Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 PSICOLOGIA MÉDICA II – FCMS/JF – A2-1/2018 – LUCAS SILVA 1. Relatos de Caso A) Terri Schiavo - Ficou em coma por 15 anos após acidente e após houve disputa judicial entre pais e marido para qual conduta a ser tomada. ‘Até que ponto manter a vida?’ - Ato de assassinato? - Ato de misericórdia? * O paciente se transforma em virtuais prisioneiros da vida. B) A morte do Papa João Paulo II - Antes de sua PCR decidiu não ser transferido para o hospital. 2. Ato falho - O LIMITE DO ESFORÇO TERAPÊUTICO (termo correto) X - O ESFORÇO DO LIMITE TERAPÊUTICO (ato falho) . Os sentidos atribuídos ao processo do morrer sofrem variação seguindo o momento histórico e o contexto sócio-culturais. . O morrer não é então, apenas um fato biológico, mas um processo constituído socialmente. FREUD -> No fundo ninguém crê em sua própria morte, no inconsciente cada um de nós está convencido de sua própria morte. 3. Transitoriedade (1916) ‘’A imortalidade é produto de nossos desejos’’ 4. Por FREUD a) Luto e melancolia (1917) - Luto como reação a uma perda - Luto (vazio, o mundo se torna) x melancolia (o ego se torna vazio) b) Além do princípio do prazer (1920) - Toda substância viva está fadada a morrer - Pulsão de vida x Pulsão de morte c) O ego e o Id (1923) - O medo da morte seria ‘’um desenvolvimento do medo da castração’’. (exemplifica com o parto, o seio materno e as fezes’’. d) O mau estar na civilização (1930) - Tudo que parava de funcionar colocava algo no lugar para substituir a negação/perda - Deus da prótese - Negamos algo que seja natural 2 5. História da Morte no Ocidente (Philippe Aries) I) A morte domada - A morte do cavaleiros medievais - O homem sabia que iria morrer - Dever do médico advertir o paciente - Ao morrer: cerimônia pública e organizada, simples sem caráter dramático - Descanso do guerreiro - Morte gradual, na qual o indivíduo e os familiares podem se preparar espiritualmente e emocionalmente. Era natural a presença de muitas pessoas em redor do enfermo, inclu- sive crianças, de maneira cerimonial. Atualmente, o ritual da morte, mesmo quando a família sabe que perderá o ente querido, é mais trágico e vivido com mais prazer. II) A morte de si mesmo ( Séc XI e XII) - Personalização dos túmulos - Acredita-se no juízo final - Aproximação de ideais: morte, reconhecimento da biografia própria. - Antes a morte era entendida como uma das grandes leis da natureza humana. Com o passar do tempo, a morte foi individualizada através dos conceitos religiosos, com o juízo final e a adoção de sepulturas. III) A morte do outro ( Séc XVIII) - Morte Romantizada = Assistência prestada ao moribundo é cheia de emoções - Tanatos e Eros (nossas porções de vida e morte). - A simples ideia de morte causa intolerância a separação. - A morte não é do indivíduo mas também de seus próximos. - Os rituais de morte passam a ter caráter emotivo, cujo objetivo é a despedida do ente querido pela família. Instituem-se os velórios marcados pela histeria coletiva e demonstração de sofrimento pela perda do ente. IV) A morte interdita ( Séc XX) - Morte torna-se vergonhoso, objeto de interdição - Verdade começa a incomodar - Tentativa de proteger o doente - Tentativa de poupar os sobreviventes - O luto é interdito: a) hospital: local onde nasce e morre b) a morte deixa de ser natural e passa ser técnica - A morte torna-se parcelada - A pessoa não morre como um todo - Diminui a morte e prolonga a vida - Ocultamento da morte visa proteger o hospital - Redefinir a morte surge uma problemática - Fronteiras da morte e do morrer são alterados - A morte se transformou em um tabu social, já que atualmente, ela ocorre principalmente nos hospitais, com o enfermo sozinho. Evita-se, por exemplo, revelar a um paciente grave a sua real condição desviando-se do assunto morte. Desse morte. Desse modo, a morte deixa de ser natural e passa a ser algo evitado, deven- do a equipe médica salvar o paciente a qualquer custo (morte como falha humana). percebe-se, nos dias atuais uma tendência à falsa aceitação da morte (‘’logo vai pas- sar’’, ‘’a pessoa está em um lugar melhor’’, ‘’a vida continua’’) e medicalização do luto. 3 LACAN. ‘’ A morte que a vida leva e a morte que leva a vida’’ - Passa a construir algo com isso - A equipe de saúde diante da morte para salvar e prolongar a vida. - Promovendo a Saúde 6. O Choque da morte - O profissional não salva sempre e nem sempre salva bem. - Dificuldade na comunicação clara sobre o diagnóstico ao paciente