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Super resumo (completo) processos grupais - n1, n2, sub, exame.

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Processos Grupais
Bock (1999) explica que a instituição consiste em um valor ou regra social que reproduzimos em nosso cotidiano.
Organização consiste na base concreta da sociedade, um aparato que reproduz o quadro de instituições no cotidiano da sociedade.
Kurt Lewin > Dinâmica de grupos
Conclusões metodológicas
Para ser válida, toda exploração científica de problemas relativos ao campo da psicologia das relações intergrupais deve operar-se em constante referência à sociedade global na qual estes fenômenos de grupo se inserem e se manifestam. Assim os reflexos e as atitudes dos grupos minoritários não se tornariam inteligíveis senão em referência ao contexto sociocultural em que se inscrevem, isto é, em referência às interações e às interdependências que toda minoria estabelece forçosamente com a maioria pela qual é discriminada.
Além disso, Kurt Lewin chegou a sua segunda conclusão: para abordar e interpretar cientificamente fenômenos desta magnitude e desta complexidade, somente uma aproximação complementar de todas as ciências do social ofereceria alguma possibilidade de identificar corretamente as constantes e as variáveis em causa. 
A pesquisa de laboratório lhe parecia mais artificial e inadequada. 
Para ele só a pesquisa de campo poderia oferecer condições válidas de experimentação. 
Para Lewin as hipóteses que a ciência formula, as leis que destaca e as teorias que elabora não têm valor para a psicologia de grupo, senão na medida em que são aplicáveis, isto é, na medida em que permitem efetuar, sob sua luz, de modo eficaz e durável, modificações dos fenômenos sociais que elas querem explicar.
A validade de uma hipótese, a verdade de uma teoria são proporcionais à exatidão das previsões que elas permitem. 
A dinâmica própria de um grupo não se revelará realmente, senão ao pesquisador que tenha conseguido assimilar todos os dados concretos da vida deste grupo. A pesquisa em psicologia social, conclui Lewin, deve originar-se a partir de uma situação social concreta a modificar.
Por outro lado, Kurt Lewin, de acordo com a concepção hegeliana do devir social tal qual é exposta pelo filósofo Karl Jaspers, propõe como hipótese que os fenômenos sociais não podem ser observados do exterior, do mesmo modo que não podem ser observados em laboratório, de modo estático. Eles não se tornam inteligíveis senão ao pesquisador que os alcança consentindo em participar de seu devir.
Plano dos Objetos
Para Lewin, os pequenos grupos constituem as únicas totalidades dinâmicas acessíveis à observação e consequentemente à experimentação científica. Eis as razões. É necessário de início precisar que se trata de pequenos grupos concretos, formados sobre a base das interações que ligam os indivíduos em contato direto.
Somente no pequeno grupo concreto de dimensões reduzidas, isto é, a célula social bruta, estas relações de reciprocidade tornam-se acessíveis à observação. 
Plano dos Métodos
Kurt Lewin denuncia como inválidas e estéreis as aproximações atomísticas que então prevaleciam nos meios de pesquisa em psicologia social.
Não é decompondo o fenômeno estudado em elementos e em segmentos para reconstituí-lo em laboratório, em escala reduzida, que o pesquisador pode conhecer sua dinâmica essencial. Será, antes, tentando atingi-lo em sua totalidade concreta, existencial, não de fora, mas do interior.
Pequenos grupos-testemunhas: átomos sociais radioativos = Por sua presença no interior do fenômeno de grupo a ser estudado, eles se tornam os elementos indicados para provocarem modificações completas de estrutura de uma situação social e atitudes coletivas que lhe correspondem.
Os comportamentos dos indivíduos enquanto seres sociais são função de uma dinâmica independente das vontades individuais. Os fenômenos de grupo são irredutíveis e não podem ser explicados à luz da psicologia individual. Toda dinâmica de grupo é a resultante do conjunto das interações no interior de um espaço psicossocial.
ATITUDES COLETIVAS
Ao nível da percepção, as atitudes comuns a um grupo, isto é, suas atitudes coletivas, seus esquemas mentais e seus esquemas afetivos de adaptação à situação social determinam a perspectiva geral na qual os membros do grupo percebem o conjunto de uma situação. As percepções respectivas dos membros de um grupo, sobre a situação social, são condicionadas por suas atitudes coletivas. 
