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TODAS AS WEBS PROCESSO PENAL II

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WEB 1 
 
CASO CONCRETO 
 
Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências agrupadas em 
região de veraneio, a polícia detém um suspeito, que perambulava pelas redondezas. Após 
alguns solavancos e tortura físico-psicológica, o suspeito, de apelido Alfredinho, acabou por 
admitir a autoria de alguns dos crimes, inclusive de um roubo praticado mediante sevícia 
consubstanciada em beliscões e cusparadas na cara da pessoa moradora. Além de admitir a 
autoria, Alfredinho delatou um comparsa, alcunhado Chumbinho, que foi logo localizado e 
indiciado no inquérito policial instaurado. A vítima do roubo, na delegacia, reconheceu os 
meliantes, notadamente Chumbinho como aquele que mais a agrediu, apesar de ter ele 
mudado o corte de cabelo e raspado um ralo cavanhaque. Deflagrada a ação penal, o 
advogado dos imputados impetrou habeas corpus, com o propósito de trancar a persecução 
criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. Solucione a questão, 
fundamentadamente, com referência necessária aos princípios constitucionais pertinentes. 
 
R: Conforme os preceitos constitucionais trazidos pelo art. 5º, LXV DA CF, há duas 
hipóteses para prisão: POR ORDEM ESCRUTA E FUNDAMENTADA PELA AUTORIDADE 
COMPETENTE OU EM FLAGRANTE DELITO. A prisão de Alfredinho conforme relata o 
caso, fere o Princípio da Dignidade Humana, visto que os meios utilizados para obter a 
confissão do fato tido como crime, foi mediante tortura físico-psicológica, que é 
EXPRESSAMENTE VEDADO pelo inciso III do referido artigo. 
Desta forma o Habeas Corpus impetrado pela defesa deverá ser concedido uma vez que, 
o nosso ordenamento jurídico não admite provas obtidas por meio Ilícito, que no caso 
foi a confissão e a delação mediante tortura, tais provas deveram ser desentranhadas 
dos autos, conforme o art. 157,caput e § 1º do CPP, serão inadmitidas as provas obtidas 
por meio ilícito que violem normas constitucionais ou legais, bem como as provas 
derivadas das ilícitas. Podendo ainda, ser considerada a Teoria do Fruto da Árvore 
Envenenada. 
E mais, o acusado tem o direito de permanecer calado, bem como não produzir provas 
contra si mesmo. 
 
Exercício Suplementar 
 
(OAB FGV 2010.2) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, causando-
lhe sérias lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia contra 
Joaquim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal grave contra Pedro, e 
arrolou duas testemunhas que presenciaram o fato. A defesa, por sua vez, arrolou outras 
duas testemunhas que também presenciaram o fato. Na audiência de instrução, as 
testemunhas de defesa afirmaram que Pedro tinha apontado uma arma de fogo para 
Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as 
testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma de fogo em poder de 
Pedro. Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, 
sustentando que a legítima defesa não havia ficado provada. A Defesa pediu a 
absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em legítima defesa. No momento de 
prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia fundada dúvida sobre se Joaquim 
agrediu Pedro em situação de legítima defesa. Considerando tal narrativa, assinale a 
afirmativa correta. 
 
(A) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. Assim, como o juiz não se 
convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
(B) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação. Assim, como o juiz não se 
convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
(C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz 
ficou em dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu. 
(D) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está impedido de proferir a 
sentença. A lei obriga o juiz a esgotar todas as diligências que estiverem a seu alcance para 
dirimir dúvidas, sob pena de nulidade da sentença que vier a ser prolatada. 
 
 
 
WEB 02 
 
CASO CONCRETO 
 
O Padre José Roberto ouviu, em confissão, Maria admitir que mantém por conta própria 
estabelecimento onde ocorre exploração sexual, com intuito de lucro. No local, admitiu Maria 
ao Vigário que garotas de programa atendem clientes para satisfazer seus diversos desejos 
sexuais mediante o pagamento de entrada no valor de R$100,00 no estabelecimento, e o valor 
de R$500,00 para a atendente. Maria, efetivamente, responde a processo crime onde lhe foi 
imputada a conduta descrita no art. 229 do CP. O Ministério Público arrolou o Padre José 
Roberto como testemunha da acusação e pretende ouvi-lo na AIJ, já que trata-se de 
testemunha com alto grau de idoneidade. Pergunta-se: 
 
 Pode o magistrado obrigar o Padre a depor em juízo, sob pena de cometer o crime do art. 342 
do CP? 
 
R: Não, conforme o art. 207 do CPP, o padre faz parte do rol de pessoas que estão 
proibidas de depor em razão da atividade profissional que o obriga a guardar Segredo, 
estando previsto em lei, salvo se a pessoa interessada der permissão para que o mesmo 
fale. Sendo assim, ele não poderá ser penalizado no crime de falso testemunho previsto 
no art. 342 do CP. 
 
A prova produzida em juízo nesse caso seria considerada válida? 
 
R: A prova NÃO será válida, se não respeitar os preceitos legais o testemunho será 
ilegal, por violar o sigilo profissional, cabendo sanções penais pelo descumprimento, 
conforme art. 154 do CP. Só não incorrerá nas penas descritas no artigo se a parte 
interessada o desobrigar. 
 
Exercício Suplementar 
 
(Ministério Público BA/2010) À luz do Código de Processo Penal, deve-se afirmar que: 
 
a) A prova testemunhal não pode suprir a falta do exame de corpo de delito, ainda que tenham 
desaparecidos os vestígios do crime; 
b) A confissão será indivisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do Juiz de 
Direito, fundado no exame das provas em conjunto; 
c) O ofendido não deve ser comunicado da sentença e respectivos acórdãos que a mantenham 
ou modifiquem; 
d) As pessoas proibidas de depor em razão da profissão, poderão fazê-lo se, desobrigadas 
pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho; neste caso, porém, não deverão 
prestar compromisso legal; 
e) Todas as afirmativas estão incorretas. 
 
