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Antimicrobianos: inibem o crescimento de microorganismos ou o destroem. Podem ser usados de forma terapêutica (infecção já estabelecida), ou profilática (prevenir a infecção, p.ex aides). O uso racional de antibióticos é feito de forma que se faça a cultura bacteriana para o uso correto, prevenindo o desenvolvimento de resistência. O QUE É A RESISTÊNCIA BACTERIANA E COMO SURGE? A resistência é o aumento da proliferação de bactérias, em que o fármaco não faz mais efeito, é preciso avaliar a febre e progresso da infecção durante a administração para saber se o fármaco está sendo efetivo, além da cultura para o uso correto. Na resistência o medicamento mata os microorganismo sensíveis e seleciona os resistentes que por meio de mutações e afins, se multiplicam e passam seus genes resistentes para outras bactérias. ● Para o tratamento fármacos mais específicos para bactérias que não atinjam células hospedeiras são menos tóxicas, diminui efeitos adversos. Classificação de antibióticos: 1. BACTERIOSTÁTICO: bactéria entre em estado de latência, mas continua lá. Então o sistema imune a ataca. Ex: inibidores de síntese proteica 2. BACTERICIDA: acaba com as células viáveis mas não as de latência. É essencial que o sistema imune reaja. Ex: ligação irreversível a DNA girase. Às vezes não funciona em crianças e idosos. 3. BACTERIOLÍTICO: acaba com células de latência e as viáveis (não depende do sistema imune). Ex: penicilina, inibe formação de parede celular). INIBIDORES DE SÍNTESE DE PAREDE CELULAR ● Bactérias gram + são mais sensíveis por conta da parede espessa. ● Gram - tem parede externa porina atrapalha entrada do antibiótico. ● Modificações nestes fármacos atacam as gram - tendo seu espectro ampliado. Os representantes dessa classe são os BETA LACTÂMICOS inibem síntese da parede celular composta de peptidoglicano, rompem a ligação da transpeptidase entre a glicina e alanina. ➡ impedindo a formação da parede peptidoglicana ➡ rompe parede celular. A ligação à transpeptidase é feita pelo anel beta lactâmico. RESISTÊNCIA: BETA LACTAMASE QUEBRA ANEL BETA LACTÂMICO. - Penicilinase (beta lactamase): quebra anel beta lactâmico - Amidase: quebra anel em R. R= cadeia lateral. Oral vs parenteral IV: infecções resistentes oral: 1h ou 2h antes das refeições PENICILINAS 1- Benzilpenicilina Penicilina G cristalina sódica ou potássica (IV ou IM) - a eliminação da cristalina é rápida então adiciona procaína. Penicilina G procaína (IM) Penicilina G benzatina (IM) - liberação lenta (IM) utilizada em DSTs. causa dor, aplicar em locais diferentes. Fenoximetilpenicilina ou Penicilina V (VO) - muito usada na odontologia. Farmacocinética: Absorção: boa Distribuição: ampla Metabolização: hepática Eliminação: renal INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Pneumonia pneumocócica Sífilis latente, primária Gonorréia Efeitos adversos: Reações alérgicas 2- Penicilinas resistentes à beta-lactamase: (semi-sintéticas) Oxacilina : infecções graves de Staphylococcus aureus. (espectro limitado) IV e IM t1/2: 6h Estabilidade em meio ácido Ceolite: ambiente gelado em vacina. E.a.: rash, neutropenia, flebite. 