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1ª aula - Tratamento Farmacológico das Infecções Bacterianas

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TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
DAS INFECÇÕES BACTERIANAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS
PROGRAMA DE GRADUAÇÃO DE FARMACOLOGIA
PROFESSORA ASSOCIADA: VALÉRIA DO MONTI NASCIMENTO CUNHA
AGENTES ANTIMICROBIANOS: DEFINIÇÃO
São substâncias químicas produzidas por 
microorganismos ou sintetizadas em 
laboratório que são capazes de causar a 
morte celular ou inibir o crescimento de 
outros microorganismos, sendo inócuos 
para o hospedeiro (toxicidade seletiva)
AGENTES ANTIMICROBIANOS: CLASSIFICAÇÃO
ANTIBIÓTICOS BACTERICIDAS 
E 
ANTIBIÓTICOS BACTERIOSTÁTICOS
AÇÃO SOBRE OS MICROORGANISMOS:
FÁRMACOS ANTIBIÓTICOS: CLASSIFICAÇÃO
1. Agentes que inibem a síntese da parede celular
Penicilinas; Cefalosporina; Ciclosserina; Vancomicina; 
Bacitracina
2. Agentes que agem diretamente na membrana celular
Polimixinas; Antifúngicos poliênicos; Anfotericina B
3. Agentes que inibem a síntese proteica
Subunidade 30S ribossomal: Tetraciclinas; Aminoglicosídeos; 
Cloranfenicol
Subunidade 50S ribossomal: Eritromicina; Cloranfenicol; 
Clindamicina
MECANISMO DE AÇÃO:
FÁRMACOS ANTIBIÓTICOS: CLASSIFICAÇÃO
4. Agentes que inibem a síntese de metabólitos essenciais: 
Sulfonamidas; Trimetoprim
5. Agentes que afetam a replicação celular:
Inibem DNA Girase: Quinolonas (Ciprofloxacin)
6. Agentes que afetam a transcrição celular:
Inibem RNA polimerase: Rifamicinas (Rifampina)
MECANISMO DE AÇÃO:
PRINCÍPIOS DA QUIMIOTERAPIA BACTERIANA
CONSEQUÊNCIAS DO USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS:
1. Resistência
2. Superinfecção
3. Efeitos Adversos
4. Dificuldade no diagnóstico
PRINCÍPIOS DA QUIMIOTERAPIA BACTERIANA
PRINCÍPIOS PARA O USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS:
1. Fazer o diagnóstico (laboratorial)
2. Decidir se a antibiótico terapia é realmente necessária
3. Escolher o antibiótico correto: espectro de atividade 
antimicrobiana; resistência bacteriana; farmacocinética 
(distribuição); efeitos adversos e interações medicamentosas
PRINCÍPIOS DA QUIMIOTERAPIA BACTERIANA
PRINCÍPIOS PARA O USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS:
4. Considerar fatores ligados ao paciente: gravidade da 
infecção; estado dos mecanismos de defesa; fatores 
farmacocinéticos
5. Avaliar a probabilidade de reações adversas: reações 
alérgicas; toxicidade própria do fármaco
6. Escolher a via de administração, dose, frequência e duração da 
terapia
FÁRMACOS ANTIBIÓTICOS:INIBIDORES DA SÍNTESE
DA PARECE CELULAR
PAREDE CELULAR OU 
PEPTÍDEOGLICANO
FÁRMACOS ANTIBIÓTICOS:INIBIDORES DA SÍNTESE
DA PARECE CELULAR
MECANISMO DE AÇÃO: BIOSSÍNTESE DA PAREDE CELULAR
M-UDP UMP G-UDP UDP (gly) 5
INTERIOR
EXTERIOR
M-UDP
CICLOSSERINA
P-CARREADOR M-P-P-CARREADOR G-M-P-P-CARREADOR G-M-P-P-CARREADOR
P-P-CARREADOR
G-M
G-M G-M G-M
TRANSPEPTIDAÇÃO
P-P-CARREADORPi
BACITRACINA
VANCOMICINA
PENICILINAS; CEFALOSPORINAS; 
MONOBACTÂMICOS
FÁRMACOS ANTIBIÓTICOS: ANTIBIÓTICOS Β-
LACTÂMICOS
MECANISMO DE AÇÃO:
Alvo molecular - PBPs – proteínas ligadoras de penicilinas
• inibição da transpeptidase (enzima acilada –CO-N-
do anel β-Lactâmico; inibição da formação de 
ligações cruzadas; parece celular frágil; formação 
de esferoblastos e lise rápida)
• inibição dos inibidores de autolisina (mureína 
hidrolase; formação de filamentos de bactérias; lise 
tardia)
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: PENICILINAS
DESCOBERTA DA PENICILINA G: 
1928 
USO CLÍNICO: 1941
Alexander Fleming
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: PENICILINAS
Penicillium notatun
Staphylococcus
OBTENÇÃO INDUSTRIAL: 
Penicillium chrysogenum
... do Laboratório à Produção Industrial ...
