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AULA 9

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AULA 9 
ESP (ENGLISH FOR SPECIFIC PURPOSES) E A HABILIDADE DE LEITURA EM LÍNGUA ESTRANGEIRA 
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Conceituar ESP (English for Specific Purposes), o inglês para fins ou propósitos específicos;
2. conhecer o contexto histórico do surgimento do ESP (English for Specific Purposes);
3. definir o que é o processo de leitura e os diversos gêneros textuais existentes.
Introdução
Em tempos de forte globalização, com as fronteiras cada vez mais diluídas tanto no aspecto comercial, cultural, cibernético/ tecnológico quanto no interpessoal, é necessário utilizar uma língua franca para se comunicar. Cumpre ao inglês esta função, por ser o idioma mais compartilhado por quase todos os povos do mundo. Sendo assim, a língua inglesa tem posição de destaque na vida profissional, acadêmica e pessoal dos indivíduos.
“A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. 
Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. 
A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre texto e contexto.”
(FREIRE, 1982)
“ESP should be seen as an approach not as a product. ESP is not a particular kind of language or methodology, nor does it consist of a particular type of teaching material. Understood properly, it is an approach to language learning, which is based on learner need.”
(HUTCHINSON & WATERS, 1987, p.19)
O que é o English for Specific Purposes (ESP) e em que ele difere do English as a Second Language (ESL)?
A diferença fundamental está no público-alvo de aprendizes e na finalidade do aprendizado da LE de que esse público necessita. 
 