WEB 03 
 
CASO CONCRETO 
 
O MP ofereceu denúncia contra Caio por, em tese, o mesmo ter subtraído o aparelho de 
telefone celular de Maria, na Av. Rio Branco, na altura do nº 23, pugnando pela condenação do 
acusado nas penas do art. 155, inciso II do CP (furto qualificado pela destreza). No entanto, ao 
longo da instrução probatória, nas declarações prestadas pela vítima e pelo depoimento de 
uma testemunha arrolada pela acusação, constatou-se que Caio teria, na ocasião dos fatos, 
dado um forte tapa no rosto da vítima no momento em que arrebatou o aparelho celular. Assim 
sendo, diante das provas colhidas na instrução probatória, o magistrado prolatou sentença 
condenatória contra Caio, fixando a pena de 4 anos e 6 meses, a ser cumprida em regime 
semi-aberto, diante da primariedade e da ausência de antecedentes criminais do acusado, 
como incurso no art. 157 do CP. Pergunta-se: Agiu corretamente o magistrado? Indique na 
resposta todos os fundamentos cabíveis ao caso. 
 
R: O magistrado agiu de forma equivocada, sabendo que o acusado só se defende de 
fatos que lhes foram imputados, surgindo novos fatos ao fim da instrução, deverá o 
magistrado abrir vistas ao MP (em caso de ação penal pública), para que no prazo de 5 
dias aditar a queixa ou denúncia, conforme art. 384 do CPP. Podendo assim, o acusado 
se manifestar sobre os novos fatos, nesse caso, houve o descumprimentodo principio 
da ampla defesa e contraditório não dando a possibilidade do acusado se manifestar, 
não ocorrendo a MUTATIO LIBELLI, que exige a emenda da denúncia e a abertura de 
prazo de 5 dias para manifestação da defesa/MP, para que, querendo, requeira novas 
provas e depoimentos pessoais. 
 
Exercício Suplementar 
 
1-(Magistratura/PR-2008) Quanto aos atos jurisdicionais penais, assinale a alternativa 
correta: 
 
a) As decisões interlocutórias simples são aquelas que encerram a relação processual sem 
julgamento do mérito ou, então, põem termo a uma etapa do procedimento. São exemplos 
desse tipo de decisão a que recebe a denúncia ou queixa ou rejeita pedido de prisão 
preventiva; 
b) As decisões interlocutórias mistas não se equiparam as decisões interlocutórias simples, 
pois as primeiras servem para solucionar questões controvertidas e que digam respeito ao 
modus procedendi, sem contudo trancar a relação processual. Enquanto que as decisões 
interlocutórias simples trancam a relação processual sem julgar o meritum causae; 
c) A decisão que não recebe a denúncia é terminativa de mérito, por isso não pode ser 
considerada decisão interlocutória mista; 
d) As decisões interlocutórias simples servem para solucionar questão controvertida e 
que diz respeito ao modus procedendi, sem contudo trancar a relação processual; as 
interlocutórias mistas, por sua vez, apresentam um plus em relação àquelas: elas 
trancam a relação processual sem julgar o meritum causae. 
 
2-A foi denunciado pela prática de furto, tendo a denúncia narrado que ele abordou a 
vítima e, após deferir-lhe um empurrão, subtraiu para si a bolsa que ela carregava. Nesse 
caso: 
 
(a) o juiz não poderá condenar o réu pelo roubo, por ser a pena desse crime mais grave que a 
do furto; 
(b) como o fato foi classificado erroneamente, o juiz poderá condenar o réu por roubo, 
devendo, antes, proceder ao seu interrogatório; 
(c) o juiz poderá dar aos fatos classificação jurídica diversa, condenando o réu pela 
praticado do roubo; 
(d) o juiz poderá dar ao fato classificação jurídica diversa da que constou da denúncia, dando 
ao Ministério Público e à Defesa oportunidade para se manifestarem e arrolarem testemunhas. 
 
WEB 04 
 
CASO CONCRETO 
 
Huguinho, Zezinho e Luizinho praticaram um roubo na Agência do Banco do Brasil, no centro 
do Rio de Janeiro. Os três comparsas, ao se evadirem do local, seguiram em direções 
diferentes. Luizinho foi alcançado pela polícia e preso em flagrante e encontra-se preso no 
Complexo de Bangu, na cidade do Rio. Os outros dois conseguiram escapar. Huguinho, para 
não ser encontrado vive se ocultando e Zezinho encontrasse em local incerto e não sabido. Ao 
receber a denúncia, o juiz da 10ª vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro, determinou, 
diante da situação descrita, que fosse realizada a citação por edital, de acordo com o art. 363, 
§ 1º, CPP dos três acusados. Foi correta a decisão do magistrado? Justifique sua resposta. 
 
R: Houve erro na citação dos acusados. Luizinho por está preso e em lugar certo, será 
por Citação Pessoal, conforme art. 360 do CPP. No caso de Huguinho será Citação por 
Hora Certa, pois o mesmo se oculta para não ser encontrado, aplica-se o art. 362 do 
CPP. Já Zezinho será Citado Por Edital, por está em local incerto e não sabido, de acordo 
com o art. 363, § 1º do CPP, nesse último caso, se o acusado não comparecer ou nem 
constituir advogado, suspendem-se o processo e o prazo prescricional. Sendo assim, 
será nula a citação realizada pelo magistrado. 
 
Exercício Suplementar 
 
Com relação ao tema CITAÇÕES, assinale a alternativa incorreta: 
 
a) No processo penal, o réu que se oculta para não ser citado poderá ser citado por hora certa, 
na forma estabelecida no Código de Processo Civil; 
b) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, a citação far-se-á por carta ou 
qualquer meio hábil de comunicação; 
c) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão 
suspensos o processo e o curso do prazo prescricional; 
d) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para 
qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado; 
e) A citação do militar dar-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço, respeitando 
assim à hierarquia militar bem como a inviolabilidade do quartel. 
 