Por outro lado, ao nível do comportamento, os esquemas coletivos e as atitudes pessoais estão presentes no campo dinâmico, enquanto constituem uma inclinação para certos tipos de comportamento de grupo. Esta inclinação, por sua vez, ou cria uma atração por certos aspectos da situação ou uma repulsa em direção a outros aspectos ou regiões desta situação. 
Vetores de comportamento são as direções, as orientações dadas a um comportamento, ou, nos casos opostos, constituem barreiras mais ou menos impermeáveis que dificultam a expressão de si.
A preocupação com grupos, de Moreno e de Lewin aparecem em seguida às inovações tayloristas e fordistas que levam à elevação dos lucros, mas também à deterioração das relações tanto dos operários entre si quanto em relação a chefias e patrões.
Lewin centra a sua definição de grupo, na interdependência dos membros do grupo, onde qualquer alteração individual afeta o coletivo.
Grupo Ideal?
Na tradição lewiniana temos um ideal de grupo coeso, estruturado, acabado;
Passa a idéia de um processo linear;
Neste modelo não há lugar para o conflito;
Estes conflitos são vistos como algo ameaçador;
O grupo é como um modelo de relações horizontais, equilibradas, equitativas, onde as pessoas se amem e se respeitem;
Um modelo ideal de funcionamento social;
O grupo precisa ser visto como um campo onde os trabalhadores sociais que se aventuram devem ter claro que o homem sempre é um homem alienado e o grupo é uma possibilidade de libertação (Lane, 1986), possibilidade de ser sujeito;
Mas também pode ser uma maneira de fixá-lo na sua posição de alienado;
As relações que se estabelecem podem ser meramente de reprodução das relações de dominação e de alienação.
Enrique Pichon-Rivière
Um dos conceitos fundamentais é o de ECRO – Esquema Conceitual Referencial e Operativo;
Pichon afirma que cada um de nós possui um ECRO individual;
Ele é constituído pelos nossos valores, crenças, medos e fantasias.
Psicodrama
Role-Playing – se preocupa com o desempenho do papel, a finalidade é a percepção objetiva dos sentimentos e atitudes dos outros, que desempenham o contrapapel correspondente. É uma modalidade de teatro espontâneo, usado como treinamento para determinados papéis, reproduzindo situações vividas ou imaginadas.
Jogos Dramáticos – dramatizações com o objetivo de proporcionar aos alunos uma introdução à linguagem dramática.
Socionomia – estudo das leis do desenvolvimento social e das relações sociais. A inter-relação entre as pessoas é o pilar central de sua teoria.
Ramificações da Socionomia
Sociodinâmica: estuda a estrutura e o funcionamento dos grupos sociais, dos grupos isolados e das associações de grupo (utiliza o Role-playing). Auxilia na explicitação de conflitos do papel em questão, resolve expectativas contraditórias de papeis e oferece oportunidade de se colocar no lugar do outro.
Sociometria: Ciência da medida do relacionamento humano. Descreve e mede a dinâmica de grupos, das relações sociais, a dinâmica inter e intragrupal. 
Sociatria: Ciência do tratamento dos sistemas sociais. Propõe-se a tratar as relações, os vínculos, utilizando-se do psicodrama (foco no indivíduo e seus papeis), o sociodrama (foco no grupo e ênfase colocada nos papeis institucionais) e a psicoterapia de grupo (com alternância de foco).
Psicodrama>>> método psicoterápico no qual os clientes são estimulados a continuar e a completar sua ações, através da dramatização, do role-playing e da auto-apresentação dramática. Tanto a comunicação verbal quanto a não verbal são utilizadas.
Contextos da prática psicodramática
Social = grau de compromissoe de responsabilidade com a realidade a que todos estão sujeitos (leis, regras, etc.), realidade da vida e cotidiano de cada um.
Grupal = tudo o que se passa dentro da sessão. Nela o compromisso com a realidade permeia a relação.
Dramático = o compromisso com a realidade se desfaz. Realidade e fantasia tem o mesmo espaço.
Etapas da prática psicodramática
Aquecimento = o grupo de mobiliza para ação, é quando surge o protagonista (pode ser um individuo ou o grupo).