e seus familiares. - Uso ou não de determinados procedimentos que passam ou não prolongar a vida. 7. Cuidar x Curar e os Limites da terapêutica - Até meados do século XX, o lugar da morte era o ambiente doméstico, na presença de familiares e amigos. Porém com o avanço das tecnologias médicas e a introdução da UTI, houve o aumento da expectativa de vida e doenças crônicas. Dessa forma, a vida pôde ser prolongada artificialmente através de aparelhos. Assim, a morte passou a ocorrer no interior dos hospitais, com exclusão dos familiares. - Atualmente, percebe-se a relutância do retorno de pacientes graves para casa, pois espera- se que a equipe médica possa utilizar todos os recursos heroicamente na tentativa de salvar o paciente, sendo preferível mantê-lo internado. Os conflitos éticos com relação à morte digna geram muitos debates entre médicos, familiares e religiosos. - O golpe da medicina - Qual o limite toda terapêutica? - Quando podem e/ou devem ser desligados os aparelhos para a manutenção da vida? * CÓDIGO DE ÉTICA Imposto pelo conselho federal de medicina - Respeitar a vontade do paciente - Autonomia para decidir A) EUTANÁSIA - Droga que leva a morte do paciente - Suicídio auxiliado pelo médico: Prescrição de alguma substancia letal ao paciente, administrado por esta. A) Ativa – médico produz diretamente a morte B) Passiva – omissão, ausência de ação do médico C) Voluntária- paciente declara que deseja morrer D) Não voluntária- não se sabe o desejo do paciente E) Involuntária- ocorre contra o desejo do paciente, homicídio doloso B) DISTANÁSIA - Prolongamento do processo de morte - Menor qualidade de vida e dignidade - Manter o paciente vivo a qualquer custo. C) ORTOTANÁSIA - Remoção terapêutica pelo médico, vital para manutenção da vida do paciente que Levaa morte. - Legalizado no Brasil / não existe consenso na literatura do que fazer. 4 8. Cuidados Paliativos - Paliativo – Palliare, Pallium – Proteger, cobrir com capa. - Lidar com a morte como uma condição e não mais negação. a) Cicely Saunders - Mãe dos cuidados paliativos - Indicações: - CA; IC; Falência, DPOC , Doenças crônicas (usando qualidade de vida) - História: 1967 (1º hospices) – pessoas vai para morrer de forma acolhida. 1986 – Brasil INCA - Do silêncio e negação, passou -se a discussão da morte b) Princípios dos cuidados paliativos 1) Promover o alívio da dor e outros sintomas desagradáveis 2) Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal da vida 3) Não acelerar nem adiar a morte 4) Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado do paciente 5) Oferecer um sistema de suporte que possibilite o paciente viver tão ativamente quanto possível, até o momento de sua morte. 6) Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do paciente e a enfrentar o luto 7) Abordagem multiprofissional para forcar as necessidades dos pacientes e seus familiares, incluindo acompanhamento no luto 8) Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença 9) Deve ser iniciado o mais precocemente possível 9. A morte e a Criança - Na fase pré-operativa do desenvolvimento cognitivo, as crianças enxergam a morte como uma ausência temporária e reversível, como uma partida ou sono. Tal pensamento mágico é reforçado pelos familiares (‘’a vovó foi viajar, já volta’’) e por desenhos animados, em que personagens morrem e logo voltam a vida. As crianças podem desenvolver um brincar mais agressivo e aumento dos pesadelos, na medida em que a ausência do ente querido se prolonga e há sensação de incômodo e percepção da tristeza nos familiares. - 6 aos 9 anos, a criança encara a morte como concreta e passa a personifica-la. - Na transição para a adolescência, a morte é tida como universal a todo os seres vivos e irreversível. - De modo geral, a criança vivencia a experiência da morte de entes queridos com a sensação de desamparo e tristeza, pois, além da perda do ente, os adultos passam a lhe dar menos atenção. Algumas crianças podem retroceder em seu desenvolvimento (infantilização, enurese, ansiedade), apresentar isolamento social e sintomas psicossomáticos. - Na visão psicanalítica, a morte do outro pode representar uma ferida narcísica, já que reforça nossa incompletude humana e nos revela nossa própria efemeridade, ao destroçar a ilusão de onipotência. - No caso de pacientes pediátricos terminais, toda a família adoece e passa pelas fases do luto. Alguns pais tentam impedir que a criança participe da terapêutica, adotando comportamento protetor e fóbico. É interessante fazer com a criança se sinta valorizada e reforçar sua importância no contexto familiar. O brinquedo no ambiente hospitalar pode dar vazão às fantasias e conceitos errôneos sobre a própria morte, os quais podem ser explorados pelo profissional de saúde. 