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EXECUÇÃO DEFINITIVA E EXECUÇÃO PROVISÓRIA

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EXECUÇÃO DEFINITIVA E EXECUÇÃO PROVISÓRIA
 
EXECUÇÃO DEFINITIVA é aquela que se fundamenta em situação presumida pelo Estado como imutável. É a execução dos títulos extrajudiciais (artigo 585, CPC), pois a lei lhes confere previamente a certeza jurídica, e dos títulos judiciais (artigo 475-N, do CPC) quando submetidas à coisa julgada (fase de cumprimento de sentença).
 Ainda no que se refere à execução definitiva é preciso observar que mesmo nos casos em que exista recurso pendente de julgamento, poderá ocorrer à execução definitiva, desde que o recurso ataque apenas parcialmente à sentença ou acórdão. Exemplo: em uma sentença que condena o réu ao pagamento de danos materiais e morais, este recorre voltando-se apenas contra a condenação por danos morais, silenciando quanto aos danos materiais.
Neste caso, seria possível a execução definitiva sobre os danos materiais, eis que sobre esse aspecto houve o trânsito em julgado, em outras palavras, a ausência de inconformismo do condenado, gerou sua imutabilidade.
 
EXECUÇÃO PROVISÓRIA é aquela que se fundamenta em decisões judiciais que ainda não transitaram em julgado, na hipótese de pendência de recursos sem efeito suspensivo, razão pela qual tem um caráter precário, em virtude da possibilidade de reforma da decisão, como ocorre, por exemplo, nas apelações previstas no artigo 520, do Código de Processo Civil, ou também, no caso de interposição de recurso especial ou extraordinário. [1]
 
 
PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO PROVISÓRIA
 
1- É sempre um risco do credor, que fica obrigado a REPARAR PERDAS E DANOS, caso a sentença seja reformada (artigo 475-O, I, CPC), ressaltado que sendo esta reforma parcial, somente nesta ficará sem efeito a execução (artigo 475-O, §1º, CPC). As perdas e danos ocorridos serão apurados nos próprios autos, mediante arbitramento pelo juiz (artigo 475-O, II, “parte final”, combinado com artigo 574, ambos do CPC). Exemplo de situação danosa ao suposto devedor: o credor pede a penhora de um imóvel do executado que estava prestes a ser vendido para custeio de um tratamento de saúde, o que se inviabiliza pela determinação de constrição judicial; caso, posteriormente a sentença seja reformada, entendendo-se que o executado não era na verdade devedor, os prejuízos por ele suportados devem ser reparados pelo exequente que iniciou, sob seu risco, a execução provisória.
 
2- VEDAM-SE, a princípio, atos que impliquem em levantamento de dinheiro ou alienação de propriedade, ou quaisquer outros que possam causar graves danos ao executado, ressalvados à apresentação de CAUÇÃO IDÔNEA arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos (artigo 475-O, III, CPC), ressalvada as hipóteses de dispensa de garantia.
O artigo 475-O, § 2º, do CPC, autorizou o juiz a dispensar a caução nas seguintes hipóteses:
(A). Para o crédito alimentar ou decorrente de ato ilícito até o limite de 60 (sessenta) salários mínimos, provado o estado de necessidade do exequente (artigo 475-O, § 2º, I, do CPC).
(b). Se o recurso pendente for agravo de instrumento perante o STF ou o STJ, salvo se avaliar que a dispensa da caução pode resultar risco de grave dano, de difícil ou incerta reparação (artigo 475-O, § 2º, II, do CPC). Exemplo: se a decisão judicial determinou a demolição de um prédio.
 
3- Retorno total ou parcial ao “status quo ante”, caso o recurso seja total ou parcialmente provido (artigo 475-O, §1º, CPC), o credor deve providenciar o retorno da situação ao estado anterior. Se a reversão se tornar impossível por qualquer razão, serão apurados eventuais prejuízos nos próprios autos, mediante arbitramento pelo juiz (artigo 475-O, II, “parte final”, combinado com artigo 574, ambos do CPC). 
 
Entretanto, se o Tribunal confirmar a sentença a execução que antes era provisória, se tornará definitiva. 
 A execução provisória, em virtude dos autos estarem em instâncias superiores, será feita em autos apartados, sendo certo que o exequente instruirá seu pedido com cópias autenticadas (ou declaradas autênticas nos termos do artigo 544, §1º, do CPC) dos documentos que entender necessários, e obrigatoriamente dos seguintes documentos:
1. Sentença ou acórdão a executar;
2. Certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo;
3. Procurações outorgadas pelas partes;
4. Decisão ou sentença de habilitação dos sucessores do falecido se houve falecimento noticiado nos autos (art. 1055 e seguintes do CPC)
Definitiva ou provisória a execução se fará sempre mediante provocação do interessado, através de petição, que será petição inicial na ação de execução de título extrajudicial, que obedecerá todos os requisitos do art. 282, CPC; ou se tratando de título judicial, será mero pedido de providências, requerendo o cumprimento da sentença.
[1] É preciso registrar que na hipótese de ação de execução fundada em título extrajudicial embargada pelo devedor, quando a sentença dos Embargos seja de rejeição ou improcedência do pedido, a apelação contra esta sentença terá efeito apenas devolutivo, ou seja, permitindo a continuidade da execução; entretanto prevalece o entendimento dominante no STJ de que, neste caso, não é necessário qualquer tipo de caução do credor a fim de dar continuidade à execução, já que esta ação goza da presunção de certeza.

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