WEB 05 
 
CASO CONCRETO 
 
Marcílio responde a processo crime como incurso nas penas do art. 213 do CP pois, em tese, 
teria constrangido Lucilha, mediante emprego de arma de fogo, a manter com ele relações 
sexuais. O Juiz designou Audiência de Instrução e Julgamento onde ouviu primeiramente 
Gumercindo, testemunha arrolada pela defesa, uma vez que as testemunhas arroladas pelo 
MP ainda não tinham chegado ao Fórum. Posteriormente, o Magistrado ouviu as demais 
testemunhas da acusação e da defesa e, por fim, interrogou Marcilio. Pergunta-se: Você, 
Defensor Público, argüiria qual tese defensiva em favor do seu assistido Marcílio? 
 
R: Arguiria Nulidade por haver omissão na formalidade dos atos, conforme art. 564, IV do 
CPP. Deve-se ser observada a ordem cronológica dos fatos que é um dos requisitos para 
o cumprimento dos atos processuais, de acordo com o art. 400 do CPP, onde 
primeiramente será ouvido o ofendido, seguido das testemunhas de acusação e defesa, 
e por fim o acusado. Pela inobservância do Princípio do Devido Processo Legal será 
nulo os atos, pois se a testemunha de acusação presta seu depoimento ao final, torna-se 
presumido, impossibilitando o acusado de contrapô-la. 
 
Exercício Suplementar 
 
(OAB-FGV) Em processo sujeito ao rito ordinário, ao apresentar resposta escrita, o 
advogado requer a absolvição sumária de seu cliente e não propõe provas. O juiz, 
rejeitando o requerimento de absolvição sumária, designa audiência de instrução e 
julgamento, destinada à inquirição das testemunhas arroladas pelo Ministério Público e 
ao interrogatório do réu. Ao final da audiência, o advogado requer a oitiva de duas 
testemunhas de defesa e que o juiz designe nova data para que sejam inquiridas. 
Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. 
 
(A) O juiz deve deferir o pedido, pois a juntada do rol das testemunhas de defesa pode ser feita 
até o encerramento da prova de acusação. 
(B) O juiz não deve deferir o pedido, pois o desmembramento da audiência una causa nulidade 
absoluta. 
(C) O juiz só deve deferir a oitiva de testemunhas de defesa arroladas posteriormente ao 
momento da apresentação da resposta escrita se ficar demonstrado que a necessidade 
da oitiva se originou de circunstâncias ou fatos apurados na instrução. 
(D) O juiz deve deferir o pedido, pois apesar de a juntada do rol de testemunhas da defesa não 
ter sido feita no momento correto, em nenhuma hipótese do processo penal, o juiz deve 
indeferir diligências requeridas pela defesa. 
 
WEB 06 
 
CASO CONCRETO 
 
Semprônio, motorista de um Uber, dirigia seu veículo pela pista de esquerda (pista de 
ultrpassagem), sendo certo que a sua frente estava o carro de Felizberto, septuagenário, que 
dirigia a aproximadamente 50 Km/h, o que impedia, na ocasião, Semprônio de fazer a 
ultrapassagem. Quando Felizberto parou o seu carro em um sinal de trânsito, Semprônio 
desceu de seu Uber e começou a desferir chutes e socos na lataria do carro do idoso. Uma 
viatura da PM que passava pelo local autuou Semprônio e o conduziu a sede policial onde foi 
lavrado termo circunstanciado, uma vez que a Autoridade Policial entendeu que ocorrera crime 
do art. 163, do CP. Semprônio não aceitou a proposta de transação penal oferecida pelo MP, 
sendo certo que o mesmo diante da recusa, ofereceu denúncia em face do mesmo. Ocorre que 
Semprônio ocultou-separa não ser citado e, diante disso, o Magistrado orientou o oficial de 
justiça a proceder à citação por hora certa, na forma do art. 362 do CPP. Pergunta-se: Agiu 
corretamente o Magistrado no caso em conformidade com o procedimento sumaríssimo? 
 
R: Agiu de forma equivocada, havendo ação penal na esfera do JECRIM não se admite 
citação por hora certa. Conforme o art. 66 da Lei 9099/95, a Citação será realizada de 
forma PESSOAL, e mais, se o acusado oculta-se para não ser citado, os autos devem ser 
encaminhados ao Juízo comum para que tomem as medidas cabíveis previstas em lei. 
 
Exercício Suplementar 
 
Sobre o procedimento dos Juizados Especiais Criminais, considere as seguintes 
assertivas: 
 
I. A transação penal poderá ser ofertada em relação aos delitos cuja pena máxima não seja 
superior a 2 (dois) anos, e a suspensão do processo nos delitos cuja pena mínima for igual ou 
inferior a 1 (um) ano. II. Segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal, 
admite-se a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena 
mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano. III. 
Embora se aplique o procedimento previsto na Lei no 9.099/95 aos crimes previstos no 
Estatuto do Idoso nas hipóteses em que a pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse a 
4 (quatro) anos, a transação penal e a suspensão do processo não lhes são aplicáveis. Quais 
estão corretas? 
 
a) I; 
b) I e II; 
c) III; 
d) I e III; 
e) II e III 
 
WEB 07 
 
CASO CONCRETO 
 
Juninho Boca, jovem de classe média da zona sul do Rio de Janeiro, está respondendo a 
processo criminal como incurso nas penas do art. 33 da lei 11.343/06 pois, em tese, seria o 
responsável pela distribuição de cocaína em um conhecido bar em Copacabana. Realizada a 
AIJ, na forma do art. 56 do mesmo diploma legal, em sede de alegações finais a defesa 
pugnou pela nulidade do feito, uma vez que o perito que havia subscrito o laudo definitivo de 
constatação da substância entorpecente também havia funcionado na elaboração do laudo 
prévio. Pergunta-se: Assiste razão a defesa de Juninho Boca? 
 
R: Não assiste razão, pois o perito que subscreve o laudo não fica impedido de participar 
da elaboração do laudo definitivo, conforme art. 50, § 2º da Lei 11.343/06. Vale também 
ressaltar que na elaboração do laudo definitivo deve participar dois peritos oficiais, sob 
pena de nulidade. 
 