A produção industrial de antibióticos β-
lactâmicos por fermentação nos últimos 50 
anos é um grande exemplo de utilização 
de biotecnologia. 
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: PENICILINAS
Anel β-lactâmico
Anel tiazolidínico
AMIDASE
ESTRUTURA QUÍMICA:
Ácido 6-amino penicilânico
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: PENICILINAS
PENICILINAS SEMI-SINTÉTICAS
• Benzilpenicilina: Penicilina G 
• Fenoximetil penicilina: Penicilina V
• Aminopenicilinas: Ampicilina; Amoxicilina
(R=H; R=OH)
•Isoxazolil penicilinas: Oxacilina; Cicloxacilina
Dicloxaciclina
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: PENICILINAS
PENICILINAS SEMI-SINTÉTICAS
• Carboxipenicilinas e ureidopenicilinas:
Carbenicilina
Ticarcilina
Piperacilina
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: PENICILINAS
CLASSIFICAÇÃO: ESPECTRO ANTIMICROBIANO
PENICILINA NATURAL E penicilina G; penicilina V
CONGÊNERES (estabilidade em meio ácido precária; sensível 
às β-lactamases; espectro limitado)
PENICILINAS RESISTENTES cloxaciclina; flucloxaciclina; oxacilina; 
ÀS ß-LACTAMASES nafcilina; temucilina; meticilina dicloxacilina; 
(estabilidade em meio ácido variável; 
resistentes às β-lactamases; espectro 
limitado)
PENICILINAS DE pivampicilina; talampicilina; bacampicilina; 
AMPLO ESPECTRO ampicilina
(estabilidade em meio ácido boa; sensíveis às 
β-lactamases; espectro amplo)
PENICILINAS DE ticarcilina; azlocilina; piperacilina; carbenicilina
ESPECTRO AMPLIADO (estabilidade em meio ácido precária (boa 
para a indanil-carbenicilina; sensíveis às β-
lactamases; espectro mais amplo/ 
antipseudomonas)
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: PENICILINAS
PENICILINAS SEMI-
SINTÉTICAS
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: PENICILINAS
DESENVOLVIMENTO DE RESISTÊNCIA
• Resistência Natural
(Mycobacterium tuberculosis)
• Resistência Adquirida
1. Produção de β- lactamase
2. Modificação das PBPs
3. Dificuldade de acesso ao 
sítio de ação (perda de 
porinas e canais proteicos)
β-lactamase 
sobre a penicilina
β-lactamase
Depende da quantidade 
de enzima produzida, da 
capacidade da enzima 
hidrolizar o antibiótico 
(potência) e velocidade 
com que o fármaco 
penetra na célula 
bacteriana.
