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3. AV. SUPERIOR

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Veredas Favip ano 10 | volume 7 | número 2 | 2014 123 
 
 
 
 BRASIL E ARGENTINA: 
semelhanças e diferenças entre os 
Sistemas de Avaliação da Educação Superior 
 
Ricardo José Andrade Silva1 
Maria José Alves da Rocha2 
Sandra Jesus de Mélo Tavares Soares3 
 
RESUMO 
 
Uma vez que a avaliação do Ensino Superior se reverte em um passo fundamental na 
busca de qualidade das instituições, além de estar relacionada diretamente com as 
grandes metas sociais e econômicas definidas pelo processo de globalização, foi 
desenvolvido o presente estudo, por meio de uma pesquisa bibliográfica cujo objetivo 
foi o de se fazer uma análise comparativa sobre os sistemas de avaliação da educação 
superior no Brasil e na Argentina, para possível identificação de fatores ou elementos 
diferenciais e/ou positivos que contribuam para a construção de sociedades mais 
justas, humanas e solidárias, no sentido de se possibilitar ações que assegurem a 
formação de pessoas capazes de atuar em diferentes áreas. 
 
Palavras-chave: Ensino Superior; Sistemas de Avaliação, América Latina. 
 
ABSTRACT 
 
Once the assessment of higher education is reversed in a key step in the search for 
quality of institutions, as well as being directly related to the major social and 
economic goals defined by the globalization process, this study was developed 
through a survey literature whose goal was to make a comparative analysis of the 
evaluation systems of higher education in Brazil and Argentina, for possible 
 
1 Mestrando em Docência Universitária – UTN Buenos Aires – Professor do PROEX FADIRE. Endereço 
Eletrônico: belricardo@hotmail.com 
2 Mestranda em Docência Universitária – UTN Buenos Aires – Professora do PROEX FADIRE. Endereço 
Eletrônico: mj.arocha@hotmail.com 
3 Mestranda em Docência Universitária – UTN Buenos Aires – Professora do PROEX FADIRE. Endereço 
Eletrônico: sjstavares@yahoo.com.br 
 
 
Veredas Favip ano 10 | volume 7 | número 2 | 2014 124 
identification of factors or differential and / or positive elements that contribute to 
building a more just, humane and caring societies , in order to enable actions to 
ensure the training of people capable of working in different areas. 
 
Keywords: Higher Education; System Assessment, Latin America. 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Nas últimas décadas, o mundo observou grandes transformações tecnológicas 
impulsionadoras de um desenvolvimento social e econômico e, nesse cenário de 
constantes mudanças sobre o processo produtivo, iniciou-se a disseminação de um 
discurso que tenta demonstrar e provar a importância da educação escolar no atual 
cenário mundial. Assim, pelas pressões mundiais advindas de órgãos internacionais e 
de muitos segmentos, principalmente do setor produtivo, diversas diretrizes e 
exigências sobre a educação têm resultado em grande expansão do ensino 
universitário, principalmente na América Latina, continente que, segundo estudo do 
Banco Mundial, possui o maior número de índices desiguais em vários aspectos, 
incluindo-se, entre eles: distribuição de renda, despesas com bens de consumo, 
serviços, acesso à saúde e, principalmente, acesso à educação. 
Mas, apesar da expansão do ensino superior observado nos últimos anos, os 
resultados positivos esperados não têm sido garantidos, tendo em vista a qualidade 
do ensino e o desenvolvimento humano presentes em nosso Continente. 
 
Ao conceito de qualidade podem atribuir-se diferentes acepções. No âmbito 
universitário considera-se qualidade algumas características dos professores, 
estudantes, recursos financeiros, instalações, propinas, a sua história, ou 
apenas a sua fama e reconhecimento público. (BRICALL, 2000, p. 363) 
 
 
Para autores como Westerheijden; Stensaker e Rosa (2007), citados por 
Marques (2010), os sistemas de qualidade para as instituições de ensino superior 
devem cumprir determinadas funções, tais como: 
 
a) preparar os mecanismos para a acreditação de instituições e programas; 
b) melhorar a docência, a investigação e a administração; 
c) servir de instrumento de prestação de contas ao Governo e à sociedade; 
d) fornecer informação pública e transparência aos estudantes e ao mercado 
laboral; 
e) operar como mecanismo de diferenciação no financiamento das IES por 
parte do Estado. (MARQUES, 2010, 145) 
 
