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Psicologia Médica II - A2 - FCMS-JF - RESUMO

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1 
PSICOLOGIA MÉDICA II – FCMS/JF – A2-1/2018 – LUCAS SILVA 
1. Relatos de Caso 
 A) Terri Schiavo 
- Ficou em coma por 15 anos após acidente e após houve disputa judicial entre pais e marido 
para qual conduta a ser tomada. ‘Até que ponto manter a vida?’ 
 - Ato de assassinato? 
 - Ato de misericórdia? 
* O paciente se transforma em virtuais prisioneiros da vida. 
 B) A morte do Papa João Paulo II 
 - Antes de sua PCR decidiu não ser transferido para o hospital. 
2. Ato falho 
- O LIMITE DO ESFORÇO TERAPÊUTICO (termo correto) 
 X 
- O ESFORÇO DO LIMITE TERAPÊUTICO (ato falho) 
 . Os sentidos atribuídos ao processo do morrer sofrem variação seguindo o momento 
histórico e o contexto sócio-culturais. 
 . O morrer não é então, apenas um fato biológico, mas um processo constituído 
socialmente. 
FREUD -> No fundo ninguém crê em sua própria morte, no inconsciente cada um de nós está 
convencido de sua própria morte. 
 
3. Transitoriedade (1916) 
 ‘’A imortalidade é produto de nossos desejos’’ 
 
4. Por FREUD 
 a) Luto e melancolia (1917) 
 - Luto como reação a uma perda 
 - Luto (vazio, o mundo se torna) x melancolia (o ego se torna vazio) 
 b) Além do princípio do prazer (1920) 
 - Toda substância viva está fadada a morrer 
 - Pulsão de vida x Pulsão de morte 
 c) O ego e o Id (1923) 
 - O medo da morte seria ‘’um desenvolvimento do medo da castração’’. (exemplifica 
com o parto, o seio materno e as fezes’’. 
 d) O mau estar na civilização (1930) 
 - Tudo que parava de funcionar colocava algo no lugar para substituir a negação/perda 
 - Deus da prótese 
 - Negamos algo que seja natural 
 
 
 
 
 
 2 
5. História da Morte no Ocidente (Philippe Aries) 
 
 I) A morte domada 
 - A morte do cavaleiros medievais 
 - O homem sabia que iria morrer 
 - Dever do médico advertir o paciente 
 - Ao morrer: cerimônia pública e organizada, simples sem caráter dramático 
 - Descanso do guerreiro 
 - Morte gradual, na qual o indivíduo e os familiares podem se preparar espiritualmente e 
 emocionalmente. Era natural a presença de muitas pessoas em redor do enfermo, inclu- 
 sive crianças, de maneira cerimonial. Atualmente, o ritual da morte, mesmo quando a 
 família sabe que perderá o ente querido, é mais trágico e vivido com mais prazer. 
II) A morte de si mesmo ( Séc XI e XII) 
 - Personalização dos túmulos 
 - Acredita-se no juízo final 
 - Aproximação de ideais: morte, reconhecimento da biografia própria. 
 - Antes a morte era entendida como uma das grandes leis da natureza humana. Com o 
 passar do tempo, a morte foi individualizada através dos conceitos religiosos, com o 
 juízo final e a adoção de sepulturas. 
III) A morte do outro ( Séc XVIII) 
 - Morte Romantizada = Assistência prestada ao moribundo é cheia de emoções 
 - Tanatos e Eros (nossas porções de vida e morte). 
 - A simples ideia de morte causa intolerância a separação. 
 - A morte não é do indivíduo mas também de seus próximos. 
 - Os rituais de morte passam a ter caráter emotivo, cujo objetivo é a despedida do ente 
 querido pela família. Instituem-se os velórios marcados pela histeria coletiva e 
 demonstração de sofrimento pela perda do ente. 
IV) A morte interdita ( Séc XX) 
 - Morte torna-se vergonhoso, objeto de interdição 
 - Verdade começa a incomodar 
 - Tentativa de proteger o doente 
 - Tentativa de poupar os sobreviventes 
 - O luto é interdito: 
 a) hospital: local onde nasce e morre 
 b) a morte deixa de ser natural e passa ser técnica 
 - A morte torna-se parcelada 
 - A pessoa não morre como um todo 
 - Diminui a morte e prolonga a vida 
 - Ocultamento da morte visa proteger o hospital 
 - Redefinir a morte surge uma problemática 
 - Fronteiras da morte e do morrer são alterados 
 - A morte se transformou em um tabu social, já que atualmente, ela ocorre 
 principalmente nos hospitais, com o enfermo sozinho. Evita-se, por exemplo, revelar 
 a um paciente grave a sua real condição desviando-se do assunto morte. Desse 
 morte. Desse modo, a morte deixa de ser natural e passa a ser algo evitado, deven- 
 do a equipe médica salvar o paciente a qualquer custo (morte como falha humana). 
 percebe-se, nos dias atuais uma tendência à falsa aceitação da morte (‘’logo vai pas- 
 sar’’, ‘’a pessoa está em um lugar melhor’’, ‘’a vida continua’’) e medicalização do luto. 
 
