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HISTOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO Renan Maia M2 RECEPTORES SENSORIAIS: São terminações nervosas especializadas na extremidade da fibra. Tipos: Quimiorreceptores Osmorreceptores Fotorreceptores Termorreceptores Nocirreceptores Mecanorreceptores Exteroceptores: superficial na pele respondendo a estímulos nociceptivos, tato, temperatura e pressão. Proprioceptores: nos músculos, nas articulações e nos tendões e provem a consciência da postura e movimento. Interoceptores: nas vísceras respondendo a estimulas mecânicos e químicos. Inervação da pele: Apresenta diversos receptores sensoriais: Termorreceptores Nocirreceptores Mecanorreceptores Classificação: Terminações nervosas não encapsuladas ou livres: são ramificações terminais das fibras nervosas sensitivas localizadas livremente no tecido inervado. Medeiam na pele as sensibilidades térmica e dolorosa. Na epiderme e derme, podendo estar ao redor de folículos pilosos, chamados Peritriquiais. Células de Merkel: são não encapsuladas, estando presentes na pele espessa (palma da mão e planta dos pés), sendo receptores para pressão e tato, seus axônios são grandes e mielinizados. Encapsulados: Circundados por uma especialização estrutural de um tecido não neural, sendo nervo + cápsula = corpúsculo. Corpúsculo de Meissner: Nas papilas dérmicas da derme. Responsáveis pelo tato fino, ou discriminativo. Corpúsculo de Pacini: Pele e tecidos profundos (exemplo: circundando articulações e mesentério) Respondem a distorção mecânica, principalmente vibração(também pressão) Apresenta lamelas concêntricas. FISIOLÓGICOS Inervação do músculo – O Fuso Neuromuscular: No músculo estriado esquelético as fibras musculares seguem paralelamente ao eixo principal do músculo e se dividem em grupos funcionais principais: extrafusais e intrafusais. Fibras Extrafusais: Maior parte do músculo Inervadas por neurônios motores α (corpos celulares no interior da substancia cinzenta da medula espinal e no núcleo do nervo craniano motor no tronco encefálico), cujos axônios se ramificam dentro do músculo alvo para inervar varias fibras musculares. Essa união de nervo motor e fibras musculares são chamadas unidade motora. Fibras Intrafusais: Altamente especializadas que agem como receptores sensitivos. Ocorrem nos fusos musculares. contém terminações sensitivas que sinalizam o estiramento e a tensão muscular ao SNC. recebe inervação de neurônios motores γ, neurônios que tem como função controlar a sensibilidade das terminações nervosas sensitivas. São divididas em 2 tipos: Saco Nuclear(núcleos em porção central, diversos) e Cadeia Nuclear(núcleos em fileiras). Conduzem 2 tipos de terminações sensoriais, que se tornam ativas quando o músculo, no qual elas se localizam é estirado, sendo elas: Anulosespirais: associadas com fibras aferentes de condução rápida grupo Ia. Terminações em buquê: associadas com fibras aferentes de condução lenta grupo II. Fusos neuromusculares: Respondem aos estiramentos musculares. Relacionados à propriocepção. Receptor sensorial encapsulado. Apresentam fibras intrafusais(especializadas) e extrafusais( ligada a neurônios medulares α). Fibras intrafusais tem função que não q contração. Abundantes em músculos capazes de movimentos finos e habilidosos. Importante na cinestesia e no controle do tônus muscular, postura e movimento. Há correlações sensoriais e motoras no fuso, nas fibras intrafusais. Promovendo ajuste dos músculos com ação de agonistas e antagonistas. Fibras dos neurônios γ da medula espinal (MOTOR) Fibras do tipo Ia e tipo II (SENSORIAIS) Inervação do tendão: Órgão tendinoso de Golgi: É a relação de fibras colágenas e fibras nervosas. responde a tensões/estiramentos nos tendões. Em meio a fibras colágenas. MEDULA ESPINAL Definição: Estrutura cilíndrica que se localiza no interior do canal vertebral, no interior da coluna vertebral, que lhe da proteção e sustentação. É uma estrutura segmentar de rostral para caudal, sendo ela segmentada em 31 pares de nervos: 8 cervicais 12 torácicos 5 lombares 5 sacrais 1 coccígea Possui 2 intumescências : Cervical: Abrange de C4-T1 e a inervação do membro superior pelo plexo braquial. Lombossacral: Abrange de L1-S3 e se associa a inervação do membro inferior pelo plexo lombrossacral. Após a intumescência lombossacral a medula se afila e forma a extremidade cônica o cone medular. O cone medular afila e uma tira de tecido conjuntivo se estende, o filamento terminal. A medula não cresce na mesma proporção que a coluna vertebral, de forma que na vida adulta ela ocupa o nível entre L1 e L2. Nervos espinais: São 31 pares bilaterais cada um associado a um segmento espinal correspondente. Originam-se como duas séries lineares de fascículos nervosos , denominados radículas, fixados em posições posterolateral e anterolateral da medula espinal. 6 a 8 fascículos contíguos fixados a cada segmento medular se juntam para formar as raízes nervosas anterior e posterior. As raízes posterior e anterior de cada segmento dirigem-se a seu forame intervertebral correspondente ou próximo a ele para formar o nervo espinal. Os nervos espinais são mistos sendo compostos de fibras aferentes e eferentes, tal fato configura funções distintas para as raízes anterior e posterior. Raízes posteriores : contem neurônios aferentes primários que seguem dos receptores sensitivos periféricos para a medula espinal e tronco encefálico. O corpo celular desses neurônios está localizado nos gânglios sensitivos dos nervos espinais. Raízes anteriores: contem nervos eferentes cujos corpos celulares estão localizados na substância cinzenta espinal. Composta de neurônios motores. Abaixo do cone medular sucessivas raízes de nervos espinais seguem um percurso descendente compondo a cauda equina. Função da medula espinal juntamente a seus nervos espinais: Recebe fibras aferentes dos receptores sensitivos do tronco e dos membros. Controlando o movimento do tronco e dos membros. Fornece informação autônoma para a maioria das vísceras. A organização interna permite funções realizadas de maneira automática ou reflexa. Extensas conexões com o encéfalo por meio de tratos ascendentes e descendentes, transmitem informações para centro superiores e medeia sua influência controladora sobre mecanismos espinais. Estrutura interna da medula: Divide-se incompletamente em duas metades simétricas por um sulco mediano posterior e uma fissura mediana anterior. No centro da medula espinal há o canal central. Circundando o canal central há a substância cinzenta, consistindo em corpos de neurônios. A parte externa da medula espinal consiste em substância branca, que contém fibras nervosas ascendentes e descendentes. OBS: Diferentes níveis medulares variam relativamente em quantidade e em configurações de substancia branca e cinzenta. Níveis medulares mais altos contêm quantidades maiores de substância branca. Isto ocorre porque os tratos ascendentes ganham fibras em cada nível sucessivo enquanto para os tratos descendentes ocorre o oposto. Cervicais apresentam mais branca pois todas as fibras passam pelo trajeto cervical, tanto ascendentes e descendentes de todas as áreas (maior numero de fibras). Substância Cinzenta: Forma aproximada de H, o H medular. Com 4 protusões, os cornos posteriorese anteriores, estendendo-se posterior e anterolateralmente em direção às zonas de fixação dos fascículos das raízes posterior e anterior, respectivamente. Muitas fibras aferentes que entram nas raízes posteriores terminam no corno posterior, enquanto o corno anterior contém os corpos de neurônios motores que saem pelas raízes anteriores e inervam os músculos esqueléticos. Os cornos anterior e posterior são mais desenvolvidos nas regiões cervical e lombar por conta da inervação dos membros superiores e inferiores. Os segmentos torácicos e lombares altos possuem adicionalmente um corno lateral , entre os dois outros cornos, contendo corpos celulares de neurônios simpáticos pré-ganglionares. Divisão: Dividida em 10 zonas, as Lâminas de Rexed, sendo numeradas sequencialmente de posteriores para anteriores. IVII SENSORIAL/DORSAL AFERENTE VIIIIX MOTORES / VENTRALEFERENTE Corno Posterior: É mais entumecido. As fibras das raízes posteriores terminam amplamente na substância cinzenta mais precisamente no corno posterior. A fibras aferentes cutâneas tendem a terminar nas laminas superficiais (posteriores) enquanto as aferentes