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Teoria geral do processo

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Jurisdição
Soluções de conflito
1) Resistencia
2) Não pode ter satisfação voluntaria é dever do estado
Soluções do conflito
 Autodefesa: as partes fazem defesa dos seus intereses e conflitos
 Auto composição: ambas as partes abrem mão do direito ou parte dele sem intervenção de terceiros de 3 formas.
1- renuncia
2- submissão 
3- transação 
 Características e princípios da jurisdição e a partir de
 Regimes de Competência até o final do livro texto que está disponibilizado na Plataforma Moodle.
 Heterocomposição 
A jurisdição é uma função do estado, que através do juiz, imparcialmente atua para solucionar os conflitos substituindo as partes para resguardar a paz social. 
Características da jurisdição:
Caráter substuitivo: O estado substitui as partes na solução dos conflitos
Inércia: O poder judiciário deve ser provocado. Como exceções temos:
execução trabalista, art.878 da CLT
Habbeas corpus de oficio do juiz quando alguém sofre ou está na eminência de coação ilegal art. 654 CPP
Falencia decretada de oficio se a empresa encontra-se em recuperação judicial art. 73 da lei 11.101/05
Arrecadação de herança jacente art.738 CPC
Existência de Lide: Pretensão resistida
Imutabilidade: Sentença do juiz já transitada em julgado não pode ser modificada “COISA JULGADA”
Imperatividade: depois do devido processo legal a decisão tem autoridade e pode ser executada.
Imparcialidade: A decisão não pode ter interesse e coloca em prática as vontades da lei.
	
PRINCIPIOS DA JURISDIÇÃO
Investidura: juiz regularmente investido como autoridade legal [art. 37 CF]
Advertência ao território: Autoridade do juiz nos limites do território nacional e da Lei, com as seguintes exceções:
a) art. 60 do CPC – imóvel em mais de um estado, comarca, secção, subsecção judiciária é extendido sobre a totalidade do imovel
b) art. 255 CPC – Nas comarcas de fácil comunicação e mesma região metropolitana, oficial de justiça pode efetuar suas atribuições
c) art. 74, §2 CPP – iniciado com um juiz e outro for desclassificado conforme sua competência volta para o primeiro com sua competência prorrogada
d) art. 427 CPP – interesse de ordem publica o reclamar, havendo duvida sobre imparcialidade do júri ou segurança pessoal do acusado.
Indeligibilidade: O Juiz não pode delegar suas funções
Inevitabilidade: As partes devem aceitas a decisão independente da vontade
Inafastabilidade/indeclinabilidade: O juiz não pode declinar de seu oficio pretensão, tutela ou requerimento [art. 3 CPC]. Temos como exceções:
Art 145 §1 CPC – por motivo intimo sem justificativa
Art. 217 § 1 CF – em 1° lugar as instancias da justiça desportiva reg. em lei
Juiz natural: igualdade de condições e direito por um juiz imparcial, tribunal já constituído post factum (art. 5, XXXVII CF: Não haverá juiz ou tribunal de exceção)
Inércia: Não pode haver jurisdição sem ação/provocação
>> A existência de estruturas diversas, estabelecidas de acordo com a especialidade de cada justiça possui como objetivo assegurar uma maior eficiência de desempenho;
>> Assim a doutrina costuma classifica-la segundo diversos critérios, a saber:
OBJETO PENAL ou CIVIL
FORMA CONTECIOSA ou VOLUNTÁRIA
GRADAÇÃO DOS ORGÃOS SUPERIOR ou INFERIOR
FONTE DE DIREITO ou EQUIDADE
ORGANISMO JUDICIÁRIO ESPECIAL ou COMUM
Equivalentes Jurisdicionais
Determina o artigo 3º, do CPC, verbis: Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. § 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei. § 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos. § 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.
1 - Mediação: Não influencia na proposta de mediação = Cumpre o papel de aproximar e impulsionar o dialogo entre as partes. [art. 165, §3 CPC]
2 - Conciliação: pode sugerir as partes para solução do litígio [art. 165 §2 CPC]
Não necessitam ser advogados
Devem ser aprovados em curso de acordo com as normas CNJ
Sendo advogados não podem exercer advocacia nos juizos que exercem suas funções.
São auxiliares da justiça
(art. 172, do CPC) - O conciliador e o mediador ficam impedidos, pelo prazo de 1 (um) ano, contado do término da última audiência em que atuaram, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes.