 3 
LACAN. 
 ‘’ A morte que a vida leva e a morte que leva a vida’’ 
 - Passa a construir algo com isso 
- A equipe de saúde diante da morte para salvar e prolongar a vida. 
 - Promovendo a Saúde 
 
6. O Choque da morte 
 
 - O profissional não salva sempre e nem sempre salva bem. 
 - Dificuldade na comunicação clara sobre o diagnóstico ao paciente e seus familiares. 
 - Uso ou não de determinados procedimentos que passam ou não prolongar a vida. 
 
7. Cuidar x Curar e os Limites da terapêutica 
 - Até meados do século XX, o lugar da morte era o ambiente doméstico, na presença de 
familiares e amigos. Porém com o avanço das tecnologias médicas e a introdução da UTI, 
houve o aumento da expectativa de vida e doenças crônicas. Dessa forma, a vida pôde ser 
prolongada artificialmente através de aparelhos. Assim, a morte passou a ocorrer no interior 
dos hospitais, com exclusão dos familiares. 
 - Atualmente, percebe-se a relutância do retorno de pacientes graves para casa, pois espera-
se que a equipe médica possa utilizar todos os recursos heroicamente na tentativa de salvar o 
paciente, sendo preferível mantê-lo internado. Os conflitos éticos com relação à morte digna 
geram muitos debates entre médicos, familiares e religiosos. 
 - O golpe da medicina 
 - Qual o limite toda terapêutica? 
 - Quando podem e/ou devem ser desligados os aparelhos para a manutenção da vida? 
 * CÓDIGO DE ÉTICA 
 Imposto pelo conselho federal de medicina 
 - Respeitar a vontade do paciente 
 - Autonomia para decidir 
 A) EUTANÁSIA 
 - Droga que leva a morte do paciente 
 - Suicídio auxiliado pelo médico: Prescrição de alguma substancia letal ao paciente, 
 administrado por esta. 
A) Ativa – médico produz diretamente a morte 
B) Passiva – omissão, ausência de ação do médico 
C) Voluntária- paciente declara que deseja morrer 
D) Não voluntária- não se sabe o desejo do paciente 
E) Involuntária- ocorre contra o desejo do paciente, homicídio doloso 
 B) DISTANÁSIA 
 - Prolongamento do processo de morte 
 - Menor qualidade de vida e dignidade 
 - Manter o paciente vivo a qualquer custo. 
 C) ORTOTANÁSIA 
 - Remoção terapêutica pelo médico, vital para manutenção da vida do paciente que 
 Levaa morte. 
 - Legalizado no Brasil / não existe consenso na literatura do que fazer. 
 
 
 
 4 
8. Cuidados Paliativos 
 - Paliativo – Palliare, Pallium – Proteger, cobrir com capa. 
 - Lidar com a morte como uma condição e não mais negação. 
 a) Cicely Saunders 
 - Mãe dos cuidados paliativos 
 - Indicações: 
 - CA; IC; Falência, DPOC , Doenças crônicas (usando qualidade de vida) 
 - História: 
 1967 (1º hospices) – pessoas vai para morrer de forma acolhida. 
 1986 – Brasil INCA 
 - Do silêncio e negação, passou -se a discussão da morte 
 b) Princípios dos cuidados paliativos 
 1) Promover o alívio da dor e outros sintomas desagradáveis 
 2) Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal da vida 
 3) Não acelerar nem adiar a morte 
 4) Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado do paciente 
 5) Oferecer um sistema de suporte que possibilite o paciente viver tão ativamente 
 quanto possível, até o momento de sua morte. 
 6) Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do 
 paciente e a enfrentar o luto 
 7) Abordagem multiprofissional para forcar as necessidades dos pacientes e seus 
 familiares, incluindo acompanhamento no luto 
 8) Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença 
 9) Deve ser iniciado o mais precocemente possível 
 