5 10. Transmissão de uma má notícia A) Esperada B) Súbita - A palavra reveste-se em um grande poder. - Reações adversas - PROTOCOLO DE SPIKES Tabela 1: A – Preparação adiantada B – Construir ambiente/ Relação terapêutica C - Boa Comunicação D – Lidar com a morte do paciente e as reações da família E – Encorajar e validar/dar suporte para as emoções 6 11. Person A) Person: tem que dar a notícia pessoalmente, e não por telefone. B) In time: Notificar quanto antes. C) In pairs: Nunca dar a notícia para uma pessoa sozinha. D) Linguagem planejada: falar devagar, claro, objetivamente, sem tentar justificar. E) Empatia: se atentar ao aspecto emocional na hora da notícia. 12. Fases do LUTO 1) Negação: Seria uma defesa psíquica que faz com que o indivíduo acaba negando o problema. 2) Raiva: Nessa Fase o indivíduo se revolta com o mundo, se sente injustiçada e não se conforma por estar passando por isso. 3) Depressão: Nessa fase a pessoa se retira para seu mundo interno, se isolando, melancólica e se sentindo impotente diante da situação. 4) Barganha: Já nessa fase que o indivíduo começa a negociar, começando com si mesmo, acaba querendo dizer que será uma pessoa melhor se sair daquela situação, faz promessas, diz ser uma pessoa melhor. 5) Aceitação: É o estágio em que o indivíduo não tem desespero e consegue enxergar a realidade como realmente é, ficando pronto para enfrentar a perda ou a morte. 13. Luto e melancolia - O inconsciente não possui registro da morte e, portanto, esta permanece restrita ao campo da fantasia a partir da morte dos outros. O Inconsciente se percebe como imortal - FREUD: em seu texto ‘’Luto e melancolia’’, ele classifica o luto como ‘’reação à perda de um ente querido’’ e ‘’embora o luto envolva graves afastamentos daquilo que constitui a atitude normal da vida, jamais nos o corre considera-lo como sendo uma condição patológica e submetê-lo a tratamento médico’’. Partindo desses princípios, o Pai da psicanálise passa a descrever os mecanismos psíquicos do trabalho de luto. 7 - Após a perda do ente querido: -Tem-se uma espécie de teste de realidade, no qual a consciência da perda nos força a retirar a libido do objeto perdido, Ocorre, por conseguinte, uma natural resistência a esta desconexão libidinal. Caso haja grande oposição, pode haver um desvio grave da realidade e a gênese de um fenômeno psicótico com sintomas alucinatórios (mecanismo de foraclusão elaborado por LACAN). - Normalmente, o sujeito obedece a realidade dolorosa que lhe é imposta e após grande e após grande dispêndio de tempo e energia catexial, prolonga, prolonga psíquica- mente a existência do objeto e hipercatexiza determinadas lembranças. Logo após, pode entrar em cena o insidioso desligamento libidinal que liberta o ego. - NASIO – coloca o luto como uma reação narcísica, em que a perda do ente querido representa a perda do sustentáculo da projeção de nosso ideal, ou seja, figura que nos legitima como objeto de desejo e amor (objeto fálico imaginário) . 14. Conceito de Morte A) Universalidade: todas as coisas vão morrer. B) Não-funcionalidade: as funções vitais se encerram após a morte. C) Irreversibilidade: a morte é irrevogável, um ser vivo quando morre não volta mais a viver. - Usado para se referir ao processo irreversível de cessamento das atividades biológicas necessárias à caracterização e manutenção da vida em um sistema outrora classificado como vivo. 15. Experiências quase morte - Referem-se a formas de consciência transcendental ou estado alternativo de consciênciaque acomete o indivíduo que se encontra em um estado fisiológico extremo. - Pacientes relatam que flutuam, saem do próprio corpo, encontram seres espirituais e luzes no fim do túnel. - Não se pode afirmar, a partir das evidências científicas atuais se tais fenômenos se devem puramente a eventos neuropsicológicos ou experiências religiosas/paranormais. O fato é que a espiritualidade determina diversas crenças e comportamentos dos pacientes, e o trabalho psicoterápico deve levar em consideração tais fatores. 