 
 
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Uma das alternativas para assegurar uma qualidade no ensino superior 
encontra-se na implantação de um sistema efetivo de avaliação do ensino 
universitário, pois a criação de um sistema de garantia de qualidade susceptível de 
reconhecimento internacional encontra-se entre os desígnios dos regimes criados 
para a avaliação do ensino superior, cujos objetivos diretos para melhoria da 
qualidade das instituições de ensino superior, ainda abrangem proporcionar 
informação fundamentada à sociedade sobre o desempenho das instituições, bem 
como o desenvolvimento de uma cultura institucional interna de garantia de 
qualidade. 
 Na América Latina, a partir da década de 1990, a globalização fez com que os 
governos conservadores, transformados em neoliberais4, implantassem políticas 
universitárias que atendessem a seus propósitos, como redução dos gastos públicos, 
privatização das empresas públicas e o fomento da competência privada. Mas essas 
ações mostraram-se ineficientes, uma vez que essas instituições gastavam 
excessivamente, apresentando baixo desempenho, pouca competitividade ao 
formarem profissionais sem conexão com as necessidades da produção local. Desse 
resultado surgiu a necessidade de se instalar um órgão avaliador que analisasse os 
sistemas educativos, de acordo com determinados indicadores que atestassem um 
padrão de qualidade do ensino e, tal conceito passou a ser conhecido como Prestação 
de Contas. (BARREYRO; LAGORIA, 2009) 
 
Considerando que uma política educacional desempenha um papel estratégico 
no desenvolvimento de uma nação, principalmente sob os aspectos socioeconômico e 
cultural, justifica-se o desenvolvimento desse estudo que tem como objetivo analisar 
os sistemas de avaliação e acreditação universitária de dois países da América Latina: 
Argentina e Brasil, para possível identificação de fatores ou elementos diferenciais 
e/ou positivos que contribuam para que a qualidade necessária seja alcançada. Além 
disso: 
[ ] a necessidade de garantir a qualidade do ensino superior tem aumentado 
nos últimos anos devido à globalização e ao requerimento da integração 
econômica propostas nas políticas nacionais de desenvolvimento. Estas 
levaram à formação de blocos econômicos e ao estabelecimento de acordos 
comerciais como o Acordo de Livre Comércio da América do Norte — 
NAFTA, o Mercado Comum do Sul — MERCOSUL, etc., cujo objetivo é 
alcançar níveis mais elevados de desenvolvimento socioeconômico e 
 
4 Neoliberalismo: Conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do 
estado na economia, havendo total liberdade de comércio para garantir o crescimento econômico e o 
desenvolvimento social de um país. 
 
 
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fomentar a competitividade regional e nacional, para responder à 
globalização neoliberal. (BARREYRO; LAGORIA, 2009, p.3) 
 
 
Para a análise necessária será utilizada, como metodologia, uma pesquisa 
bibliográfica que, segundo Gil (2010), é elaborada com base em material já publicado 
com o objetivo de analisarposições diversas em relação a determinado assunto. 
 
A AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR 
 
Desde o surgimento das primeiras instituições do Ensino Superior 
(universidades) ainda na Idade Média, a preocupação com a forma de ensino, o teor e 
os resultados não eram prioridades para os poderes que mantiveram o ensino 
superior por séculos, como o caso da Igreja católica. Assim, somente com as 
transformações ocorridas a partir da década de 1980 e com os princípios dos anos 
1990, o tema da qualidade começou a se afirmar no cenário e na agenda da educação 
em diversos países da América Latina, especialmente em razão da situação de 
fragmentação, diversificação institucional e disparidade nos níveis de qualidade do 
ensino. (FERNÁNDEZ LAMARRA, 2004). 
Uma vez que as instituições de ensino superior, como afirma Delors (1996) 
podem contribuir para o desenvolvimento sustentável, por meio do cumprimento de 
suas funções básicas relacionadas ao progresso e à transmissão do conhecimento, 
como a pesquisa, inovação, ensino e formação; a promoção do ensino superior e a 
correta avaliação de seus sistemas permitem o aumento do nível de formação dos 
indivíduos, transformando-os em fatores de progresso, força produtiva e motor de 
desenvolvimento econômico das nações. 
Em muitos países, recomendações relativas à avaliação da educação superior 
têm sido formuladas como condição necessária para o planejamento e reformas 
educativas, e para obtenção de informações úteis que possam servir de parâmetros 
para comparação com outras realidades numa perspectiva de que a compreensão dos 
processos educativos passe, necessariamente, pela sua inserção num contexto mais 
amplo (BILLING, 2004). 
Os modelos de avaliação implementados na educação superior, variaram de 
país a país, porém adotando lógicas semelhantes aos quatro modelos vigentes na 
atualidade como apontados por Royero (2002): 
 
 
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1) o modelo americano, cuja avaliação é centrada no alcance de metas 
institucionais e em padrões preestabelecidos; 
2) o modelo europeu continental, realizado por pares e cujo foco é o programa 
acadêmico; 
3) o modelo britânico, que realiza avaliação por pares e usa indicadores de 
desempenho; 
4) o modelo escandinavo, uma variante do europeu continental, que inclui 
processos de auto avaliação e avaliação externa. 
 
A avaliação, conforme esclarece Belloni (2000), pode ser tanto de natureza 
educacional quanto institucional. Enquanto a avaliação educacional se refere à 
avaliação de aprendizagem ou de desempenho escolar e à avaliação de currículos, a 
avaliação institucional se destina à avaliação de instituições ou políticas. 
Na América Latina, durante a década de 1990, como apontam Hortale et al 
(2004), as propostas de reforma da saúde e da educação superior faziam parte de um 
amplo arranjo global e regional das políticas públicas nessa área, com ajuda 
financeira e monitoramento estratégico de instituições como o Banco Mundial e o 
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Na perspectiva de Fernández 
Lamarra (2004), esse período foi da qualidade educativa e integração nacional na 
América Latina, onde se realizaram avanços significativos em vários países, quanto à 
avaliação da qualidade na educação superior, e se desenvolveram processos de 
acreditação de caráter nacional e, também, em nível regional. 
Independente de país, os sistemas de avaliação do ensino superior devem 
considerar duas perspectivas: do exterior ao sistema universitário, em que se deve 
assegurar que a sociedade e em particular os estudantes conhecem a qualidade e a 
oferta dos programas académicos. No interior da instituição, a avaliação constitui um 
instrumento para observação dos pontos fortes e fracos e para impulsionar a 
estratégia a seguir para se atingirem maiores níveis de qualidade (NAUTA et al., 
2004). 
Os diversos países da América do Sul apresentam diferenças sobre a questão 
educacional e o ensino superior, em termos de avaliação e acreditação, sendo que 
para esse estudo, serão analisados os sistemas existentes no Brasil e na Argentina. 
De acordo com Hortale e Koifman (2007) 
 
 
 
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O sistema universitário argentino foi criado no século XVII, com orientação 
jesuítica e ênfase nas disciplinas humanistas. A partir do século XIX, 
introduziu-se o modelo francês de transmissão de conhecimento por meio do 
ensino teórico e erudito. O Brasil, por outro lado, foi um dos últimos países 
da América Latina a criar sua universidade e seu sistema de educação 
superior existe desde o século XIX. O modelo de formação é igualmente 
inspirado no modelo francês e a concepção de integração entre ensino e 
pesquisa só se materializa após a reforma universitária de 1968 (Morosini, 
1994), quando já estavam implantados os cursos de pós-graduação baseados 
no modelo americano. Na Argentina, é somente em 1992, quando foi 
promulgada a Lei Federal de Educação, que se faz referência ao conjunto do 
sistema educativo, incluída a pós-graduação, cujas instituições universitárias 
já ofereciam cursos desde o final da década de 1980 (Fernández Lamarra, 
2002).(HORTALE e KOIFMAN, 2007, p.122) 
 
 
 
