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DIREITOS REAIS

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DIREITOS REAIS	
Art. 1225 CC - São direitos reais:
I. a propriedade
II. a superfície
III. as servidões
IV. o usufruto
V. o uso
VI. a habitação (etc..)
O direito das coisas, também denominado direitos reais, consiste em um conjunto de normas, predominantemente obrigatórias, que tendem a regular o direito atribuído à pessoa sobre bens corpóreos, móveis ou imóveis de conteúdo econômico. A eficácia do direito exercido é em face de todos (‘erga omnes’), assim, é um direito absoluto, e independe da intermediação de outrem. Os direitos reais surgem por imposição legislativa.
O indivíduo pode recuperar a coisa quando esteja, ilegitimamente, em mãos alheias.
‘numerus clausulus’ = o direito real é típico e taxativo, ou seja, é aquele que se insere em um modelo definido pelo legislador (o legislador cria direitos reais). ≠ ‘numerus apertus’, que são os direitos obrigacionais, onde as partes, facultativamente, se valem de contratos disciplinados na lei (contratos nominados) ou não (contratos inominados).
Classificação dos direitos reais
a) ‘jus in re propria’ = direito sobre a coisa própria, que se resume na propriedade
b) ‘jus in re aliena’ = direito real sobre a coisa alheia
Bens incorpóreos, por exceção, podem estar sujeitos ao direito real (ex: usufruto de títulos de crédito → O credor, titular de um crédito, faculta um terceiro, usufrutuário do crédito, a perceber os frutos e a obrar as respectivas dívidas). Contudo, essa situação aparta-se das prerrogativas próprias dos direitos reais, pois estes pressupõem sempre a existência atual da coisa e crédito (existência conceitual e não material). A maioria dos autores admite poder ser objeto de direito real tanto coisas corpóreas como incorpóreas.
O direito real mais completo é o direito de propriedade; todos os outros são decorrência dele. Os direitos reais sobre coisa alheia importam numa restrição infligida ao proprietário, quanto a uso e disposição de um bem que lhe pertence. → Ex: aquele que tiver como segurança do pagamento de uma dívida o valor de um bem imóvel (hipoteca) exercerá direito real sobre coisa alheia, de propriedade do devedor que tenha oferecido a coisa em garantia.
Por fim, há a preponderância do bem coletivo em detrimento do individual (fenômeno moderno).
Diferença entre o direito real e pessoal:
Direito Pessoal
Os sujeitos (passivo e ativo) são, em regra, definidos no momento em que se constitui a obrigação (ex: comodato)
Tem por objeto uma prestação, que pode ser positiva (obrigações de dar ou fazer) ou negativa (obrigações de não fazer).
Há a necessidade da intermediação de um sujeito.
As normas reguladoras do direito obrigacional facultam às partem certa liberdade para regulamentar seus interesses.
Predominam normas dispositivas.
Direitos obrigacionais não admitem usucapião.
Os direitos obrigacionais são transitórios ou temporários. Nascem para serem extintos.
O não exercício do direito obrigacional, em tempo oportuno, provoca o seu perecimento.
Eficácia relativa.
Direito Real
A identificação do passivo só se dá no momento da violação do direito, oportunidade em que o sujeito passivo indeterminado se torna determinável (há uma obrigação passiva universal)
Tem por objeto um ou mais bens materiais determinados, móveis ou imóveis.
É exercido independentemente da colaboração de outra pessoa.
As normas são obrigatórias, ou seja, não admitem a interferência da vontade individual.
Predominam normas cogentes.
Somente não admitem usucapião quando sobre coisa alheia (ex: hipoteca), os demais podem ser usucapidos (pode ser exercida a posse).
Tem sua duração no tempo indefinida (salvo no caso de propriedade resolúvel).
A não utilização da propriedade, em regra, não implica sua perda. Por isso, a ação reivindicatória é imprescritível.
Eficácia contra todos.
Obrigação com eficácia real: na sua essência, é obrigação, mas seus efeitos adquirem contornos de direito real.
Obrigação ‘propter rem’: tem-se de início uma relação de direito real e, em função dela, surge um vínculo obrigacional. É uma situação intermediária entre direito real e pessoal. Esta obrigação se transmite com a coisa, independentemente da vontade do adquirente.
Ex: obrigações que decorrem do direito de vizinhança, como a necessidade de demarcar a propriedade de imóveis lindeiros.
Ex 2: construção de muro pelos proprietários confinantes. Ambos têm obrigação de construí-lo, arcando com as respectivas despesas, por ser essa obra divisória uma típica prestação propter rem.
Significado da Hipoteca
Hipoteca é o direito dado ao credor de receber um bem imóvel (ou de difícil mobilidade) como garantia do pagamento de uma dívida por parte do devedor.