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: PENICILINAS
FARMACOCINÉTICA:
ABSORÇÃO: oral vs parenteral
estabilidade em meio ácido
C
o
n
c
e
n
tr
a
ç
ã
o
 p
la
s
m
á
ti
c
a
 
(
U
I
/
m
l)
Horas após a dose
Penicilina G
IV
IM
ORAL
Administração oral 1h antes ou 2h 
depois das refeições
Administração IV é necessária para 
infeções resistentes
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: PENICILINAS
FARMACOCINÉTICA:
ABSORÇÃO: preparações organodepositárias
baixa solubilidade do composto
C
o
n
c
e
n
tr
a
ç
ã
o
 p
la
s
m
á
ti
c
a
 
(
U
I
/
m
l)
Horas após injeção IM
PENICILINA G procaína 
(300.000 UI)
PENICILINA G cristalina 
(300.000 UI)
PENICILINA G benzatina 
(1.200.000 UI)
Tratamento de infecções 
estreptocócicas; sífilis e prevenção 
de infecções estreptocócicas em 
pacientes de risco elevado (febre 
reumática)
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: PENICILINAS
FARMACOCINÉTICA:
DISTRIBUIÇÃO: não uniforme (junções 
sinoviais; cavidade pleural e pericardiana; 
bile; saliva; leite; barreira placentária)
Barreira hemato-encefálica – inflamação 
ativa das meninges
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: PENICILINAS
FARMACOCINÉTICA:
ELIMINAÇÃO: filtração glomerular (10%)
secreção tubular (90%)
(associação com probenecida – t1/2)
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: PENICILINAS
USOS CLÍNICOS:
•PENICILINA G
•Infecções pneumocócicas – pneumonia; meningite (Streptococcus pneumoniae)
•Infecções estreptocócicas – faringite; penumonia; artrite; meningite; endocardite 
(Streptococcus pyogenes) - penicilina G benzatina
•Infecções por anaeróbios – infecções pulmonares e periodontais 
(Bacteróides fragilis)
•Infecções meningocócicas – meningite (Neisseria meningitidis) 
•Infecções gonocócicas – gonorréia(Neisseria gonorrhoeae) - penicilina G procaína
•Infecções por espiroquetas – sífilis (Treponema pallidum) - penicilina G benzatina
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: PENICILINAS
USOS CLÍNICOS:
•OXACILINA; CLOXACILINA; METICILINA; NAFCILINA; 
•Infecções estafilocócicas – infecções localizadas de pele; furúnculos; feridas 
(Staphylococcus aureus – produtor de β- lactamase)
•AMPICILINA; TALAMPICILINA; PIVAMPICILINA; AMOXICILINA
•Infecções de trata respiratório superior – sinusite; otite média; bronquite 
(Streptococcus pyogenes; Haemophylus influenzae)
•Infecções urinárias – uretrite por coliformes (Enterobacteriaceae; E. coli)
•CARBENICILINA; TICARCILINA; PIPERACILINA
•Infecções por bactérias gram negativas – bacteremias; pneumonias; queimaduras 
infectadas; infecções urinárias (Proteus mirabilis; Pseudomonas aeroginosa; 
Klebsiella sp) 
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: PENICILINAS
EFEITOS ADVERSOS:
• Reações de hipersensibilidade (0,7-4% dos casos complicam) 
vermelhidão; cutânea; doença do soro; anafilaxia
(complexos haptênicos após etapa de sensibilização – reação cruzada)
• Diarréia (uso prolongado de ampicilina)
• Neutropenia (nafcilina; piperacilina)
• Disfunção plaquetária (doses elevadas de carbenicilina)
• Nefrite intersticial (meticilina)
• Convulsões (pacientes com insuficiêcia renal)
• Hipernatremia e hipercalemia (sal sódico ou potássico da penicilina G)
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: CEFALOSPORINAS
ANEL β-LACTÂMICO
ANEL DIHIDROTIAZÍNICO
DIFERENÇAS 
FARMACOCINÉTICAS
DIFERENÇAS 
ESPECTRO 
ANTIMICROBIANO
ESTRUTURA QUÍMICA:
VANTAGENS 
•Relativamente estáveis em meio ácido
•Maior reistência às β-lactamases
•Espectro antimicrobiano mais amplo
•Maior lipossolubilidade 
DESVANTAGENS 
•Mais caros !
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: CEFALOSPORINAS
OBTENÇÃO
As penicilinas e 
cefalosporinas 
representam um mercado 
de 15 bilhões de USD, 
correspondendo a 65% do 
mercado global de 
antibióticos, sendo que 9,9 
bilhões são devidos a 
cefalosporinas e 
cefamicinas. 
Cephalosporium acremonium: 
CEFALOSPORINA C
Streptomyces: CEFAMICINAS
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: CEFALOSPORINAS
CLASSIFICAÇÃO: ATIVIDADE ANTIMICROBIANA
GERAÇÃO FÁRMACOS ESPECTRO DE AÇÃO
Primeira cefalotina; cefalexina; 
cefadroxil; cefazolin
Streptococcus sp.; 
S. aureus 
(cocos gram positivos)
Segunda cefamandol; 
cefoxitidina; cefaclor
E. coli; Klebsiela sp.; 
P. mirabilis;
H. influenzae
Terceira cefotaxima; 
ceftriaxone
P. aeroginosa; 
Enterobacteriaceae
Quarta cefepime comparável à 3ª 
geração e mais 
resistentes às β-
lactamases
De acordo com os substituintes em R1 e R2
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: CEFALOSPORINAS
FARMACOCINÉTICA:
ABSORÇÃO: oral ou 
parenteral
DISTRIBUIÇÃO: cavidades 
pleural e pericardiana; 
junções sinoviais; placenta; 
BHE.