Na Argentina, a educação superior é binária, composta de duas modalidades: a 
universitária, desenvolvida pelas universidades e institutos universitários e a não 
universitária, constituída pelos institutos superiores não universitários e os colégios 
universitários. As universidades e os institutos universitários concedem títulos de 
grau (licenciado, engenheiro, professor, advogado, médico, arquiteto, etc.) e de pós-
graduação (especialização, mestrado e doutorado). 
Até 1995, quando foi promulgada a Lei de Educação Superior no. 24.521/ 1995, 
não havia órgão de controle ou avaliação dos cursos de graduação e pós-graduação na 
Argentina. 
Somente em 1996, com a criação da Comissão Nacional de Avaliação e 
Acreditação Universitária (CONEAU) teve início um processo voltado para o 
estabelecimento de um sistema de avaliação e credenciamento dos cursos do ensino 
superior. 
A CONEAU, organismo estatal, iniciou suas atividades em 1996, operando de 
forma autônoma e desenvolvendo atividades de avaliação institucional externa em 
universidades nacionais e privadas, com uma multiplicidade de atribuições em 
matéria de avaliação e acreditação, dentre as quais, segundo Fernández Lamarra, 
(2004, 2005,2007) destacam-se: 
 a avaliação institucional externa em universidades nacionais e privadas; 
 o credenciamento institucional para reconhecimento provisório de novas 
universidades privadas e para o reconhecimento definitivo de instituições 
universitárias, com reconhecimento provisório; 
 a acreditação de programas de pós-graduação e de carreiras de graduação 
declaradas de “interesse público” (arquitetura, veterinária, agronomia, 
bioquímica, farmácia, engenharia, medicina e odontologia) 
 
 
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 a aprovação de projetos institucionais de novas universidades nacionais e 
provinciais; 
 a aprovação de entidades privadas de avaliação e acreditação. 
Os objetivos da CONEAU, como aponta Koifman (2004) são: realizar a 
avaliação institucional em todas as universidades; credenciar cursos de graduação e 
pós-graduação; emitir recomendações sobre projetos de novas universidades, e 
reconhecer instituições privadas. 
A CONEAU é o principal organismo de acreditação na Argentina, que funciona 
jurisdicionado ao Ministério de Cultura e Educação, com apoiode Comissões 
Assessoras e Comitês de Pares de Avaliadores. 
As atividades de acreditação promovidas e coordenadas por esse organismo se 
fundamentam nos processos de avaliação institucional realizadas pelas instituições 
interessadas, que: 
[ ] deve se realizar de forma permanente e participativa, enquanto um 
processo contínuo e com caráter construtivo que considera tanto os aspectos 
quantitativos e quanto os qualitativos, tem como objetivo melhorar a 
qualidade de uma instituição através de um interrogatório sobre os seus 
resultados e, especialmente, suas ações, identificando problemas e 
compreendendo-os em seu contexto. Para tanto, ela serve para interpretar, 
mudar e melhorar e não para normatizar, prescrever e muito menos como 
atividade punitiva. (OLIVEIRA, 2009, p.9) 
 
 
Além de gerar relatórios a necessários para a acreditação de escolas 
particulares, a avaliação ainda tem como objetivo recomendar ações de melhoria para 
as instituições de ensino superior. Para tanto, o sistema de avaliação deve propiciar: 
 
 a análise do relatório de Avaliação Institucional para constatação da 
articulação entre os objetivos e a missão das Instituições de Ensino 
Superior e o seu projeto institucional; 
 um estudo da capacidade da IES para cumprir os objetivos propostos; e 
 a identificação de pontos fortes e fracos nos setores pedagógicos e de 
gestão da instituição. (MENEGHEL et al, 2006, p.101) 
 
 
Conforme explicam Barreyro e Lagoria (2009), a CONEAU não cria as normas 
para a avaliação do ensino superior, mas aplica as aprovadas pelo Conselho de 
Universidades e pelo Ministério. As funções da CONEAU são: 
 
 Coordenar e realizar a avaliação externa que as instituições são 
obrigadas a fazer pelo menos a cada seis anos. 
 A acreditação dos cursos superiores, no caso dos títulos de profissões 
regulamentadas pelo Estado, cujo exercício poderia comprometer o 
 
 
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interesse público com risco à saúde, à segurança, aos direitos, aos bens 
ou à formação dos cidadãos; 
 Credenciar todos os cursos de pós-graduação, 
 Decidir sobre a consistência e viabilidade das novas universidades 
federais, criadas pelo Congresso, 
 Elaborar relatórios necessários para conceder autorização provisória e 
credenciamento definitivo das universidades privadas. (BARREYRO e 
LAGORIA, 2009, p.10). 
 