Dramatização = quando o protagonista dramatiza no contexto dramático figuras de seu mundo interno, trazendo seu conflito ao cenário. Deve-se buscar uma resolução dramática.
Compartilhamento = participação terapêutica do grupo, quando cada individuo expõe seus sentimentos em relação ao que foi dramatizado.
Método educacional psicodramático
Nível real: se realiza no plano da experiência dos alunos. Dramatiza-se o conhecimento.
Nível simbólico: A dramatização é simbólica, os alunos elaboram conceitualmente o que sabem. 
Nível da fantasia: o conhecimento que vem sendo adquirido pode ser provado, aplicando-o a situações novas ou associando-os a outros conhecimentos.
Dialética: arte do diálogo.
Conhecimento é sempre a busca da totalização, sendo que qualquer objeto que se possa perceber ou criar é sempre parte de um todo e, portanto, interligado a outros objetos, fatos ou problemas. 
Para que o Homem possa se apropriar da realidade, precisa buscar uma visão de conjunto, que mesmo sendo provisória, coloca a apreensão da realidade num movimento crescente que gera teses e antíteses, que por sua vez geram sínteses que geram outras teses e assim por diante. Trata-se de um processo de totalização que nunca alcança uma etapa definitiva e acabada.
Estamos falando da dialética como ciência, como método científico de investigação e apropriação da realidade. E como toda ciência, tal método pressupões leis que, segundo Haguette (1990) resumem-se em quatro leis básicas:
1. Lei da conexão entre fenômenos: Compreende-se a natureza não como uma acumulação acidental de objetos, de fenômenos separados, isolados e independentes uns dos outros, mas como um todo unido, coerente.
2. Lei do movimento universal e do desenvolvimento incessante: a dialética olha a natureza não como um estado de repouso e de imobilidade, de estagnação e de imutabilidade, mas como um estado de movimento e transformação contínuos.
3. Lei da passagem de quantidade à qualidade. O processo de desenvolvimento é resultado da passagem de mudanças quantitativas latentes e graduais a mudanças qualitativas evidentes, que se verificam por saltos.
4. Lei da interpenetração dos contrários: Os objetos e fenômenos da natureza encerram contradições internas. Todos eles têm um lado positivo e um lado negativo, um passado e um futuro. A luta desses contrários, entre o velho e o novo, o que morre e o que nasce, é o conteúdo interno do processo de desenvolvimento da conversão de mudanças quantitativas em mudanças qualitativas.
A TÉCNICA DO GRUPO OPERATIVO
A técnica do Grupo Operativo é uma técnica não-diretiva, que transforma uma situação de grupo em um campo de investigação-ativa.
Para isso, o coordenador tem a função de facilitar a comunicação entre os integrantes, a fim de que o grupo seja operativo, isto é, que ultrapasse os obstáculos na resolução da tarefa.
Utilizado como uma tecnologia no sentido de desenvolver no grupo a gestão do conhecimento, do pensamento crítico e de ações transformadoras.
Como técnica de intervenção, afina-se com os paradigmas atuais em saúde e educação, que colocam o sujeito no centro de seu processo de aprendizagem, como sujeito ativo e protagonista na produção de sua saúde, na construção do conhecimento e dos sentidos que dão significado à sua experiência humana.
O conhecimento e a aprendizagem gerados no grupo constituem o processo e o produto/ material sobre o qual o coordenador do grupo/pesquisador irá se debruçar.
PIAGET
Essencialmente Piaget não trabalhou com dinâmica de grupos, porém forneceu importantes elementos ao estudar o desenvolvimento do pensamento, os quais facilitaram seus seguidores no estudo da formação operatória dos grupos.
O valor e a dificuldade do intercâmbio cultural num grupo se baseiam na colocação do indivíduo diante de pontos de vista diferentes dos seus.
Para que a discussão seja possível, é preciso que cada participante compreenda o ponto de vista alheio.
Segundo Piaget isso é possível quando os conceitos de cada participante não são rígidos, nem é ele dominado por seu limitado ponto de vista.
A estruturação do pensamento em agrupamentos e em grupos móveis permite que cada indivíduo adote múltiplos pontos de vista.
