exceto sucos não 
ácidos), frituras, condimentos fortes, alimentos 
flatulentos, doces muito concentrados, bebidas 
gasosas e embutidos. 
 
 
1.4 DIETA SEMI-LÍQUIDA 
 
INDICAÇÃO: Proporcionar um certo repouso 
digestivo ou nos casos de intolerância 
provisória a alimentos sólidos e indivíduos com 
problemas mecânicos na ingestão e digestão, 
dificuldade de deglutição e mastigação 
(Preparo de alguns exames, pré e pós-
operatório). 
 
9 
1.4. DIETA SEMI-LÍQUIDA 
 (LEVE, LÍQUIDA-PASTOSA) 
 
Características: 
 normoprotéica, normoglicídica, normocalórica, com 
preparações líquidas e pastosas associadas, de fácil 
digestão, mastigação e deglutição. 
- dieta de pouco resíduo, podendo levar a 
obstipação 
- fracionamento: 5 a 6 refeições 
- INDICAÇÕES: 
- pacientes com problemas mecânicos de 
mastigação e deglutição; dificuldade de digestão; 
em determinados preparos de exames e cirurgias, 
pós-operatórios. 
10 
DIETA SEMI-LÍQUIDA – continuação 
 
 CONSISTÊNCIA: 
A base da dieta é líquida, agregando alimentos 
sólidos abrandados com função de espessar a 
dieta. 
Exclui o processo de mastigação. 
Contém poucos resíduos. 
As preparações são em forma de sopas com 
alimentos sólidos, purês, mingaus). 
 
 RESTRIÇÕES: alimentos crus (exceto sucos não 
ácidos) , frituras, temperos fortes, pão francês, 
alimentos flatulentos. 
 
11 
1.5. DIETA LÍQUIDA 
 
Características: 
 
calorias e princípios nutritivos o mais próximo da 
normalidade, c/ preparações liquidificadas e coadas. 
- alimentos de consistência líquida na temperatura 
ambiente, que produzam poucos resíduos e sejam de 
fácil digestão. 
- fracionamento : 6 a 7 refeições 
sucos na concentração de 40 a 50% (limão 3% e 
maracujá até 30%). 
- INDICAÇÕES: 
- pacientes com problemas de mastigação e 
deglutição; em casos de afecções do trato 
digestório; em determinados preparos de exames; 
em pré e pós-operatórios. 
- dieta de transição - evolução rápida - alcance VCT 
12 
1.5.1. DIETA LÍQUIDA “COMPLETA” 
INDICAÇÃO: 
-facilitar o trabalho digestivo (mastigação, deglutição e 
digestão). 
- normalmente utilizada em pacientes em readaptação após 
período de jejum. Também em casos de disfagia grave, 
úlceras orais, digestivas, pacientes altamente debilitados. 
FRACIONAMENTO: 6-10 refeições/dia - com volumes de 
aprox. 200 – 300/400 ml/refeição. 
 
CARACTERÍSTICAS:. Tende a ser hipoglicídica, hipolipídica 
e hipoprotéica. 
Utiliza todos os alimentos que na temperatura ambiente 
sejam líquidos, como no caso do sorvete e da gelatina 
CONSISTÊNCIA: Líquida. Pobres em resíduos 
 
RESTRIÇÕES: alimentos sólidos em geral 
13 
A DIETA LIQUIDA (A/J) 
DEVE CONTER: 
 CEREAL (ex.:arroz, macarrão, fubá); 
 LEGUMINOSA (ex.: feijao branco, ervilha, lentilha, 
grao de bico...); 
 CARNE (vermelha, frango, peixe, ovo); 
 VEGETAIS 
A – folhosos 
B – legumes em geral (cenoura, chuchu...) 
C - raízes, tubérculos 
 
 
14 
 LISTA DE VEGETAIS : 
 
 
 * VEGETAL A: Abóbora d’água, Acelga, Agrião, Aipo, 
Alface, Almeirão, Aspargo, Alcachofra, Berinjela, Bertalha, 
Brocólis, Caruru, Chicória, Couve, Couve-flor, Cebola, 
Espinafre, Escarola cozida, Maxixe, Palmito, Pepino, 
Pimentão verde, tomate – Até 5% de CHO 
 
 VEGETAL B: Abóbora, Abobrinha, Abóbora moranga, 
Cenoura, Chuchu, Ervilha verde, Jiló, Nabo, Petit-pois, 
Pimentão vermelho, Quiabo, Vagem – Até 10% de CHO 
 
 * VEGETAL C: Aipim, Batata-doce, Batata baroa, Batata 
Inglesa, Cará, Inhame- Acima de 10% de CHO. 
15 
1.5.2 DIETA LÍQUIDA RESTRITA 
 
INDICAÇÃO: 
 
HIDRATAÇÃO – fornece líquidos e eletrólitos para prevenir a 
desidratação, minimiza o trabalho gastrointestinal e evita a formação de 
resíduos no cólon. Pode ser utilizada no preparo e pós-operatório de 
cirurgias do trato gastrointestinal, diarréia aguda, primeira etapa da dieta 
por via oral. 
FRACIONAMENTO: 6-10 refeições (2/2h) com volumes de 
aproximadamente 200 - 300 ml. 
CARACTERISTICAS: Tende a ser hipoglicídica, hipolipídica e 
hipoprotéica. 
CONSISTÊNCIA: Líquida. Praticamente sem resíduos. Restritiva e 
nutricionalmente inadequada. Não deve ser utilizada por mais de 3 dias, 
pois fornece quantidade limitada de energia e nutrientes.CALDOS E 
SUCOS COADOS! 
 RESTRIÇÃO: alimentos sólidos em geral e alimentos lácteos. 
16 
ALIMENTOS DIETA GERAL DIETAPASTOSA DIETA LÍQUIDA COMPLETA DIETA 
LÍQUIDA 
RESTRITA 
Leite incluído incluído 
 
incluído 
(enriquecido) 
Excluído 
Ovos incluídos Cozidos/pochê Em bebidas ou pochê Excluído 
Queijo incluídos Cremosos com pouca gordura excluído Excluído 
Gorduras incluídas Margarina, azeite, manteiga 
– quantidades moderadas 
Margarina, azeite, manteiga –
quantidades moderadas 
Excluídas 
Carnes, aves e 
peixes 
incluídos Carne macia, moída, desfiados Caldos Caldos coados 
Vegetais incluídos Baixo conteúdo de fibras, cozidos, 
amassados, picados, purês, 
sucos, suflês. 
Sucos de vegetais e caldos Caldos coados 
Pães incluídos macios Excluídos Excluídos 
Cereais incluídos Arroz papa, macarrão, mingaus. Mingaus ralos Excluídos 
Bebidas Incluídas, 
Exceto 
gaseific. 
Idem, exceto gaseificadas Chá de ervas, café 
descafeínado, sucos 
industrializados 
Idem (diluição maior) 
Água adocicada com 
maltodextrina (ex.Nidex®) 
Sobremesas Todas Baixa concentração de gordura e 
açúcar. 
Vitaminas de frutas, mingaus 
ralos, sucos de frutas 
Suco frutas coados e ralos 
Leguminosa 
feijões,... 
Incluídas Bem cozido, batido, coado, caldo caldos Excluídas 
Frutas incluídas Maduras, sucos, polpas macias, 
cozidas, purê. Pref. não ácidos 
Sucos de frutas não ácidas Sucos coados e diluídos ao 
meio 
COMPOSIÇÃO DE DIETAS 
17 
ALIMENTOS QTD CH LIP PTN 
Leite integral 100ml 4,9 3 3,6 
Queijo 30g - 8,5 9 
Arroz 35g 15 - 1 
Carnes 100g - 6 20 
Ovos 50g - 5 6 
Feijão 60g 8 - 2,5 
Vegetal A 100g 3 - - 
Vegetal B 100g 10 - 1 
Vegetal C 100g 20 - 5 
Fruta 1 quota 10 - - 
Pão 50g 28 - 4 
Margarina 10g - 8 - 
Óleo 10ml - 10 - 
Açúcar 10g 10 - - 
Mel 10g 7,8 - - 
 TABELA SIMPLIFICADA PARA CÁLCULO DE DIETAS 
18 
 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL 
 DE REFEIÇÕES 
 
•Desjejum = 15% 
•Colação = 5% 
•Almoço = 30% 
•Lanche = 15% 
•Jantar = 30% 
•Ceia = 5% 
 
 PERCENTUAL DE MACRONUTRIENTES 
 
Normoglicídica = 55 –60% 
Normolipídica = 25 – 30% 
Normoprotéica = 10 –15% (CONSIDERAR g/kg/dia) 
19 
PORTANTO... a nomenclatura das dietas hospitalares variam muito de 
entidade para entidade. 
Basicamente temos: 
DIETAS DE ROTINA - geral, branda pastosa, líquida 
DIETAS ESPECIAIS - com aumento e/ou diminuição de 1 ou + nutrientes: 
hiper/hipo - protêica, calórica, lipídica, etc... 
Outras nomenclaturas utilizadas - 
 HCFMUSP(6.000 ref/dia ~ 2700 kcal/dia: 
Dietas Normais: geral, branda, leve, líquida, pastosa, papa I, papa II 
Dietas Modificadas: são as dietas acima descritas, restritas, pobres em 
resíduos: d. sem resíduos, d. hiperprotêicas, d. com restrição de sal. 
Dietas Especiais: necessitam de alteração substancial de alguns nutrientes 
ou em sua forma de preparo: hipogordurosa, hipoprotêica, “para diabético”. 
PUCPR-Santa Casa: Dietas Normais para adultos - Dietas Modificadas na 
Consistência - 
Dietas Modificadas em Nutrientes - 
Dietas para condíções especiais - 
Dietas para Pediatria. 
20 
PUCPR-Santa Casa: 
Dietas Normais para adultos: normal, lascto-ovovegetariana, lacto-vegetariana, 
ovo-vegetariana, vegan, d. normal em pedaços. 
Dietas Modificadas na Consistência: d. líquidos claros, d. líquida completa, d. 
pastosa, d. branda. 
Dietas Modificadas em Nutrientes: d. normocalórica e hiperprotéica, d. 
hipercalórica e hiperprotéica, d. hipocalórica e hiperprotéica, d. com rstrição de fibras 
e resíduos, d. rica em fibras, d. isenta de lactose, d. pobre em lipídios, d. pobre em 
TCL, com adição de TCM, d. rica em lipídios, d. isenta de glúten, d. pobre em purinas, 
d. pobre em tiramina, dopamina e feniletilamina, d. hipossódica. 
Dietas para condíções especiais: d. para úlcera péptica, d. para refluxo 
gastroesofágico, d. para diarréia, d. para obstipação intstinal, d. para ostomizados, d. 
para disfagia, d. para pós-gastrectomia, d. para pós gastroplastia, d. para infarto do 
miocárdio, d. para insuf. cardíaca congestiva, d. para pós transplante cardíaco, dieta 
para insuf. hepática, d. para pós transplante hepático, d. para hemodiálise e diálise 
peritoneal (intermitente e contínua), d. para pré-diálise , d. para síndrome nefrótica.... 
Dietas de prova, dietas para alergias alimentares, d. via sonda, d. via parenteral. 
Dietas para Pediatria: d. para bebês - 0 a 12 meses de idade, d. normal para crs. Em 
idade pré-escolar, d. normal para crs. em idade escolar, d. cetogênica, etc. 
21 
PRESCRIÇÃO DIETÉTICA 
 envolve várias etapas: 
• início: entrevista ao paciente 
• anamnese 
• avaliação do estado nutricional 
• hipótese diagnóstica nutricional 
• determinação da conduta alimentar 
• avaliação do grau de envolvimento da dieta nos 
resultados 
• definição do nível de assistência 
• reabilitação nutricional 
22 
PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA COMPLETA: 
•Tipo de dieta; 
•Via de administração; 
•Tipo de administração; 
•Gotejamento; 
•Volume total; 
•Fracionamento; 
•Volume por tomada; 
•Horários; 
•Temperatura; 
•Características químicas da dieta; 
•Densidade Calórica (Kcal/ml); 
•Relação Kcal/ g N 
•Osmolaridade (mOsm/l) 
 