8 RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES DE PSICOLOGIA A2 1) A morte afeta, lógico, o paciente e sua família, mas também o médico, que deve tomar várias decisões (como até onde ir com tratamento, como dar a notícia, o que fazer para a aliviar o sofrimento, entre outras). Isso é mais preocupante porque a nossa cultura não discute muito sobre a morte, e ela é sempre evitada quando pode. Até 2005, na verdade, o objetivo da medicina era evitar a morte a qualquer custo. Isso foi mudado devido a alguns casos que foram para a mídia, e o tempo ’’prolongamento do processo morrer’’ começou a ser discutido, questionando qual é o real limite da terapêutica. Vemos muito essa questão no CTI, onde o paciente fica sendo mantido vivo pela enorme quantidade de aparelhos, como se a morte dele fosse adiada. Com essas discussões, a partir de 2009, a ortotanásia foi aceitada pelo código de ética médica. A partir de então, passou a ser mais comentado o limite do esforço terapêutico do que o esforço do limite terapêutico. Em algum momento do curso da doença do paciente, essa terapêutica deixa de ser útil, e passa a ser fútil, e é necessário inserir a possibilidade da morte no tratamento. Resolução: Até meados do séc XX , o lugar da morte era o ambiente doméstico, na presença de familiares e amigo. Porém, com o avanço das tecnologias médicas e a introdução de unidades de terapia intensiva (UTIs), houve aumento da expectativa de vida e doenças crônicas. Dessa forma, a vida pôde ser prolongada artificialmente através de aparelhos. Assim, a morte passou a ocorrer no interior dos hospitais, como exclusão dos familiares, sendo que os horários de visita eram escassos ou inexistentes. Atualmente, percebe-se relutância no entorno de pacientes graves para casa, pois espera-se que a equipe médica possa utilizar todos os recursos heroicamente na tentativa de salvar o paciente, sendo preferível mantê-lo internado. Os conflitos éticos com relação à morte digna geram muitos debates entre médicos familiares e religiosos. 2) Os princípios dos cuidados paliativos são ele: Resolução: 1) Promover o alívio da dor e outros sintomas desagradáveis 2) Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal da vida 3) Não acelerar nem adiar a morte 4) Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado do paciente 5) Oferecer um sistema de suporte que possibilite o paciente viver tão ativamente quanto possível, até o momento de sua morte. 6) Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do paciente e a enfrentar o luto 7) Abordagem multiprofissional para forcar as necessidades dos pacientes e seus familiares, incluindo acompanhamento no luto 8) Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença 9) Deve ser iniciado o mais precocemente possível 9 3) ‘’O médico prescreve a si mesmo’’ e significa que o médico, ao prescrever medicamentos para a pessoa que atente, também prescreve a si mesmo, em doses que muitas vezes que desconhece, deixando que ocorra uma resposta que pode ser terapêutica (sua função como droga pode causar benefícios à pessoa) ou não (sua função como droga pode levar a efeitos adversos à pessoa). Diante disso, observa-se a importância que Balint dá ao ensino- aprendizagem da relação médico-paciente, pois se o profissional tem um ‘’efeito droga’’ intrínseco à sua atuação, precisa aprender a usá-lo Resolução: Adequadamente. A função ‘’droga’’ ou a capacidade de interferir de forma inconsciente no curso do tratamento, assumida pelo médico ou qualquer profissional de saúde, faz com que as pessoas tenham uma boa adesão ao tratamento e uma melhora importante em seus processo saúde-doença, ou, ao contrário, pode levar a uma piora, com desistência e abandono da terapêutica, aumentando a demanda em setores de urgência ou mesmo mantendo grandes filas no atendimento primário. Essa função ‘’droga’’ está relacionada a transferência que o ocorre entre o profissional e a pessoa atendida por ele. A transferência permite criar laços com o paciente, abrindo caminhos para o psiquismo. Essa transferência é subdividida em positiva e negativa. Onde a positiva é grande aliada no processo terapêutico e negativo se refere à hostilidade e ódio lançados direcionados ao analista. 4) Conceitos da morte Resolução: A) Universalidade: todas as coisas vão morrer. B) Não-funcionalidade: as funções vitais se encerram após a morte. C) Irreversibilidade: a morte é irrevogável, um ser vivo quando morre não volta mais a viver. - Usado para se referir ao processo irreversível de cessamento das atividades biológicas necessárias à caracterização e manutenção da vida em um sistema outrora classificado como vivo. 5) Entramos com os cuidados paliativos. São Ações prestadas ao paciente com doença progressiva e irreversível e aos seus familiares. Preza-se pelo controle da dor, alívio dos sintomas, e cuidados sociais e espirituais. A principal referência é o Manual de Cuidados Paliativos. A morte passa a ser incluída no tratamento. Notamos que o ser humano tem o desejo de ter uma morte ‘’bonita’’, que é aquela sem sofrimento, em que o indivíduo consegue se despedir das pessoa. E isso é o que os cuidados paliativos prezam por fazer. 