Exercício Suplementar 
 
1-Sobre os crimes da Lei de Drogas (Lei 11.343/06), assinale a opção INCORRETA: 
 
A) aplica-se, subsidiariamente, as disposições do CPP e da LEP 
B) em caso de crime de porte de drogas para consumo pessoal, não se imporá prisão em 
flagrante, devendo o autor do fato ser encaminhado ao Juizado Especial Criminal 
C) É vedada a transação penal para aquele que oferece droga, eventualmente e sem 
objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento para juntos consumirem. 
D) O inquérito policial, no caso de crime de tráfico de drogas, será concluído no prazo de 30 
dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 dias, quando estiver solto. 
E) Todas as alternativas estão incorretas. 
 
2- Matheus foi denunciado pela prática dos crimes de tráfico de drogas (Art. 33, caput, da 
Lei nº 11.343/2006) e associação para o tráfico (Art. 35, caput da Lei nº 11.343/2006), em 
concurso material. Quando da realização da audiência de instrução e julgamento, o 
advogado de defesa pleiteou que o réu fosse interrogado após a oitiva das testemunhas 
de acusação e de defesa, como determina o Código de Processo Penal (Art. 400 do CPP, 
com redação dada pela Lei nº 11.719/2008), o que seria mais benéfico à defesa. O juiz 
singular indeferiu a inversão do interrogatório, sob a alegação de que a norma aplicável 
à espécie seria a Lei nº 11.343/2006, a qual prevê, em seu Art. 57, que o réu deverá ser 
ouvido no início da instrução. Nesse caso, 
 
A) o juiz não agiu corretamente, pois o interrogatório do acusado, de acordo com o Código de 
Processo Penal, é o último ato a ser realizado. 
B) o juiz agiu corretamente, eis que o interrogatório, em razão do princípio da 
especialidade, deve ser o primeiro ato da instrução nas ações penais instauradas para a 
persecução dos crimes previstos na Lei de Drogas. 
C) o juiz não agiu corretamente, pois é cabível a inversão do interrogatório, devendo ser 
automaticamente reconhecida a nulidade em razão da adoção de procedimento incorreto. 
D) o juiz agiu corretamente, já que, independentemente do procedimento adotado, não há uma 
ordem a ser seguida em relação ao momento da realização do interrogatório do acusado. E) o 
juiz não agiu corretamente, pois indeferiu a inversão da ordem do interrogatório sem a 
manifestação do membro do Ministério do Público. 
 
WEB 08 
 
CASO CONCRETO 
 
(OAB) Caio, professor do curso de segurança no trânsito, motorista extremamente qualificado, 
guiava seu automóvel tendo Madalena, sua namorada, no banco do carona. Durante o trajeto, 
o casal começa a discutir asperamente, o que faz com que Caio empreenda altíssima 
velocidade ao automóvel. Muito assustada, Madalena pede insistentemente para Caio reduzir a 
marcha do veículo, pois àquela velocidade não seria possível controlar o automóvel. Caio, 
entretanto, respondeu aos pedidos dizendo ser perito em direção e refutando qualquer 
possibilidade de perder o controle do carro. Todavia, o automóvel atinge um buraco e, em 
razão da velocidade empreendida, acaba se desgovernando, vindo a atropelar três pessoas 
que estavam na calçada, vitimando-as fatalmente. Realizada perícia de local, que constatou o 
excesso de velocidade, e ouvidos Caio e Madalena, que relataram à autoridade policial o 
diálogo travado entre o casal, Caio foi denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime 
de homicídio na modalidade de dolo eventual, três vezes em concurso formal. Realizada 
Audiência de Instrução e Julgamento e colhida a prova, o Ministério Público pugnou pela 
pronúncia de Caio, nos exatos termos da inicial. Na qualidade de advogado de Caio, chamado 
aos debater orais, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos 
apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso: 
 
a) Qual (is) argumento (s) poderia (m) ser deduzidos em favor de seu constituinte? ; 
 
R: Incompetência do juízo, por se tratar de homicídio na modalidade culposa, já que agiu 
com culpa consciente, na medida em que, tenha presumido o resultado, acreditou que o 
fato não ocorreria em sazão da sua perícia. 
 
b) Qual pedido deveria ser realizado? 
 
R: O pedido realizado seria o de DESCLASSIFICAÇÃO PARA HOMICÍDIO CULPOSO DE 
TRÂNSITO - Art. 302 DO (CTB) e, consequentemente, remessa dos autos para o juízo 
competente, conforme previsão do art. 419 do CPP. 
 
c) Caso Caio fosse pronunciado, qual recurso poderia ser interposto e a quem a peça de 
interposição deveria ser dirigida? 
 
R: O recurso a ser interposto seria o R ECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
(RESE), previsto no art. 581, IV do CPP. A peça de interposição deveria ser endereçada 
ao juiz que pronunciou o acusado. 
 
Exercício Suplementar 
 
(OAB) Assinale a alternativa CORRETA à luz da doutrina referente ao Tribunal do Júri. 
 
a) São princípios que informa o Tribunal do Júri: a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a 
soberania dos veredictos e a competência exclusiva para julgamento dos crimes dolosos contra 
a vida; 
b) A natureza jurídica da pronúncia (em que o magistrado se convence da existência 
material do fato criminoso e de indícios suficientes de autoria) é de decisão 
interlocutória mista não terminativa; 
c) O rito das ações de competência do Tribunal do Júri se desenvolve em duas fases: judicium 
causae e judicium accusacionis.O judicium accusacionis se inicia com a intimação das partes 
para indicação das provas que pretendem produzir e tem fim com o trânsito em julgado da 
decisão do Tribunal do Júri; 
d) Alcançada a etapa decisória do sumário da culpa, o juiz poderá exarar quatro espécies de 
decisão, a saber: pronúncia, impronúncia, absolvição sumária e condenação. 
 
WEB 09 
 
CASO CONCRETO 
 
Antônio foi submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri e condenado. Após o julgamento, 
descobriu-se que integrou o Conselho de Sentença o jurado Marcelo, que havia participado do 
julgamento de Pedro, co-réu no mesmo processo, condenado por crime de roubo conexo ao 
delito pelo qual Antônio foi condenado. Pergunta-se: Qual a defesa que poderá ser 
apresentada pelo Defensor de Antônio em eventual recurso interposto? Justifique a sua 
resposta: 
 
R: A defesa poderá arguir a NULIDADE DO JULGAMENTO, com base n 
o verbete 206 da sumula do STF, porque um dos jurados que havia participado do 
primeiro julgamento, também participou do segundo, restando violado o artigo 449,I do 
CPP. 
 