JUSTIFICATIVA DE CONDUTA: 
Cálculos Nutricionais; 
Prescrição da dieta. 
23 
Características 
da prescrição dietética 
 
 Considerar 
a natureza da doença 
aceitação da dieta pelo paciente 
Deve ser 
concisa e específica 
clara e inequívoca 
 intrinsecamente coerente 
 
 Não deve ser, desnecessariamente, 
 restrita ou complexa. 
 
24 
Dieta especial modificada 
com suplementação 
Dieta Enteral 
 ou parenteral 
Dieta Geral 
PLANEJAMENTO DIETOTERÁPICO 
 
Identificação da doença de base 
 
 
Avaliação nutricional 
 
Cálculo dos requerimentos nutricionais 
 
 
Selecionar via de acesso 
 
 
 
 
Suporte nutricional necessário 
 
25 
TERAPIA NUTRICIONAL: 
 
Conjunto de procedimentos terapêuticos 
para manutenção e/ou recuperação do 
EN do paciente por meio de nutrição 
oral, enteral e/ou parenteral. 
 
Para melhores resultados deve ser iniciada 
precocemente 
(até 72h após a internação e/ou 
estabilização hemodinâmica) 
 
FUNDAMENTOS 
 DO SUPORTE NUTRICIONAL 
Nutrição enteral 
26 
Alimentação por via enteral: 
 
• Fonte de nutrientes de forma isolada ou 
combinada, de composição definida ou 
estimada, especialmente formulado ou 
elaborado para o uso por sondas ou via 
oral. 
• Industrializado ou não, utilizado para 
substituir ou complementar a 
alimentação oral em pacientes 
desnutridos ou não, em regime 
hospitalar, ambulatorial ou hospitalar, 
visando a síntese e /ou manutenção dos 
tecidos, órgãos e sistemas. 
 (Port. MS/SVS n.484, 15/06/1998) 
 
27 
Vias possíveis de administração 
 de nutrientes: 
 
 - oral - enteral - parenteral 
 
A “escolha” da via de acesso depende de uma 
invertigação clínico-nutricional minuciosa: 
 
- avaliação do estado nutricional 
- determinação dos requerimentos nutricionais 
- escolha da melhor via de acesso 
- aplicação do plano dietoterápico 
- acompanhamento nutricional 
28 
Via oral: 
- implica em consumo voluntário de alimentos; 
- é a via mais fisiológica, devendo ser preservada, 
sempre estimulada e, PRIORITARIAMENTE utilizada. 
 
Caso haja o consumo insatisfatório de alimentos ... 
pode-se programar suplementação oral de nutrientes. 
Fatores que podem influenciar, 
 positiva ou negativamente 
o consumo e aceitação da alimentação: 
- aparência - odor - sabor 
- consistência e temperatura da refeição. 
 
O enfermo, geralmente apresenta alteração no paladar em 
conseqüência da doençae/ou estado nutricional. 
29 
ESQUEMA DE DECISÃO EM NUTRIÇÃO ENTERAL 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
MANUTENÇÃO REPOSIÇÃO 
TGI pode ser utilizado com segurança? 
SIM 
NÃO Nutrição 
 Parenteral 
Absorção intestinal apropriada? 
SIM 
NÃO 
Dieta de fórmula definida 
Dieta de fórmula específica 
Alimentação por mais de 1 mês 
SIM 
OSTOMIA 
NÃO 
Risco de Aspiração 
SONDA SIM 
NÃO 
SNE 
SNG 
SNE – sonda nasoentérica 
SNG – sonda nasogástrica 
 Legenda: 
30 
VIA ENTERAL 
ADMINISTRAÇÃO DE NUTRIENTES UTILIZANDO O 
TGI, POR MEIO DE SONDAS. 
 
INDICAÇÕES: nas situações onde a via oral é 
insuficiente para atender as necessidades 
nutricionais do indivíduo... 
 
As situações são, basicamente três- quando 
indivíduo: 
 
* não quer 
* não pode 
•não consegue ... 
... se alimentar. 
31 
 
Estas situações estão geralmente acompanhadas de 
alguma doença ou distúrbio: 
- inconsciência, anorexia severa, lesões orais e de 
esôfago, traumas (queimaduras de 3º grau, acidentes), 
câncer, má absorção, pós operatórios do aparelho 
digestório. 
 
 
CONTRA-INDICAÇÕES 
 PARA NUTRIÇÃO ENTERAL: 
 
- Íleo paralítico; 
- Obstruções intestinais completas; 
- Fístulas digestivas de alto débito; 
- Diarréia severa resistente à terapia 
 convencional; 
- Pancreatite aguda grave; 
- Choque. 
 
32 
 INDICAÇÕES 
PARA NUTRIÇÃO ENTERAL 
 
 - Lesões do SNC (estado comatoso), anorexia 
nervosa, AVC, doença de Parkinson, depressão 
grave; 
 - Neoplasias, quimioterapia e radioterapia em baixas 
dosagens; 
 - Queimaduras, infecções graves, traumas, cirurgias; 
- Ingestão oral inadequada ( inferior a 60% das 
necessidades) por 7-10 dias; 
-Desnutrição moderada com ing.oral inadequada; 
- Pós-operatórios (cirurgias de grande porte); 
- Disfagia grave (para consistência líquida) ; 
- Estenoses esofagianas, neoplasias orofaríngeas, 
esofágicas e gástricas; 
- Fístulas digestivas de baixo débito; 
- Síndrome do intestino curto - SIC (< 100cm restante 
de jejuno ou < 150 cm íleo), 
, - Má absorção, pancreatite crônica, gastroparesia, 
doença de Crohn. 
 
33 
Histórico da Nutrição enteral 
 
• Há mais de 2300 anos os egípcios já percebiam 
que alguns de seus enfermos apresentavam 
deficiências nutricionais. Portanto, administravam 
a estes enemas e irrigações nutritivas. 
• Os gregos adotaram os mesmos costumes e 
administravam via retal, compostas por vinho, 
soro, leite, etc. 
•- 1671- 1ª descrição de “alimentação forçada”; 
- 1790 - 1º caso publicado: sonda feita com osso de 
baleia, coberta com pele de enguia, via orogástrica- 
prob. com a fórmula; 
- 1879- BLISS expôs os benefícios da alimentação via 
retal (sonda + seringa); 
•1895 - MORRISSON- tubo de borracha- posição 
gástrica; 
• 
34 
•1910 - EINHORN- sonda de borracha no duodeno, por 
orifício no estômago. adm. de 30 ml a cada 2 h, com fluídos 
em temperatura ambiente; 
 
1918 - ANDRESEN- orifício com colocação de sonda no 
jejuno; 
1944 - CO TUI & MULHOLLAND - benefícios de dietas hiper 
hiper (hidrolizados de caseína e dextrinas); 
1952 - FALLIS &BARRON - alim. gástrica e duodenal com 
tubo de polietileno; 
1957 - GREENSTEIN - elaborou diata quimicamente definida 
(óleo, glicose, aminoácidos); 
1965 - WINITZ - elaborou dieta para uso na NASA; 
1969 - STEPHENS & RANDALL - dietas espaciais por cateteres 
siliconizados (pacientes cirúrgicos); 
1972 - LIFFMANN & RANDALL - tubos de fino calibre, 
flexíveis, para uso em NE, via jejunostomia. 
35 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO ENTERAL 
• colocação de sondas pela 
 região nasal e posicionamento: 
• gástrico (nasogástrica) ou 
• intestinal - duodeno ou jejuno - 
(nasoduodenal ou nasojejunal) 
 
• abertura de um orifício (ostomia) para 
colocação de uma sonda, em posição gástrica 
(gastrostomia) ou duodenal ou jejunal 
 (duodenostomia ou jejunostomia). 
 
36 Nasogástrica/ 
Nasoenteral 
37 
VIAS DE ACESSO (ADMINISTRAÇÃO) 
Via de acesso Vantagens Desvantagens 
Gástrica (sondas naso ou 
orogástrica) 
 Maior tolerância para 
sobrecargas osmóticas e 
variedades de fórmulas, 
volume, facilidade de 
posicionamento 
 
Maior risco de aspiração em 
pacientes com dificuldade 
neuro motora de deglutição, 
vômitos e tosse podem 
deslocar a sonda. 
Entérica (sondas 
nasoentéricas – duodenais ou 
jejunais) 
 
Sondas de pequeno calibre 
 
 
Menor risco de aspiração, 
maior dificuldade de saída 
acidental da sonda, indicada 
nos casos de refluxo grave, 
retardo no EG, gastroparesias. 
Requer dietas normo a 
hiposmolares, não tolera 
grandes volumes, maior 
dificuldade de 
posicionamento. 
 