Por norma, as hipotecas são feitas sobre bens imóveis (casas, apartamentos e terrenos), mas em alguns casos também é possível hipotecar bens de difícil mobilidade, como navios e aviões, por exemplo.
Na hipoteca, o direito dado ao credor é sobre o valor do bem hipotecado e não sobre a sua substância. Por este motivo, nos casos de hipoteca, o imóvel permanece sob a posse do devedor, podendo ele usufruir normalmente deste bem.
A liberação da hipoteca ocorre quando o devedor sana a sua dívida com o hipotecário, caso contrário o imóvel é colocado à venda e o valor obtido é entregue ao credor como pagamento.
Tipos de hipotecas
Existem diferentes tipos de hipoteca, de acordo com a lei prevista no direito civil. A lei brasileira considera válidos três tipos de hipotecas: a convencional, a legal e a judicial (ou jurídica).
Hipoteca convencional: neste caso, o devedor é quem solicita a hipoteca do imóvel. Este modelo é comum quando um indivíduo deseja solicitar um empréstimo junto a um fornecedor de crédito e disponibiliza o seu imóvel como garantia do pagamento total da dívida.
Hipoteca legal: está prevista no artigo 1.489 do Código Civil Brasileiro de 2002. Este é um modelo especial da hipoteca, concedido para garantir o benefício de credores específicos, como: a Fazenda Pública, aos filhos (como determinado no artigo 1.523, inciso I, do Código Penal), ao tutelado, entre outros.
Art. 1.489. A lei confere hipoteca:
I - às pessoas de direito público interno (art. 41) sobre os imóveis pertencentes aos encarregados da cobrança, guarda ou administração dos respectivos fundos e rendas;
II - aos filhos, sobre os imóveis do pai ou da mãe que passar a outras núpcias, antes de fazer o inventário do casal anterior;
III - ao ofendido, ou aos seus herdeiros, sobre os imóveis do delinqüente, para satisfação do dano causado pelo delito e pagamento das despesas judiciais;
IV - ao co-herdeiro, para garantia do seu quinhão ou torna da partilha, sobre o imóvel adjudicado ao herdeiro reponente;
V - ao credor sobre o imóvel arrematado, para garantia do pagamento do restante do preço da arrematação.
Hipoteca jurídica: é o resultado de uma sentença condenatória, onde o devedor (acusado) deverá submeter determinado imóvel de seu domínio a hipoteca, como alternativa de pagamento de uma dívida.
Hipoteca e Alienação Fiduciária
A principal diferença entre esses dois modelos de garantia de propriedades consiste no seguinte fato: na hipoteca, o devedor continua usufruindo do bem hipotecado, sendo que o valor do imóvel que fica sob a posse do credor. Caso o devedor não cumpra com o pagamento da dívida no prazo determinado, o bem hipotecado é vendido e o valor correspondendo a dívida é entregue ao credor.
Já na Alienação Fiduciária (modelo este mais comum no Brasil), o bem (móvel ou imóvel) é transferido para o credor como pagamento da dívida do devedor, a partir de um acordo firmado previamente entre ambas as partes.
Servidão no Direito Civil
Conceito
É um direito real, voluntariamente imposto a um prédio (serviente) em favor de outro (dominante), em virtude do qual o proprietário do primeiro perde o exercício de seus direitos dominiais sobre o seu prédio, ou tolera que dele se utilize o proprietário do segundo, tornando este mais útil.
Sinteticamente, poder-se-ia definir servidões prediais como sendo os direitos  reaisde gozo sobre imóveis que, em virtude de lei ou vontade das partes, se impõem sobre o prédio serviente em benefício do dominante.
Daí a necessidade dos seguintes requisitos para que a servidão predial se configure:
Existência de um encargo que pode consistir numa obrigação de tolerar certo ato ou de não praticar algo por parte do possuidor do prédio serviente, porém tal ônus é imposto ao prédio e não à sua pessoa;
Incidência num prédio em benefício de outro;
A propriedade desses prédios deve ser de pessoas diversas;
Não se deve confundir servidões com direito de vizinhança, nem com usufruto, os quais são institutos distintos.
Finalidade
As servidões prediais têm por objetivo precípuo proporcionar uma valorização do prédio dominante, tornando-o mais útil, agradável ou cômodo. Implica, por outro lado, uma desvalorização econômica do prédio serviente, levando-se em consideração que as servidões prediais são perpétuas, acompanhando sempre os imóveis quando transferidos. Por isso, são esses direitos designados “servidões”, uma vez que a coisa onerada “serve”, ou melhor, presta uma utilidade ou vantagem real e constante ao prédio dominante.