Exercício Suplementar 
 
(Magistratura/RS/2009) Acerca de processo e julgamento dos crimes dolosos contra a 
vida, assinale a assertiva CORRETA: 
 
A) Diante das respostas aos quesitos, os jurados condenaram o acusado por homicídio doloso 
qualificado. Ao proferir a sentença condenatória e fixar a pena, o magistrado não poderá 
reconhecer as agravantes que não foram objeto dos quesitos; 
B) Poderá haver recusa ao serviço do Júri, fundada em convicção religiosa, filosófica ou 
política; 
C) Os jurados poderão perguntar diretamente ao ofendido e às testemunhas, sem a 
intermediação do Juiz Presidente do Tribunal do Júri; 
D) Em um processo onde o réu foi pronunciado por homicídio consumado e tráfico de 
entorpecentes, após terem os jurados afastado o dolo direto e o dolo eventual, na votação dos 
quesitos acerca do homicídio consumado, serão questionados sobre o delito conexo de tráfico 
de entorpecentes; 
E) Durante os debates, no plenário do Tribunal do Júri, aos jurados é vedado, mesmo por 
intermédio do juiz presidente, pedir ao promotor de justiça que indique a folha do processo 
onde se encontra o depoimento da testemunha a que está fazendo referência em seu pedido 
de condenação. 
 
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CASO CONCRETO 
 
(Ministério Público PR / 2008) Tício foi condenado à pena privativa de liberdade de 06 (seis) 
anos de reclusão por violação ao artigo 157, parágrafo 2, incisos I e II do Código Penal. Da 
sentença condenatória, Tício foi intimado em 09/05/2008 (sexta-feira), oportunidade em que 
manifestou o interesse de não recorrer da decisão condenatória. O advogado de Tício, 
defensor devidamente constituído, fora intimado da decisão condenatória em 08/05/2008 
(quintafeira). No dia 16/05/2008, o advogado de Tício interpôs recurso de apelação. O recurso 
é tempestivo ou não? Justifique a sua resposta abordando as controvérsias sobre o tema 
indagado. 
 
R: SIM É TEMPESTIVO. No caso concreto o prazo deverá ser computado a partir do dia 9 
(sexta-feira), dia da última intimação o prazo deveria começar no dia 10, por ser sábado o 
seu inicio se dará no dia 12 segunda-feira. O recurso de apelação deve ser interposto no 
prazo de 5 dias conforme art. 593 CPP, sendo assim a interposição no dia 16 configura-
se tempestiva. 
 
Exercício Suplementar 
 
Quantos aos recursos em geral, dispõe o Código de Processo Penal, dentre outras 
hipóteses, que 
 
a) no caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se 
fundado em motivo de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros; 
b) excetuando-se dentre outros o da sentença que denegar habeas corpus, hipótese em que 
deverá ser interposto, de ofício, pelo juiz, os recursos serão voluntários; 
c) salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um 
recurso por outro e se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso 
interposto pela parte, mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso cabível; 
d) a qualquer tempo, o Ministério Público poderá desistir de recurso que haja interposto; 
e) interposto por termo o recurso, o escrivão, sob pena de suspensão por 05 a 60 dias, fará 
conclusos os autos ao juiz, até o quinto dia seguinte ao último do prazo. 
 
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CASO CONCRETO 
 
(OAB) Pedro, almejando a morte de José, contra ele efetua disparo de arma de fogo, 
acertando-o na região toráxica. José vem a falecer, entretanto, não em razão do disparo 
recebido, mas porque, com intenção suicida, havia ingerido dose letal de veneno momentos 
antes de sofrer a agressão, o que foi comprovado durante instrução processual. Ainda assim, 
Pedro foi pronunciado nos termos do previsto no artigo 121, caput, do Código Penal. Na 
condição de Advogado de Pedro: 
 
I. indique o recurso cabível; 
 
R: O recurso cabível é o Recurso em Sentido Estrito (RESE), conforme art. 581, IV do 
CPP. 
 
II. o prazo de interposição; 
 
R: O prazo para interpor será de 5 dias, conforme art. 586 do CPP. 
III. a argumentação visando à melhoria da situação jurídica do defendido. Indique, ainda, 
para todas as respostas, os respectivos dispositivos legais. 
R: Desclassificação do crime consumado para tentado, uma vez que o réu não deu causa 
a morte da vitima, ou seja, na hipótese das supervenientes, embora exista nexo físico-
naturalístico, a lei, por expressa disposição do art. 13, §1° do CP, que excepcionou a 
regra geral, manda desconsiderá-lo, não respondendo o agente jamais pelo resultado, 
mas tão somente por tentativa. 
Exercício Suplementar 
 
(Magistratura PR / 2010) Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou 
sentença: I. Que pronunciar ou impronunciar o réu; II. Que julgar procedentes as 
exceções, salvo a de suspeição; III. Que absolver sumariamente o réu; IV. Da decisão 
que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o juízo ad 
quem. Dadas as assertivas acima, escolha a alternativa CORRETA: 
 
a) Apenas a assertiva I está correta; 
b) Apenas a assertiva II está correta; 
c) Apenas as assertivas I e IV estão corretas; 
d) Todas as assertivas estão corretas. 
 