ELIMINAÇÃO: renal 
(secreção tubular) e bile 
(ceftriaxone; cefoperazone)
DH= dose habitual; VO= via oral; IM= intramuscular; 
IV= intravenosa
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: CEFALOSPORINAS
EFEITOS ADVERSOS:
• Hipersensibilidade cruzada com penicilinas
• Hipoprotrombinemia
• Nefrotoxicidade
• Diarréia (uso prolongado)
USOS CLÍNICOS:
• Infecções do trato respiratório, pele e ossos (cobertura para gram negativos)
• Pneumonia, infecções hospitalares por Klebsiella sp. ou P. aeroginosa
• Infecções mistas pós-operatórias
• Profilaxia pré-operatória
• Meningite (H. influenzae, S. pneumoniae, N. meningitidis)
• Infecções por N. gonorrhoeae (2ª e 3ª gerações)
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: OUTROS FÁRMACOS
Β-LACTÂMICOS
ESTRUTURA QUÍMICA
BÁSICA DOS NOVOS
ANTIBIÓTICOS Β-
LACTÂMICOS
Inibidor de β-Lactamases
Complexo covalente com a enzima
(Sulbactam; Tazobactam)
Altamente resistentes às β-Lactamases
(Imipenem; Panipenem)
Resistentes às β-Lactamases 
(Aztreonam; Carumonam; Tigemonam)
Atividade seletiva contra bactérias gram 
negativos (Nocardicina A)
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: OUTROS FÁRMACOS
Β-LACTÂMICOS
USOS CLÍNICOS
Ácido clavulânico + amoxicilina (ORAL) 
ou + ticarcilina (PARENTERAL) 
(H. influenzae)
Sulbactam + ampicilina (IV/ IM –
infecções mistas intra-abdominais)
Tazobactam + piperacilina 
(PARENTERAL- H. influenzae)
Infecções causadas por Listeria, 
P. aeroginosa, Enterobacteriaceae
P. aeroginosa, N. meningitidis,
H. influenzae
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: SULFONAMIDAS E
TRIMETOPRIM
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
• Antibióticos bacteriostáticos
• Toxicidade seletiva
• Espectro antimicrobiano: gram (+) e gram (-)
• Uso clínico: cepas resistentes (trimetoprim)
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: SULFONAMIDAS E
TRIMETOPRIM
ESTRUTURA QUÍMICA:
R1 – pró-fármaco
R2 – atividade antimicrobiana
R1 R2
Sulfadiazina
Sulfametoxazol
Sulfanilamida
Sulfisoxazol
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: SULFONAMIDAS E
TRIMETOPRIM
MECANISMO DE AÇÃO: INIBIÇÃO COMPETITIVA DA
DIHIDROPTEROATO SINTASE
SULFONAMIDAS
TRIMETOPRIM
Associação sinérgica: promove 
redução da dose diária e diminuição 
dos efeitos adversos das 
sulfonamidas.