 
Além da avaliação externa realizada pela CONEAU, as instituições de ensino 
superior precisam realizar as suas próprias avaliações internas, muitas vezes sem que 
haja um padrão pré-estabelecido. 
A educação superior no Brasil, diferentemente da Argentina, é composta por 
cinco modalidades: 
a) cursos sequenciais, de formação específica, (que conferem diploma), ou de 
complementação de estudos, que oferecem certificado de conclusão; 
b) graduação, que compreende bacharelado e licenciatura. 
c) graduação tecnológica, confere grau de tecnólogo ao concluinte; 
d) pós-graduação, composta pelos níveis de especialização (pós-graduação lato 
sensu), mestrado e doutorado (pós-graduação stricto sensu); 
e) extensão, representada por cursos livres e abertos a candidatos que 
atendam aos requisitos determinados pelas instituições de ensino. 
Os cursos superiores são ministrados tanto por instituições públicas (criadas e 
mantidas pelo poder público nas três esferas - federal, estadual e municipal), quanto 
privadas (criadas e mantidas por pessoas jurídicas de direito privado, com ou sem 
fins lucrativos), sendo que essas instituições, em suas estruturas podem ser 
reconhecidas como universidades, centros universitários, faculdades, institutos 
superiores, escolas superiores e faculdades integradas. 
Antes da década de 1990, principalmente em meados da década de 1980, 
ocasião em que ocorreu a redemocratização do país, o processo de avaliação do 
ensino superior conduzido por algumas experiências de avaliação pontuais e pouco 
integrado, institucionalizou-se em duas vertentes no Ministério de Educação: 
avaliação institucional e qualidade dos cursos oferecidos. Mas foi a partir da década 
de 1990 que o tema da avaliação da Educação Superior adquiriu destaque no Brasil, 
em virtude do crescimento da oferta de cursos e das matrículas, afinal, 
 
 
 
 
 
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Em um cenário de neoliberalismo, despontou como recurso tanto para tentar 
assegurar a qualidade do ensino quanto para regular a explosão da expansão 
promovida pela via privada, em especial pelo incremento de instituições não 
universitárias (Faculdades Isoladas, Integradas e Centros Universitários) no 
interior do país. (TAVARES et al, 2011, p. 83) 
 
 
 
 
O Programa de Avaliação Institucional (PAIUB), instituído em 1993 pelo 
Ministério da Educação (MEC) para que as universidades criassem sistemas internos 
de avaliação tinha como objetivo servir a um processo contínuo de aperfeiçoamento 
do desempenho acadêmico e de prestação de contas da Universidade à sociedade, 
constituindo-se em uma ferramenta para o planejamento da gestão e do 
desenvolvimento da educação superior. Dessa forma, o PAIUB estabelece três fases 
centrais para o processo a ser desenvolvido em cada universidade: Avaliação Interna, 
Avaliação Externa e Reavaliação. 
Embora o PAIUB tenha tido uma duração bastante pequena, o programa 
conseguiu dar legitimidade à cultura da avaliação e promover mudanças visíveis na 
dinâmica universitária, principalmente após a década de 1990, quando, de acordo 
com Miceli (2005): 
A partir da Lei nº 9.131/1995 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional – Lei nº 9.394/1996 – foram progressivamente implementados 
novos mecanismos de avaliação: o Exame Nacional de Cursos (ENC), 
realizado por concluintes de cursos de graduação; o Questionário sobre 
condições socioeconômicas do aluno e suas opiniões sobre as condições de 
ensino do curso frequentado; a Análise das Condições de Ensino (ACE); a 
Avaliação das Condições de Oferta (ACO); e a Avaliação Institucional dos 
Centros Universitários. Seus resultados têm tido ampla divulgação na mídia 
impressa e televisiva, funcionando como instrumento de classificação das 
instituições de ensino superior e de estímulo à concorrência entre elas. Para 
dar sustentação e regulamentar esses instrumentos de avaliação, o MEC 
criou um amplo aparato normativo, e para operá-lo recorreu a comissões 
constituídas de especialistas das diversas áreas da comunidade acadêmica. 
(MICELI, 2005, p.16) 
 