Verificação do posicionamento 
da sonda – raio X 
38 
VIAS DE ACESSO (ADMINISTRAÇÃO) 
Via de acesso Vantagens Desvantagens 
Ostomias 
 
 
Gastrostomia 
 
Enterostomia (jejunostomia) 
Indicada para suporte 
nutricional prolongado; podem 
ser feitas pelo método 
endoscópico. 
O método endoscópico não 
pode ser utilizado nos casos 
de ascite maciça, 
hepatomegalia, úlceras 
gástrica, diálise peritoneal 
contínua, peritonite. 
 
39 
40 
SONDAS ENTERAIS 
Acesso gástrico 
Acesso duodenal 
41 
SONDA DUODENAL 
Menor diâmetro 
Maior flexibilidade – maior facilidade de deslocamento 
42 
POSICIONAMENTO DE SONDAS: 
• nariz - estômago 
(naso- gástrica) 
•nariz - duodeno 
(naso- duodenal), 
•nariz - jejuno 
 (naso - jejunal); 
 
•estômago (gastrostomia); 
 
•jejuno (jejunostomia). 
 
* posição do paciente para a administração da dieta: 
sentado ou, no leito - com a cabeceira elevada - 45º 
43 
TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO 
 
INTERMITENTE E CONTÍNUA 
 
INTERMITENTE 
 “sistema aberto” 
 
• ADMINISTRADA EM PERÍODOS FRACIONADOS 
(INTERVALO DE 2 OU 3 OU 4 HORAS): 
 
 
• INTERMITENTE GRAVITACIONAL 
 
• INTERMITENTE EM “BOLO” 
44 
 
 
 
 
 
INTERMITENTE GRAVITACIONAL: 
 
• o frasco com a dieta é posicionado de forma a 
permitir que a dieta “escorra” pela sonda. 
• a entrada da dieta na sonda é controlada por uma pinça; 
• é o método mais utilizado na prática clínica. 
 
 INTERMITENTE EM “BOLO” : 
• utiliza-se uma seringa ou funil para a infusão; 
• é indicada somente quando a sonda está 
posicionada no estômago; 
• Aspectos negativos: 
• desconforto abdominal, 
• risco de diarréia 
• vômitos. 
45 
CONTÍNUA “sistema fechado”: 
Geralmente, realizada com a utilização de bomba de infusão, mas 
não necessariamente. 
 
Vantagens: 
• permite o controle da quantidade a ser infundida 
durante todo o período de 12 a 24 horas; 
• facilita a absorção dos nutrientes; 
• diminui intercorrências. 
 
Desvantagens: 
• o paciente fica “preso” à bomba, tornando mais 
difícil os deslocamentos; 
• custo da bomba. 
LIMPEZA DA SONDA: 
• ao final de cada administração de dieta - injetar água filtrada e 
fervida - 20-100ml. 
46 
TÉCNICA Caracterização Indicações 
 
Intermitente 
Bolo: injeção com seringa, 
100-350ml de dieta no 
estômago a cada 2-6h. 
Gravitacional: 100- 350 ml 
administrado por 
gotejamento. Pode ser 
utilizado bomba infusora. 
 
Pacientes com EG normal, 
NE domiciliar. 
 
Contínua 
Gravitacional ou por bomba 
infusora: 50-150ml/h em um 
período de 12-24h. 
Desnutridos graves (início da 
alimentação), retardo no EG. 
TÉCNICASDE ADMINISTRAÇÃO 
 DA DIETA ENTERAL 
47 
TÉCNICA Fisiologia Custo 
 
Intermitente 
similar à nutrição oral, a distensão gástrica 
estimula a secreção de sucos gástricos, 
aumento da contratilidade gástrica com 
aumento da velocidade de infusão ou do 
volume, pode haver retardo no EG e risco 
de aspiração. 
 
 
Baixo 
TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO 
 DA DIETA ENTERAL 
48 
TÉCNICA Fisiologia Custo 
Contínua - Pode ocorrer distensão abdominal, 
hiperinsulinemia persistente com diminuição 
da lipólise , alcance mais rápido do VET 
desejado 
 
Alto 
TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO 
 DA DIETA ENTERAL 
NE cíclica – 1- 12 h - contínua (período noturno) 
49 
CÁLCULO DO GOTEJAMENTO 
 
VOLUME TOTAL  N° horas ( período de administração da dieta) 
 3 
 
 
Exemplo: 
 
- Volume a ser administrado: 300ml 
- Período de administração: 50 min 
 
 1 ml = 20 gotas 
 
300 ml = 6.000 gotas  50 min = 120 gotas/min 
 
Ou... 60 gotas/30seg; ou... 30 gotas/15seg 
 
IMPORTANTE 
Fase inicial: admite-se um gotejamento de 60 gotas/min 
 
Fase de adaptação: aumento progressivo até 120 gotas /min 
 
50 
POSICIONAMENTO DO PACIENTE 
na administração da dieta 
 
• Durante a administração da dieta o paciente pode permanecer sentado ou deitado, 
porém com a cama elevada, de forma que a cabeça e o tórax estejam, no mínimo, a 
300 da horizontal. Ideal é que esteja a 450 
 
• A manutenção desta posição até 30 min após a infusão da dieta reduz o risco de 
aspiração. 
 
51 
Como é colocada a sonda? 
É introduzida suavemente pelo nariz, 
descendo até o estômago. O 
procedimento é simples, realizado no 
ambulatório e que não requer 
anestesia pois não é doloroso. 
Depende apenas da colaboração do 
paciente para "engolir" a sonda, o 
que não é difícil. 
 
A sonda incomoda ou dificulta 
alguma atividade? 
Não. Qualquer tarefa ou atividade 
poderá ser realizada sem nenhuma 
dificuldade. A sonda não atrapalha 
porque é muito fina e macia. Há uma 
pequeno incômodo no nariz no dia 
em que ela é colocada, entretanto, 
essa sensação logo desaparecerá. 
Estando bem alimentado o paciente 
ficará bem disposto. 
 
52 
O paciente que usa sonda ficará dependente 
de alguém para se alimentar? 
Não. A sonda não impede as tarefas do dia a dia. O 
paciente poderá fazer sua própria comida assim como 
alimentar-se sozinho. É importante, sempre que 
possível, que a alimentação seja colocada pelo próprio 
paciente, pois ele aprenderá, com o tempo, o jeito certo 
de fazê-lo. Somente os pacientes que possuem algum 
tipo de limitação (deficiência visual ou dificuldade de 
movimentos dos braços e mãos) precisarão de ajuda. 
 
A sonda será necessária para sempre? 
Não. Ela é um recurso utilizado apenas enquanto o 
paciente estiver impossibilitado de se alimentar pela 
boca. A sonda poderá ser retirada assim que o 
problema for corrigido. 
 
Como cuidar da sonda alimentar? 
Quando a sonda for colocada, o paciente e seus 
familiares receberão instruções sobre como usá-la. A 
nutricionista indicará a dieta mais adequada e 
fornecerá instruções sobre os acessórios para a 
introdução dos alimentos de limpeza da sonda. 
 
53 
 
O que fazer caso surja algum 
problema com a sonda? 
A maioria dos problemas com a 
sonda alimentar tem soluções 
simples. As complicações mais 
freqüentes são: 
• Obstrução por meio de alimentos 
ou remédios. 
• Saída acidental da sonda: nestes 
casos, procure a equipe 
especializada no hospital onde 
você está se tratando. 
54 
Algumas recomendações importantes: 
• A solução da dieta deve ser dada com o 
paciente sentado ou com a cabeceira elevada, 
caso o paciente esteja acamado. 
• O frasco com a preparação da dieta deve ser 
colocado bem alto, acima da cabeça. Na 
dúvida, peça orientação sobre como pendurar 
o frasco. 
 
• O gotejamento deve ser no máximo de 60 
gotas por minuto. Um fluxo muito rápido pode 
causar diarréias ou vômitos. 
 
• Antes de preparar a dieta, lave as mãos com 
água e sabão e seque, de preferência, com 
toalhas de papel. 
 
• Use água filtrada e fervida na preparação da 
solução. 
55 
• As soluções devem ser preparadas em 
quantidade suficiente para, no máximo, um dia. 
Os excessos podem estragar de um dia para o 
outro. 
 
• Liquidifique bem os alimentos e coe em 
peneiras finas. Se for necessário, coloque uma 
gaze na peneira. 
 
• Guarde a dieta na geladeira e retire 30 
minutos antes de usá-la. 
 
• Nunca introduza a solução muito quente ou 
muito gelada. Ela pode ser aquecida em banho-
maria, fora do fogo, até alcançar a temperatura 
ambiente. • 
56 
• O alimento pode ser oferecido pela boca se o 
paciente conseguir engolir. Se não conseguir 
engolir e desejar sentir o gosto do alimento, 
ele poderá mastigá-lo e cuspir em seguida. 
 
 
Limpeza do material 
 
Lave todo o material com sabão neutro e água, 
logo após o uso, enxaguando-o bem. No final 
do dia, deixe o material de molho por 30 
minutos em solução contendo água comum e 
água sanitária (para cada cinco copos de água 
comum, acrescentar uma colher de sopa de 
água sanitária). Guarde o material em lugar 
bem limpo e seco. 
www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=117 
57 
 
Importante: não esquecer de fornecer água, 
sucos e chás nos intervalos das refeições para 
evitar desidratação. 
 
• O medicamento que não for líquido 
(comprimido ou drágeas) também pode ser 
colocado através da sonda, desde que 
triturado até virar pó e diluído em água. 
• Após passar a dieta ou a medicação, a sonda 
deve ser lavada com 30ml de água. 
• Se possível, todos os utensílios devem ser 
exclusivamente destinados à alimentação do 
paciente e lavados diariamente. 
• Mesmo que o paciente não esteja mastigando 
os alimentos, mantenha sua boca bem limpa e 
seus dentes escovados para evitar cáries e 
infecções. 
• Passe vaselina ou manteiga de cacau nos 
lábios para evitar rachaduras e ressecamento 
das mucosas 
58 
CÁLCULO DA NECESSIDADE HÍDRICA DO 
INDIVÍDUO 
 
35- 40 ml/ Kg peso atual /dia 
 
Ou 
 
 1ml/kcal da dieta 
 na ausência de doenças renais, hepáticas e 
cardíacas 
 
59 
 CÁLCULO DA DENSIDADE CALÓRICA 
 
 É a relação entre quantidade de calorias ofertadas e 
o volume da dieta. 
 Expresso em kcal/ml. 
 É recomendado que seja em torno de 1 kcal/ml. 
 Valores superiores a 1,5 kcal/ml são compatíveis 
com dietas hiperosmolares. Pacientes desnutridos graves ou em jejum prolongado 
= recomenda-se iniciar com 1/3 -1/5 do GET no 
primeiro dia. 
 