9. A morte e a Criança 
 - Na fase pré-operativa do desenvolvimento cognitivo, as crianças enxergam a morte como 
uma ausência temporária e reversível, como uma partida ou sono. Tal pensamento mágico 
é reforçado pelos familiares (‘’a vovó foi viajar, já volta’’) e por desenhos animados, em que 
personagens morrem e logo voltam a vida. As crianças podem desenvolver um brincar mais 
agressivo e aumento dos pesadelos, na medida em que a ausência do ente querido se 
prolonga e há sensação de incômodo e percepção da tristeza nos familiares. 
- 6 aos 9 anos, a criança encara a morte como concreta e passa a personifica-la. 
- Na transição para a adolescência, a morte é tida como universal a todo os seres vivos e 
irreversível. 
 - De modo geral, a criança vivencia a experiência da morte de entes queridos com a sensação 
de desamparo e tristeza, pois, além da perda do ente, os adultos passam a lhe dar menos 
atenção. Algumas crianças podem retroceder em seu desenvolvimento (infantilização, 
enurese, ansiedade), apresentar isolamento social e sintomas psicossomáticos. 
- Na visão psicanalítica, a morte do outro pode representar uma ferida narcísica, já que reforça 
nossa incompletude humana e nos revela nossa própria efemeridade, ao destroçar a ilusão de 
onipotência. 
- No caso de pacientes pediátricos terminais, toda a família adoece e passa pelas fases do luto. Alguns 
pais tentam impedir que a criança participe da terapêutica, adotando comportamento protetor e 
fóbico. É interessante fazer com a criança se sinta valorizada e reforçar sua importância no contexto 
familiar. O brinquedo no ambiente hospitalar pode dar vazão às fantasias e conceitos errôneos sobre a 
própria morte, os quais podem ser explorados pelo profissional de saúde. 
 
 5 
 
10. Transmissão de uma má notícia 
 A) Esperada 
 B) Súbita 
 - A palavra reveste-se em um grande poder. 
 - Reações adversas 
 
 - PROTOCOLO DE SPIKES 
 
 
Tabela 1: 
 A – Preparação adiantada 
 B – Construir ambiente/ Relação terapêutica 
 C - Boa Comunicação 
 D – Lidar com a morte do paciente e as reações da família 
 E – Encorajar e validar/dar suporte para as emoções 
 
 6 
11. Person 
 A) Person: tem que dar a notícia pessoalmente, e não por telefone. 
 B) In time: Notificar quanto antes. 
 C) In pairs: Nunca dar a notícia para uma pessoa sozinha. 
 D) Linguagem planejada: falar devagar, claro, objetivamente, sem tentar justificar. 
 E) Empatia: se atentar ao aspecto emocional na hora da notícia. 
 
12. Fases do LUTO 
 
 
1) Negação: Seria uma defesa psíquica que faz com que o indivíduo acaba negando o 
problema. 
2) Raiva: Nessa Fase o indivíduo se revolta com o mundo, se sente injustiçada e não se 
conforma por estar passando por isso. 
3) Depressão: Nessa fase a pessoa se retira para seu mundo interno, se isolando, melancólica e 
se sentindo impotente diante da situação. 
4) Barganha: Já nessa fase que o indivíduo começa a negociar, começando com si mesmo, 
acaba querendo dizer que será uma pessoa melhor se sair daquela situação, faz promessas, diz 
ser uma pessoa melhor. 
5) Aceitação: É o estágio em que o indivíduo não tem desespero e consegue enxergar a 
realidade como realmente é, ficando pronto para enfrentar a perda ou a morte. 
 