Via de regra, o ESP, o inglês para fins ou propósitos específicos, concentra-se mais na linguagem contextualizada do que no ensino de estruturas e regras gramaticais de uma língua. Além disso, está atrelado à realidade e/ou a expectativas específicas dos alunos, daí a terminologia “fins/propósitos específicos”: sejam tais fins/propósitos acadêmicos, profissionais ou inerentes a uma determinada área do saber. 
Já o ESL, também conhecido como General English, trabalha as quatro habilidades linguísticas de forma equilibrada: leitura, escrita, compreensão e produção oral. Sendo assim, o material didático utilizado difere em ambas as abordagens, por se tratarem de enfoques distintos no ensino de LE.
O ESP tem os seguintes princípios norteadores:
• análise de necessidades dos aprendizes;
• objetivos claramente definidos;
• conteúdo específico.
O ESP pode trabalhar qualquer uma das habilidades linguísticas, dependendo do enfoque requisitado: o desenvolvimento de produção oral para taxistas e maleteiros de hotéis durante a Copa do Mundo no Brasil em 2014 ou um curso direcionado especialmente a guias turísticos ou o desenvolvimento de compreensão oral para telefonistas e atendentes de telemarketing, por exemplo. 
Entretanto, a nomenclatura ESP confunde-se com a de inglês instrumental, cujo objetivo principal é capacitar o aprendiz a ler e a compreender textos acadêmicos em inglês, usando estratégias e técnicas de leitura específicas dentro de um esquema de atividades de caráter autônomo. Na realidade, o inglês instrumental foca no desenvolvimento da estratégia linguística de leitura em inglês. A fim de facilitar a compreensão de nosso estudo e já pelo uso consagrado da expressão, vamos nos referir ao ESP como inglês instrumental.
Vejamos a definição de inglês instrumental proposta por Dudley-Evans & St. John (1998) de acordo com as seguintes características:
Absolute Characteristics
• ESP is designed to meet specific needs of the learner;
• ESP makes use of the underlying methodology and activities of the disciplines it serves;
• ESP is centered on the language (grammar, lexis, register), skills, discourse and genres appropriate to these activities.
Variable Characteristics
• ESP may be related to or designed for specific disciplines;
• ESP may use, in specific teaching situations, a different methodology from that of general English;
• ESP is likely to be designed for adult learners, either at a tertiary level institution or in a professional work situation. It could, however, be used for learners at secondary school level;
• ESP is generally designed for intermediate or advanced students;
• Most ESP courses assume basic knowledge of the language system, but it can be used with beginners.
Por muito tempo, acreditou-se que o ensino de inglês instrumental pressupunha um público-alvo de adultos, já letrados e com demandas profissionais e/ou acadêmicas em particular. 
Contudo, isso não é uma verdade absoluta. O inglês instrumental tem sido uma alternativa nas escolas públicas brasileiras não só como uma possibilidade de ensino de LE, mas igualmente como um subsídio ao aprendizado da língua materna (a língua portuguesa), uma vez que ativa nos alunos conhecimentos prévios da primeira língua e também de mundo. 
A definição que acabamos de ver, de Dudley-Evans & St. John, corrobora essa aplicação do inglês instrumental às camadas escolares de ensino fundamental e médio e não somente ao ensino superior.
O Inglês Instrumental no Brasil e no Mundo
O inglês instrumental sempre existiu e surgiu de maneira informal. Na antiguidade, por exemplo nos impérios, a língua era usada com o fim específico de estabelecer as relações entre dominante e dominado.
Bloor (1997) cita um manual de 1415 destinado aos mercadores de lã ou produtos agrícolas o qual apresentava muitas palavras técnicas da área da indústria de lã, o que nos remete a um “curso de inglês para negócios” dos dias de hoje.
Outra publicação de teor parecido surgiu na Inglaterra por volta de 1480 e trazia em sua introdução: “Who with this book shall learn may well entreprise or take in hand merchandise from one land to another.” Com isso, podemos ver que em tal publicação havia a preocupação com as necessidades do negociante que viajava e o inglês que seria utilizado.
No mundo moderno, o inglês instrumental se fortaleceu devido ao aparecimento de diversas correntes. A primeira foi denominada “Mundo Novo”. Após a Segunda Guerra Mundial (1945), os EUA viveram uma grande expansão científica, tecnológica e econômica em nível internacional. A tecnologia e o comércio dominavam o mundo, o que gerou a necessidade de se padronizar uma língua internacional. Assim, o inglês passou a ser a língua universal, a chave de circulação internacional tanto na área tecnológica quanto na comercial. A língua inglesa alçou o status do novo latim: o de língua franca.
A segunda corrente foi a da Revolução Linguística. Os linguistas passaram a enfocar a língua usada na comunicação real, e o número de estudos sobre a leitura e seus múltiplos aspectos cresceu principalmente após o desenvolvimento da análise do discurso.
Contudo, foi nos anos 1960 que o ESP se estabeleceu como atividade vital na área de ensino de inglês como L2, mais especificamente em 1962, com a publicação do artigo “Some measurable characteristics of modern scientific prose”, de C. L. Barber. Nesse período, foram publicados os primeiros livros de inglês instrumental e, a partir de então, muitos cursos surgiram pelo mundo. Órgãos como o Conselho Britânico e outros ligados a países de língua inglesa financiaram vários projetos que tinham como objetivo a consolidação do inglês instrumental como um curso imprescindível para atender a interesses comunicativos específicos.
O projeto de ESP surgiu no Brasil devido a uma necessidade das universidades brasileiras no final da década de 1970. Com o desenvolvimento das ciências e da tecnologia, aumentaram a necessidade de atualização constante de informações relacionadas a essas áreas e as dificuldades das traduções de publicações em tempo hábil. Muitos departamentos de inglês nas universidades brasileiras passaram a ser requisitados para ministrar cursos de inglês especializados nas áreas de ciênciase tecnologia. No entanto, esses departamentos encontravam-se despreparados para ministrar tais cursos, pois não havia professores treinados nem material didático específico para ser trabalhado em sala de aula.
Essas dificuldades foram levadas à coordenadora do Programa de Mestrado em Linguística Aplicada da PUC na época, profª Antonieta Celani, que começou a planejar o desenvolvimento do projeto em nível nacional. Com o apoio do Conselho Britânico, do Ministério da Educação e de linguistas ingleses e americanos, e sob a coordenação de Celani, foram realizadas várias pesquisas para se estabelecer as necessidades do projeto de ESP. Os resultados demonstraram que o projeto deveria basear-se no treinamento dos professores, na produção de material e na fundação de um centro de recursos em âmbito nacional. Hoje o CEPRIL – Centro de Pesquisas, Recursos e Informação em Leitura – coordena o elemento de pesquisa do projeto.
Desde então, o inglês instrumental foi incluído no currículo da maioria dos cursos universitários, priorizando a habilidade de leitura no processo de aprendizagem através das estratégias de leitura para capacitar alunos de diferentes cursos a ler e entender textos acadêmicos referentes à sua área de atuação.
Para além do âmbito universitário, o projeto ESP vem sendo desenvolvido também em escolas técnicas, em cursos preparatórios para vestibular, de concursos públicos, em algumas escolas de ensino fundamental e médio (em especial as públicas) e também em cursos preparatórios para candidatos à seleção dos cursos de mestrado e doutorado no Brasil.
(Adaptado de: http://www.helb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=103 les-instrumental&catid=1080:ano-2-no-02-12008&Itemid=11)
Os prazeres da leitura são múltiplos. Lemos para saber, para compreender, para refletir.
Lemos também pela beleza da linguagem, para nossa emoção, para nossa perturbação.
Lemos para compartilhar. Lemos para sonhar e para aprender a sonhar.
(José Morais, professor e pesquisador português, em A arte de ler)
No princípio da história da humanidade, havia a linguagem pictórica (gravuras rupestres, hieróglifos, escrita cuneiforme, ideogramas etc.) (...) Depois, o homem desenvolveu a escrita (...) E, com ela, tornamo-nos leitores!
 