Pacientes eutróficos ou moderadamente desnutridos = 
1/3 do GET no primeiro dia. 
 
CÁLCULO DA NECESSIDADE HÍDRICA DO INDIVÍDUO 
 35- 40 ml/ Kg peso atual /dia Ou 
 
 1 ml/kcal da dieta, na ausência de doenças renais, 
hepáticas e cardíacas 
 
ADEQUAÇÃO E EVOLUÇÃO DO GET 
60 
COMPLICAÇÕES NO USO 
DA NUTRIÇÃO ENTERAL 
 
em relação ...à sonda - à dieta 
... e a distúrbios metabólicos. 
 
Complicações quanto à sonda: 
 
• mau posicionamento (escolha do local; traquéia ao 
invés do esôfago); 
• mecânica (irritação/erosão nasofaríngea 
•entupimento 
• saída acidental ou proposital 
 
 (todas estas são contornáveis) 
61 
Complicações quanto à dieta: 
• DIARRÉIA 
• distensão abdominal 
• náuseas 
• cólicas 
• regurgitação 
• aspiração pulmonar 
 
Estas situações podem ser contornadas: 
 
• trocando-se a formulação,• modificando-se a técnicas de 
 administração, 
• associando-se algum medicamento, se indicado. 
 
62 
Complicações quanto aos desequilíbrios 
metabólicos : 
• hiperglicemia 
• hipercalemia 
• hipofosfatemia, entre outros. 
 Estes problemas podem ser decorrentes da patologia de 
base. Pode-se modificar a dieta para colaborar com o 
tratamento. 
 
Complicação mais comum 
relacionada à dieta: DIARRÉIA 
possui causas multifatoriais: 
• velocidade de adm. da dieta (deve ser lenta); 
• medicamentos de alta osmolaridade; 
• uso prolongado de antibióticos, destruindo a flora intestinal; 
• hipoalbuminemia (podendo dificultar a absorção) ; 
•má absorção ou outros distúrbios gastrointestinais; 
63 
 Quanto à fórmula da dieta: 
 alta osmolalidade; 
• intolerância aos componentes da dieta (ex.: lactose); 
• contaminação; 
• intolerância ao volume administrado. 
 
 
CARACTERÍSTICAS DAS DIETAS 
- QUANTO AO/ A: 
 
• MODO DE PREPARO 
 
• VALOR NUTRICIONAL 
 
• VCT 
 
• COMPLEXIDADE DOS NUTRIENTES 
 
 
• ESPECIFICIDADE DA FÓRMULA 
 
• OSMOLALIDADE 
64 
QUANTO AO MODO DE PREPARO 
ARTESANAL: 
 com ingredientes caseiros 
(leite, ovos, farinhas, carnes, etc.) 
 
INDUSTRIALIZADA: 
• em pó (para reconstituição), 
• líquida (pronta para uso), 
• mista (alimentos + produtos industrializados e/ou 
módulos) 
 
QUANTO AO VALOR NUTRICIONAL 
 
• nutricionalmente completas 
• nutricionalmente incompletas 
• suplementação alimentar 
65 
QUANTO AO VALOR CALÓRICO TOTAL: 
• Normo - 50-60%(HC), 25-35%(lip), 10-15% 
(prot) 
• Hiper - acima dos valores descritos 
• Hipo - abaixo dos valores descritos 
 
QUANTO A COMPLEXIDADE 
DE NUTRIENTES: 
 
POLIMÉRICA: alimentos “intactos” 
 - proteínas, carboidratos e gorduras INTEIROS 
 
OLIGOMÉRICA: proteína/CHO hidrolisados; lipídios: 
TCL +TCM (+ vit/min) 
 
ELEMENTAR: aminoácidos, glicose 
 TCL + TCM (+ vit/min) 
66 
QUANTO A ESPECIFICIDADE 
 DA FÓRMULA: 
NÃO ESPECIALIZADA: 
• fórmulas poliméricas, para uso geral 
ESPECIALIZADA: 
• polimérica ou oligomérica ou elementar - com 
indicação para “poupar”determinados órgãos 
(intestino, pulmão, fígado, sist. imunológico ou uso em 
pediatria). 
 
QUANTO A OSMOLALIDADE 
ISOTÔNICA: 330 A 350 mOsm 
 
MODERADAMENTE HIPERTÔNICA: 
 350 a 550 mOsm 
 
HIPERTÔNICA: > 550 mOsm 
67 
FATORES A SEREM CONSIDERADOS NA ESCOLHA 
DA FÓRMULA PARA ALIMENTAÇÃO ENTERAL: 
Integridade do TGI 
 
Tipo de PTN, LIP, CH na fórmula de acordo com a 
capacidade digestiva e absortiva do paciente 
 Densidade calórica (Kcal/ml) e proporção Kcal:N 
 
Necessidades nutricionais do paciente 
 
Viscosidade da fórmula em relação ao tipo de 
equipamento para alimentação por sonda 
 Conteúdo de sódio, potássio e fósforo da fórmula, 
especificamente nos pacientes com disfunção 
renal, hepática e/ou cardíaca. 
 Custo da fórmula 
 
68 
Carboidratos Proteínas Lipídios 
Polissacarídeos 
Amido 
Amido modificado 
Cereais 
Vegetais 
Intacta 
Caseinato 
Proteína do leite 
Lactoalbumina 
Isolado protéico de soja 
 
Óleos de origem vegetal 
(milho, soja 
e girassol) 
 
Polímeros de Glicose 
Maltodextrina 
Xarope de milho 
Oligossacarídeos 
Proteína hidrolizada 
Redução da absorção protéica e 
Insuficiência pancreática 
Triglicerídeos de cadeia 
média (TCM) 
Dissacarídeos 
Sacarose – hidrólise do amido 
Lactose – hidrólise do leite 
Maltose – hidrólise de oligossacarídeos 
Aminoácidos 
 
Função renal e hepática alteradas 
Lecitina 
Ácidos graxos ômega-3 
Monossacarídeos 
Glicose (dextrose) 
Frutose 
COMPOSIÇÃO DAS FÓRMULAS ENTERAIS 
69 
MONITORAÇÃO DO PACIENTE 
 EM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL 
 
•Peso ( pelo menos 3x/semana) 
•Sinais de edema ou desidratação (diariamente) 
•Ingestão e eliminação de fluído (diariamente) 
•Ingestão dietética de calorias, ptns, carboidratos, gorduras, vitaminas, minerais e 
fibras ( pelo menos 2x/semana) 
•Balanço nitrogenado (semanalmente) 
•Resíduos gástricos (diariamente a cada 4 horas) 
 
70 
•Verificação da função intestinal, incluindo 
consistência e freqüência ( diariamente) 
•Glicosúria (fase inicial- diariamente a cada 6h, 
diabéticos- diariamente) 
•Dosagem de eletrólitos como sódio, potássio e 
fósforo , hemograma, uréia e creatinina ( 2-3x/semana) 
•Dosagem de ptns séricas, cálcio, magnésio e teste de 
função hepática (semanalmente) 
 
MONITORAÇÃO DO PACIENTE 
 EM TERAPIA 
NUTRICIONAL ENTERAL 
71 
SIM 
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO 
 DE DIETAS ENTERAIS 
Avaliação da alimentação via oral 
NÃO 
dieta via oral dieta enteral 
consistência 
normal 
SIM NÃO 
distúrbio metabólico? 
SIM NÃO 
dieta geral 
Dieta apropriada dieta 
enteral 
especialzada 
dieta 
enteral 
conven-
cional 
72 
Na presença de algum distúrbio metábolico, consegue 
digerir ou absorver nutrientes intactos ? 
 
SIM: dieta especializada, podendo ser polimérica. Ex.: 
nefropatia 
 
NÃO: dieta especializada, de preferência, com 
hidrolizados ou módulos ex.: insuficiência hepática 
 
Se não apresenta distúrbio metábolico, consegue digerir 
ou absorver nutrientes intactos ? 
 
SIM: dieta convencional polimérica. 
Ex.: AVC 
 
NÃO: dieta especializada, com hidrolizados ou 
elementar ou módulos. ex.: diarréia 
73 
As dietas enterais utilizadas 
em condições especiais: 
 
• nas insuficiências: renal, 
 respiratória e hepática; 
 
• na imunossupressão; 
 
• nas situações de estresse... 
 
...serão abordadas quando estudadas 
individualmente. 
 
 
74 
ESCLARECIMENTOS: 
OSMOLALIDADE x OSMOLARIDADE 
Ambas são medidas de pressão osmótica exercida pela 
solução, ou seja, medem a concentração das partículas 
osmoticamente ativas nessa solução. 
 A osmolaridade das dietas líquidas é muito importante. 
As dietas hipertônicas podem causar diarréia e desconforto em 
pacientes que estão sob dieta enteral. 
 As fórmulas hiperosmolares, inicialmente, devem ser 
administradas de forma gradual. 
Osmolalidade baixa minimizam o risco de diarréia osmótica, 
proporcionando maior segurança na administração. 
 
 
Os solutos que devem ser excretados na urina são 
denominados carga de soluto renal. 
 A carga de soluto renal determina o volume de água requerido 
para formar urina. As substâncias que contribuem para a carga 
de soluto renal são sódio, potássio, cloreto e uréia. 
 
 Osmolaridade 
 (OmOsm/l) 
 Osmolalidade 
(mOsm/kg/H2O) 
75 
 
Albumina é a + abundante proteína circulante do plasma e dos líquidos 
extracelulares e tem iportância preponderante na determinação da 
pressão colóido-osmótica do plasma. Também exerce função de 
proteína de transporte (Ca, Cu, ác. graxos cad. longa, etc.). 
Existem dois pools de albumina em rápido equilíbrio: intravascular e 
extravascular, com fluxo nítido de albumina do primeiro ao segundo 
de + baixa concentração. 
A hipoalbuminemia depende de vários fatores. 
 No trauma e sepse a síntese da albumina está reduzida, o seu 
catabolismo aumentado e, devido à permeabilidade alterada da 
membrana celular, verifica-se uma passagem transcapilar de 
albumina para o espaço extravascular. Este fato é responsável por 
“seqüestro”no espaço extravascular de Ca, Cu, ác. graxos cad. longa, 
aminoácidos, etc. 
Rotina Técnica - Terapia de nutrição parenteral/enteral: 
BRASIL. Ministério da Saúde.Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 272, de 08de abril de 1998. Regulamento técnico para a terapia de nutrição parenteral. Diário Oficial 
da União da República Federativa do Brasil. Brasília, n. 71-E, p. 78-91, 15 de abr 
1999. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária, Resolução da Diretoria 
Colegiada – RCD n° 63, de 6 de julho de 2000. Aprova o Regulamento Técnico para fixar 
os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Enteral. Diário Oficial da União 
da República Federativa do Brasil Brasília, 6 jul. 2000. 
76 
Resolução da Diretoria Colegiada – RCD n° 63, de 6 de 
julho de 2000. 
 