13. Luto e melancolia 
 - O inconsciente não possui registro da morte e, portanto, esta permanece restrita ao 
campo da fantasia a partir da morte dos outros. O Inconsciente se percebe como imortal 
 - FREUD: em seu texto ‘’Luto e melancolia’’, ele classifica o luto como ‘’reação à perda de 
um ente querido’’ e ‘’embora o luto envolva graves afastamentos daquilo que constitui a 
atitude normal da vida, jamais nos o corre considera-lo como sendo uma condição patológica e 
submetê-lo a tratamento médico’’. Partindo desses princípios, o Pai da psicanálise passa a 
descrever os mecanismos psíquicos do trabalho de luto. 
 
 
 
 
 
 
 7 
 - Após a perda do ente querido: 
 -Tem-se uma espécie de teste de realidade, no qual a consciência da perda nos 
 força a retirar a libido do objeto perdido, Ocorre, por conseguinte, uma natural 
 resistência a esta desconexão libidinal. Caso haja grande oposição, pode haver 
 um desvio grave da realidade e a gênese de um fenômeno psicótico com 
 sintomas alucinatórios (mecanismo de foraclusão elaborado por LACAN). 
 - Normalmente, o sujeito obedece a realidade dolorosa que lhe é imposta e após grande 
 e após grande dispêndio de tempo e energia catexial, prolonga, prolonga psíquica- 
 mente a existência do objeto e hipercatexiza determinadas lembranças. Logo após, 
 pode entrar em cena o insidioso desligamento libidinal que liberta o ego. 
 - NASIO – coloca o luto como uma reação narcísica, em que a perda do ente querido 
representa a perda do sustentáculo da projeção de nosso ideal, ou seja, figura que nos legitima 
como objeto de desejo e amor (objeto fálico imaginário) . 
 
14. Conceito de Morte 
 A) Universalidade: todas as coisas vão morrer. 
 B) Não-funcionalidade: as funções vitais se encerram após a morte. 
 C) Irreversibilidade: a morte é irrevogável, um ser vivo quando morre não volta mais a 
viver. 
 - Usado para se referir ao processo irreversível de cessamento das atividades biológicas 
necessárias à caracterização e manutenção da vida em um sistema outrora classificado como 
vivo. 
 
15. Experiências quase morte 
 - Referem-se a formas de consciência transcendental ou estado alternativo de consciênciaque acomete o indivíduo que se encontra em um estado fisiológico extremo. 
 - Pacientes relatam que flutuam, saem do próprio corpo, encontram seres espirituais e 
luzes no fim do túnel. 
 - Não se pode afirmar, a partir das evidências científicas atuais se tais fenômenos se 
devem puramente a eventos neuropsicológicos ou experiências religiosas/paranormais. O fato 
é que a espiritualidade determina diversas crenças e comportamentos dos pacientes, e o 
trabalho psicoterápico deve levar em consideração tais fatores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
 
RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES DE PSICOLOGIA A2 
1) A morte afeta, lógico, o paciente e sua família, mas também o médico, que deve tomar 
várias decisões (como até onde ir com tratamento, como dar a notícia, o que fazer para a 
aliviar o sofrimento, entre outras). Isso é mais preocupante porque a nossa cultura não discute 
muito sobre a morte, e ela é sempre evitada quando pode. Até 2005, na verdade, o objetivo 
da medicina era evitar a morte a qualquer custo. Isso foi mudado devido a alguns casos que 
foram para a mídia, e o tempo ’’prolongamento do processo morrer’’ começou a ser discutido, 
questionando qual é o real limite da terapêutica. Vemos muito essa questão no CTI, onde o 
paciente fica sendo mantido vivo pela enorme quantidade de aparelhos, como se a morte dele 
fosse adiada. Com essas discussões, a partir de 2009, a ortotanásia foi aceitada pelo código de 
ética médica. A partir de então, passou a ser mais comentado o limite do esforço terapêutico 
do que o esforço do limite terapêutico. Em algum momento do curso da doença do paciente, 
essa terapêutica deixa de ser útil, e passa a ser fútil, e é necessário inserir a possibilidade da 
morte no tratamento. 
 