CONDOMÍNIO EDILÍCIO
A expressão "condomínio edilício" é utilizada no Código Civil Brasileiro para referir-se a condomínios verticais (prédios, os chamados "condomínios de edifícios"), quanto para condomínios horizontais (também conhecidos como "condomínios residenciais").
O condomínio edilício (artigos 1.331 a 1.358 do Código Civil) se diferencia do condomínio comum (artigos 1.314 a 1.330 do Código Civil), pois naqueles há partes comuns e partes exclusivas, ao passo que o condomínio comum existem multiproprietários onde todos detêm a propriedade em comum, sem individualizações.
Desta forma, no condomínio edilício pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum dos condôminos.
As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio.
Sendo direito real, a servidão adere à coisa, apresentando-se como um ônus que acompanha o prédio serviente em favor do dominante. Logo, a servidão serve à coisa e não ao dono, restringindo a liberdade natural da coisa (art 1.378 – CC), por isso é um direito real, ao passo que a obrigação restringe a liberdade natural da pessoa.
Princípios Fundamentais
Com base na definição de servidão predial, poder-se-á extrair seus princípios fundamentais, que decorrem não só de seus caracteres como também das normas jurídicas que a regem.
São eles:
É, em regra, uma relação entre prédios, embora a contigüidade entre os prédios dominante e serviente não seja essencial, pois, apesar de não serem vizinhos, um imóvel pode ter servidão sobre outro, desde que se utilize daquele de alguma maneira.
A servidão não pode recair sobre prédio do próprio titular, logo não há servidão sobre a própria coisa, isto porque a existência da servidão implica circunstância de que os imóveis (dominante e serviente) pertençam a donos diversos.
A servidão serve a coisa e não ao dono, por esse razão distingue-se da obrigação, uma vez que o titular do domínio do imóvel serviente não se obriga à prestação de um fato positivo ou negativo, mas apenas assume o encargo de tolerar certas limitações de seus direitos dominiais em beneficio do prédio dominante, tendo o dever de não se opor a que este último desfrute das vantagens que lhe são outorgadas pela servidão.
Não se pode de uma servidão constituir outra, logo o titular do domínio do imóvel dominante não tem o direito de ampliar a servidão a outros prédios.
A servidão, uma vez constituída em benefício de um prédio, é inalienável, não podendo ser transferida total ou parcialmente, nem sequer cedida ou gravada com uma nova servidão.
A servidão deve ser constituída de modo expresso pelos proprietários, ou por testamento, e registrada no Cartório de Imóveis.
Natureza Jurídica
É a servidão predial um direito real (art 1.225, III – CC) de gozo ou fruição sobre imóvel alheio, de caráter acessório, perpétuo, indivisível e inalienável.
Um condomínio edilício é um espaço que une ambientes privados e ambientes de uso conjunto. Ou seja, cada proprietário é dono da sua parte individual, mas também é dono de uma fração das áreas em comum. 
Portaria, piscina, jardins e salões de festa são considerados áreas em comum, assim como a rede elétrica, de esgoto, de refrigeração e telhado.
Direito Civil - Classificação da Posse
CLASSIFICACAO DA POSSE
POSSE DIRETA E INDIRETA
a. Direta – exercida por quem possui a coisa materialmente, poder físico imediato. Prof. Flávia: Capacidade de usar e gozar, derivada: constituída de imediato, temporária: período certo e determinado.
b. Indireta – exercida por meio de outra pessoa, havendo exercício de direito, decorrente da propriedade.
Capacidade de dispor e reaver, originária e indeterminada;
A divisão da posse em direta e indireta encontra-se definida com melhor técnica no art. 1.197 do CC.
“A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto”.
Art. 1.201. É de boa Fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o Obstáculo que impede a aquisição da coisa.
Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção.
 
CLASSIFICAÇÕES DA POSSE 
Danilo D. Oyan 
JUS POSSIDENDI = direito à posse que resulta do direito de propriedade. O possuidor tem a posse e 
também é proprietário. O titular pode perder a posse e nem por isso deixará de ser o proprietário. 
JUS POSSESSIONIS = direito de posse que resulta da posse exclusivamente. Decorre do fato da 
posse. O possuidor nesse caso não é o proprietário. 
ESBULHO = ato que importa na impossibilidade do exercício da posse pelo possuidor. O possuidor 
fica injustamente privado da posse. Para recuperar a posse a ação é de REINTEGRAÇÃO DE POSSE. 
TURBAÇÃO = ato que dificulta o exercício da posse, porém não o suprime; ato que embaraça o 
Exercício da posse. O possuidor permanece na posse da coisa, ficando apenas cerceado em seu exercício. 