 A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária no uso da atribuição que lhe confere o art. 11 inciso IV do 
Regulamento da ANVISA aprovado pelo decreto 3.029, de 16 de abril 
de 1999, c/c o § 1° do Art. 95 do Regimento Interno aprovado pela 
Resolução n° 1, de 26 de abril de 1999, em reunião realizada em 29 de 
junho de 2000, adota a seguinte resolução de Diretoria Colegiada e eu, 
Diretor-Presidente, determino a sua publicação: 
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para fixar os requisitos 
mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Enteral, constante do 
Anexo desta Portaria. 
 
 
1. OBJETIVO 
 
1.1. Este Regulamento Técnico fixa os requisitos mínimos 
exigidos para a Terapia de Nutrição Enteral. 
 
77 
 3. DEFINIÇÕES 
 Para efeito deste Regulamento Técnico são adotadas as seguintes definições: 
 3.1. Empresas Prestadoras de Bens e ou Serviços (EPBS): organização capacitada, de acordo 
com a Legislação vigente, para oferecer bens e ou serviços em Terapia Nutricional . 
 3.2. Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN): grupo formal e obrigatoriamente 
constituído de pelo menos um profissional de cada categoria, a saber: médico, nutricionista, 
enfermeiro e farmacêutico, podendo ainda incluir profissional de outras categorias, habilitados 
e com treinamento específico para a prática da Terapia Nutricional-TN. 
 3.3.Farmácia: estabelecimento que atende à legislação sanitária vigente específica (Federal, 
Estadual, Municipal e do Distrito Federal), com instalações para fornecimento e armazenamento 
de NE industrializada, quando se fizer necessário. 
 3.4. Nutrição Enteral (NE): alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, 
na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente 
formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada 
exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes 
desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, 
ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. 
 3.5. Nutrição Enteral em Sistema Aberto: NE que requer manipulação prévia à sua 
administração, para uso imediato ou atendendo à orientação do fabricante. 
 3.6. Nutrição Enteral em Sistema Fechado: NE industrializada, estéril, acondicionada em 
recipiente hermeticamente fechado e apropriado para conexão ao equipo de administração. 
 3.7. Prescrição dietética da NE: determinação de nutrientes ou da composição de nutrientes da 
NE, mais adequada às necessidades específicas do paciente, de acordo com a prescrição 
médica. 
78 
 3.8. Prescrição médica da Terapia de Nutrição Enteral-TNE: determinação 
das diretrizes, prescrição e conduta necessárias para a prática da TNE, 
baseadas no estado clínico nutricional do paciente. 
 3.9.Sala de manipulação de NE: sala sanitizada, específica para a 
manipulação de nutrição enteral, atendendo às exigências das Boas 
Práticas de Preparação de Nutrição Enteral-BPPNE (Anexo II). 
 3.10. Terapia de Nutrição Enteral (TNE): conjunto de procedimentos 
terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do 
paciente por meio de NE. 
 3.11. Terapia Nutricional (TN): conjunto de procedimentos terapêuticos para 
manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio da 
Nutrição Parenteral ou Enteral. 
 3.12. Unidade de Nutrição e Dietética (UND): unidade que seleciona, 
adquire, armazena e distribui insumos, produtos e NE industrializada ou 
não, produz bens e presta serviços, possuindo instalações e equipamentos 
específicos para a preparação da NE, atendendo às exigências das BPPNE, 
conforme Anexo II. 
 3.13. Unidade Hospitalar (UH): estabelecimento de saúde destinado a 
prestar assistência à população na promoção da saúde e na recuperação e 
reabilitação de doentes 
 
79 
 4. CONDIÇÕES GERAIS 
 4.1. As UH e as EPBS que realizem procedimentos de TNE devem possuir licença de 
funcionamento concedida pelo órgão sanitário competente 
 4.2. As UH e as EPBS interessadas em realizar procedimentos de TNE devem solicitar o seu 
cadastramento, conforme Anexo V, à autoridade sanitária local. 
 4.3. A complexidade da TNE exige o comprometimento e a capacitação de uma equipe 
multiprofissional para garantir a sua eficácia e segurança para os pacientes. 
 4.4. A TNE deve abranger obrigatoriamente as seguintes etapas: 
 4.4.1. Indicação e prescrição médica 
 4.4.2. Prescrição dietética 
 4.4.3. Preparação, conservação e armazenamento 
 4.4.4. Transporte 
 4.4.5. Administração 
 4.4.6. Controle clínico laboratorial 
 4.4.7. Avaliação final 
 4.5. Todas as etapas descritas no item anterior devem atender a procedimentos 
escritos específicos e serem devidamente registradas, evidenciando as 
ocorrências na execução dos procedimentos. 
 4.6. As UH e as EPBS que queiram habilitar-se à prática da TNE devem contar 
com: 
 4.6.1. Sala de manipulação que atenda às recomendações da BPPNE, sempre 
que se optar pela utilização de NE em sistema aberto 
 4.6.2. EMTN - grupo formal e obrigatoriamente constituído de, pelo menos, um 
profissional de cada categoria, com treinamento específico para esta atividade, 
a saber: médico, nutricionista, enfermeiro, farmacêutico, podendo ainda incluir 
profissionais de outras categorias a critério das UH e ou EPBS, com as 
respectivas atribuições descritas no Anexo I. 
 
80 
 ..... 
 4.9. Ao médico, de acordo com as atribuições do Anexo I, compete: indicar, 
prescrever e acompanhar os pacientes submetidos à TNE. 
 4.10. Ao nutricionista, de acordo com as atribuições do Anexo I, compete: 
realizar todas a operações inerentes à prescrição dietética, composição e 
preparação da NE, atendendo às recomendações das BPPNE, conforme 
Anexo II 
 4.11. Ao farmacêutico, de acordo com as atribuições do Anexo I, compete: 
 adquirir, armazenar e distribuir, criteriosamente, a NE industrializada, 
quando estas atribuições, por razões técnicas e ou operacionais, não forem 
de responsabilidade do nutricionista; 
81 
 5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 
 Na aplicação deste Regulamento são adotadas as seguintes condições 
específicas: 
 5.1. Indicação 
 5.1.1. O médico é responsável pela indicação da TNE. 
 5.1.2. A indicação da TNE deve ser precedida da avaliação nutricional do 
paciente que deve ser repetida, no máximo, a cada 10 dias. 
 5.1.3. São candidatos à TNE os pacientes que não satisfazem suas necessidades 
nutricionais com a alimentação convencional, mas que possuam a função do 
trato intestinal parcial ou totalmente íntegra. 
 5.2. Prescrição 
 5.2.1. O médico é responsável pela prescrição médica da TNE. 
 5.2.2. O nutricionista é responsável pela prescrição dietética da NE. 
 5.2.3. A prescrição dietética deve contemplar o tipo e a quantidade dos 
nutrientes requeridos pelo paciente, considerando seu estado mórbido, estado 
nutricional e necessidades nutricionais e condições do trato digestivo. 
 5.2.4. A TNE deve atender a objetivos de curto e longo prazos. 
 5.2.4.1. Entende-secomo curto prazo a interrupção ou redução da progressão 
das doenças, a cicatrização das feridas, a passagem para nutrição normal e a 
melhora do estado de desnutrição. 
 5.2.4.2. Entende-se por longo prazo a manutenção do estado nutricional normal 
e a reabilitação do paciente em termos de recuperação física e social. 
 5.2.4.3. Em casos excepcionais a TNE pode substituir definitivamente a nutrição 
oral. 
82 
 5.3. Preparação 
 5.3.1. O nutricionista é responsável pela supervisão da preparação da NE. 
 5.3.2. A preparação da NE envolve a avaliação da prescrição dietética, a 
manipulação, o controle de qualidade, a conservação e o transporte da NE e 
exige a responsabilidade e a supervisão direta do nutricionista, devendo ser 
realizada, obrigatoriamente, na UH ou EPBS, de acordo com as recomendações 
das BPPNE, conforme Anexo II. 
 5.3.3. Os insumos e recipientes adquiridos industrialmente para o preparo da 
NE, devem ser registrados nos órgãos competentes, quando obrigatório, e 
acompanhados do Certificado de Análise emitido pelo fabricante, garantindo a 
sua pureza físico-química e microbiológica, bem como o atendimento às 
especificações estabelecidas. 
 5.3.4. A NE preparada na sala de manipulação da UH e ou EPBS deve atender 
às exigências das BPPNE (Anexo II). 
 5.3.5. A avaliação da prescrição dietética da NE quanto à sua adequação, 
concentração e compatibilidade físico-química de seus componentes e 
dosagem de administração, deve ser realizada pelo nutricionista antes do início 
da manipulação, compartilhada com o farmacêutico quando se fizer 
necessário. 
 5.3.5.1. Qualquer alteração na prescrição dietética deve ser discutida com o 
nutricionista responsável por esta, que se reportará ao médico sempre que 
envolver a prescrição médica. 
 5.3.5.2. Qualquer alteração na prescrição dietética deve ser registrada e 
comunicada à EMTN. 
 5.3.6. Os insumos, recipientes e correlatos para preparação da NE devem ser 
previamente tratados para garantir a sua assepsia e inspecionados 
visualmente, quanto à presença de partículas estranhas. 
83 
 5.3.7. A manipulação da NE deve ser realizada em área específica para este fim, de 
acordo com as BPPNE 
 5.3.8. A manipulação da NE deve ser realizada com técnica asséptica, seguindo 
procedimentos escritos e validados. 
 5.3.9. O nível de qualidade da manipulação da NE deve ser assegurado pelo controle em 
processo, conforme item 4.5. das BBPNE, Anexo II. 
 5.3.10. A NE deve ser acondicionada em recipiente atóxico, compatível físico-
quimicamente com a composição do seu conteúdo. O recipiente deve manter a qualidade 
físico-química e microbiológica do seu conteúdo durante a conservação, transporte e 
administração. 
 5.3.11. A NE deve ser rotulada com identificação clara do nome do paciente, composição 
e demais informações legais e específicas, conforme item 4.5.4.2. do Anexo II, para a 
segurança de sua utilização e garantia do seu rastreamento. 
 5.3.12. Após a manipulação, a NE deve ser submetida à inspeção visual para garantir a 
ausência de partículas estranhas, bem como precipitações, separação de fases e 
alterações de cor não previstas, devendo ainda ser verificada a clareza e a exatidão das 
informações do rótulo. 
 5.3.13. De cada sessão de manipulacão de NE preparada devem ser reservadas 
amostras, conservadas sob refrigeração (2ºC a 8ºC), para avaliação microbiológica 
laboratorial, caso o processo de manipulação não esteja validado. 
 5.3.14. As amostras para avaliação microbiológica laboratorial devem ser 
estatisticamente representativas + 1 de uma sessão de manipulação, colhidas 
aleatoriamente durante o processo, caso o mesmo não esteja validado, sendo “n” o 
número de NE preparadas. 
 5.3.15. Recomenda-se reservar amostra de cada sessão de preparação para contraprova, 
devendo neste caso, ser conservada sob refrigeração (2ºC a 8ºC) durante 72 horas após o 
seu prazo de validade. 
 5.3.16. A garantia da qualidade da NE pode ser representada pelo resultado do controle 
em processo (Anexo II item 4.5) e do controle de qualidade da NE (Anexo II item 4.6.2) 
 5.3.17. Somente são válidas, para fins de avaliação microbiológica, as NE nas suas 
embalagens originais invioladas ou em suas correspondentes amostras. 
84 
 5.4. Conservação 
 5.4.1. A NE não industrializada deve ser administrada imediatamente após a sua manipulação. 
 5.4.2. Para a NE industrializada devem ser consideradas as recomendações do fabricante. 
 5.5. Transporte 
 5.5.1. O transporte da NE deve obedecer a critérios estabelecidos nas normas de BPPNE, conforme Anexo 
II. 
 5.5.2. O nutricionista é responsável pela manutenção da qualidade da NE até a sua entrega ao 
profissional responsável pela administração e deve orientar e treinar os funcionários que realizam o seu 
transporte. 
 5.6. Administração 
 5.6.1. O enfermeiro é o responsável pela conservação após o recebimento da NE e pela sua 
administração. 
 5.6.2. A administração da NE deve ser executada de forma a garantir ao paciente uma terapia segura e 
que permita a máxima eficácia, em relação aos custos, utilizando materiais e técnicas padronizadas, de 
acordo com as recomendações das BPANE, conforme Anexo III. 
 5.6.3. A NE é inviolável até o final de sua administração, não podendo ser transferida para outro tipo de 
recipiente. A necessidade excepcional de sua transferência para viabilizar a administração só pode ser 
feita após aprovação formal da EMTN. 
 5.6.4. A via de administração da NE deve ser estabelecida pelo médico ou enfermeiro, por meio de 
técnica padronizada e conforme protocolo previamente estabelecido. 
 5.6.5. A utilização da sonda de administração da NE não é exclusiva, podendo ser empregada para 
medicamentos e outras soluções quando necessário. 
85 
 5.7. Controle Clínico e Laboratorial 
 5.7.1. O paciente submetido à TNE deve ser controlado quanto à eficácia do tratamento, 
efeitos adversos e alterações clínicas que possam indicar modificações da TNE. 
 5.7.2. O controle do paciente em TNE deve ser realizado periodicamente e contemplar: 
ingressos de nutrientes, tratamentos farmacológicos concomitantes, sinais de intolerância 
à NE, alterações antropométricas, bioquímicas, hematológicas e hemodinâmicas, assim 
como modificações em órgãos, sistemas e suas funções. 
 5.7.3. Qualquer alteração encontrada nas funções dos principais órgãos e as conseqüentes 
alterações na formulação ou via de administração da NE devem constar na história clínica 
do paciente. 
 