Reciprocidade :: essa estrutura do pensamento refere-se às contribuições de ajuda mútua, de colaboração. Refere-se à capacidade de compreender os pontos de vista dos outros e adaptar sua participação na contribuição verbal à deles.
Piaget observou que a criança raciocina com mais lógica quando discute com outra.
Só o pensamento operatório torna a criança capaz de participar das atividades de grupo. A criança que assimilou apenas hábitos e instituições egocêntricos não é capaz de compreender pontos de vista diferente dos seus.
Quando se inicia a formação do pensamento operatório, a discussão em grupo tende a agilizar e a tornar lógico o pensamento egocêntrico, passando do pensamento intuitivo ao operatório.
A característica fundamental do processo mental superior é a reversibilidade. Quando os indivíduos entram em relação, a intuição (percepção) individual tende a tornar-se reversível (compreensão do ponto de vista do outro). A reciprocidade só pode ocorrer nos grupos em que não haja dominação.
Lei de tomada de consciência, diz Piaget, é uma lei funcional, quer dizer, ela apenas indica quando o indivíduo tem ou não necessidade de tomar consciência de pelo menos dois pontos de vista pessoais ao mesmo tempo (juízo de relação).
MORENO
Moreno inicia com o "teatro da espontaneidade" que depois vai levar ao Psicodrama. 
Moreno foi influenciado pela Psicologia da Aprendizagem (métodos de sociodrama, jogo do papel, como fundamentais no aprendizado e reaprendizado de atitudes)
Moreno desenvolveu suas teorias => numa época em que o complexo cenário epistêmico e os métodos científicos vigentes eram norteados pelo positivismo, ele precisou renunciar a elas temporariamente para merecer respeito nesse meio preocupando-se em fundamentar suas teorias com apoio na Estatística e na Matemática.
O indivíduo para Moreno é relacional e social e, portanto, a inter-relação entre as pessoas é o pilar central da sua teoria.
PAPEIS
ROLE-PLAYING => preocupa-se com o desempenho do papel, e a finalidade é a percepção objetiva dos sentimentos e das atitudes dos outros, que desempenham o contra papel correspondente.
- Para o papel de médico há o papel de paciente; para o papel; de mãe, há o papel de filha. Nesse jogo de papéis, a proposta é a de encontrar respostas; mais apropriadas para a cena que está sendo vivida dramaticamente.
TEATRO ESPONTÂNEO => permite aos estudantes ensaiarem diferentes possibilidades de papel, pesquisarem a estrutura dinâmica de certos papéis.
JOGOS DRAMÁTICOS => dramatizações empregadas com o fim de proporcionar aos alunos uma introdução sem brusquidão à linguagem dramática.
A VIABILIZAÇÃO DO PSICODRAMA ENQUANTO PRÁTICA SE ASSENTA NO TRIPÉ: CONTEXTOS, ETAPAS E INSTRUMENTOS.
CONTEXTOS: o social, o grupal, e o dramático.
Contexto Social: grau de compromisso e responsabilidade com a realidade a que todos estão sujeitos (leis e regras estabelecidas pela sociedade). É a realidade da vida cotidiana de cada um.
Contexto Grupal: tudo aquilo que se passa no aqui dentro da sessão. O contexto grupal é constituído pela realidade grupal tal como ela é, dentro de uma determinação de espaço e tempo escolhidos e delimitados e é onde se delineia o trabalho.
Contexto Dramático: nele o compromisso com a realidade se desfaz. Realidadee fantasia tem o mesmo espaço. Este contexto constitui-se pela realidade dramática no como se; seu tempo é fenomenológico, subjetivo e virtual. Presente, passado e futuro são trabalhados em um só tempo.
ETAPAS: aquecimento, dramatização e compartilhamento.
Aquecimento: é o momento que o grupo se mobiliza para ação, onde surge o protagonista. O aquecimento tem dois momentos:
Aquecimento inespecífico (1° momento): pode ser verbal ou corporal e termina com a emergência do protagonista que poderá ser um indivíduo ou o próprio grupo.
Aquecimento específico (2° momento): é o aquecimento do protagonista, preparando-o para ação dramática.
Dramatização: é a ação dramática propriamente dita, onde o protagonista irá dramatizar (representar), no contexto dramático figuras de seu mundo interno, presentificando seu conflito no cenário.