6) Já sobre transferência e contratransferência em FREUD. São fenômenos ligados à sexualidade inconsciente suavizado e exteriorizado em sentimento de empatia, confiança, simpatia, antipatia e ódio. A transferência nos remete à reedição parentais no presente momento, uma espécie de deslocamento do afeto de uma figura para outra. Ela permite criar laços com o paciente, abrindo caminho para o psiquismo todavia, este mesmo mecanismo é capaz de operar como resistência. Essa transferência é subdividida em positiva e negativa. Onde a positiva é grande aliada no processo terapêutico e negativo se refere à hostilidade e ódio lançados direcionados ao analista. 10 7) Person’s: A) Person: tem que dar a notícia pessoalmente, e não por telefone. B) In time: Notificar quanto antes. C) In pairs: Nunca dar a notícia para uma pessoa sozinha. D) Linguagem planejada: falar devagar, claro, objetivamente, sem tentar justificar. E) Empatia: se atentar ao aspecto emocional na hora da notícia. 8) O que o trabalho do luto segundo FREUD O inconsciente não possui registro da morte e, portanto, esta permanece restrita ao campo da fantasia a partir da morte dos outros. O Inconsciente se percebe como imortal. FREUD: em seu texto ‘’Luto e melancolia’’, ele classifica o luto como ‘’reação à perda de um ente querido’’ e ‘’embora o luto envolva gravesafastamentos daquilo que constitui a atitude normal da vida, jamais nos o corre considera-lo como sendo uma condição patológica e submetê-lo a tratamento médico’’. Partindo desses princípios, o Pai da psicanálise passa a descrever os mecanismos psíquicos do trabalho de luto. 9) 3 conceitos básicos de morte na infância Na fase pré-operativa do desenvolvimento cognitivo, as crianças enxergam a morte como uma ausência temporária e reversível, como uma partida ou sono. Tal pensamento mágico é reforçado pelos familiares (‘’a vovó foi viajar, já volta’’) e por desenhos animados, em que personagens morrem e logo voltam a vida. Dos 6 aos 9 anos, a criança encara a morte como concreta e passa a personifica-la. Na transição para a adolescência, a morte é tida como universal a todo os seres vivos e irreversível. 10) Falar o nome de um dos mecanismos de transmissão de má notícia, Spikes, Person in time, ABCDE. a) ABDCDE A – Preparação adiantada B – Construir ambiente/ Relação terapêutica C - Boa Comunicação D – Lidar com a morte do paciente e as reações da família E – Encorajar e validar/dar suporte para as emoções b) SPIKES 1) Preparando para o encontro 2) Percebendo o paciente 3) Convidando para o diálogo 4) Transmitindo informação 5) Expressando emoções 6) Resumindo e organizando estratégias c) In Person A) Person: tem que dar a notícia pessoalmente, e não por telefone. B) In time: Notificar quanto antes. C) In pairs: Nunca dar a notícia para uma pessoa sozinha. D) Linguagem planejada: falar devagar, claro, objetivamente, sem tentar justificar. E) Empatia: se atentar ao aspecto emocional na hora da notícia. 11 11) Alta Taxonomia —> Foco em Distanásia - Morte lenta, ansiosa e com sofrimento; -Obstinação terapêutica; futilidades médicas —> termos sinônimos - Termo aplicado para escrever o prolongamento exagerado da morte do paciente, na qual são feitos tratamentos terapêuticos inúteis; - Discussões —> até que ponto a tentativa de cura pode ultrapassar o direito a uma morte digna; - Distanásia contradiz a morte digna - Doente deixa de ser tratado apenas para seu próprio benefício, e passa a ser “coisificado” em prol de tratamentos que visam aliviar mais o sentimento errôneo de culpa diante da morte por parte do médico do que aliviar o sofrimento do paciente; - CTI —> local onde a prática da distanásia é mais frequente; 12) Diretrizes antecipadas (testamento vital e mandato duradouro) - Testamento vital: documento em que os pacientes expõem suas vontades acerca de quais tratamentos serão realizados caso se encontrem em estado terminal; - Mandato duradouro: nesse caso, o paciente indica uma pessoa capaz de tomas as decisões a cerca dos seus desejos de cuidados e etc quando estiver incapaz de manifestar sua vontade;
Compartilhar