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: SULFONAMIDAS E
TRIMETOPRIM
DESENVOLVIMENTO DE RESISTÊNCIA:
Resistência adquirida (transferência de plasmídios)
• Enzimas menos sensíveis às sulfonamidas
• Aumento da produção de PABA
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: SULFONAMIDAS E
TRIMETOPRIM
FARMACOCINÉTICA:
ABSORÇÃO ORAL: rápida e completa (sal de sódio)
(pele; trato respiratório: variável)
DISTRIBUIÇÃO: ligação variável com a albumina
uniforme nas cavidades pleural; 
peritonial; sinovial; ocular 
Placenta- toxicidade para o feto
LCE (10-80%) dependendo do composto
BIOTRANSFORMAÇÃO: acetilação (metabólitos inativos)
ELIMINAÇÃO: renal (in natura ou metabólitos)
fezes; bile; leite; outras secreções
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: SULFONAMIDAS E
TRIMETOPRIM
FARMACOCINÉTICA: CLASSIFICAÇÃO
CLASSE FÁRMACO t1/2 (h)
Rapidamente
absorvidas e 
eliminadas
Sulfisoxazol; 
Sulfadiazina; 
Sulfametoxazol
5-6; 
11;
10
Probremente 
absorvidas
Sulfasalazina (colite 
ulcerativa; enterites)
-
Uso tópico Sulfacetamida 
(infecções oftalmicas); 
Sulfadiazina de prata 
(queimaduras 
infectadas)
-
Ação longa Sulfadoxima + 
pirimetamina 
(malária)
100-230
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: SULFONAMIDAS E
TRIMETOPRIM
USOS CLÍNICOS:
• Infecções do trato urinário- E. coli; Samonella 
(sulfametoxazol+trimetoprim)
• Toxoplasmose- Toxoplasma gondii 
(pirimetamina+sulfadiazina) 
• Lesões pulmonares; abcessos no cérebro- Nocardia sp
(sulfisoxazol)
• Uso profilático- infecções estreptocócicas (pacientes 
alérgicos às penicilinas) 
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: SULFONAMIDAS E
TRIMETOPRIM
EFEITOS ADVERSOS:
• Náuseas; vômitos
• Anemia hemolítica
• Agranulocitose
• Anemia aplástica
• Reações de hipersensibilidade (urticária; dermatite esfoliativa; 
fotossensibilidade; doença do soro)
• Cristalúria (insolubilidade dos metabólitos acetilados)
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS:FLUOROQUINOLONAS
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
• Bactericidas
• Espectro antimicrobiano: 
gram (-) e gram (+)
• Resistência: vem crescendo 
na última década (mutação do 
gene (gyr A))
• Uso clínico vs efeitos 
adversos
Antibióticos 1990 1996
Ampicilina 37% 95%
Cloranfenicol 32% 94%
Tetraciclinas 36% 97%
Sulfonamidas 37% 97%
Trimetoprim 0,4% 24%
Tetraciclinas 36% 97%
Ciprofloxacin 0 14%
Salmonella typhimurium DT104: Desenvolvimento de resistência 
aos diferentes antibióticos no Reino Unido (1990-1996).
Patógeno que provoca no homem diarréia, febre; 
cefaléia; vômito; dor abdominal. 
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS:FLUOROQUINOLONAS
ESTRUTURA QUÍMICA:
Controla a girase e a 
potência antibacteriana
Aumentaa atividade 
contra gram (+)
Essencial para a ligação com 
a girase e o transporte 
através da membrana 
bacteriana
Influencia na potência e 
na farmacocinética
Controla a 
farmacocinética
Controla a 
farmacociné-
tica
Ácido nalidíxico
Ciprofloxacin
Outros compostos fluorados: Norfloxacin; Ofloxacin; Lomefloxacin; Fleroxacin; 
Pefloxacin; Amifloxacin
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS:FLUOROQUINOLONAS
MECANISMO DE AÇÃO:
Inibição da topoisomerase II (DNA-girase) das bactérias gram (-)
(E.coli)
Inibição da topoisimerase IV das bactérias gram (+)
(S. aureus)
Dose de inibição da DNA girase da 
bactéria (0,1 – 10 µg/ ml)
Dose de inibição da DNA girase da 
mamíferos (100 – 1000 µg/ ml)
DNA girase 2 subunidades A (105 
kDa)e 2 subunidades B
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS:FLUOROQUINOLONAS
FARMACOCINÉTICA:
• Absorção Oral: rápida (Cmax=1-3 h)
biodisponibilidade 50-95%
• Distribuição: ampla (rim; urina; próstata; macrófago; neutrófilos e 
pulmões); LCE (concentrações inferiores ao plasma)
• Eliminação: renal (norfloxacin; ciprofloxacin; ofloxacin; lomefloxacin)
metabolismo hepático (ac. nalidíxico-t1/2=8h) 
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS:FLUOROQUINOLONAS
USOS CLÍNICOS:
• Infecções do trato urinário - bactérias gram (-) (fluoroquinolonas)
• Prostatite bacteriana – (norfloxacin; ciprofloxacin; ofloxacin - durante 4 até 6 
semanas em pacientes que não respondem a associação 
sulfametoxazol+trimetoprim)
• Doenças sexualmente transmissíveis – N. gonorrhoea (norfloxacin; ofloxacin, 
dose única/ via oral em substituição às cefalosporinas injetáveis)
• Infecções gastro intestinais – E. coli; Shigella; S. typhi (febre tifóide em 
pacientes portadores de AIDS) (ciprofloxacin; norfloxacin) 
• Infecções respiratórias – pneumonias e bronquites causadas por P. 