proprioceptivas e musculares se projetam principalmente às lâminas mais profundas. A extremidade do corno posterior próximo das laminas I-III de Rexed, é conhecida como substância gelatinosa. Região que recebe colaterais mielinizadas com menor diâmetro (grupo A) e aferentes não mielinizadas (grupo C) que se associam a nocicepção. Teoria do portão para o controle da dor: Complexas interações entre terminações nervosas aferentes, interneurônios espinais e vias descendentes que juntas regulam a transmissão da informação nociceptiva para os tratos de fibras ascendentes espinotalâmico e espinorreticular. A lâmina VII contém importantes grupos de células. Nos níveis medulares de C8-L3 situam-se as células da coluna intermédia (núcleo torácico e núcleo posterior), que são a origem das fibras ascendentes do trato espinocerebelar posterior. Essas células recebem aferência dos fusos neuromusculares, do órgão tendinoso de Golgi, e receptores táteis e de pressão. Corno anterior: No corno anterior, a lâmina IX corresponde a grupos de neurônios motores que inervam músculo esquelético. Dois tipos: Neurônios motores α: Inervam fibras musculares extrafusais. Neurônios motores γ: Inervam fibras musculares intrafusais. É bem desenvolvido nas intumescências cervical e lombossacral por conta da presença de neurônios motores que inervam os membros superiores e inferiores. No corno anterior dos segmentos medulares C3-C5 localiza-se o núcleo do nervo frênico: Grupo de neurônios motores que inervam o diafragma através do nervo frênico, logo essenciais para a respiração. Substância Branca: Circunda toda substância cinzenta, sendo composta por fibras ascendentes e descendentes. Dividida em: Funículos ou Colunas As fibras nervosas que compartilham origens, terminações e funções comuns são organizadas em tratos ou fascículos. Algumas fibras interconectam segmentos medulares próximos ou distantes e permitem a coordenação intersegmentar, enquanto outras fibras são mais longas e servem para unir a medula espinal ao encéfalo. Fibras Intersegmentares ou propriospinais ocupam uma faixa estreita na periferia da substância cinzenta como fascículo próprio. Fibras nervosas que seguem entre a medula espinal e o encéfalo constituem os tratos ascendentes e descendentes da medula espinal. OBS: Dermátomos São as áreas inervadas por uma determinada raiz nervosa. MENINGES: Três revestimentos meningios concêntricos que revestem tanto o encéfalo quanto a medula (raízes e nervos). São elas: Dura-máter, aracnoide e pia-máter. Dura-máter: Membrana fibrosa resistente, de conjuntivo denso, vascularizada. É uma paquimeninge. Anterior Lateral Posterior Envolve a medula espinhal frouxamente, assim como a aracnoide com a qual a dura-máter está em contato, embora separada por um espaço teórico, potencial, o espaço subdural. É separada da parede óssea do canal da vertebra pelo espaço epidural( tecido adiposo, conjuntivo frouxo, plexo). No cérebro a dura-máter e continua com o periósteo, o espaço é potencial. Aracnoide: Entre a pia e a dura. Reveste frouxamente a medula. Membrana de conjuntivo frouxo, vascularizada. Penetra em direção aos sulcos e fissuras, é mais interna. Entre a pia e a aracnoide é o espaço subaracnóideo que contém liquido cefalorraquidiano produzido pelo sistema ventricular, logo as trabéculas da aracnoide permitem a transição do liquor. Pia-máter: Revestimento interno. Membrana delicada vascularizada de conjuntivo frouxo aplica à superfície da medula espinal e às raízes nervosas. Ao longo de uma linha a meio caminho entre as raízes posteriores e anteriores dos nervos espinais fixa-se uma continuação membranácea plana da pia-máter, o ligamento denticulado. OBS:Embora a medula espinal termine no nível vertebral de L1-L2 a aracnoide e as bainhas durais, e portanto, o espaço subaracnóideo continuam inferiormente a S2. À medida que as raízes dos nervos passam em direção aos forames intervertebrais, evaginam a aracnoide e a dura-máter formando bainhas meníngeas das raízes que se estendem, ate a fusão das raízes posteriores e anteriores. Dali em diante, a aracnoide e a dura-máter se tornam contonuas com o epineuro que embainha o nervo espinal.
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