 
 5.8. Avaliação Final 
 5.8.1. Antes da interrupção da TNE o paciente deve ser avaliado em relação à: 
 5.8.1.1. capacidade de atender às suas necessidades nutricionais por alimentação 
convencional; 
 5.8.1.2. presença de complicações que ponham o paciente em risco nutricional e ou de 
vida e 
 5.8.1.3. possibilidade de alcançar os objetivos propostos, conforme normas médicas e 
legais. 
 
86 
 5.9. Documentação Normativa e Registros 
 5.10. Inspeções 
 Anexo I - Atribuições da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional 
(EMTN) 
 Anexo II - Boas Práticas de Preparação de Nutrição Enteral (BPPNE) 
 Anexo III - Boas Práticas de Administração da Nutrição Enteral (BPANE) 
 Anexo IV - Roteiros de Inspeção 
 A - Identificação da Empresa e Inspeção das Atividades da EMTN. 
 B - Preparação de Nutrição Enteral 
 C - Administração de Nutrição Enteral 
87 
 ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL 
E TERAPIA NUTRICIONAL (EMTN) PARA A PRÁTICA DA TNE 
 
 1. OBJETIVO 
 
 Esta recomendação estabelece as atribuições da EMTN, especificamente, para a 
prática da TNE. 
 
 2. CONSIDERAÇÕES GERAIS 
 
 2.1. Para a execução, supervisão e avaliação permanentes, em todas as etapas 
da TNE, é condiçãoformal e obrigatória a constituição de uma equipe 
multiprofissional. 
 2.2. Por se tratar de procedimento realizado em paciente sob cuidados especiais 
e para garantir a vigilância constante do seu estado nutricional, a EMTN para 
TNE deve ser constituída de, pelo menos, 1 (um) profissional de cada categoria, 
com treinamento específico para esta atividade, a saber: médico, nutricionista, 
enfermeiro, farmacêutico, podendo ainda incluir profissionais de outras 
categorias a critério das UH e ou EPBS. 
 2.3. No caso do uso eventual de TNE a não existência da EMTN deve ser 
justificada mediante a apresentação, pela UH, de alternativa de atuação para 
prévia avaliação da autoridade sanitária. 
 2.4. A EMTN deve ter um coordenador técnico-administrativo e um coordenador 
clínico, ambos membros integrantes da equipe e escolhidos pelos seus 
componentes. 
88 
 3. ATRIBUIÇÕES GERAIS DA EMTN 
 Compete a EMTN: 
 3.1. Estabelecer as diretrizes técnico-administrativas que devem nortear as atividades da 
equipe e suas relações com a instituição. 
 3.2. Criar mecanismos para o desenvolvimento das etapas de triagem e vigilância nutricional 
em regime hospitalar, ambulatorial e domiciliar, sistematizando uma metodologia capaz de 
identificar pacientes que necessitam de TN, a serem encaminhados aos cuidados da EMTN. 
 3.3. Atender às solicitações de avaliação do estado nutricional do paciente, indicando, 
acompanhando e modificando a TN, quando necessário, em comum acordo com o médico 
responsável pelo paciente, até que seja atingido os critérios de reabilitação nutricional pré-
estabelecidos. 
 3.4. Assegurar condições adequadas de indicação, prescrição, preparação, conservação, 
transporte e administração, controle clínico e laboratorial e avaliação final da TNE, visando 
obter os benefícios máximos do procedimento e evitar riscos. 
 3.5. Capacitar os profissionais envolvidos, direta ou indiretamente, com a aplicação do 
procedimento, por meio de programas de educação continuada, devidamente registrados. 
 3.6. Estabelecer protocolos de avaliação nutricional, indicação, prescrição e 
acompanhamento da TNE. 
 3.7. Documentar todos os resultados do controle e da avaliação da TNE visando a garantia 
de sua qualidade. 
 3.8. Estabelecer auditorias periódicas a serem realizadas por um dos membros da EMTN, 
para verificar o cuprimento e o registro dos controles e avaliação da TNE. 
 3.9. Analisar o custo e o benefício no processo de decisão que envolve a indicação, a 
manutenção ou a suspensão da TNE. 
 3.10. Desenvolver, rever e atualizar regularmente as diretrizes e procedimentos relativos aos 
pacientes e aos aspectos operacionais da TNE. 
 
89 
 6. ATRIBUIÇÕES DO NUTRICIONISTA 
 Compete ao nutricionista: 
 6.1. Realizar a avaliação do estado nutricional do paciente, utilizando indicadores 
nutricionais subjetivos e objetivos, com base em protocolo pré-estabelecido, de 
forma a identificar o risco ou a deficiência nutricional . 
 6.2. Elaborar a prescrição dietética com base nas diretrizes estabelecidas na 
prescrição médica. 
 6.3. Formular a NE estabelecendo a sua composição qualitativa e quantitativa, seu 
fracionamento segundo horários e formas de apresentação. 
 6.4. Acompanhar a evolução nutricional do paciente em TNE, independente da via 
de administração, até alta nutricional estabelecida pela EMTN. 
 6.5. Adequar a prescrição dietética, em consenso com o médico, com base na 
evolução nutricional e tolerância digestiva apresentadas pelo paciente. 
 6.6. Garantir o registro claro e preciso de todas as informações relacionadas à 
evolução nutricional do paciente. 
 6.7. Orientar o paciente, a família ou o responsável legal, quanto à preparação e à 
utilização da NE prescrita para o período após a alta hospitalar. 
 6.8. Utilizar técnicas pré-estabelecidas de preparação da NE que assegurem a 
manutenção das características organolépticas e a garantia microbiológica e 
bromatológica dentro de padrões recomendados na BPPNE (anexo II). 
 6.9. Selecionar, adquirir, armazenar e distribuir, criteriosamente, os insumos 
necessários ao preparo da NE, bem como a NE industrializada. 
90 
 6.10. Qualificar fornecedores e assegurar que a entrega dos insumos e NE industrializada 
seja acompanhada do certificado de análise emitido pelo fabricante. 
 6.11. Assegurar que os rótulos da NE apresentem, de maneira clara e precisa, todos os 
dizeres exigidos no item 4.5.4 - Rotulagem e Embalagem da BPPNE (Anexo II) . 
 6.12. Assegurar a correta amostragem da NE preparada para análise microbiológica, 
segundo as BPPNE. 
 6.13. Atender aos requisitos técnicos na manipulação da NE. 
 6.14. Participar de estudos para o desenvolvimento de novas formulações de NE. 
 6.15. Organizar e operacionalizar as áreas e atividades de preparação. 
 6.16. Participar, promover e registrar as atividades de treinamento operacional e de 
educação continuada, garantindo a atualização de seus colaboradores, bem como para 
todos os profissionais envolvidos na preparação da NE. 
 6.17. Fazer o registro, que pode ser informatizado, onde conste, no mínimo: 
 a) data e hora da manipulação da NE 
 b) nome completo e registro do paciente 
 c) número seqüencial da manipulação 
 d) número de doses manipuladas por prescrição 
 e) identificação (nome e registro) do médico e do manipulador 
 f) prazo de validade da NE. 
 6.18. Desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes e procedimentos relativos aos 
aspectos operacionais da preparação da NE. 
 6.19. Supervisionar e promover auto-inspeção nas rotinas operacionais da preparação da 
NE 
 
91 
FUNDAMENTOS 
 DO SUPORTE NUTRICIONAL 
parenteral Profª. Africa Isabel Cruz Perez 
 
- método de alimentação por meio de fluidos 
administrados por via parenteral, os quais 
contém os elementos nutricionais requeridos 
para a manutenção do metabolismo corporal 
normal. 
92 
NNUTRIÇÃO PARENTERAL 
1CONCEITO: É o fornecimento de 
macronutrientes, micronutrientes e água por via 
intravenosa. 
 