aeroginosa; S. pneumoniae; H. influenzae (fluoroquinolonas) 
• Infecções ósseas – osteomielite crônica (ciprofloxacin - 500-750 mg, 2 vezes/ 
dia, durante 4-6 semanas)
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS:FLUOROQUINOLONAS
EFEITOS ADVERSOS:
Geralmente são bem tolerados, mas podem causar:
• Náuseas (não podem ser tratadas com anti-ácidos)
• Desconforto abdominal
• Cefaléias
• Confusão (delírios e convulsões) – ác. nalidíxico
• Vermelhidão
• Fotosensibilidade
• Artralgias
• Leucopenia
• Eosinifilia
CONTRA-INDICAÇÃO: gravidez
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS:AMINOGLICOSÍDIOS
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
• Bactericidas
• Espectro antimicrobiano – bacilos gram (-)
uso limitado contra gram(+)
• Perfil farmacocinético e toxicidade semelhantes
• Estrutura química complexa - polications
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS:AMINOGLICOSÍDIOS
ESTRUTURA QUÍMICA:
kanamicinaEstreptomicina
Aminociclitois aminoglicosidios
Aminociclitol – streptidina (estreptomicina)
2-deoxistreptamina
OUTROS COMPOSTOS: gentamicina; 
amicacina; tobramicina; netilmicina; 
neomicina; framicetina (mais tóxico)
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS:AMINOGLICOSÍDIOS
MECANISMO DE AÇÃO:
• Difusão através da membrana externa
• transporte através da membrana plasmática interna (dependente do Emembrana)
• Subunidade 30S ribossomal (síntese de proteínas aberrantes)
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS:AMINOGLICOSÍDIOS
DESENVOLVIMENTO DE RESISTÊNCIA:
Transferência de plasmídios:
A resistência a esses antibióticos é comum
• Permeabilidade através da membrana externa comprometida
(Penicilina G + gentamicina)
• Baixa afinidade de ligação no ribossoma bacteriano
• Inativação por enzimas bacterianas (fosforilases; adenilases;
acetilases – amicacina é resistente)
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS:AMINOGLICOSÍDIOS
FARMACOCINÉTICA:
• Absorção Oral vs Parenteral (IM; IV): polications (hidrossolúveis)
• Distribuição: cortex renal (nefrotoxicidade); endolinfa e perilinfa 
no ouvido (ototoxicidade); trato respiratório; cavidades peritonial e 
pericardiana; BEH (níveis subterapêuticos); fluído ocular 
(intraocular)
• Eliminação: Filtração glomerular (forma inalterada t1/2= 2-3 h)
Atenção com pacientes portadores de insuficência renal
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS:AMINOGLICOSÍDIOS
USOS CLÍNICOS:
• Endocardite bacteriana – Streptococcus (penicilina G + estreptomicina)
• Tuberculose – Mycobacterium tuberculosis (estreptomicina; kanamicina)
• Infecções urinárias – P. aeroginosa; Enterobacter; Klebsiella sp.; 
Serratia (gentamicina/ baixo custo)
• Peritonite – gentamicina; tobramicina
• Infecções hospitalares por bacilos gram (-) – amicacina
• Infecções resistentes à gentamicina - netilmicina
EFEITOS ADVERSOS:
• Ototoxicidade (aparelho vestibular; células sensoriais da cóclea)
• Nefrotoxicidade (lesão dos túbulos renais)
• Bloqueio neuromuscular; raras reações de hipersensibilidade
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: TETRACICLINAS
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
• Obtenção: culturas de Streptomyces
• Bacteriostáticos
• Espectro antimicrobiano: gram (+) e gram (-)
ESTRUTURA QUÍMICA: COMPOSTOS POLICÍCLICOS
Cl-
• CLORTETRACICLINAS (1948)
• OXYTETRACICLINA
(Streptomyces aureofaciens)
• DEMECLOCYCLINA
(S. aureofaciens/ cepa mutante)
• METACICLINA
• DOXICICLINA
• MINOCICLINA
(derivados semi-sintéticos)
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: TETRACICLINAS
MECANISMO DE AÇÃO:
• Transporte através da membran externa
• Transporte via carreador específico na membrana plamática interna
• Subunidade 30S ribossomal