É através do ato de ler que o homem interage com outros por meio da palavra escrita. 
O leitor é um ser ativo que dá sentido ao texto, e a palavra escrita assume significados a partir da ação do leitor sobre ela. O ato de ler não é uma atividade passiva.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs, 2001, p. 53), a leitura:
 
É um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção de significado do texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a língua: características do gênero, do portador, do sistema de escrita, etc.
[...]
Não se trata simplesmente de extrair informações da escrita, decodificando-a letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica, necessariamente, compreensão na qual os sentidos começam a ser construídos antes da leitura propriamente dita.
Com base nisso, podemos perceber que a leitura é um ato social. Além disso, leitura é produção de conhecimento e, a todo instante, deparamo-nos com ela, em especial na vida acadêmica e profissional.
Entretanto, muitas são as teorias a respeito da leitura e de como o processo de ler se dá.
 
Há o modelo de processamento ascendente (bottom-up) e descendente (top-down). 
As formas de processamento ascendente partem do texto para o leitor e envolvem estratégias que começam pela verificação de um elemento escrito qualquer para, então, ativar os conhecimentos anteriores do sujeito, enquanto que o processamento descendente parte do leitor para o texto e constitui-se de estratégias que vão de conhecimentos anteriores à leitura do texto para o nível da decodificação das palavras.
Existe ainda o modelo de leitura interativo que utiliza ambas as estratégias e confere proficiência ao leitor, na medida em que este leitor sabe escolher a estratégia mais adequada de acordo com as tarefas, necessidades ou com o momento de leitura que seja apresentado a ele.
 
Portanto, a leitura não é um ato mecânico, de mera decodificação do código linguístico. O sentido do texto é captado pelo leitor mediante a interação dele com o material linguístico (através de predições, previsões, formulação de hipóteses, conhecimento prévio e expectativas em relação ao texto), além das “pistas” que o autor deixa no texto, por meio de marcas linguísticas ou disposição gráfica do suporte utilizado para o texto (página de livro, página de site, panfleto etc.). 
Sendo assim, o leitor (re)constrói significados a partir do input linguístico, de seu conhecimento de mundo e da percepção das intenções do autor do texto. A leitura é negociação e interação entre autor e leitor.
Por fim, há de se ressaltar o contexto sociocultural no ato de ler: o espaço social do leitor é imprescindível e determinante para a (re)construção de sentidos do texto, porque a leitura envolve a ativação de todo um sistema de valores, crenças e atitudes que refletem o grupo social em que o leitor foi criado.
 
Encerramos nossas reflexões sobre leitura, destacando sua importância na formação de cidadãos conscientes e de leitores críticos em uma sociedade:
 
“Um leitor competente é alguém que, por iniciativa própria, é capaz de selecionar, dentre os textos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a uma necessidade sua, que consegue utilizar estratégias de leitura adequadas para abordá-los de forma a atender essa necessidade.” (PCNs, 2001, p. 54)
Gêneros Textuais
Ao pensarmos em gêneros textuais, logo nos vem à mente a tripartição tradicional da tipologia textual: descrição, narração e dissertação (ou texto argumentativo). Todavia, não se deve confundir os tipos de texto com os gêneros textuais. Os tipos de texto funcionam como modos de organização. Já os gêneros textuais são os chamados textos materializados, encontrados no nosso dia a dia. Eles são variados e apresentam características sociocomunicativas definidas por seu estilo, função, composição, conteúdo e canal.
Assim, quando se escreve um bilhete ou uma carta, quando se envia ou se recebe um e-mail ou ao usarmos o Facebook ou o WhatsApp, estamos lidando com gêneros textuais distintos.
Exemplo 
Tipos Textuais
Descrição
Narração
Dissertação
Exposição
Injunção
Gêneros Textuais
Bilhete, torpedo, Carta pessoal, comercial
Diário, agenda, anotações, romance
Blog, e-mail, redes sociais, aulas, reuniões, entrevistas, resumo, resenha, fichamento
Piadas, cardápio, horóscopo, telegrama, telefonema, lista de compras, bula de remédio
Podemos perceber, então, que os gêneros textuais são formatos padrão de estruturação do discurso, seja ele oral ou escrito, isto é, referem-se às diferentes categorias do discurso.
 