Compartilhamento: é o momento de participação terapêutica do grupo, quando cada indivíduo expõe seus sentimentos em relação ao que foi dramatizado. Cada participante pode extrair o que de seu está contido no trabalho realizado.
INSTRUMENTOS: São estes: cenário, protagonista, diretor (com três funções), ego-auxiliar (também três funções), público ou platéia.
Cenário: espaço multidimensional e móvel onde ocorre a ação dramática.
Protagonista: é o elemento do contexto dramático que surge através de um personagem no desempenho de um papel. É representante emocional das relações estabelecidas entre os elementos de um grupo.
Diretor: é o terapeuta que coordena a sessão e tem três funções: diretor de cena, terapeuta do protagonista e do grupo e analista social.
Ego auxiliar: é o terapeuta que interage em cena com o protagonista e tem três funções: ator, auxiliar do protagonista e observador social. Elementos do grupo podem exercer essa função.
Público ou Platéia: é o conjunto de demais participantes da situação dramática. O psicodrama pode ser utilizado em três áreas de intervenção: psicoterápica, pedagógica e comunitária.
PICHON
Enrique Pichon-Rivière, foi um psiquiatra e psicanalista argentino de origem suíça, que contribuiu muito com o questionamento que levantou sobre a psiquiatria e a questão dos grupos em hospitais psiquiátricos, cria a técnica dos grupos operativos.
Um dos conceitos fundamentais é o de ECRO – Esquema Conceitual Referencial e Operativo
Pichon afirma que cada um de nós possui um ECRO individual, ele é constituído pelos nossos valores, crenças, medos e fantasias.
Dialogamos com os outros, ou melhor, com os ECROs dos outros, e levamos também nosso ECRO. 
Como nem sempre explicitamos os nossos ECROs o nosso diálogo pode ser dificultado. 
O autor fala na construção de um ECRO grupal;
Este ECRO seria um esquema comum para as pessoas que participam de um determinado grupo – sabendo o que pensam em conjunto – poderem partir para agir coletivamente com o aclaramento das posições individuais e da construção coletiva que favorece a tarefa grupal.
Na maioria das vezes, o termo grupo operativo não indica o uso do referencial teórico-técnico de Pichon-Rivière, sendo utilizado para se contrapor ao grupo psicoterapêutico.
Zimerman (1999) classifica os grupos exatamente nesses dois tipos: grupos psicoterapêuticos e grupos operativos. 
Para este autor, os grupos operativos sempre visam “operar” em uma determinada tarefa – a aprendizagem, e podem ser divididos em quatro subtipos: ensino-aprendizagem, institucionais, comunitários e terapêuticos. 
Já os grupos psicoterapêuticos seriam formas de psicoterapia grupal onde está presente uma meta terapêutica, como o alívio ou eliminação de sintomas, o desenvolvimento de comportamentos mais saudáveis, o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal.
Feita essa ressalva, retomamos a discussão sobre as potencialidades do Grupo Operativo de Pichon-Rivière como técnica de intervenção e estratégia de pesquisa.
A técnica do Grupo Operativo é uma técnica não-diretiva, que transforma uma situação de grupo em um campo de investigação-ativa (Pichon-Rivière, 2000a).
Para isso, o coordenador tem a função de facilitar a comunicação entre os integrantes, a fim de que o grupo seja operativo, isto é, que ultrapasse os obstáculos na resolução da tarefa.
Como técnica de intervenção, afina-se com os paradigmas atuais em saúde e educação, que colocam o sujeito no centro de seu processo de aprendizagem, como sujeito ativo e protagonista na produção de sua saúde, na construção do conhecimento e dos sentidos que dão significado à sua experiência humana.
As bases teóricas que fundamentam a técnica de Grupo Operativo possibilitam múltiplas ações em saúde, ensino, trabalho e especialmente, na pesquisa.
Van Acker (2008) coloca que a técnica do Grupo Operativo tem o objetivo de favorecer o protagonismo do grupo na produção de seu referencial conceitual para ser operativo na realidade e aprender.
PICHON: contém um posicionamento político-ideológico na medida em que concebe o ser humano como sujeito imerso numa realidade concreta, que pode transformá-la a partir de uma adaptação ativa, que envolve ação e criação.