Resolução: 
 Até meados do séc XX , o lugar da morte era o ambiente doméstico, na presença de familiares 
e amigo. Porém, com o avanço das tecnologias médicas e a introdução de unidades de terapia 
intensiva (UTIs), houve aumento da expectativa de vida e doenças crônicas. Dessa forma, a vida 
pôde ser prolongada artificialmente através de aparelhos. Assim, a morte passou a ocorrer no 
interior dos hospitais, como exclusão dos familiares, sendo que os horários de visita eram 
escassos ou inexistentes. Atualmente, percebe-se relutância no entorno de pacientes graves para 
casa, pois espera-se que a equipe médica possa utilizar todos os recursos heroicamente na 
tentativa de salvar o paciente, sendo preferível mantê-lo internado. Os conflitos éticos com 
relação à morte digna geram muitos debates entre médicos familiares e religiosos. 
 
 
2) Os princípios dos cuidados paliativos são ele: 
 
Resolução: 
 
 1) Promover o alívio da dor e outros sintomas desagradáveis 
 2) Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal da vida 
 3) Não acelerar nem adiar a morte 
 4) Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado do paciente 
 5) Oferecer um sistema de suporte que possibilite o paciente viver tão ativamente 
 quanto possível, até o momento de sua morte. 
 6) Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do 
 paciente e a enfrentar o luto 
 7) Abordagem multiprofissional para forcar as necessidades dos pacientes e seus 
 familiares, incluindo acompanhamento no luto 
 8) Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença 
 9) Deve ser iniciado o mais precocemente possível 
 
 
 
 9 
3) ‘’O médico prescreve a si mesmo’’ e significa que o médico, ao prescrever medicamentos 
para a pessoa que atente, também prescreve a si mesmo, em doses que muitas vezes que 
desconhece, deixando que ocorra uma resposta que pode ser terapêutica (sua função como 
droga pode causar benefícios à pessoa) ou não (sua função como droga pode levar a efeitos 
adversos à pessoa). Diante disso, observa-se a importância que Balint dá ao ensino-
aprendizagem da relação médico-paciente, pois se o profissional tem um ‘’efeito droga’’ 
intrínseco à sua atuação, precisa aprender a usá-lo 
 
Resolução: 
 Adequadamente. A função ‘’droga’’ ou a capacidade de interferir de forma inconsciente no 
curso do tratamento, assumida pelo médico ou qualquer profissional de saúde, faz com que as 
pessoas tenham uma boa adesão ao tratamento e uma melhora importante em seus processo 
saúde-doença, ou, ao contrário, pode levar a uma piora, com desistência e abandono da 
terapêutica, aumentando a demanda em setores de urgência ou mesmo mantendo grandes 
filas no atendimento primário. Essa função ‘’droga’’ está relacionada a transferência que o 
ocorre entre o profissional e a pessoa atendida por ele. A transferência permite criar laços com 
o paciente, abrindo caminhos para o psiquismo. Essa transferência é subdividida em positiva e 
negativa. Onde a positiva é grande aliada no processo terapêutico e negativo se refere à 
hostilidade e ódio lançados direcionados ao analista. 
 
4) Conceitos da morte 
 
Resolução: 
 A) Universalidade: todas as coisas vão morrer. 
 B) Não-funcionalidade: as funções vitais se encerram após a morte. 
 C) Irreversibilidade: a morte é irrevogável, um ser vivo quando morre não volta mais a viver. 
 - Usado para se referir ao processo irreversível de cessamento das atividades biológicas 
necessárias à caracterização e manutenção da vida em um sistema outrora classificado como 
vivo. 
 
5) Entramos com os cuidados paliativos. São Ações prestadas ao paciente com doença 
progressiva e irreversível e aos seus familiares. Preza-se pelo controle da dor, alívio dos sintomas, 
e cuidados sociais e espirituais. A principal referência é o Manual de Cuidados Paliativos. A morte 
passa a ser incluída no tratamento. Notamos que o ser humano tem o desejo de ter uma morte 
‘’bonita’’, que é aquela sem sofrimento, em que o indivíduo consegue se despedir das pessoa. E 
isso é o que os cuidados paliativos prezam por fazer. 
 
6) Já sobre transferência e contratransferência em FREUD. São fenômenos ligados à sexualidade 
inconsciente suavizado e exteriorizado em sentimento de empatia, confiança, simpatia, 
antipatia e ódio. A transferência nos remete à reedição parentais no presente momento, uma 
espécie de deslocamento do afeto de uma figura para outra. Ela permite criar laços com o 
paciente, abrindo caminho para o psiquismo todavia, este mesmo mecanismo é capaz de operar 
como resistência. Essa transferência é subdividida em positiva e negativa. Onde a positiva é 
grande aliada no processo terapêutico e negativo se refere à hostilidade e ódio lançados 
direcionados ao analista. 
 
