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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE SAÚDE ÁREA DE MEDICINA Casos clínicos Epilepsia Prof. Eduardo Cardoso Caso 1 -‐ “Paulinho da praça” é um taxista de 30 anos. Sempre gozou de boa saúde e nem se lembra da última vez que precisou de médico. Apesar disso, Paulinho tem péssimos hábitos. Começa a trabalhar às 18h e só termina no inicio da tarde do dia seguinte. Normalmente ele não almoça, pois passa o resto do dia dormindo. Quando acorda, toma apenas um café bem forte e vai para o taxi. Por volta da meia noite encontra os amigos motoristas e aí sim faz uma refeição: 2 “X-‐tudo” e um churrasquinho no Quiosque da Tia Cráudia. Segundo ele, ainda pede para “caprichar” no alface , tomate e maionese, pois tem que comer um pouco de salada. Depois disso fez um descanso de meia hora e retorna o trabalho até de manhã. Sem praticar exercício físicos, ele já está pesando 100kg e a circunferência abdominal é proeminente. Sobre isto o taxista não se envergonha, ao contrário, volta e meia tira da cartola a seguinte perola: “essa história de barriga “tanquinho” é coisa de artista de novela. Isso aqui ( apontando para o próprio umbigo) é excesso de gostosura !... Hoje pela manha o taxista acordou com intensa fraqueza nos braços e pernas e dor muscular. A cama estava repleta de urina. Procurou o hospital de emergência mais próximo da sua casa onde foi atendido por Carlos, o interno de plantão. Ele refere que no momento, está com importante cefaleia. Carlos lembra-‐se da aula de cefaleias que assistiu semana passada e fica preocupado, pois a dor de cabeça de Paulo se associa a sinais de alarme. Logo ele solicita uma TC de crânio. 1. Qual a hipótese mais provável? Justifique 2. Justifique o quadro clinico apresentado. 3. Qual o tratamento? Caso 2 -‐ Sr. Jose Dirceu, 72 anos, aposentado, hipertenso e diabético. Estava passeando com sua esposa por um lindo parque, quando lhe surge uma ligeira demência na mão esquerda. De forma súbita, este sintoma se propagou para todo o membro superior esquerdo e foi acompanhando de perda de consciência, movimentos tônico-‐clônico generalizados, liberação esfincteriana e sialorreia. A perda de consciência e os movimentos involuntários duram aproximadamente um minuto. Quando passaram, Sr. José Dirceu apresentava sonolência e confusão mental. A equipe de resgate do corpo de bombeiros o levou para o Hospital mais próximo. 1. Como classificar os sintomas apresentados pelo paciente? 2. Qual é a provável etiologia para o quadro apresentado? 3. Quais exames solicitar? 4. Como evitar novas crises? Caso 3. Edvaldson, um porteiro de 25 anos, acorda com uma sonora bofetada em seu rosto. Enquanto seu ouvido zunia, tentava tomar pé da situação. O sol estava a pino, o ritmo era de pagode e o cheiro de churrasco. Ele estava sentado em uma cadeira de “prástico” , esperado seu dizimo de carne em um prato de “prástico” e tomando um guaraná Dolly diet. O local? A laje do Zé, conhecido ponto de encontro dominical da região. O zumbido ainda não tinha passado, mas já dava para distinguir melhor os gritos de Osama Bin Laden ( apelido de Dona Francisca), autora do referido golpe. O que houve dona Osama? Por que me bateu? – Deixa de ser cínico seu Edvaldson, o senhor está há 2 minutos fulminando as pernas da minha filha!!! O senhor não tem vergonha?? Não vê que ela tem 15 anos??? E ainda fica mastigando e esfregando as mãos sem parar? Que mundo é este? Foi ai que Edvaldson notou, pela primeira vez, o belo par de pernas da menina... Mas não era a primeira vez que o porteiro apresentava uma crise de “desconexão com o mundo”. Na verdade, esse evento te ocorrido nos últimos 5 anos com a frequência media de 11 episódios por mês, todos com duração aproximada de dois minutos. Em diversas ocasiões, estes episódios de “ausência” foram seguidos por crises convulsivas tônico-‐clônicas generalizadas. Edvaldson já procurou atendimento médico e faz uso, todos os dias, de fenobarbital ( 200mg). Tanto os exames laboratoriais quanto a tomografia computadorizada de crânio do porteiro não revelam anormalidades. Na anamneses, Edvaldosn relata cinco episódios de convulsão na infância e uma tia com epilepsia que não sabe descrever o tipo. 1. Qual a síndrome epiléptica apresentada? 2. Qual a provável etiologia para o quadro apresentado? 3. Quais exames solicitar? 4. Como evitar novas crises? Caso 4. Rodisney, 8 anos, sempre foi muito elogiado pelas professoras da escola por ser atento e participativo. Porem, nas ultimas reuniões de pais, as queixas são frequentes. Os professores dizem que elenão é mais o mesmo e que aprece não parece prestar atenção em nada durante as aulas. As notas estão caindo e seu desinteresse pelas matérias só aumenta. No futebol, as coisas também não andam bem... Rodisney, que era quase um craque, parece perdido no campo e os amigos não querem mais sua presença no time... Seria o fim dele! Sua mãe entretanto, sempre muito confiante, decidiu observa-‐lo melhor para descobrir o que que está acontecendo. Após alguns dias de vigilância intensa, decidiu levar seu filho ao médico e contou a seguinte história: ele apresenta episódios estranhos, com olhar fixo e parece “desligar do mundo” por 5 segundos, cerca de 30 vezes por dia. O neurologista, formado ha 60 anos, prescreveu carbamazepina 400mg/dia. Os exames laboratoriais, tomografia computadorizada e a ressonância de crânio eram normais. O tratamento , porem não resolveu e as crises continuaram acontecendo... 1-‐ Qual é a síndrome epiléptica apresentada pelo paciente? 2-‐ Cite três fatores desencadeantes para a crises: 3-‐ Quais exames solicitar? 4-‐ Como evitar novas crises?
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