Para ser mantida na posse a ação é de MANUTENÇÃO DE POSSE. 
POSSE - O CC não define a posse. Dá , porém, o conceito de possuidor de acordo com o art. 1.196: 
“Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes. 
Inerentes à propriedade”. 
A CLASSIFICAÇÃO DA POSSE: 
4.1. POSSE DIRETA E INDIRETA (art. 1.197 do CC). 
DIRETA: possuidor direito é aquele que detém materialmente a coisa. Indireta: o proprietário, aquele que concedeu ao primeiro o direito de possuir. Ex.: locação: o inquilino ou locatário por força do contrato tem a posse direta; o proprietário ou o locador a indireta. Comodato: o comodatário tem a posse direta e o comodante a posse indireta. 
Característica da posse direta: caráter TEMPORÁRIO (baseia-se numa relação transitória de direito). 
O possuidor direto pode propor ação possessória contra o possuidor indireto. Ex.: o locador que tenta reapoderar da coisa locada, contra a vontade do locatário 
POSSUIDOR INDIRETO também desfruta da proteção possessória para a defesa da posse direta. Ex.: o locador pode defender-se contra turbações de terceiros, mas não contra o próprio locatário. 
PROPRIETÁRIO: De regra, os poderes da propriedade estão reunidos em uma só pessoa. O titular, isto é o proprietário, é ao mesmo tempo o detentor do domínio e seu possuidor. Mas, esses poderes podem estar distribuídosentre outras pessoas, conforme art. 1.197 do CC: RELAÇÃO ENTRE DIRETA E INDIRETA: “ A posse DIRETA, de pessoa que tem a coisa em seu poder temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, NÃO ANULA a INDIRETA, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto”. O Direito Civil moderno distingue a posse, quanto ao seu exercício, em direta e indireta. Diz-se indireta a posse quando o seu titular, afastando de si por sua própria vontade a detenção da coisa, continua a exercê-la imediatamente após haver transferido a outrem a posse direta. Há um desdobramento da relação possessória. O Código Civil em seu artigo 486 nos mostra que o usufrutuário, o depositário, o credor pignoratício, o locatário e o comodatário são possuidores diretos, pois todos detêm a coisa que lhes foi transferida pelo dono, mas este, ao transferir a coisa, conservou a posse indireta, por força de seu direito dominial. 
Usucapião de bem móvel 
A usucapião é modo originário de aquisição de bem móvel, dando juridicidade a 
Situações fáticas que se alongam com o tempo. Haverá usucapião ordinária de bem móvel quando alguém o possuir como seu, ininterruptamente e sem oposição, durante três anos. Todavia, não bastará à posse. Esta, além de ser contínua e pacífica, deverá ser exercida com animus domini, baseado em justo título e boa-fé. Ter-se-á usucapião extraordinária de bem móvel quando houver posse ininterrupta e pacífica, pelo decurso do prazo de cinco anos, sem que tenha de provar justo titulo e boa-fé. 
O possuidor do bem móvel poderá, para obter o reconhecimento da usucapião, unir a sua posse a de seu antecessor, desde que ambas sejam continuas e
pacíficas. Aplicam-se também a usucapião de móveis as causas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição. Res habilis, é necessário considerar se o bem cuja propriedade o possuidor pretende adquirir é suscetível de prescrição aquisitiva. 
O registro tem papel fundamental pois, através dele chega a conhecimento público da 
relação jurídica estabelecida. 
Usucapião de bem imóvel A usucapião pode recair tanto sobre bens móveis quanto sobre imóveis, sendo a usucapião sobre bens imóveis ficará discriminado em três espécies: extraordinário, ordinário e especial (rural e urbana). Forma de aquisição d e propriedade móvel ou imóvel pela posse prolongada e ininterrupta, durante o prazo legal estabelecido para a prescrição aquisitiva, suas espécies, requisitos necessários e causas impeditivas. Usucapião extraordinária, prevista no artigo 1.238 do Código Civil, tem como requisitos a posse ininterrupta de 15 (quinze) anos, exercida de forma
mansa e pacífica com ânimo de dono, que poderás er reduzida para 10 (dez) anos nos casos em que o possuidor estabelecer no imóvel a sua moradia habitual ou nele tiver realizado obras e serviços de caráter produtivo. A usucapião ordinária está prevista no artigo 1.242 do mesmo diploma legal e t em como requisitos a posse contínua, exercida d e forma mansa e pacífica pelo prazo de 10 (dez) anos, o justo título e a boa fé, reduzindo esse prazo pela metade no caso de o imóvel "ter sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante em cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico", nos termos do artigo 1.242, parágrafo único do CC.

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