 
 
 10 
7) Person’s: 
 A) Person: tem que dar a notícia pessoalmente, e não por telefone. 
 B) In time: Notificar quanto antes. 
 C) In pairs: Nunca dar a notícia para uma pessoa sozinha. 
 D) Linguagem planejada: falar devagar, claro, objetivamente, sem tentar justificar. 
 E) Empatia: se atentar ao aspecto emocional na hora da notícia. 
 
8) O que o trabalho do luto segundo FREUD 
 O inconsciente não possui registro da morte e, portanto, esta permanece restrita ao campo 
da fantasia a partir da morte dos outros. O Inconsciente se percebe como imortal. FREUD: em 
seu texto ‘’Luto e melancolia’’, ele classifica o luto como ‘’reação à perda de um ente querido’’ 
e ‘’embora o luto envolva gravesafastamentos daquilo que constitui a atitude normal da vida, 
jamais nos o corre considera-lo como sendo uma condição patológica e submetê-lo a tratamento 
médico’’. Partindo desses princípios, o Pai da psicanálise passa a descrever os mecanismos 
psíquicos do trabalho de luto. 
 
9) 3 conceitos básicos de morte na infância 
 Na fase pré-operativa do desenvolvimento cognitivo, as crianças enxergam a morte como 
uma ausência temporária e reversível, como uma partida ou sono. Tal pensamento mágico 
é reforçado pelos familiares (‘’a vovó foi viajar, já volta’’) e por desenhos animados, em que 
personagens morrem e logo voltam a vida. Dos 6 aos 9 anos, a criança encara a morte como 
concreta e passa a personifica-la. Na transição para a adolescência, a morte é tida como 
universal a todo os seres vivos e irreversível. 
 
 10) Falar o nome de um dos mecanismos de transmissão de má notícia, Spikes, Person in 
time, ABCDE. 
 
a) ABDCDE 
 A – Preparação adiantada 
 B – Construir ambiente/ Relação terapêutica 
 C - Boa Comunicação 
 D – Lidar com a morte do paciente e as reações da família 
 E – Encorajar e validar/dar suporte para as emoções 
b) SPIKES 
1) Preparando para o encontro 
2) Percebendo o paciente 
3) Convidando para o diálogo 
4) Transmitindo informação 
5) Expressando emoções 
6) Resumindo e organizando estratégias 
 c) In Person 
A) Person: tem que dar a notícia pessoalmente, e não por telefone. 
B) In time: Notificar quanto antes. 
C) In pairs: Nunca dar a notícia para uma pessoa sozinha. 
D) Linguagem planejada: falar devagar, claro, objetivamente, sem tentar justificar. 
E) Empatia: se atentar ao aspecto emocional na hora da notícia. 
 
 
 
 11 
11) Alta Taxonomia —> Foco em Distanásia 
- Morte lenta, ansiosa e com sofrimento; 
-Obstinação terapêutica; futilidades médicas —> termos sinônimos 
- Termo aplicado para escrever o prolongamento exagerado da morte do paciente, na qual 
são feitos tratamentos terapêuticos inúteis; 
- Discussões —> até que ponto a tentativa de cura pode ultrapassar o direito a uma morte 
digna; 
- Distanásia contradiz a morte digna 
- Doente deixa de ser tratado apenas para seu próprio benefício, e passa a ser “coisificado” 
em prol de tratamentos que visam aliviar mais o sentimento errôneo de culpa diante da 
morte por parte do médico do que aliviar o sofrimento do paciente; 
- CTI —> local onde a prática da distanásia é mais frequente; 
 
12) Diretrizes antecipadas (testamento vital e mandato duradouro) 
- Testamento vital: documento em que os pacientes expõem suas vontades acerca de quais 
tratamentos serão realizados caso se encontrem em estado terminal; 
- Mandato duradouro: nesse caso, o paciente indica uma pessoa capaz de tomas as decisões 
a cerca dos seus desejos de cuidados e etc quando estiver incapaz de manifestar sua 
vontade;

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