Desenvolvimento de resistência: 
Ausência do carreador de membrana
(ex. E. coli)
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: TETRACICLINAS
FARMACOCINÉTICA:
• Absorção Oral (Ca2+; antiácidos)
• Distribuição: ossos e dentes (escurecimento e hipoplasias)
• Eliminação: renal e fezes 
• Infecções por Mycoplasma pneumoneae (pneumonia)
• Infecções por Rickettsia e Chlamydia (pneumonia; bronquite; sinusite) 
• Infecções por Vibrio cholera (cólera)
• Infecções urinárias (P. mirabilis; P. aeroginosa)
• Acne (1ª escolha/ via oral ou tópica)
USOS CLÍNICOS:
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: TETRACICLINAS
EFEITOS ADVERSOS:
• Náuseas
• Vômito
• Enterocolite
• Estomatite
• Superinfecções
• Descoloração permanente dos dentes
• Fotossensibilidade
• Reações alérgicas
• Distúrbios de medula óssea e discrasias 
sanguíneas (uso prolongado)
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: CLORANFENICOL
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
• Obtenção: Streptomyces venezuelae (ou sintetizado em laboratório)
• Bacteriostático
• Bactericida (H. influenzae; N. meningitidis; S. pneumoniae) 
• Espectro antimicrobiano: gram (+) e gram(-)
• Toxicidade elevada
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: CLORANFENICOL
ESTRUTURA QUÍMICA:
Mais resistente à 
inativação bacteriana
Gotas oculares
Uso em humanos
Uso em animais: 
gado; ovelhas; 
porcos e galinha
NITROBENZENO
ÁC. DICLOROACÉTICO
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: CLORANFENICOL
MECANISMO DE AÇÃO:
• Subunidade 50 S ribossomal – inibição da peptidil transferase
• Evitar a associação com macrolídeos (eritromicina; azitromicina e 
claritromicina) e clindamicina (antagonismo de efeitos) 
Desenvolvimento de resistência:
• Acetil transferase bacteriana
(transferência de plasmídios)
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: CLORANFENICOL
FARMACOCINÉTICA:
• Absorção: Oral ou parenteral (IM; IV) – lipossolubilidade
• Distribuição: ampla (LCE = 60%)
• Eliminação: biotranformação hepática (90%)
Cloranfenicol (inibe Cit P450; aumenta t1/2 de outros 
fármacos – varfarina; fenitoína; clorpropamida)
USOS CLÍNICOS:
• Febre tifóide
• Meningite (H. influenzae)
• Abcessos cerebrais (B. fragilis)
• Abcessos intra-abdominais (bacteroides sp.)
FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS: CLORANFENICOL
EFEITOS ADVERSOS:
• Reações de hipersensibilidade (vermelhidão cutânea)
• Superinfecções
• Encefalopatias
• Discrasias sanguíneas
• anemiaaplástica (deve-se evitar uso prolongado e realizar estudo 
hematológico)
• agranulocitose
• trombocitopenia
• síndrome do bebê cinzento (vômitos; diarréia; flacidez muscular; 
baixa temperatura corporal; cianose; colapso cardiovascular)
 causa: dificuldade de eliminação do fármaco (sistema enzimático 
imaturo)
ANTIBIÓTICOTERAPIA
CONSEQUÊNCIAS DO USO INDISCRIMINADO 
DE ANTIBIÓTICOS:
1. Resistência
2. Superinfecção
3. Efeitos Adversos
4. Dificuldade no diagnóstico
“O MInistério da Saúde anunciou 
novas regras para a venda de 
antibióticos nas farmácias. A 
tentativa é evitar a proliferação de 
superbactérias nos hospitais, como 
a que já matou quinze pacientes em 
Brasília.” 11/10/2010
Antibiótico só com receita
Para conter o avanço da KPC em outras áreas do país, a Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (Anvisa) vai editar novas regras que dificultarão a venda de 
antibióticos nas farmácias brasileiras. As receitas passarão a ser retidas pelas 
farmácias para evitar a reutilização do documento sem a prescrição do médico. 
Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a medida passa a valer 
a partir de dezembro. 24/10/2010
Klebsiella 
pneumoniae
carbapenemases

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