3- Aminopenicilinas : (amplo espectro) 2ª geração com espectro de ação semelhante a benzilpenicilina, acrescido de certa atividade sobre G- e são estáveis em meio ácido. Ex: Amoxicilina - risco de alergia Indicação Terapêutica: Infecções agudas do trato respiratório Infecção urinária não complicada Odontologia 4- Penicilinas de Espectro Ampliado Infecções sistêmicas graves, baixa estabilidade em meio ácido e IV. 3ª Geração ( Pseudomonas): carbenicilina, ticarcilina - antipseudomonas. 4ª Geração ( E. coli e Proteus): piperacilina. CEFALOSPORINA ● Parecidos com penicilinas, mas anel b-lactamico de 6 dá mais estabilidade ácida para a molécula ➡ melhor uso oral. ● Segunda linha de tratamento. ● Staphylococcus resistente à meticilina. 1- Primeira geração: mais ativas à G+ que as outras. Ex.: Cefalexina (boa biodisponibilidade oral), cefradina e ceradroxil. 2- Segunda geração: G- e H. influenza. Ex.: Cefaclor (VO para H.influenza), cefuroloxima . 3- Terceira geração: G- e ótimos para pseudomonas. Ex.: Cefixina. * moderada atividade contra bactérias anaeróbicas. 4- Quarta geração: mais resistentes à b-lactamase, mais potentes à G+ que a terceira geração. Não possui VO➡ uso hospitalar. Ex.: Cefepime, cefpiroma. * moderada atividade contra bactérias anaeróbicas. 5- Quinta geração: superbactérias, mas nesse nível tem que se conhecer a infecção. Enterococcus. Sem ação contra pseudomonas. Não tem VO. Ex.: ceftaroline. ● ESBL: bactérias muito resistentes produzem e degradam cefalosporina. E.a.: hipersensibilidade cruzada com penicilinas, nefrotoxicidade e interação com álcool. VANTAGENS Hidrossolúveis e Relativamente estáveis em meio ácido Maior resistência às β-lactamases Espectro antimicrobiano mais amplo Maior lipossolubilidade DESVANTAGENS Mais caros ⚠ ATENÇÃO ⚠ ● 1ª geração não é recomendada para uso empírico➡ causa resistência por selecionar as G-. ● Staphylococcus aureus resistente à penicilina (meticilina ou oxacilina) não funciona com cefalosporina, apenas 5ª geração. ● Nos pacientes com história de reação de hipersensibilidade grave às penicilinas, o uso das cefalosporinas deve ser evitado. Dado à semelhança química das classes, existe a possibilidade de reação alérgica cruzada. ● 2ª geração uso em➡ pé diabético e profilaxia de cirurgias colorretais. USOS CLÍNICOS: Infecções do trato respiratório; Meningite (H. influenzae, S. pneumoniae, N. meningitidis) OUTROS B-LACTÂMICOS 1- Carbapenêmicos (Inipenem): adição de S ao anel de 5 confere o espectro ampliado➡ aeróbicos e anaeróbicos G- e G+. Efeito “nefroprotetor” (alta [ ] na urina). IV. Infecções resistente a outros fármacos (cefalosporinas, penicilinas, aminoglicosídeos), infecções trato urinário, respiratório inferior, ginecológica EXCETO P. aeruginosa. 2- Monolactâmicos (Aztreonam): pacientes alérgicos a penicilinas e cefalosporinas. IV e IM. VANCOMICINA Não tem anel b-lactâmico➡ não é sensível à b-lactamase. Inibe a reação de transpeptidação. Endovenoso e oral. Absorção boa (tubo venoso), pouco absorvida no tubo digestivo. Não pode dar dose de ataque. Última linha de tratamento➡ ambiente hospitalar➡ conhecer infecção. E.a.: ototoxicidade, nefrotoxicidade, hemorragia, alergia (cutânea), febre. SINDROME DO HOMEM VERMELHO. * Staphylococcus resistente desde 2002. OUTROS 1- Bacitracina: uso tópico, inibe lipase na membrana. 2- Fosfomicina: inativação da N-acetilglucosamina. DOSE ÚNICA. USO: INFECÇÃO URINÁRIA. * prof falou algo de que não usado pq os pacientes não fazem uso correto então desistiram. 