2OBJETIVO PRINCIPAL: Manter ou melhorar o 
E.N dos pacientes que apresentem 
impossibilidade total ou parcial de utilização do 
TGI para se alimentarem. 
 
21 OBJETIVOS SECUNDÁRIOS: Melhor resposta 
terapêutica da doença; aumento da sobrevida e 
diminuição do tempo de internação hospitalar, 
menor incidência de complicações advindas da 
doença. 
 
93 
EMTN – EQUIPE MULTIPROFISSIONAL 
DE TERAPIA NUTRICIONAL 
ATUAÇÃO DA EMTN 
 
O propósito da atuação da EMTN é auxiliar os 
profissionais responsáveis pela assistência aos 
pacientes internados na avaliação e 
administração da terapia de nutrição parenteral 
e enteral. A EMTN está disponível para 
consultoria e assessoria e também realiza 
visitas periódicas de avaliação aos pacientes 
em terapia nutricional. 
 
A Terapia Nutricional e a atuação da ENTM 
estão regulamentadas pela Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde – 
Portarias 272 de 1998 e 63 de 2000 
(www.anvisa.gov.br) 
 
94 
INDICAÇÕES DA NPT 
• SIC – SINDROME DO INTESTINO CURTO 
• fístulas enterocutâneas de alto débito (>500ml/dia) 
• íleo paralítico prolongado 
• jejum por via oral superior a uma semana durante tratamento clínico ou pré-
operatório 
•desnutrição grave 
• anorexia - disfagia 
•transtornos da digestão e absorção; 
• outras situações (consumo de alimentos via oral é mal tolerado); 
• indicação de repouso intestinal completo; 
• coma hepático, insuficiência renal e outros distúrbios metabólicos (com preparação 
bem ajustada oferecerá benefícios terapêuticos); 
• pancreatite aguda e doenças inflamatórias intestinais (alimentos são mal 
tolerados);• câncer, malformações congênitas, 
• transtornos vasculares e neurológicos; 
• quadros hipermetabólicos 
• aporte exclusivo ou suplementação de nutrientes por via venosa 
95 
 INDICAÇÕES RELATIVAS 
- fístulas enterocutâneas de baixo débito e desnutrição 
moderada. 
CCONTRA-INDICAÇÕES 
- TGI passível de ser utilizado, pacientes 
hemodinamicamente instáveis (hipovolêmicos, choque 
cardiogênico ou séptico e pacientes anúricos). 
NUTRIÇÃO PARENTERAL 
 
 N P TOTAL (NPT) - 
TODOS OS NUTRIENTES são administrados por 
via parenteral 
 
 N P “PARCIAL” 
 são oferecidos 1 ou + nutrientes por via 
parenteral 
96 
VIAS DE ACESSO 
 
 CENTRAL: 
 Inserção de catéter venoso central: 
•subclávia infraclavicular, 
•subclávia supraclavicular, 
•jugular interna, basílica ou safena (dissecção) 
•Em crianças: jugular externa, facial, axilar, safena 
(dissecção) 
 
PERIFÉRICO: (NPP): 
 
administração em vasos sangüíneos menos 
calibrosos 
 
97 
. ACESSO VENOSO CENTRAL = Infusão por cateter 
em veias de grande diâmetro (VCS ou jugulares 
internas). Também chamada de Nutrição Parenteral Total 
(NPT). 
 CARACTERISTICAS DA NPT 
-Geralmente fornecem o suporte nutricional total; 
 
-Veias de maior diâmetro e fluxo sangüíneo 
(Subclávia infra e supraclavicular, jugular interna) toleram soluções 
mais hiperosmolares devido a rápida diluição e 
distribuição dos nutrientes; 
- O cateter central deve ser utilizado apenas para 
administração de nutrientes e não para derivados de 
sangue ou medicamentos. 
- É capaz de suprir energia suficiente para o anabolismo, 
até 4000kcal/dia se for necessário 
VIAS DE ACESSO 
DA NUTRIÇÃO PARENTERAL 
98 
NUTRIÇÃO PARENTERAL PERIFÉRICA 
(NPP) 
 
(administração em veias de extremidades- 
menos calibrosas) 
 
Geralmente utilizada para a adm. de emulsões 
lipídicas- menor osmolaridade final. 
 
Indicações: pediatria; adultos - com duração 
moderada (1-3 semanas) 
Acesso simples:(butterfly e cânulas 
Complicações: oferta excessiva de fluidos, 
tromboflebite, intolerância a lipídios. 
 
99 
AACESSO VENOSO PERIFÉRICO 
 Infusão por cateter em veias periféricas principalmente 
nos membros superiores. Também chamada de Nutrição 
parenteral periférica (NPP), normalmente funciona como 
adjunto da terapia nutricional, não oferecendo o suporte 
nutricional total. 
CCARACTERISTICAS DA NPP 
FFornece suporte calórico complementar, mantendo a 
osmolaridade da solução. 
 A ingestão energética pode variar de 700-1800 Kcal/dia. 
-Soluções hiperosmolares (> 600mOsm/l) freqüentemente 
causam flebite em veias periféricas, limitando seu acesso e 
infiltração em tecidos subcutâneos. 
- Tem como objetivo principal preservar o EN de um paciente 
previamente nutrido submetido a um período curto de jejum 
por via oral. 
 
100 
101 
102 
103 
Alimentação por veia central (NPT) 
1. Incapacidade de tolerar a ingestão enteral durante 
mais de 7 dias 
 2. TMB moderada a gravemente aumentada 
 
3. Desnutrição moderada à grave, não corrigível com a 
alimentação enteral 
 4. Insuficiência cardíaca, renal e/ou hepática, que 
requeiram restrição hídrica 
 5. Acesso limitado às veias periféricas, com 
possibilidade de acesso da veia central 
 
INDICAÇÕES PARA O USO 
 DO ACESSO VENOSO CENTRAL 
104 
Alimentação por veia periférica (NPP) 
 
1. Ingestão enteral interrompida, mas com 
previsão de recomeço em 5-7 dias 
 
2. Suplementação à alimentação enteral ou 
como fase de transição 
 
3. Desnutrição leve a moderada 
 
4. TMB normal ou levemente elevada 
 
5. Ausência de insuficiência orgânica que 
requeira restrição hídrica 
 
INDICAÇÕES PARA O USO 
DO ACESSO VENOSO PERIFÉRICO 
105 
Preparação das soluções de NP 
 
 Confecção das misturas nutritivas: 
- ambiente e manuseio absolutamente assépticos; 
- as soluções não podem ser armazenadas por longo prazo, 
nem expostas a temperaturas elevadas (risco de 
contaminação e reação química entre glicose e aa - 
Maillard) 
- estocagem em geladeira - máximo 24 h. 
 
SISTEMA DE INFUSÃO - NP 
• Frascos de adm: vidro / bolsa plástica 
• Filtro esterilizante e bomba de infusão contínua 
• Equipo de NP: uso exclusivo; 
•Cuidados gerais com o curativo, equipo, etc. 
106 
107 
108 
PREPARO DA SOLUÇÃO DE NP 
109 
COMPOSIÇÃO DAS SOLUÇÕES 
GEB: equação HB / GET: GEB + FA + FI 
 
Fontes calóricas + utilizadas: 
- glicose hipertônica (concent. variam de 5-70%) 
(dextrose: glicose monohidratada 
 
- emulsões lipídicas (fonte de AGE- ômega 3 e 6 e energia - 
20-30% do VCT ) 
 (concent. variam de 10-30%) 
Fonte protéica: 
- aminoácidos: 0,8 - 1,0 g/kg/dia (pode chegar até 
1,5 - 2,0 g/kg/dia) (concent. variam de 10-20%) 
Água + vitaminas + oligo elementos 
 
 MISTURAS 2 EM 1: 
 glicose + aminoácidos + 
 vitaminas + minerais 
 
 MISTURAS 3 EM 1: 
 glicose + aminoácidos + lipídios 
 vitaminas + minerais 
110 
A energia disponível nos alimentos 
é a seguinte: 
 
 Carboidratos = 4,0 kcal/g 
 Lipídeo = 9,0 kcal/g 
 Proteína = 4,0 kcal/g 
 
Na NP considerar: 
 Glicose = 3,4 kcal/g 
 Lipídeo = 11,0 kcal/g 
 Proteína = 4,0 kcal/g 
 
A administração pode ser: 
-contínua - durante 24 h 
(“menos fisiológica”) 
-cíclica – intermitente 
 (“+ fisiológica) 
IMPORTANTE: 
111 
 ASPECTO QUALITATIVO –TIPOS DE 
SOLUÇÕES PARA N.P 
 
CARBOIDRATOS: Glicose monoidratada em solução 
hipertônica. 
- Necessidades diárias = 4 – 5 mg /kg/ min. 
 Concentração de glicose: 5 – 10 – 20 – 25 – 50 – 70%. 
Ex. Uma solução que contenha 500ml com glicose a 
50% - oferece 250g de glicose, e portanto 1000 kcal. 
IMPORTANTE: Quanto maior a concentração de Glicose 
de uma solução, maior será a produção de CO2, o Q.R e 
o consumo de O2. 
PROTEINAS: Soluções de Aas cristalinos sintéticos 
essenciais e não essenciais. 
112 
 Infusão máxima: 2,5g/kg/dia (Necessidade diária = 1-3 g/kg/dia) 
-Síndrome de sobrecarga de gordura = caracterizada 
por hepatomegalia, icterícia e trombocitopenia. 
-Contra-indicações: Alergia a ovos, hiperlipidemia 
MICRONUTRIENTES. VITAMINAS 
- Vitaminas A- D – E = Aderem aos frascos de plástico, 
diminuindo sua concentração em 24h em até 60%; 
- Vitaminas do complexo B = acima de 8h de 
exposição a luz, diminuem de 47 –100% a sua 
concentração; Idem para Vitamina C. 
LIPÍDIOS (Sol. Isotônicas). 
Concentrações: Soluções 10% = 1,1 kcal/ml 
 - Soluções 20% = 2,1 kcal/ml 
 - Fontes: óleos de soja e /ou açafrão 
113 
Complicações e sua prevenção 
 
- relacionadas ao cateter 
• trombose venosa, infecção/ contaminação, 
pneumotórax, hemotórax,outros acidentes de punção, 
embolia gasosa, infiltração no tecido subcutâneo, 
embolia do cateter, saída acidental do cateter. 
 