 
Com o objetivo de assegurar o processo nacional de avaliação das instituições 
de educação superior, dos cursos de graduação e do desempenho acadêmico de seus 
estudantes, foi instituído pela Lei Federal nº 10.861, de 14 de abril de 2004, o 
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). 
O SINAES é acompanhado pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação 
Superior - CONAES-, como um órgão colegiado de coordenação e supervisão do 
SINAES, que tem como função estabelecer os parâmetros gerais e as diretrizes para a 
operacionalização do sistema de avaliação. Evidencia-se que a operacionalização do 
 
 
Veredas Favip ano 10 | volume 7 | número 2 | 2014 132 
Sistema está sob a responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas 
Educacionais Anísio Teixeira - Inep. 
Para promover a qualidade da educação superior, possibilitando o aumento 
permanente de sua eficácia institucional, o SINAES está apoiado nos seguintes 
princípios fundamentais: 
 a responsabilidade social com a qualidade da educação superior; 
 o reconhecimento da diversidade do sistema; 
 o respeitoà identidade, à missão e à história das instituições; 
 a globalidade institucional, pela utilização de um conjunto significativo de 
indicadores, considerados em sua relação orgânica; e 
 a continuidade do processo avaliativo como instrumento de política 
educacional para cada instituição e o sistema de educação superior em 
seu conjunto. (CONAES, 2004, p.13) 
 
Possuindo uma série de instrumentos complementares: autoavaliação, 
avaliação externa, Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), Avaliação 
dos cursos de graduação e instrumentos de informação (censo e cadastro), o SINAES 
é formado por três componentes principais: a avaliação das instituições, dos cursos e 
do desempenho dos estudantes. Assim, o SINAES avalia todos os aspectos que giram 
em torno desses três eixos: o ensino, a pesquisa, a extensão, a responsabilidade 
social, o desempenho dos alunos, a gestão da instituição, o corpo docente, as 
instalações e vários outros aspectos. 
A Avaliação Institucional interna e externa, proposta pelo SINAES deve ser 
integrada por diversos instrumentos complementares: 
 Autoavaliação – conduzida pela CPA (Comissão Própria de Avaliação); 
 Avaliação externa: feita por membros externos, pertencentes à 
comunidade acadêmica e científica; 
 Censo: instrumento independente que carrega importantes elementos de 
reflexão para a comunidade acadêmica, o Estado e a população em geral. 
 Cadastro: As informações do Cadastro das IES e seus respectivos cursos 
devem ser disponibilizadas para acesso público 
Já a Avaliação dos cursos estabelecida pelo SINAES, realizada por uma equipe 
multidisciplinar de especialistas para avaliar cursos de áreas afins, aos quais junta-se 
um avaliador institucional, considera em suas análises, três dimensões: a 
Organização Didático-Pedagógica, o Perfil do Corpo Docente e as Instalações físicas. 
Quanto à avaliação dos estudantes, o principal instrumento utilizado junto aos 
alunos chama-se Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – ENADE. 
 