TEXTO PROCESSO GRUPAL
A participação nos grupos é feita, geralmente, de maneira rotineira e sem nos darmos conta; muitas vezes somos carregados pelo grupo: GRUPOS ESPONTÂNEOS OU NATURAIS.
Grupos primários = consistem em grupos pequenos com relações íntimas: família, vizinhos (duração). Grupos secundários = em contraste com grupos primários, são grupos grandes cujas relações são formais e institucionais. 
Grupos intermediários = são aqueles em que se alternam e se complementam as duas formas de contatos sociais: primários e secundários; um exemplo desse tipo de grupo é a escola.
Todos os grupos podem estar a serviço da transformação social quanto da sua manutenção.
Lewin (1973, p.54) descreve que “a essência de um grupo não reside na similaridade ou dissimilitude de seus membros, senão em sua interdependência. Um grupo pode ser caracterizado como um ‘todo dinâmico’; isto significa que uma mudança no estado de uma das partes modifica o estado de qualquer outra parte. O grau de interdependência das partes ou membros do grupo variam, em todos os casos, entre uma massa sem coesão alguma e uma unidade composta”
Grupo ideal: grande coesão.
- O grupo pode ser visto como um lugar onde as pessoas mostram suas diferenças, onde as relações de poder estão presentes, onde o conflito é inerente ao processo de relações que se estabelece.
FUNCIONAMENTO DO PROCESSO GRUPAL
O processo grupal não é uma entidade acabada, o grupo é um projeto, um eterno vir-a-ser.
Dinâmicas de grupo: nada mais são do que técnicas de submissão do grupo ao profissional e à instituição/organização, pois não se pode pensar em um “treinamento” de grupo que supostamente ajuda as pessoas a atingirem um ideal de grupo.
A constituição de um grupo em processo pode requerer a presença de um profissional, este auxiliará as pessoas envolvidas na experiência que estão vivenciando. 
Não se pensa cada um individualmente, mas cada um participando de um mesmo barco que busca estabelecer uma rota.
GUSTAVO LE BON: CONTAGIO DAS MASSAS
O fenômeno da multidão nasce lado a lado com o processo de globalização na sociedade moderna. 
A massa é uma entidade psicológica independente, atribuindo uma concepção negativa a essa entidade, pois as decisões dos indivíduos podem ser racionais, mas dificilmente as de uma massa também o serão.
CARACTERÍSTICAS E SENTIMENTOS DAS PESSOAS QUE ADENTRAM EM UM CONTÁGIO DAS MASSAS:
- I. Anonimato;
- II. Emoções que se estendem por imitação ou "contágio“; 
- III. Desaparecimento da consciência pessoal quando sob a influência da multidão.
*** No debate sobre a Psicologia dos Grupos, a literatura psicológica e sociológica trata dos grandes conjuntos humanos nas sociedades contemporâneas como “massa”, isto é, um agregado informe de indivíduos que não se conhecem pessoalmente, sem vínculos, sem objetivos comuns, entre os quais não se pode reconhecer autonomia, mas apenas a sujeiçãoa ideias e opiniões produzidas em outros lugares e impostas a esses conjuntos, usualmente, pela mídia.
Seu comportamento, segundo cientistas sociais como Le Bon (2008), pode ser entendido como o de uma “manada”, sujeita a interferências sem a mediação da razão. 
A multidão reunida em grandes eventos ou em situações cotidianas nas ruas, nos terminais de transporte público ou nos estádios de futebol, por exemplo, teria comportamento imprevisível, que se caracterizaria pela possibilidade de os indivíduos realizarem atos de que, em outras situações, sem a presença da multidão, não seriam capazes.
O que leva indivíduos seguirem um líder? 
- As massas são influenciadas pela presença “fascinante”, hipnotizante, de um líder. 
- As dimensões inconscientes envolvidas na constituição do grupo e sua incidência no indivíduo ajudam a compreender fenômenos já descritos por Le Bon, como a potência do indivíduo quando se vê pertencente ao grupo, ou mesmo a submissão, no grupo, a entendimentos até mesmo contrários às crenças individuais.
- A suposição fundamental de Freud formulada nesse texto é de que as relações amorosas (laços emocionais) constituem a essência da mente grupal, e é nesse suporte que está, por exemplo, a importância do líder.

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