- complicações metabólicas 
• hiperglicemia, hipoglicemia, coma diabético, distúrbios 
eletrolíticos, desequilíbrios ácido-básicos, disfunção 
hepática e hepatomegalia, deficiência de ác. graxos 
essenciais, carência de oligoelementos, faltas e excessos de 
vitaminas, outras complicações assoc. à longa duração. 
114 
COMPLICAÇÕES DA NUTRIÇÃO 
PARENTERAL 
 
ACESSO DA VEIA SUBCLÁVIA 
- Pneumotórax 
- Hemotórax 
- Hidrotórax 
- Quilotórax 
- Perfuração cardíaca 
- Endocardite 
- Hidromediastino 
- Embolia por fragmento do cateter- Lesão da artéria subclavia 
- Trombose venosa 
 INFECÇÃO E SEPSE 
 
- Contaminação durante a inserção do cateter 
- Permanência a longo prazo do cateter 
- Contaminação da solução 
- Alguns sinais de contaminação são febre, calafrios, 
taquicardia e intolerância a glicose. 
115 
COMPLICAÇÕES METABÓLICAS 
COMPLICAÇÃO 
 
CAUSAS 
 
SINAIS E 
SINTOMAS 
 Hiperglicemia 
 
Velocidade de 
infusão 
inadequada, 
hipercatabolismo, 
diabetes e 
medicamentos. 
Glicosúria, diurese 
osmótica e 
desidratação. 
 
Deficiência de 
oligoelementos 
 
Oferta 
insuficiente 
 
De acordo com o 
oligoelemento 
 
Hipoglicemia 
 
 súbita no 
aporte de glicose 
 
Palidez, sudorese, 
coma 
 Azotemia 
 
IR ou IH, aporte 
excessivo de 
nitrogênio 
 
Assintomática, ou 
vômitos, alter. 
mental e coma 
 
Acidose metabólica 
 
IR ou IH, 
septicemia, oferta 
excessiva de 
cloretos 
 
Hioerventilação e 
alteração do 
volume urinário 
 
116 
Hipocalemia 
 
Oferta 
insuficiente, 
diarréia, fístulas, 
anabolismo 
 
Fraqueza muscular, 
íleo adinâmico, 
alter. no ECG 
 
Hipomagnesemia 
 
Oferta 
insuficiente, 
diarréia, fístulas, 
anabolismo 
 
Parestesia de 
extremidades, alter. 
no ECG 
 
Hipocalcemia 
 
Oferta insuficiente 
 
Tetania, cólicas 
abdominais. Alter. 
ECG 
 Hipofosfatemia 
 
Oferta insuficiente 
e anabolismo 
 
Parestesias 
 
Deficiência de AGE 
 
Oferta 
inadequada, 
desnutrição 
crônica 
 
Descamação 
cutânea, alópecia 
 
Hiperlipidemia 
 
Infusão excessiva 
 
Alter. bioquímica 
 
117 
 CÁLCULO DA DIETA PARENTERAL 
 
NECESSIDADES QUANTITATIVAS 
 
NECESSIDADE HÍDRICA 
- 35-40 ml/kg/dia: quando houver acrescentar perdas 
por diarréia e fístulas. 
 
 Perdas por febre: 100- 150 ml para cada grau de 
febre acima do normal (37ºC) 
 
 NECESSIDADE ENERGÉTICA 
 
- Harris-Benedict (equação preditiva) 
- Outras Equações preditivas 
- Necessidade calórica de acordo com a injúria 
(estresse) 
 
Calorimetria indireta 
 
118 
CLASSIFICAÇÃO DO NÍVEL DE ESTRESSE 
Nível de estresse 
 
N uréico urinário (g/dia) 
 
Nulo 
 
0-5 
 
Leve 
 
5-10 
 
Moderado 
 
10-15 
 
Grave  15 
 
 
 NECESSIDADE PROTÉICA 
 Nível de estresse 
 
PTN (g/kg/dia) 
Nulo 
 
0,8 
 Leve 
 
0,8-1,0 
 Moderado 
 
1,0-15 
 Grave 1,5-3,0 
 
119 
NECESSIDADE DE CHO 
 
4 – 5 g/kg/dia 
 
Taxa de Infusão: 
 
4 – 5 mg/kg/min (não exceder 7 mg/kg/dia) 
 
 
NECESSIDADE DE LIPÍDIOS 
 
1 – 3 g/Kg/dia 
 
 
NECESSIDADE DE MICRONUTRIENTES 
 
TABELAS ESPECÍFICAS 
120 
MINERAIS 
- Sódio, cloro, potássio, cálcio, magnésio e fosfato: 
 
- Importantes para regulação do balanço hídrico, função cardíaca, mineralização 
óssea, sistema nervoso, síntese de tec. muscular e sistema nervoso. 
- De forma geral, devem ser oferecidos em quantidades superiores a 200mg/dia, 
contudo é de suma importância analisar cada caso especificamente. 
 
 OLIGOELEMENTOS 
 São metais inorgânicos que apresentam necessidades diárias inferiores a 100mg/dia, 
com reservas orgânicas inferiores a 4g. 
 São essenciais na nutrição: Ferro, iodo, zinco, cobre, manganês, selênio, cobalto e 
molibdênio. São adicionados em frascos contendo multi-oligoelementos 
ADITIVOS 
 Insulina = hiperglicemia, intolerância a glicose 
- Heparina = Flebite 
 - Albumina = Edema por alteração de pressão oncótica 
(discutível) 
121 
 PREPARO E ADMINISTRAÇÃO 
 
. TIPOS DE SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO 
 
. GLICÍDICO 
 
-GLICOSE = Fonte calórica exclusiva e se utilizam Aas 
cristalinos como fonte protéica. 
 
-SOLUÇÃO NUTRITIVA BÁSICA = É composta de 
Glicose + Aas + vitaminas e eletrólitos. 
 
- Infusão de lipídios = É realizada 2X/semana, em 
acesso periférico. Não ultrapassando 125ml/h. 
Recomenda-se de 80-100ml/h nas soluções a 10% e 
60ml/h nas soluções a 20%. 
 
-DESVANTAGENS: intolerância a glicose, Insuficiência 
respiratória, deficiência de AGE, necessidade de 
cateter central. 
122 
SISTEMA LIPÍDICO OU 3 EM 1 
 - Associa Glicose, Aas, lipídios, vitaminas e eletrólitos 
em quantidades adequadas para administração diária. 
- VANTAGENS: metabolismo mais balanceado,. Diminui 
complicações relacionadas ao excesso de glicose, tem 
osmolaridade menor ( 600-950mOsm/l), pode ser 
utilizada em acesso periférico. 
- COMPLICAÇÕES: Flebite, hipercolesterolemia e 
trigliceridemia, hipersensibilidade a emulsão lipídica 
aguda ou por uso prolongado e embolia gordurosa. 
- CONTRA-INDICAÇÕES: pancreatite aguda, 
dislipidemias e insuf. Hepática. 
-COMPOSIÇÃO: Definido como um sistema 
heterogêneo estabilizado. Utiliza soluções de glicose 
com concentrações menores (10-20%) 
 
123 
 CÁLCULO DA OSMOLARIDADE 
 
- ____kcal de GLICOSE x 1,5= _____mOsm 
________ g de aa x 10 = _____mOsm 
_____kcal lipídeos x 0,15 = _____mOsm 
Eeletrólitos _______________ + 200 mOsm 
TTOTAL ______ mOsm/volume final 
mmOsm/litro = mOsm/volume final 
 volume final (L) 
-GORDURA= Isotônica 
 N.P.P. 
 Normalmente utiliza soluções de glicose a 5 - 10%, com 
uma administração máxima de 100-150g/dia. 
 
- Osmolaridade final deve ser inferior a 600 mOsm/l 
- V.C.T= 700- 1800 kcal/dia 
 
- A administração deve ser com bomba infusora para 
melhor controle do gotejamento devido ao uso de 
soluções hipertônicas. 
124 
N.P.T 
 Iniciar com 50ml/h- nas primeiras 24h e progredir até 
100-120ml/h. 
- Introdução gradual – 25% da dose total prevista – 
após 24h – 50% - após 24h - 75% - após 24h –100%. 
A finalização da N.P.T no sistema glicídico não deve 
ser abrupta, deve-se administrar soluções de soro 
glicosado a 10% por 12h até a retirada do cateter. 
ADMINISTRAÇÃO DA NP 
Recomendações para a prescrição de nutrição 
parenteral 
 
A NP só deve ser iniciada em pacientes com estabilidade hemodinâmica. 
 
As soluções para NP periférica devem ter osmolaridade calculada igual ou menor a 
900-1000 mOsm/kg para evitar flebite. A concentração final de glicose deve ser no 
máximo 10%. Limitar o acesso venoso a 72 horas em cada local para preservar as veias. 
125 
 Rotina laboratorial antes de iniciar NP: 
 
- hemograma, glicose, uréia, creatinina, sódio, potássio, 
cálcio, fósforo, magnésio, albumina, globulina, 
colesterol, triglicerídeos, transaminases e fosfatase 
alcalina. 
 
 No primeiro dia, deve-se prescrever 50% das 
necessidades calculadas. 
 Administrar a solução numa velocidade 
constante com bomba de infusão. 
 Se bem tolerada progredir para 100% do 
calculado no dia seguinte. 
 
Obs: para garantir melhores resultados e menor risco 
de intolerância iniciar com 25% e evoluir conforme a 
estabilidade do paciente. 
 
 
126 
• Realizar controle de glicemia capilar de 6/6 
horas e administrar insulina regular subcutânea 
para manter níveis glicêmicos abaixo de 200-220 
mg/dl. 
 
• Se os níveis se mantiverem abaixo de 200 mg/dl 
monitorar a glicemia de 24/24 horas. 
 
• As emulsões de lipídios são utilizadas para 
prevenir deficiência de ácidos graxos 
(administração 1-2 x por semana) e como fonte 
calórica (administração diária). 
 
• A administração diária é recomendada para 
pacientes com intolerância à glicose e pacientes

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