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CASO CONCRETO 
 
1- George foi pronunciado, na forma do art. 413 do CPP, pelo crime previsto no art. 121, § 2º, II 
do CP por, em tese, ter matado a vítima Leonidas Malta em uma briga na saída da boite 
TheNight. O processo tramitou regularmente na primeira fase do procedimento, com 
designação de AIJ para o dia 11 novembro de 2015, tendo sido o acusado pronunciado no dia 
2 de março de 2016. Assim, o julgamento em Plenário ocorreu efetivamente no dia 9 de 
dezembro de 2016. Após a oitiva das testemunhas arroladas para o julgamento em Plenário, 
como tese defensiva, o acusado, orientado por seu advogado, optou por exercer a garantia 
constitucional prevista no art. 5º, LXIII da CRFB/88. Em sede de debates orais o MP sustentou 
a acusação nos limites da denúncia, sendo certo que a defesa técnica sustentou a tese de 
legítima defesa e a ausência de provas nos autos que comprovassem o que fora sustentado 
pela acusação. Em réplica, o ilustre membro do Parquet apontou para o acusado e sustentou 
para os jurados que se o acusado fosse inocente ele não teria ficado calado durante o 
interrogatório, que não disse nada porque não tem argumentos próprios para se defender e 
que, portanto, seria efetivamente o responsável pela morte da vítima, pois, afinal, quem cala 
consente. A defesa reforçou seus argumentos de defesa em tréplica, contudo, George foi 
condenado pelo Conselho de Sentença e o Juiz Presidente fixou a reprimenda estatal em 15 
anos de reclusão em regime inicialmente fechado por homicídio qualificado por motivo fútil 
(art.121, §2º, II, CP). Na condição de advogado de George, adote a medida cabível para 
impugnar a decisão utilizando todos os argumentoscabíveis, e indique o último dia do 
prazo. 
 
R: RECURSO DE APELAÇÃO, com base no art. 593, III, alínea “c ”: houver erro ou 
injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medi da de segurança”. No prazo de 5 
dias, inicio dia 12/12/2016 ate 17/12/2016 
 
Em 20/05/2016, Cláudio foi preso em flagrante pela prática do crime previsto no artigo 33 da 
Lei 11.343/2006. Regularmente processado, ao fim da instrução criminal o mesmo foi 
condenado com fulcro no art. 33 § 4º da referida lei, a pena base de 05 anos, que foi reduzida 
em 2/3 em razão do § 4º, sendo a pena final de 01 anos e 08 meses de reclusão, em regime 
semiaberto. Somente o Ministério Público recorreu da decisão, buscando afastar a aplicação 
do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006. O Tribunal de Justiça, ao julgar o referido recurso, 
proferiu a seguinte decisão: Nego provimento ao recurso e abrando o regime prisional para o 
aberto, com expedição do alvará de soltura, substituindo a pena privativa de liberdade por 
restritivas de direitos, a ser fixada pelo juízo da execução. Diante essa situação hipotética, 
mencione: 
 
a) qual foi o recurso interposto pelo Ministério Público? 
 
R: RESE. Recurso mediante o qual se procede ao reexame de uma decisão nas 
matérias especificadas em lei, possibilitando ao próprio juiz recorrido uma nova 
apreciação da questão, antes da remessa dos autos à segunda instância. 
 
b) a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça está correta? Justifique sua resposta. 
 
R: NÃO. Pela vedação no dispositivo legal d o §4º do art. 33 da Lei: “nos delitos 
definidos no caput e no § 1 o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a 
dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente 
seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem 
integre organização criminosa”. 
 
 
Exercício Suplementar 
 
(Magistratura DF/2007) Técio, submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri de Brasília, 
foi condenado, por incursão no artigo 121, § 2º, II, do Código Penal (homicídio 
qualificado por motivo fútil), à pena privativa de liberdade mínima, vale dizer, de 12 
(doze) anos de reclusão. Com fundamento no artigo 593, III, "d", do Código de Processo 
Penal, interpôs recurso de apelação para uma das Turmas Criminais do Tribunal de 
Justiça do Distrito Federal, limitando-se a sustentar que a decisão dos jurados, no que 
concerne ao motivo fútil, foi manifestamente contrária à prova dos autos. A posição 
prevalente é a de que, reconhecendo que, efetivamente, a decisão dos jurados é 
manifestamente contrária à prova dos autos, que não ampara o motivo fútil, a Turma 
Criminal: 
 
a) deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, determinando a submissão 
de Técio a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. E desse novo julgamento, em que 
poderá Técio ser novamente condenado pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado 
por motivo fútil, não se admitirá, pelo mesmo motivo, segunda apelação; 
b) deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, determinando a submissão de 
Técio a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. E desse novo julgamento, em que poderá Técio 
ser novamente condenado pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado por motivo fútil, se 
admitirá, pelo mesmo motivo, segunda apelação; 
c) deve dar provimento ao recurso para anular a sentença condenatória do juiz presidente do 
Tribunal do Júri, determinando que ele profira nova, excluído o motivo fútil; 
d) deve dar provimento ao recurso, excluindo o motivo fútil, desde logo condenando Técio por 
incursão no artigo 121, caput, do Código Penal, homicídio, fixando a pena mínima privativa de 
liberdade de 6 (seis) anos de reclusão. 
 
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CASO CONCRETO 
 
Herculino foi condenado a 20 anos de reclusão pela prática de latrocínio. Na sentença 
condenatória, o juiz demonstra clara contradição entre as razões de sua fundamentação com 
sua decisão, principalmente ao acolher os depoimentos favoráveis das testemunhas de defesa 
bem como ao considerar boa a tese de desclassificação apresentada em alegações finais orais 
sob o argumento de violação de princípio constitucional (prova obtida por meio ilícito). Sabendo 
que a decisão foi prolatada em AIJ (audiência de instrução e julgamento) no dia 16 de junho, 
pergunta-se: 
 
a) Qual o instrumento cabível, no caso em tela, para obter o esclarecimento da 
contradição? 
 
R: EMBARGOS DE DECLARAÇÃ O, para afastar a contradição, previsão legal art. 382 
CPP. 
 
b) Qual o último dia para interposição do instrumento citado na questão anterior? 
 
R: Exclui o dia do começo, o prazo é de 2 dias , dia 19 de junho se dia útil o inicio da 
contagem. 
 
c) Levando em consideração que a decisão dos embargos se deu no dia 16 de junho 
(quinta-feira), qual a data máxima para a interposição do recurso cabível contra a 
sentença condenatória? 
 