3 - Arbitragem: é facultado às pessoas capazes de contratar se valerem dessa figura para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis, no Maximo em 6 meses. Está regulado pela Lei nº 9.307/96 - Lei da Arbitragem (LA) que foi parcialmente alterada pela Lei nº 13.129/15. A alteração atribuiu eficácia à sentença arbitral, que, sendo condenatória, terá força de título executivo judicial (art.31, LA).
- a sentença arbitral produz os mesmos efeitos da decisão judicial e deve envolver pessoas capazes na solução de conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis. Depois de julgado não pode ser apelado na justiça comum.
Competência 
Conceito clássico: É a quantidade de jurisdição cujo exercício é atribuído a cada órgão ou grupo de órgãos.
Critica: Marinoni, Arenhart e Mitidiero colocam uma crítica a esse conceito no seguinte sentido: "A conceituação de competência como medida da jurisdição leva ao fim e ao cabo à identificação da competência como a jurisdição. Se competência é medida da jurisdição, a ausência de competência equivale à ausência de jurisdição. Mais apropriado, portanto, conceituá-la como capacidade para exercer a jurisdição.”
A função jurisdicional é UNA e INDIVISÍVEL, atribuída ABSTRATAMENTE a todos os órgãos integrantes do poder judiciário.
Quando se fala em competência considera-se que o poder - JURISDIÇÃO - passa por um processo de CONCRETIZAÇÃO até chegar ao JUIZ COMPETENTE (juiz natural). Chegando-se a este, excluem-se todos os demais.
Assim, apenas a LEI ANTERIOR, pode definir a competência dos órgãos jurisdicionais.
Fora dos limites estabelecidos pela lei para determinado órgão ou magistrado esse se torna incompetente para examinar o litígio.
Art. 43 CPC - A competência é um dos pressupostos processuais de validade do processo. Uma vez definida a competência, a regra é que ela se perpetue. A competência é atribuída na distribuição da petição inicial.
Depois de atribuída a competência modificações de FATO ou DIREITO são irrelevantes, salvo exceções:
Supressão de órgão; nesse caso é encaminhado ao órgão que sucede.
Alteração de competência absoluta: ex: vara cível passa a ser vara da fazenda.
Essas exceções chamamos de “INCOMPETÊNCIAS SUPERVENIENTES”
 Competência Interna
Competência Facultativa (Cumulativa ou Concorrente):
 
Art. 21.  Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único.  Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
Art. 22.  Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil;
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
Nesses casos, se a ação tramitar e tiver decisão de outro país, esta poderá ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça - STJ - e terá validade em todo território nacional.
A ação proposta em tribunal estrangeiro não induz "litispendência” e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheçada mesma causa e das que lhe são conexas, salvo se já se tiver operado a coisa julgada e ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
b) Competência obrigatória ( ou exclusiva):
Art. 23.  Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.
Se houver sentença estrangeira sobre as matérias versadas neste artigo, o Superior Tribunal de Justiça NÃO poderá homologar. A decisão será inválida no território nacional.
LITISPENDÊNCIA: Ação idênticas, mesma partes, mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
COISA JULGADA: Quando se repete açãoque já foi decidida por decisão transitada em julgado, que não cabe mais recurso
A competência interna divide a função jurisdicional entre vários órgãos da Justiça Nacional levando em conta os seguintes pontos:
Existem vários organismos jurisdicionais autônomos - "Justiças” - previstos pela Constituição Federal (ex: Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral, Justiça Federal, etc);
Em cada justiça existem órgãos superiores e inferiores - duplo grau (ex: juízes e tribunais);
O território nacional e estadual se divide em seções judiciárias ou comarcas (ex: comarca de Pelotas);
Há possibilidade de existir mais de um órgão judiciário, de igual categoria, na mesma comarca ou na mesma seção judiciária (ex: 1ª Vara Cível da Comarca de Pelotas, 2ª Vara Cível da Comarca de Pelotas, etc).
O Código de Processo Civil Brasileiro ao "CRITÉRIO TRIPARTITE” (Wach/Chiovenda) para disciplinar a determinação da competência interna.
Este critério envolve o critério objetivo, o critério territorial e o critério funcional, sendo que o primeiro, o objetivo, se divide em dois: em razão da natureza da causa (ou da matéria) e em razão do valor da causa.