 
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De acordo com a legislação vigente, no ENADE a avaliação do 
desenvolvimento de conhecimentos, habilidades, saberes e competências, ao 
longo da trajetória vivenciada em cada curso, subsidia-se nas Diretrizes 
Curriculares, nas oportunidades de articulação teoria e prática, e no modo 
como as competências foram-se construindo, em função das relações 
partilhadas e dos contextos vivenciados. (POLIDORI et al, 2006, p.432) 
 
 
Os resultados das avaliações possibilitam traçar um panorama da qualidade 
dos cursos e instituições de educação superior no País. Os processos avaliativos são 
coordenados e supervisionados pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação 
Superior (CONAES). A operacionalização é de responsabilidade do Inep – Instituto 
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. 
As informações obtidas com o SINAES são utilizadas pelas IES, para 
orientação da sua eficácia institucional e efetividade acadêmica e social; pelos órgãos 
governamentais, para orientar políticas públicas; e pelos estudantes, pais de alunos, 
instituições acadêmicas e públicas em geral, para orientar suas decisões quanto à 
realidade dos cursos e das instituições. 
A maioria dos processos de avaliação da qualidade da educação superior no 
Mercosul, operados a partir da década de 1990, foram motivados por normas 
governamentais como demonstrado no quadro resumo a seguir, que especifica a 
situação na Argentina e no Brasil. 
Quadro 1 – Normas e Organismos de Avaliação do Ensino Superior 
 PAÍS ARGENTINA BRASIL 
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Geral 1-Constituição Nacional/1994 
(consagra a autonomia 
universitária). 
2-Lei Federal de Educação Nº. 
24.195/1994.3-Lei de 
Educação Superior 
Nº.4.521/1995 
1-Constituição Federal/1988. 
2-Lei Nº. 9394/1996 (estabelece as 
diretrizes e bases da educação 
nacional). 
Específico 1-Lei de Educação Superior Nº. 
24.521/ 1995: regulamenta a 
educação superior 
universitária e não 
universitária; faculta ao Estado 
exercer as funções de controle 
da qualidade da educação 
universitária. 
2-Resolução Ministerial 
Nº.1717/2004. 
1-Lei Federal Nº. 10.861/ 2004: 
institui o Sinaes e cria a Conaes - 
Comissão nacional de Avaliação da 
Educação Superior, com função de 
coordenar e monitorar o Sinaes. 
2-Resolução Nº. 1263/ 64/ 65 de 
2004: regulamentam os processos 
de regulação, supervisão, 
credenciamento, autorização de 
funcionamento e reconhecimento da 
 
 
Veredas Favip ano 10 | volume 7 | número 2 | 2014 134 
educação superior). 
3-Portaria Ministerial Nº. 
1.027/2006, cria a CTAA - 
Comissão Técnica de 
Acompanhamento da Avaliação. 
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Denominação 1-CONEAU (Comissão 
Nacional de Avaliação 
Acreditação Universitária). 
2-Critérios de avaliação da 
educação à distância 
- SINAES (Sistema Nacional de 
Avaliação da Educação Superior). 
Funções 1-Avaliação institucional. 
2-Acreditação das carreiras de 
graduação. 
3-Acreditação das carreiras de 
pós-graduação. 
4-Autorização de 
funcionamento das instituições 
universitárias privadas, 
nacionais e provinciais 
1-Avaliação institucional. 
2- Credenciamento das carreiras de 
graduação. 
3-Exame do ingresso à educação 
superior 
Fonte: Adaptado de: Fernández Lamarra. Educación Superior y Calidad en América Latina y Argentina 
[Los Processos de Evaluación e Acreditación].Caseros: Universidad Nacional de Tres de Febrero, 2007. 
 
CONCLUSÃO 
 
Para a construção de sociedades mais justas, humanas e solidárias, e, ainda, 
para acompanhar as evoluções científicas e tecnológicas, o ensino superior precisa 
apresentar qualidade e assegurar a formação de pessoas capazes de atuar em 
diferentes áreas. Desta forma, a avaliação e acreditação do ensino superior, torna-se 
um fator essencial para o posicionamento e direcionamento de estratégias que 
permitam a construção de um futuro mais promissor para toda a sociedade por meio 
de um ensino de qualidade. 
Os cursos superiores têm por objetivo desenvolver plenamente o potencial dos 
estudantes a partir de suas habilidades, levando-os a adquirir as competências 
profissionais necessárias para atuar em um mundo em constante transformação, 
mas, para atingir esse objetivo, elementos como estrutura física da instituição de 
ensino, formação dos docentes, diretrizes e conteúdos adequados e um sistema de 
avaliação, precisam apresentar qualidade. 
 