R: OS EFEITOS DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO SERÁ INTERRUPTIVO, aplicando 
por analogia o art. 538 do CPC, sendo assim, o prazo do recurso de apelação ser á 
utilizado por completo de 5 dias após a intimação da decisão que julgou os embargos de 
declaração (OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO JECRIM, O PRAZO É DE 5 DIAS, E OS 
EFEITOS SÃO SUSPENSIVOS) - razão pela qual é mais seguro interpor o RECU RSO DE 
APELAÇAO NO PRAZO DE CINCO DIAS. 
 
 
 
 
Exercício Suplementar 
 
(Juiz TO/Cespe) Com relação aos embargos infringentes, assinale a opção CORRETA: 
 
a) Tais embargos são cabíveis em relação a decisão não unânime proferida em habeas 
corpus.; b) Esses embargos têm caráter pro et contra, isto é, podem ser interpostos pela 
defesa ou pela acusação, no prazo de 10 dias; 
c) A divergência nesses recursos pode ser apurada tanto em relação à conclusão do voto 
quanto em relação à sua fundamentação; 
d) O relator e o revisor de tais embargos não podem ter participado do primeiro 
julgamento do réu. 
 
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CASO CONCRETO 
 
Aristóteles foi condenado à pena de 9 anos de reclusão pela prática do crime de estupro (artigo 
213, caput, CP). Após o trânsito em julgado da sentença condenatória, Aristóteles, através de 
seu advogado, ajuíza pedido de revisão criminal da sentença que lhe fora desfavorável, 
sustentando vício processual insanável consistente na ausência da intimação de seu então 
patrono para a apresentação de resposta preliminar obrigatória (art. 396, CPP). O Tribunal de 
Justiça competente acolhe o pleito de revisão criminal, anulando o referido processo. Nesta 
hipótese, pergunta-se: Seria juridicamente possível que, após a anulação, por meio de revisão 
criminal, do primeiro julgamento de Aristóteles, seja proferida, em um segundo julgamento pelo 
juízo de primeiro grau, sentença condenatória com imposição de sanção penal mais gravosa 
do que aquela que lhe fora anteriormente imposta? Justifique a sua resposta: 
 
R: A vedação constante no § único do art. 626 do CPP , diz respeito tanto a refortio in 
pejus como também a refortio in pejus indireta, de sorte que, se depois de declarada 
nula a sentença em sede de revisão criminal, por algum vicio insanável, e vedado que 
juiz prolate nova decisão com pena exasperada tendo em vista que seria incabível 
revisão criminal pro societate. 
 
 
Exercício Suplementar 
 
(CESPE) Assinale a opção correta em relação ao instituto da revisão criminal. 
 
a) O pleito de revisão criminal pode constituir mera reiteração de recurso de apelação 
anteriormente interposto pelo condenado; 
b) Não cabe revisão criminal para rever sentença proferida contra pessoa que, em momento 
posterior, se sabe não ter cometido o crime objeto da condenação. É parte ilegítima para 
ajuizá-la a pessoa que tem seu nome lançado como réu na sentença condenatória proferida 
com erro na identificação do agente do delito; 
c) Aplicando-se o princípio da fungibilidade entre o habeas corpus e a revisão criminal, é 
possível desconstituirdecisão transitada em julgado por meio de habeas corpus, se 
verificada a existência de flagrante ilegalidade; 
d) O ajuizamento de revisão criminal obsta a execução da sentença condenatória transitada em 
julgado, tendo em vista que o pedido revisional possui efeito suspensivo. 
 
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CASO CONCRETO 
 
(OAB) Caio, na qualidade de diretor financeiro de uma conhecida empresa de fornecimento de 
material de informática, se apropriou das contribuições previdenciárias devidas dos 
empregados da empresa e por esta descontadas, utilizando o dinheiro para financiar um 
automóvel de luxo. A partir de comunicação feita por Adolfo, empregado da referida empresa, 
tal fato chegou ao conhecimento da Polícia Federal, dando ensejo à instauração de inquérito 
para apurar o crime previsto no artigo 168-A do Código Penal. Ao final do inquérito policial, os 
fatos ficaram comprovados, também pela confissão de Caio em sede policial. Nessa ocasião, 
ele afirmou estar arrependido e apresentou comprovante de pagamento das contribuições 
previdenciárias devidas ao INSS, pagamento realizado após a instauração da investigação. 
Assim, o delegado encaminhou os autos ao Ministério Público Federal, que denunciou Caio 
pelo crime previsto no artigo 168-A do Código Penal, tendo a inicial acusatória sido recebida 
pelo juiz da vara federal da localidade. Após analisar a resposta à acusação apresentada pelo 
advogado de Caio, o aludido magistrado entendeu não ser o caso de absolvição sumária, 
tendo designado audiência de instrução e julgamento. Com base nos fatos narrados no 
enunciado, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a 
fundamentação legal pertinente ao caso. 
 
a) Qual é o meio de impugnação cabível à decisão do Magistrado que não o absolvera 
sumariamente? 
 
R: Caberia (HC) habeas cor pus, uma vez que não ha previsão de recurso contra a 
decisão que não absolverá sumariamente o acusado, sendo cabível ação mandamental, 
conforme estabelece o art. 647 e seguintes do CPP. 
 
b) A quem a impugnação deve ser endereçada? 
 
R: O Habeas Corpus deverá entrar no TRF da respectiva região em que o processo 
está tramitando. 
 
c) Qual fundamento deve ser utilizado? 
 
R: Extinção da punibilidade pelo pagamento do débito, quanto a o delito previsto no 
art. 168 A. CP, e, após, restando apenas acusação pertinente a sonegação de tributo de 
natureza esta dual, incompetência absoluta, em razão da matéria. A sum. vinculante n º 
24 do STF, estabelece que a discussão do paga mento d o tributo n a esfera 
administrativa impede a propositura da ação penal. 
 
