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Evolução da Inclusão de Pessoas com Deficiência

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Período de Exclusão
Esse período é marcado pela total discriminação relacionada às pessoas com algum tipo de deficiência. Desde a Antiguidade, tais indivíduos eram considerados doentes, amaldiçoados, endemoninhados ou inferiores. Por isso, eles eram tolhidos do convívio social, isso quando não eram abandonados à própria sorte ou, em momentos extremos, até mortos.
 
O máximo que se tinha era a prática da caridade religiosa que, por questões metafísicas e de fé, acolhia uma pessoa com deficiência, a fim de que tal atitude reverberasse na eternidade do que praticasse esse bem. Essa práxis religiosa abriu a porta para o assistencialismo, um tipo de benevolência que atende, mas não inclui o beneficiado.
 
Período de segregacao
O conceito religioso de caridade, numa perspectiva assistencialista, entendeu que as pessoas deficientes deveriam ser atendidas sistemática e organizadamente. Esse é o período da institucionalização dos indivíduos. Nesse período surgiram as santas Casas de Misericórdia.
 
Nesse período de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, as pessoas com necessidades especiais passaram a ter o apoio de tais instituições, mas continuavam cerceadas da sociedade.
 
A grande mudança ocorrida nesse período, provocada pelo Renascimento, foi a substituição da explicação metafísica para um explicação científica. Isso quer dizer que, pessoas com deficiência deixaram de ser endemoninhadas ou amaldiçoadas para serem apenas doentes. Mudou a percepção das causas, mas o indivíduo com necessidades especiais continuou tolhido dos seus direitos de cidadão.
 
Período de integração 
Quando o portador de deficiência começou a ter acesso à classe regular, desde que se adaptasse e não causasse nenhum transtorno ao contexto escolar. Embora a bandeira da integração já tivesse sido defendida a partir do final dos anos 60, nesse novo momento houve uma mudança filosófica em direção à idéia de educação integrada,deficientes nas classes comuns ou, pelo menos, em ambientes o menos restrito possível. Foi nessa fase que surgiram as classes especiais dentro das escolas,mas não por motivos humanitários e sim para garantir que as crianças deficientes não atrapalhassem no ensino ou não absorvessem os professores.Essa fase utilizou-se os testes de inteligência para identificar e selecionar apenas as crianças com potencial acadêmico.
 
Período de inclusão
 Atualmente, o conceito de integração foi substituído pelo de inclusão. No Brasil, foi a partir da década de 1990, por força de lei, que tal conceito começou a ser implantado. Muita coisa mudou para melhor. No entanto, ainda estamos engatinhando no que diz respeito à educação inclusiva.
 
Há ainda muita dúvida sobre que tipo de inclusão deve ser aplicado. Por exemplo, o modelo de inclusão total tem encontrado muita resistência e, diante de muitos argumentos contrários, não se apresenta como opção viável ainda.
 
O que se pode perceber, como prática prevalente, é a manutenção de serviços segregados: professores especiais, salas especiais de apoio etc. Os investimentos são poucos, a fiscalização da aplicação dos recursos é deficiente e os profissionais da educação ainda não estão preparados para a inclusão total. Contudo, houve muito avanço, e há esperança de que a democratização do ensino alcance, cada vez mais, os alunos com necessidades especiais.

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