 
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Pela pesquisa realizada para o desenvolvimento desse estudo foi possível 
reconhecer que os sistemas de ensino superior na atualidade encontram grandes 
desafios para atenderem às exigências sobre qualidade, adequação ao sistema 
produtivo, competitividade, bem como para garantirem uma credibilidade às 
instituições formadoras de especialistas e profissionais em suas mais diferentes áreas 
e, diante tal realidade o tema da avaliação se destaca por possibilitar que as 
demandas exigidas sejam atendidas, contribuindo ainda para o desenvolvimento 
sócio econômico. 
Um sistema eficiente de avaliação do ensino superior representa uma reflexão 
crítica sobre a prática educacional, capaz de identificar as dificuldades e necessidadesde mudanças e avanços que atendam tanto a demanda produtiva, quanto possibilite 
ainda, novas descobertas e práticas que contribuam para o desenvolvimento para 
todos os segmentos. 
Cada país adota seu próprio sistema de avaliação e acreditação para o ensino 
superior e, efetuando uma comparação entre os sistemas existentes no Brasil e na 
Argentina foi possível identificar que ambos os sistemas de educação superior 
utilizam avaliações externas de cursos e instituições, incluindo a autoavaliação 
institucional, sendo diferentes, no entanto, no tocante à avaliação e acreditação. 
Enquanto os sistemas de avaliação visam à melhoria acadêmica, os de 
acreditação buscam o controle e garantia da qualidade para certificação externa de 
programas ou instituições, sendo que no tocante a obrigatoriedade da acreditação, na 
Argentina ela é parcial, enquanto no Brasil ela é totalmente obrigatória. 
Enquanto a Argentina adota o instituto da acreditação de cursos, o Brasil adota 
a avaliação de cursos e o credenciamento de Instituições de Ensino Superior (IES), 
além disso, no Brasil, diferentemente da Argentina, existe uma avaliação sobre os 
estudantes. Trata-se de um exame aplicado aos alunos, de caráter obrigatório. 
Uma estratégia política, bastante significativa, adotada pelos países analisados, 
refere-se à criação de organismos específicos para a disseminação de práticas de 
avaliação e acreditação. O Brasil se destaca por possuir uma norma particular, que 
cria e regulamenta um sistema de asseguramento da qualidade da educação superior, 
caracterizando a avaliação desse nível de ensino como uma política de Estado e não 
de governo. 
A Comisión Nacional de Evaluación y Acreditación Universitaria CONEAU – 
sistema de avaliação e acreditação adotado pela Argentina acumulam funções que no 
 
 
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Brasil são exercidas por vários órgãos, como pela Fundação Coordenação de Apoio ao 
Pessoal de Nível Superior (CAPES) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas 
Educacionais Anísio Teixeira (INEP). 
Embora o sistema de avaliação da educação superior no Brasil tenha se 
constituído em política de Estado apenas a partir de 2004 com o SINAES, nove anos 
após a implantação da CONEAU na Argentina, o país acumula inegável experiência 
na avaliação das instituições com: a avaliação, em nível de pós-graduação, executada 
desde a década de 1960, pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de 
Nível Superior); o Programa de Avaliação institucional das Universidades Brasileiras 
(PAIUB), desenvolvido na década de 1990 e o Exame Nacional de Cursos- ENC 
(Provão), utilizado entre 1996 e 2003. 
Apesar da existência dos sistemas de avaliação do ensino superior, a constante 
análise sobre os resultados obtidos com a educação, bem como uma comparação com 
os sistemas de avaliação de outros países contribui para que se tenha uma visão sobre 
a qualidade do ensino oferecido e quais as eventuais deficiências ou problemas a 
serem corrigidos. 
Este trabalho mostrou os sistemas de avaliação do ensino superior existentes 
no Brasil e na Argentina com o intuito de identificar os pontos de igualdade e 
diferenças existentes, mas como esse assunto é bastante abrangente e tendo 
necessidade de reavaliações constantes ele possibilita a continuidade das discussões 
e estudos que levem ao aprimoramento contínuo do sistema de avaliação do ensino 
superior, contribuindo para a gestão educacional dessas instituições. 
 
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