Exercício Suplementar 
 
(MP-PR) Sobre habeas corpus, analise as assertivas abaixo e responda I. O habeas 
corpus destina-se apenas a proteger a liberdade de locomoção, o direito de ir e vir, não 
se presta à tutela de outros direitos. II. Não cabe habeas corpus para trancamento de 
inquérito policial, pois não se trata de direito de locomoção. III. O habeas corpus requer 
prova pré-constituída, pois não admite dilação probatória. Assim, fundamentada na 
inocência do paciente a ordem de habeas corpus somente pode ser concedida quando a 
alegada inocência estiver comprovada de plano e cabalmente. IV. O habeas corpus pode 
ser impetrado por qualquer pessoa, ainda que sem capacidade postulatória, ou pelo 
próprio Ministério Público. 
 
a) Todas estão corretas; 
 b) Apenas I, II e IV estão corretas; 
c) Apenas I, III e IV estão corretas; 
d) Apenas II, III e IV estão corretas; 
e) Apenas I e II estão corretas. 
 
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CASO CONCRETO 
 
Revisão de todo o conteúdo Aplicação Prática Teórica 
 
1) Tício e Caio foram acusados de receberem vultosa quantia em dinheiro através de emissão 
de duplicatas sem causa debendi, causando prejuízo a terceiros, tendo o Ministério Público 
capitulado a infração no artigo 172 do Código Penal (crime de duplicata simulada). Na 
sentença, o juiz concordou com a narrativa fática, condenando os acusados nas penas do 
artigo 171, caput do Código Penal (crime de estelionato). Com base nisto, responda: 
 
a) A hipótese retratada é de Emendatio ou Mutatio Libelli? Justifique a sua resposta ; 
 
R: De acordo com a emendatio libelli, o juiz, quando da sentença, verificando que a 
tipificação não corresponde aos fatos narrados na petição inicial, poderá de ofício apo 
ntar sua correta definição jurídica. Assim, dispõe o C PP sobre a matéria: Art.383. O 
juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa , poderá 
atribuir –lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de 
aplicar pena mais grave. 
 
 
b) A situação apresentada no enunciado poderia ocorrer em grau de 2 instância? 
Fundamente a sua resposta: 
 
 
R: Emendatio libelli em grau de recurso: É possível que o tribunal, no julgamento de um 
recurso contra a sentença, faça emendatio libelli, desde que não ocorra reformatio in 
pejus (STJ HC 879 84 / SC). 
 
 
2) No que consiste o Princípio da Congruência ou da Correlação? Fundamente a sua 
resposta: 
 
R: O PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA TRATA DE UMA PROIBIÇÃO AO MAGISTRADO. Não 
poderá o juiz conceder nada a mais ( ultra petita) ou diferente do que foi pedido 
(extra petita). Assim, como não poderá fundamentar-se em causa de pedir diferente 
da narrada pelo aut or; caso não seja observado esse princípio a sentença será 
considerada nula. 
 
 
3) Em uma colisão de veículos, uma das vítimas sofre lesões corporais. Ela é levada a 
um hospital particular, onde fica internada por alguns dias. Quando sai do hospital, as 
lesões já estão imperceptíveis e a vítima não comparece ao Instituto Médico Legal para 
fazer o exame de corpo de delito. O Ministério Público oferece a denúncia instruída com 
os exames feitos no hospital em que a vítima foi atendida e arrola o médico responsável 
como testemunha. Assinale a resposta que descreve o procedimento correto: 
 
a) O juiz deve rejeitar a denúncia, pois o exame de corpo de delito feito por perito oficial é 
indispensável, não havendo no caso justa causa para a ação penal; 
b) O juiz deve receber a denúncia pois a falta do exame de corpo de delito pode ser 
suprida por outras provas, notadamente a prova testemunhal, no caso de 
desaparecimento dos vestígios; 
c) O juiz deve receber a denúncia pois a falta do exame de corpo de delito pode ser suprida 
pela confissão do acusado, desde que feita perante o juiz e na presença do defensor; 
d) O juiz deve rejeitar a denúncia pois o desaparecimento das lesões exclui o crime de lesão 
corporal, inexistindo infração penal a ser apurada na hipótese; 
e) O juiz deve suspender o recebimento da denúncia e intimar as partes para que formulem 
quesitos ao médico responsável pelo exame, de modo a suprir a falta de exame de corpo de 
delito. 
 
4) Ticio está residindo na França mas em endereço desconhecido. Nesse caso, a sua 
citação far-se-á por: 
 
a) Edital; 
b) Carta Rogatória; 
c) Carta Precatória; 
d) Carta com aviso de recebimento; 
e) Hora certa no respectivo consulado. 
 
 5) Determinado delegado de polícia obtém autorização judicial para proceder a 
interceptação telefônica em inquérito instaurado para apurar tráfico de entorpecentes. 
No curso da interceptação, a polícia consegue provas de que Semprônio, parte 
integrante da quadrilha, matou um desafeto. O advogado de defesa de Semprônio alega 
judicialmente que a prova do homicídio seria uma prova ilícita pois a realização da 
interceptação teria sido autorizada somente para apurar suposto crime de tráfico, 
delimitando assim o alcance da diligência. Com base nisto, responda: A alegação da 
defesa é procedente? Fundamente a sua resposta: 
 
R: Há duas correntes dou trinarias para questão: 
 
1ª corrente: a interceptação é válida como prova do novo crime ou criminoso 
descoberto fortuitamente, desde que seja conexoc om o crime p ara o qual foi 
autorizada a interceptação telefônica. Assim, se não houver a conexão, a 
interceptação só serve como “ noticia criminis” para iniciar uma nova investigação 
em relação a esse novo crime ou criminoso. Esta corrente prevalece na doutrina 
brasileira. 
 
 2ª corrente: a interceptação é válida como prova do crime ou criminoso 
descoberto fortuitamente, mesmo se não houver conexão com o crime para o 
qual foi solicitada a interceptação telefônica, mas desde que relacionada com o 
fato criminoso objeto da investigação. Esta corrente vem prevalecendo na 
jurisprudência, pois o Estado não pode se manter inerte diante da notícia de um crime 
( STJ, RHC 34.280; STJ HC 33.462 e STF AI no AR 71.706). Diante das duas correntes, 
cabe salientar que a 2ª encaixa na proposta da defesa, portanto é ilícita para 
atuar no feito, porém ser instaurado IP para apuração do ilícito descoberto.