Critério Objetivo
Examina as particularidades da causa proposta, distribuindo as ações segundo as afinidades ou disparidades verificadas no conteúdo da demanda.
Tal critério abrange a análise de dois em específico:
EM RAZÃO
NATUREZA DA CAUSA Qualidade da relação – causa de pedir
VALOR DA CAUSA valor do objeto em LIDE ou valor do bem
QUALIDADE DA PESSOA Fator subjetivo na sua fixação – qualidade da autora ré ou interveniente
No código de processo civil: Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes.
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
Critério Funcional
Examina as funções desempenhadas pelo órgão jurisdicional no processo. Leva em conta a natureza própria e as exigências específicas das funções atribuídas a cada um dos magistrados que participam em um determinado processo.
Juiz de primeiro grau não tem em regra competencia recrusal e o recrusal não pode examinar sem levar em conta o primeiro grau.
Critério territorial
(ou competência de foro - ratione loci)
Tem como objetivo deixar a defwesa do processo mais cômoda para parte ré, facilitando o devido processo legal e a garantia ao contraditório. 
A lei estabelece o foro  - leia-se aqui o lugar onde a demanda deve ser proposta, ou a verdadeira sede da lide - onde as causas devem ser propostas, tendo em vista certos elementos, que podem variar caso se trate de jurisdição civil, penal ou trabalhista.
Existem três tipos de foro:
GERAL REGRA DOMICILIO DO REU – 
Ações reais e pessoais de bens moveis [Arts 46 e 53, III CPC]
	Pessoa natural – [art 70 CC]
	Pessoa jurídica – [art 75, IV CC]
	outras definições de domicilio – [Arts 71 à 77 CC]
SEPLETIVO Mais de um domicilio ou nenhum domicilio – Domicilio incerto ou desconhecido – sem domicilio no Brasil [art 46 e §§ CPC]
ESPECIAL SITUAÇÃO DA COISA 47 e §§ CPC – condição das pessoas (ex. incapazes) – lugar do fato ou ato[art 47 à 53 CPC]
Regimes de Competência
São dois os regimes
A divisão deve-se à maior ou menor disponibilidade da vontade das partes sobre a regra determinadora do regime, assim, tem-se:
ABSOLUTA NORMAS CONGENTES – interesse da ADM da justiça – partes não podem convencionar distintamente MATÉRIA, PESSOA E FUNÇÃO
A incompetência absoluta, ou seja a ação não foi ajuizada no juízo tido por competente absolutamente, pode ser reconhecida a qualquer momento no processo (art. 64, CPC) - ou de ofício pelo Juiz - ou seja sem qualquer requerimento da parte (art. 337,§5º, CPC) - tendo em vista tratar-se de defeito insanável não sujeito à preclusão.
Tão grave é a prolação de decisão por juízo incompetente que o direito brasileiro sujeita esta decisão à AÇÃO RESCISÓRIA (art. 966, II, CPC), permitindo, portanto, o desfazimento da coisa julgada.
RELATIVA REGRAS DISPOSITIVAS – facilitar o acesso das partes – partes podem dispor sobre seus critérios, alterando o regime legal e foro de demanda VALOR E TERRITÓRIO
A incompetência relativa não pode ser reconhecida de ofício pelo juiz, dependendo de alegação da parte ré que deverá fazê-lo em preliminar de contestação, sob pena de preclusão (art. 64, CPC);
Diante do silêncio do demandado (réu) a aceitação do foro será presumida ainda que outro seja o designado por lei operando-se, assim, a prorrogação da competência do juiz incompetente
Os atos decisórios praticados por um juiz relativamente incompetente NÃO são nulos, não podendo, dessa forma, subsidiar ação rescisória.
Reconhecida a incompetência relativa ou absoluta, deverá o juiz incompetente remeter os autos ao juízo competente para prosseguimento da causa.
OBSERVAÇÕES
PRORROGAÇÃO DE COMPETENCIA 
 Juiz incompetente - vira juiz competente
LEGAL (determinação legal, conexão{duas ou mais ação = comum PEDIDO ou CAUSA DE PEDIR} ou continência{duas ou mais ações com PARTES, CAUSA de PEDIR, mas o pedido de um é mais amplo})
LITISPENDÊNCIA (identidade TOTAL nos 3 elementos)=/= CONTINÊNCIA 
VOLUNTÁRIA (vontade das partes e foro de eleição)
PRECLUSÃO: 
perda do direito de manifestação
FORO DE ELEIÇÃO
As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território
Exceções
1ª) Juízo da execução (competência funcional - absoluta) pode ser escolhido pela parte nas hipóteses do artigo 516, p. único, do CPC, seguindo assim as regras da competência relativa verbis: 
2º) Competência em razão do valor (relativa) no caso dos Juizados Especiais Federais e dos Juizados da Fazenda Pública passa ser absoluta, ou seja, não pode ser alterada pelas partes.