3- Cicloserina: análogo do D-aminoácido alanina. TRATAMENTO DA TUBERCULOSE. INIBIDORES DA PRODUÇÃO DE ÁCIDO FÓLICO Bactérias entram em estado de latência mas não morrem➡ sistema imune vai atacar (bacteriostáticos). SULFONAMIDAS E TRIMETOPRIM Espectro antimicrobiano: gram (+) e gram (-). Uso clínico: cepas resistentes (trimetoprim).Inibem o crescimento do microorganismo interferindo na sintese de acido folico nas bactérias, interrompendo o crescimento e causando a morte. São associadas para sinergismo. Em ambiente hospitalar as bactérias são resistentes, mas para uso ambulatorial são boas. Alta toxicidade ao feto. Ex.: Sulfametazol, sulsksfalazina (tópica). USOS: Infecções do trato urinário- E. coli; Samonella; trato respiratório; pneumonia por Pneumocystis jirovesi em pacientes HIV+ (sulfametoxazol+trimetoprim). Uso profilático: infecções estreptocócicas (pacientes alérgicos às penicilinas). E.a.: hipersensibilidade (urticária; dermatite esfoliativa; fotossensibilidade; doença do soro). INIBIDORES DA DNA GIRASE E TOPO 4 Bactericida “parecidas” com as de humanos➡ efeitos tóxicos. QUINOLONAS Inibição da DNA girase ácido nalidíxico➡ ciprofloxacino (adição de flúor melhorou a absorção aumentando a potência bactericida). Principalmente G(-). USOS: Infecções do trato urinário bactérias gram (-) (fluoroquinolonas) Prostatite bacteriana (norfloxacin; ciprofloxacin; ofloxacin - durante 4 até 6 semanas em pacientes que não respondem a associação sulfametoxazol+trimetoprim) Infecções ósseas osteomielite crônica (ciprofloxacin) RESISTÊNCIA: mutação topoisomerase na subunidade A. INIBIDORES DA SÍNTESE DE PROTEÍNAS Bacterecida 50S ou 30S AMINOGLICOSÍDEOS (30S) Amina+açúcar Provoca leitura incorreta da proteína ESTREPTOMICENA INDICAÇÃO: Endocardite bacteriana, tuberculose. IM e IV (via tópica) E.a.: ototoxicidade, NEFROTOXICIDADE (lesão dos túbulos renais, atenção com pacientes portadores de insuficiência renal). RESISTÊNCIA: comum. Por meio de plasmídeos. TETRACICLINAS (30S) Se ligam à subunidade 30S do ribossomo bacteriano, impedindo assim, a ligação ao aminoacil-RNAt ao ribossomo. t1/2 baixo. Ex.: Metaciclina (ação curta), doxiciclina (ação longa). Usos: Infecções urinárias (P. mirabilis; P. aeroginosa) Acne (1ª escolha/ via oral ou tópica) * Usado com não antimicrobiano para pacientes com isquemia pois diminui reatividade O 2 e lesão tecidual. * Cuidado com cálcio e antiácidos, não pode ser administrada com leite pois ela precipita. C.I.: gravidez e crinanças de até 8 anos. CLORANFENICOL (50S) FINAL -FENICOL Não deixa aas se ligarem à cadeia polipeptídica. Bacteriostático e bactericida (H. influenza e N. meningitis) Evitar a associação com macrolídeos (eritromicina; azitromicina e claritromicina) e clindamicina (antagonismo de efeitos). VO, IM e IV. Inibe CYP P450➡ INTERAÇÕES E.a.: hipersensibilidade, SÍNDROME DO BEBÊ CINZENTO (cianose, causa: difícil eliminação do fármaco). MACROLÍDEOS (50S) Clindamicina ( S. aureus) - situações pontuais, não é 1ª escolha. E.a.: colite pseudomembranosa. Azitromicina (ASTRO ™) t1/2 2-5 dias! usado em inf de farganta Substitutos das penicilinas Inibidores CYP➡ aumenta do t1/2 de outros fármacos: ciclosporina, BDZs, varfarina, glicocorticóides, bloqueadores de canais de Ca2+. VO boa e IV com cautela. Arritmia em paciente arrítmicos E.a.: Distúrbios GI.
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