Agora, vamos relembrar as tipologias textuais:
Texto Descritivo
A descrição usa um tipo de texto em que se faz um retrato falado de uma pessoa, animal, objeto ou lugar. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora, dando ao leitor uma grande riqueza de detalhes.
A descrição, ao contrário da narração, não supõe ação. É uma estrutura pictórica, em que os aspectos sensoriais predominam. Assim como o pintor capta o mundo exterior ou interior em suas telas, o autor de uma descrição focaliza cenas ou imagens. É a descrição da realidade ou da ficção que nela se baseia.
Quanto à descrição de pessoas, podemos atribuir a elas características físicas ou psicológicas.
Texto Narrativo
Modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou real, ocorrido num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. É a exposição de acontecimentos reais ou imaginários que se encadeiam.Em geral, a narrativa se desenvolve na prosa. O narrar surge da busca de transmitir, de comunicar qualquer acontecimento ou situação. A narração em primeira pessoa pressupõe a participação do narrador (narrador-personagem) e em terceira pessoa mostra o que ele viu ou ouviu (narrador-observador).
Na narração, encontramos, ainda, as personagens (principais ou secundárias), o espaço (cenário) e o tempo da narrativa.
Texto Dissertativo
Neste tipo de texto, há posicionamentos pessoais e exposição de ideias. Tem por base a argumentação, apresentada de forma lógica e coerente, a fim de defender um ponto de vista. 
Assim, a dissertação consiste na ordenação e exposição de um determinado assunto. É a conhecida redação e também a modalidade mais solicitada nos concursos, já que exige dos candidatos um conhecimento de leitura do mundo, como também um bom domínio da norma culta. São textos que se desenvolvem por meio de recursos lógicos.
Estrutura-se, em linhas gerais, da seguinte forma:
1. introdução (ideia geral);
2. desenvolvimento (argumentos e aspectos que o tema envolve);
3. conclusão (síntese da posição assumida).
Texto Expositivo
Apresenta informações sobre determinados assuntos, expondo ideias, explicando e avaliando. Como o próprio nome indica, ocorre em textos que se limitam a apresentar uma determinada situação que dão a conhecer alguma coisa como, por exemplo, uma aula.
As exposições orais ou escritas entre professores e alunos numa sala de aula, os livros e as fontes de consulta são exemplos maiores desta modalidade.
Texto Injuntivo
Este tipo de texto indica como realizar uma determinada ação. Ele normalmente pede, manda, aconselha ou exprime uma ordem a ser seguida pelo interlocutor. Utiliza linguagem direta, objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo.
Bons exemplos são as receitas de culinária, os manuais, receitas médicas, editais etc.
 
Desse modo, quando nos referimos a gênero textual estamos lidando com classificações como ficção, não ficção, fábulas, contos de fadas, quadrinhos, peças de teatro, piadas etc. Quando falamos em estrutura textual, estamos tratando de padrões estabelecidos na relação entre ideias, tais como ordem cronológica, de causa e efeito, divisão das peças em atos e cenas etc. Já tipologia textual faz alusão a textos narrativos, descritivos, argumentativos, expositivos e injuntivos.
 
Pode-se dizer que um gênero textual utiliza uma estrutura principal de cada vez para garantir uma organização lógica e fácil de ser percebida e entendida pelo leitor, mas que pode conter mais de um tipo ao mesmo tempo. Por exemplo: uma fábula (gênero textual) pode ser contada utilizando-se uma relação de causa e efeito (estrutura textual) e conter descrições de personagens e narrativas de acontecimentos (tipologias textuais).
Atividade Proposta
Na atividade a seguir, há itens relacionados ao ESP (English for Specific Purposes), o inglês para fins específicos, um dos tópicos da aula de hoje.
 
Quais as características que se aplicam ao ESP?  
 
Assinale V ou F, de acordo com a sua opinião, e depois confira se suas expectativas correspondem à realidade dessa abordagem de ensino de línguas estrangeiras.
(v) O inglês instrumental é uma das possibilidades dentro do ESP.
(f) As quatro habilidades linguísticas (produção e compreensão oral, escrita e leitura) são enfocadas e trabalhadas de forma equânime nos programas de ESP.
(v) As necessidades dos alunos são um dos pontos norteadores do ESP.
(v) O ESP tem um caráter interdisciplinar.
Nesta aula, você:
Conheceu o conceito e o contexto histórico do ESP (English for Specific Purposes), o inglês para fins específicos;
definiu o que é leitura e, por conseguinte, a habilidade de leitura em uma LE;
definiu e reconheceu os diversos gêneros textuais existentes.
Na próxima aula, você vai estudar:
A leitura contextualizada e a predição como processo de percepção no ato de ler;
apresentação e conceituação das estratégias de leitura (skimming, scanning, compreensão global do texto e leitura crítica);
o papel do professor na aula de leitura em língua estrangeira.

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