3ª) A competência territorial passa a ser absoluta nas hipóteses do art. 47, §§ 1º e 2º, CPC (conhecida por competência territorial funcional - conforme Enrico Tullio Liebman - baseada dá ideia que determinados litígios terão melhor solução se forem processados no local em que está situado o imóvel), verbis:
4º) Havendo cláusula de eleição de foro e esta for posta de forma abusiva, esta será declarada nula, podendo esta nulidade ser declarada de ofício, ou seja, sem qualquer pedido das partes, por ato apenas do juiz, ou ainda eventualmente invocada pela parte requerida, conforme o art. 63, §4º, do CPC, verbis: 
Modificações da Competência
Modificar a competência significa atribuí-la a órgão diverso daquele indicado originalmente pela lei. Esta modificação pode ocorrer por determinação legal ou em atenção a uma cláusula contratual de eleição de foro (foro de eleição).
As regras impositivas (cogentes) são INDISPONÍVEIS, ao passo que as regras dispositivas podem ser superadas pelaVONTADE das partes.
Assim, a competência absoluta, originária de normas cogentes é inderrogável, ou seja, não pode ser modificada pela vontade das partes. Uma vez fixada é inalterável.
Por sua vez, a competência relativa baseia-se em regras ditas dispositivas, superáveis pela vontade das partes ou modificável se ocorrentes circunstâncias mencionadas na lei.
Dessa forma SOMENTE a competência RELATIVA pode ser alterada, e, uma vez ocorrida a alteração, não poderá mais ser modificada, perpetuando-se a competência do novo juízo.
Verificando-se a conexão ou a continência as ações propostas em separado serão reunidas mediante apensamento dos diversos autos a fim de que sejam decididas SIMULTANEAMENTE, em uma só sentença.
Para decidir-se qual o juízo é competente para julgar as causas conexas ou continentes deve-se observar o fenômeno da PREVENÇÃO (Art. 58. A reunião das ações propostas em separada far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente).
Através da prevenção ocorre a fixação de determinado juízo. O juízo prevento é aquele em que primeiro se fixou a competência pelo registro ou pela distribuição da primeira demanda - art. 59, CPC, verbis: "O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.”.
O juízo prevento será competente para processar e julgar todas as ações conexas ou continentes.
A reunião de todas essas ações, em um único juízo prevento, para julgamento em conjunto ou simultâneo, dá-se em virtude dos princípios da economia processual e uniformidade decisória de ações que decidem a mesma controvérsia, prestigiando, assim, o princípio da segurança jurídica.
Deslocamento de Competência
Visa dar maior efetividade aos direito humanos.Encontra fundamento legal no §5º, do art. 109, da Constituição Federal, a saber: 
§ 5º.  Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.
AÇÃO
Conceito
A ação é um direito subjetivo publico, autônomo e abstrato, mas instrumentalmente conexo a uma prestação de direito material. a ação constitui apenas um direito ao processo e a um julgamento de mérito sendo, desta forma satisfeita com uma sentença favorável ou desfavorável.
para a existência da ação, é a presença de determinadas condições, quais sejam: 
Legitimação para Agir (legitimatio ad causam)
Titularidade ativa e passiva da ação – indica autor e reu
Interesse de agir – interessado que a jurisdição garanta satisfação do interesse material 
Possibilidade Jurídica do Pedido – suprimida posteriormente pelo autor LIEBMAN
Admissão abstrata da demanda, juiz deve poder se pronunciar e não seja vedado pelo ordenamento
Interesse de Agir
 
Para Liebman, o interesse de agir seria "um interesse processual, secundário e instrumental com relação ao interesse substancial primário”
Baseia-se no binômio: Necessidade e Utilidade (Adequação).
Necessidade: a parte necessita da ação para alcançar o resultado pretendido.
Utilidade (Adequação): o pedido deve ser útil sob o aspecto prático.
necessidade pode recorrer:
imposição legal;
negativa do réu de cumprir espontaneamente determinada obrigação ou permitir o alcance de determinado resultado.
Para que se tenha interesse é preciso que o provimento jurisdicional postulado seja útil a quem o postula.
Comentário: Não há como propor ação declaratória de cancelamento de registro em cadastro restritivo de crédito, se o autor não faz prova que o registro que pretende cancelar efetivamente ocorreu. A providência jurisdicional pleiteada é um exemplo de falta de  interesse de agir.
Comentário: A ação cautelar de exibição de documentos bancários, por orientação jurisprudencial emanada do Superior Tribunal de Justiça, necessita de prévia comprovação que foi realizado pedido à instituição financeira e este não foi atendido em prazo razoável a contar do pagamento do custo do serviço. Ajuizar este tipo de demanda sem este requisito prévio configura falta de interesse de agir.
Legitimação para agir (legitimatio ad causam)
Ordinária e extraordinária
Assim, na LEGITIMIDADE ORDINÁRIA é titular para a ação apenas a própria pessoa que se diz titular do direito subjetivo material ou cuja tutela pede (legitimidade ativa - autor), podendo ser demandado apenas aquele que seja titular da obrigação correspondente (legitimidade passiva - réu).
A legitimidade extraordinária, também conhecida como substituição processual é a exceção à regra.
O substituto processual é aquele que atua como se parte fosse, postulando ou defendendo um direito que não é seu, mas do substituído.
Possibilidade jurídica do pedido
 
O CPC/73 considerava a possibilidade jurídica do pedido como a terceira condição genérica para regular o exercício do direito de ação.
Ela seria a previsibilidade do direito objetivo da pretensão manifestada pelo autor, ou seja, admissibilidade, em abstrato, do provimento pleiteado.
O CPC/15, no entanto optou por retirar a possibilidade jurídica do pedido do rol das condições da ação, que agora fica restrito à legitimidade e ao interesse.
Elementos Identificadores da Ação
1º) Partes: art.70, CPC:capazes(art.70,CPC);incapazes representados/assistidos (art. 71, CPC):
Autor: aquele que através de si próprio ou através de representante deduz uma pretensão à tutela jurisdicional formulando pedido;
Réu: contra quem é formulado o pedido.
2º) Causa de Pedir: razões fático-jurídicas que justificam o pedido (causa petendi).
Teoria da Substanciação: divide a causa de pedir em:
Próxima: enquadramento da situação concreta à previsão abstrata contida no ordenamento de direito positivo. Ex: esbulho na reintegração de posse;
  b.  Remota: os fatos que fazem emergir a pretensão (fato gerador). Ex: posse na reintegração de posse.
3º) Pedido: (petitum): arts; 322 c/c 324: certo e determinado;
É a pretensão: o autor vem a juízo requerer um provimento que se refere a um objeto;
Pode ser:
objeto imediato: tem natureza processual - o autor busca uma sentença de mérito ou um provimento executivo ou de urgência;
objeto mediato: é o bem da vida (o imóvel, na ação de despejo; a ruptura do vínculo conjugal, na ação de divórcio; o pagamento,na execução)
Procedimento Comum
Compõe-se de duas fases: 
1ª) Fase de  Conhecimento;
2ª) Fase de Cumprimento de sentença.
3.4.1 Fase de Conhecimento
Divide-se em 4 estágios:
a) Estágio Postulatório: destina-se à oitiva de ambas as partes.
1º) Petição inicial: o autor expõe o seu caso mediante o exercício do direito de ação (art. 5º, XXXV, CF / art. 312, CPC);
2º) Resposta do réu: direito de defesa (art. 5º, LV, CF); o réu pode:
Estágio Organizatório (Saneamento): tem a função de preparar a causa para sua instrução e julgamento:
Estágio Probatório: também chamado de Estágio Instrutório: destina-se à produção de provas (oral/pericial/inspeção judicial);
2º) Fase de Cumprimento de Sentença:
No caso da sentença possuir carga condenatória, o procedimento comum passa para a segunda fase, que é o cumprimento de sentença;
Adotam-se, nesta fase, técnicas processuais executivas para a realização da tutela do direito;
Técnica expropriatória: visa a satisfação do direito através da determinação de cumprimento sob pena de penhora e alienação de bens da propriedade do devedor;
Satisfeita a obrigação, o processo será extinto.

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